Holly
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Holly
Eu tive problemas pra escrevê-la, mas a fiz.
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Holly
Ouvi batidas na porta, mas as ignorei completamente. Depois vieram os gritos para eu abrir,
que também ignorei. Procurei concentrar-me no livro que eu estava lendo, mas era impossível com ela querendo arrombar a porta.
Levantei-me e após ceder espaço, sentei-me no chão e voltei a enfiar a cara no livro. Não passei da primeira palavra. Ela estava retirando a única coisa que eu gostava de fazer em silêncio.
Minha mãe sentou-se sobre a cama.
Eu sabia o que ela queria tanto dizer. Por isso estava inquieta apertando as mãos e olhando para os lados.
Joguei meu livro de biologia sobre a cama. Levantei-me desajeitada e parei em frente a ela.
- Por que não diz logo que sou um robô?
- Co...como você sabe? - ela estava surpresa.
Olhei para o livro de biologia ao lado dela. Eu descobri através dele e minha mãe percebera, pegando o livro em mãos.
- É fácil de saber quando você não tem certas coisas que seriam naturais em um ser humano.
O olhar dela pairou sobre mim.
- Qual a motivação para querer vir contar a mim?
- Eu prometi ao seu pai, antes dele morrer, que lhe contaria toda a verdade.
Sentei-me na poltrona, apoiando meus braços nos do sofá. Olhei-a esperando resposta que não veio.
- Diga o verdadeiro motivo para a minha criação!
Foi revelado a mim, depois de minutos de silêncio o porque de minha existencia. Eu “nasci” com o propósito de substituir babás e empregadas domésticas, mas houve uma falha e o projeto foi cancelado. Porém meus “pais” continuaram e para que eu não fosse usada para algo ao qual não fui idealizada, adotaram-me como sendo sua filha.
- Holly!
Fitei-a, que já se encontrava à porta e olhava ternamente.
- Não consegui te fazer completa, mas posso terminar se quiser.
Sorri com a possibilidade de ser humana. Não dei-lhe resposta alguma. Precisava voltar as minhas atividades, que estavam muito atrasadas. Tudo que eu fazia acabava pela metade. Meu raciocínio não estava funcionando em seu estado habitual nesse dia.
Resolvi andar pela cidade, coberta com um sobre-tudo em um dia comum de inverno. Eu tinha tudo pra ser uma garota comum e feliz, mas faltava-me a parte humana. Sentei-me no banco em uma praça. Fiquei cabisbaixa observando meus pés dentro daquela bota e minha meia calça.
Vi pessoas passarem, sem me notar. Se eu não tivesse aparência humana, eles me apontariam. Mesmo estando em uma época dominada pela tecnologia, eu seria um atrativo a parte.
Um garotinho parou ao meu lado e pegou uma bola, saindo correndo logo em seguida, olhando pra trás.
Pela primeira vez parei pra pensar que eu não possuía lembranças de infãncia. As que eu tinha, foram implantadas. Meu cérebro eletrônico guarda tudo e produz sonhos como o humano, mas não é capaz de fabricar substâncias.
Simplesmente sou uma pessoa oca de sentimento. Não sinto afeição, mas posso ser carinhosa e possuo raiva, projetadas através de mecanismos eletrônicos. Porém não é o mesmo efeito nos humanos. Eu não saberia diferenciar se meus circuitos não esquentasse ao ficar brava.
Voltei para casa, mas não entrei direto e sim fiquei observando as poucas pessoas que se arriscavam em um frio congelante, todos agasalhados. Somente eu que estava bem menos protegida: sem luvas e ainda havia retirado o sobre-tudo.
Eu fui instruída a sempre me proteger do frio e do calor exessivo, mas, naquele dia, eu queria experimentar para ver o que acontecia a mim.
Perambulei o quarteirão esperando que algo acontecesse. Minha decisão de me auto-destruir foi interrompida, quando Hayley apareceu, gritando pra eu entrar se não ficaria doente. Exibi um sorriso de escárnio e adentrei a sala, sem retirar minha botas. Subi a escadaria, mas fui surpreendida, ao ver que o andar de cima fora quase que totalmente mudado.
- Não acha que me comprará fazendo isso, não é Hayley? - olhei-a sem qualquer sinal de expressão em meu rosto. Ela sorria. Puxou-me para dentro de meu quarto e trancou a porta.
- Já te comprei faz tempo. Quando te criei e implantei algo que não existe em outros robôs.
Ela ficou atrás de mim e senti suas mãos apalpar minhas costas. Eu não deveria senti-la, mas eu conseguia. – Te dei o tato.
Mas como eu não percebera isso antes?
- Por enquanto ele ainda está em fase de teste, mas vejo que em você já obeteve resultados bons.
Tentei seguir o raciocínio dela. Pelos estudos em robótica, ao qual eu tinha conhecimento, era impossível fazer com que um andróide sentisse algo.
- Ainda estou em fase de teste, não?
- Com certeza que sim, Holly.
Afastei-me dela e virei-me para encará-la. Eu podia sentir a raiva transboradando, mas não era como a antiga, que era projetada em mim, essa parecia fluir... Apertei meu punho e comecei a respirar para me controlar.
- Está com raiva – ela sorriu. Nem parecia se importar comigo. – Daqui a umas semanas você estará completamente pronta. Anos de trabalho e eu receberei meu mérito.
- Você só está comigo pra conseguir sua fama.
- Você não pensou que eu te amasse, não é Holly? Ninguém pode amar uma máquina a não ser Raul, que morreu por querer que eu não te revelasse.
Deduzi instantaneamente a assassina de meu pai. Voei pra cima dela, agarrando seu pescoço, a levantado do chão.
- Não pode me matar. Está proibida disso. Coloquei um chip com ordens, as quais você deve obedecê-la.
- Tá falando daquele chip na minha nuca? Eu arranquei ele, quando percebi aquele ponto em um dia que eu me arrumava.
Seu semblante foi tomado por uma onda de terror. Não pude deixar de sorrir. Ela que se achava a superior estava com medo de mim. Apertei mais seu pescoço. Hayley se esperneava, querendo se libertar. Depois que ela desmaiou a joguei no chão.
Ela nunca foi importante pra mim, mas machucá-la eu não queria. Deixei-a largada e fui em direção ao meu armário, onde peguei uma mochila e comecei a guardar peças de roupas e coisas importantes pra mim.
Antes de deixar a casa, cravei no chão da sala, uma barra de ferro com escritas. Era minha carta de despedida. Eu forgei aquela barra e havia modelado nela as letras todas embaralhadas.
Se Hayley fosse inteligente o suficiente entederia o conteúdo daquilo.
Andei alguns metros até chegar na rodoviária, onde peguei um ônibus pra ir pra capital do país. Sentei-me em uma poltrona ao lado da janela e procurei passar meu tempo ouvindo música do meu celular, foi quando um rapaz, puxou meus fones e eu o observei.
- Posso me sentar aqui? O resto está cheio – olhei em volta e tinha muitos lugares vagos, mas não o impedi de sentar-se ao meu lado.
Voltei a colocar meus fones. Percebi aquele rapaz me observando. Eu o via pelo canto do olho.
- Algum problema? - perguntei, olhando-o. A atitude dele estava me deixando desconfortável.
- É que é estranho ver uma garota com poucos agasalhos nesse frio e não aparentar estar congelando.
Eu sorri.
- Eu não sou uma pessoa normal – aproximemei-me dele e sussurrei – Diferente do que muitos sonham ou pensam.
- Fugitiva?
- Quase isso.
- Qual seu nome?
Ele estava disposto a fazer-me perguntas. Resolvi acabar com elas de uma vez por todas.
- Holly Marie Antoniete Thompson, dezessete anos e que não quer ser incomodada.
- Desculpe pela intromição, mas é que só vim pra cidade em visita ao meu avô. Estou voltando pra capital. Logo começarão as matrículas para a faculdade.
Eu teria ido pra capital de qualquer forma para cursar química industrial. Ele parecia alguém que faria música pelo modo que se vestia.
Descansei minha cabeça na janela, hibernando minutos depois.
Quando "acordei" faltavam apenas algumas horas pra chegarmos na capital. Ajeitei minha roupa e procurei meu celular. Vi o rapaz, que não se apresentara a mim com ele em mãos.
- Boas músicas. Você gosta de sinfonia e rock? - estendi minha mão e ele devolveu meu celular – Sou Jonnhy.
Pelo resto do percurso não trocamos uma palavra. Desci do ônibus com minha mochila nas costas procurei a saída. Tentei lembrar o percurso que eu deveria percorrer até chegar em um endereço.
Após lembrar tomei o caminho do leste, descendo ruas desertas à aquela hora do dia, pois não eram nem sete horas da manhã. Não foi difícil encontrar a casa. Adentrei o quintal e toquei a campainha. Qual foi minha surpresa em ver Jonnhy abrir a porta...
- Oi – eu disse.
- Oi. Você vai fazer parte dos estudantes?
- Creio que sim.
Entrei e fui levada à dona da casa, que era a mãe de Jonnhy. Fui bem recebida e dividiria um quarto com outra garota.
Minha vida estava prestes a mudar se não fosse o noticiário informar a morte de Hayley Thompson e a fuga de sua filha. Como eu havia dito meu nome completo ao Jonnhy, ele poderia muito bem me expor.
- Acertei quando disse que você era fugitiva.
- Ela estava viva quando a deixei.
Pra piorar minha situação, divulgaram uma foto minha.
Minha vida estava apenas começando.
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Eu, sinceramente comigo mesma, achei estranha, e mal escrita. Não sei escrever sci-fi. Eu tentei de tudo. Amigos deram dicas, mas eu queria algo meu. Daí me inspirei na novela Morde e Assopra com a Naomi pra criar minha personagem.
E se alguém gostar. Eu faço uma fic baseada nessa e posto lá na área de Fanfics - mas acho que isso não vai acontecer.
Última edição por Ma em Seg Jun 20, 2011 4:18 pm, editado 2 vez(es)
Re: Holly
Nossa uhauhauha larga de ser pessimista. Eu logo de cara achei interessante essa idéia da garota não saber que é um robô, e me lembrou mesmo vagamente a história da Naomi *nem vejo a novela mas ja vi comercial, qqqq* Acho que só faltou mesmo uma melhor condução da história, pois tudo parece meio surreal e corrido. Deu curiosidade de saber se a mãe realmente morreu por causa dela ou não, e o que o homem irá fazer com ela, acho que seria legal sim fazer a continuação se quiser ^^
Re: Holly
Obrigada, Kyo.
Eu gostei do enredo, o problema foi escrever sobre. Eu gosto de coisas surreais. Prefiro deixar inacabadas (suspense).
Eu continuarei um dia.
Eu gostei do enredo, o problema foi escrever sobre. Eu gosto de coisas surreais. Prefiro deixar inacabadas (suspense).
Eu continuarei um dia.
Re: Holly
Nossa, gostei bastante.
Mesmo se baseando na Naomi lá você conseguiu deixar sua marca lá, amei a Holly e tudo mais, e qualquer dia desses, faz mesmo a continuação, viu? ;*
Mesmo se baseando na Naomi lá você conseguiu deixar sua marca lá, amei a Holly e tudo mais, e qualquer dia desses, faz mesmo a continuação, viu? ;*
Marie- Sanguinary Maid
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Re: Holly
Obrigada, Marie.
Eu não queria deixar a fic como se fosse ideia de outra pessoa. Acho que consegui.
Continuo, assim que ter mais inspiração e terminar de postar Promessas
Eu não queria deixar a fic como se fosse ideia de outra pessoa. Acho que consegui.
Continuo, assim que ter mais inspiração e terminar de postar Promessas
Re: Holly
Enton era pra isso essa fic.
Achei que o nome ainda era Holly/Heily (ou coisa do tipo). Gostava mais do outro nome
T-T
Achei que o nome ainda era Holly/Heily (ou coisa do tipo). Gostava mais do outro nome
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Kio'- Neurotic Killer
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Re: Holly
Nossa, ficou bem interessante. Gostei bastante da Holly e desse enredo. Apesar de ter ficado um tanto corrido, tive uma sensação boa enquanto lia. E fiquei curiosa pra saber o que vai acontecer, vê se continua quando puder x3
Mizuki- Hysterical Twins
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Re: Holly
@Kiory: O nome anterior era feio. Esse é melhor.
@Mizuki: Obrigada. Eu tentei deixar ela curta e acabei correndo com a história. Continuo sim, só basta a inspiração voltar.
@Mizuki: Obrigada. Eu tentei deixar ela curta e acabei correndo com a história. Continuo sim, só basta a inspiração voltar.
Re: Holly
O outro nome era muito melhor u_u
A fic tá boa, pena que num sei onde ela tá no pc, pra ver se tem mais capítulos T-T
A fic tá boa, pena que num sei onde ela tá no pc, pra ver se tem mais capítulos T-T
Kio'- Neurotic Killer
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