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Mensagem por Mizuki Seg Ago 22, 2011 6:20 pm

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- Vamos Yuuno, temos que sair daqui!

- Mas onee-san... Não podemos deixar ele lá!

Yuuno puxou a mão da irmã e a fez parar de correr. Tomou um pequeno fôlego antes de olhar pra trás e ver novamente as imensas pontas transparentes e luminosas florescendo do topo de um prédio. A construção em si brilhava como nunca, e as ondas lançadas pelas pontas já havia destruído parcialmente as construções ao redor, forçando todos a fugirem dali. Mesmo com o pânico instalado e a idéia de que nada mais poderia ser feito, Yuuno relutava. Asuza só queria a sua segurança, mas também se sentia culpada por fugir. Suspirou e olhou com firmeza para a irmã mais nova.

- Tem razão. Vamos voltar.

Ambas correram de volta para o centro de todo aquele caos e adentraram a luz branca e violeta que o recobria.

*Flashback ON*

- Onee-san, me ajude aqui!

Azusa desviou preguiçosamente o olhar do noticiário e o direcionou para a porta. Assustou-se ao ver Yuuno trazendo um rapaz desacordado pendurado sobre um ombro, quase o derrubando.

- Meu Deus, o que é isso?! – e correu pra ajudar.

- Eu fui tirar o lixo, e o encontrei aí na frente.

Com uma segurando de cada lado, conseguiram levá-lo até o sofá e deitá-lo. Tomaram fôlego por alguns momentos, checaram se não estava ferido, buscaram um cobertor e só então pararam para analisá-lo. Yuuno puxou um banco e sentou próxima a ele.

- Apesar de ser assim tão pálido... Ele é bonito, não acha?

- Sim. Mas essas são roupas de hospital... Acho que ele fugiu de algum nas redondezas.

- Você não vai ligar nos hospitais pra perguntar agora, vai?

- Claro que sim. Por quê?

- Mas e se ele fugiu porque havia algo que fazia mal a ele? Temos que pensar nisso também...

Asuza pendeu a cabeça pro lado e sorriu meio sem jeito.

- Se essas coisas não acontecessem na vida real, ia achar que está vendo filmes demais... Tudo bem, ele fica. Vou preparar o jantar.

- Ah... Certo.

Yuuno sorriu aliviada. Acomodou-se no banco e pôs-se a observar aquele rapaz mais de perto. Com ares de curiosidade semelhantes ao de uma criança, olhava. Olhava e olhava. O cabelo preto e espalhado cobria toda a testa e a nuca. O rosto remetia a uma pessoa frágil. Yuuno fascinou-se. Como seria alguém como ele? Seria tão sereno e frágil quanto parecia? Não sabia o que a esperava, mas não parecia lembrar-se disso. Então, levada pelo momento, segurou a mão dele. Era gelada.

- Assim até parece que você está morto... – disse.

E como se quisesse confirmar, tocou-lhe o peito com a outra mão. Nesse mesmo instante, os olhos do rapaz se abriram. Olhos absurdamente azuis e assustados. Ele sentou-se num sobressalto, olhando ao redor.

- Onde eu estou?

- Na minha casa. Você estava desmaiado aqui na frente, aí te trouxemos pra dentro. – e sorriu, tentando passar segurança – Fique calmo. Não vamos te fazer mal.

E só então lembrou-se de soltar a mão dele. Sentiu-se um pouco envergonhada.

- Eu me chamo Yuuno Hagiyama. E você?

Ele ficou surpreso. Parecia um pouco mais calmo, mas tinha dificuldades em responder a pergunta. Yuuno aguardou com nervosismo, pensando que ele poderia ter amnésia. Se tivesse, ela torcia para que não fosse sério. Finalmente, ele pareceu lembrar.

- É Shunsuke. Mas não me lembro do meu sobrenome.

Ela olhou ligeiramente atônita, mas aceitou a resposta. “Deve ter amnésia mesmo”, pensou. Sorriu pra ele mais uma vez, e decidiu que a partir dali, deveria ajudá-lo.

*Flashback OFF*


- Onee-san...

- Sim? – respondeu, sem parar de correr.

- Quando você disse que ia ligar pros hospitais naquele dia, você sabia que ele podia nos trazer problemas, não é?

- Claro. E você também, não?

- Sim. Mas eu meio que me esqueci disso. E eu também não achei que algo assim poderia acontecer...

- Não, você fez certo em querer ajudá-lo. Afinal, ele é a vítima nessa história.

Mais alguns minutos e enfim ambas terminaram de atravessar o extenso corredor que dava no salão principal, repleto de escombros. No entanto, o elevador não poderia ser usado: Jazia completamente destruído, com os cabos rompidos. A conclusão, após certa análise, era de que tinha caído a uma grande velocidade, e possivelmente de algum dos andares mais altos. Asuza ponderou por um momento e virou-se para a irmã.

- Vamos pelas escadas.

- Hã? Mas pode demorar muito... Não há outros elevadores que possamos usar, tipo um de serviço?

- Talvez, mas é muito arriscado. E não podemos acabar do mesmo jeito que quem estava aí.

Yuuno, distráida, não havia percebido os filetes de sangue escorrendo pelas frestas do que antes eram as portas da cabine, além de espirros manchando o piso. Arrepiou-se só de imaginar como seria morrer daquela forma, e que tipos de pessoa poderiam estar ali. Mesmo sem partes de corpos à mostra, era algo aterrador.

- Vamos logo Yuuno. Quanto mais demorarmos, pior pode ser.

- S...Sim. – disse, tentando recompor-se, e seguiu a irmã até a escadaria.

*Flashback ON*

Já faziam algumas semanas que Shunsuke estava na casa das irmãs. Nesse meio tempo, as duas acostumaram-se a viver com ele e até criaram-lhe afeição, mas muito pouco descobriram sobre sua origem. E ele também parecia hesitante em contar certas coisas. Asuza não o tomava como um mentiroso, mas alimentava leves desconfianças. Yuuno nem sabia direito o que pensar, só sentia que ele estava com medo e precisava de mais tempo para se abrir e pedir ajuda.

Alguns motivos de alerta eram as formas dele de agir em certas situações. Evitava que qualquer uma das duas examinasse seu corpo ou o tocasse de forma mais direta, e perturbava-se quando precisava trocar de roupa com alguém perto. Evitava remédios e tinha extremo pânico de agulhas, bisturis e outros materiais hospitalares. Asuza já começava a se convencer de que ele era maltratado em algum hospital ou clínica e por isso fugira. Mas ele continuava recusando-se a falar.

Outro motivo para estranheza eram as crises de dor de cabeça. Vez ou outra Shunsuke era pego por uma, sem qualquer razão aparente, e por períodos de tempo exatos. No início, parecia uma enxaqueca comum, mas na última dessas crises, presenciada pelas duas, as coisas saíram um pouco mais do controle: Asuza conversava com ele, pensando em convencê-lo a falar de onde vinha, quando ele repentinamente caiu e começou a gritar.

- Yuuno, depressa, venha aqui!

- Já vou! – ela entrou correndo no quarto e o viu contorcendo-se de dor, com as mãos sobre a nuca - meu Deus... Isso nunca aconteceu antes!

- Eu sei... E só agora eu percebi, parece que as dores são piores na nuca.

Asuza franziu o cenho, pareceu perceber algo mais. Ajoelhou-se ao lado de Shunsuke e olhou para a irmã.

- Yuuno, segure as mãos dele. Deixe-as longe da cabeça.

- Hã?

- Só faça o que estou dizendo, quero ver uma coisa.

- Ah... Tá bem...

A muito custo, Yuuno segurou os pulsos dele e puxou, esforçando-se para mantê-lo com os braços parados. Ele continuava agonizando, sequer parecia pensar tamanha era a dor que o consumia. A mais velha então o virou, o segurou e verificou a nuca. Havia uma tatuagem, que elas nunca perceberam por causa do cabelo.

- 047... E um código de barras. Mas, o que isso significa?

- Creio que seja uma identificação, provavelmente do lugar onde causaram esses traumas... Podemos pensar nisso depois que ele se acalmar, então pegue o anestésico pra mim.

- Certo.

Yuuno trouxe a caixa com os remédios, e logo que ele viu a ampola e as seringas embaladas, gritou para que não aplicassem nada nele. Asuza teve pulso firme para explicar que era necessário naquele caso, mas ele continuava negando e não houve outra opção, senão a de segurá-lo e aplicar à força. Tarefa extremamente difícil, porque apesar de não parecer, ele tinha uma força descomunal.

Poucos instantes depois que o anestésico foi aplicado, Shunsuke apagou e elas o colocaram na cama.

- Como foi que não reparei nessa tatuagem antes? – Asuza dizia para si mesma.

- Calma onee-san... Aconteceu, só isso. Mas o que vamos fazer?

- Não sei – e deu alguns passos pelo quarto, sentando-se em seguida – Nunca vi uma identificação como essa, mesmo quando estava na polícia. Tenho medo do que posso encontrar se pesquisar mais a fundo.

Yuuno engoliu em seco.

- É possível que... O estivessem usando como cobaia?

- Creio que sim. Obviamente estamos lidando com uma vítima, e sabe-se lá até onde vão os efeitos do que fizeram com ele...

Ela levantou-se, reparando no impacto que seu comentário causara na irmã. Não queria fazê-la se sentir mal, mas também não queria que ela estivesse despreparada caso descobrissem o pior. Era uma coisa ruim demais para ser imaginada por alguém como ela, e sua expressão de horror demonstrava isso.

- Bem, vou procurar informações. Fique aqui cuidando dele.

- Certo. – respondeu, sem sequer se mover.

Asuza pegou a caixa de remédios e saiu do quarto. Yuuno foi até a cama e sentou-se na beira. Olhou triste para aquele rosto adormecido. Pela primeira vez tinha medo de saber mais sobre ele, e esse medo apertava seu coração. Já gostava demais dele, e pensar que no que poderia ter lhe acontecido era algo terrível, que lhe doía no fundo da alma.

- Você não contou de onde veio ou o que aconteceu, mas eu sei que você sofreu muito... – disse, afagando-lhe os cabelos – Eu sei... Foi algo tão horrendo assim?

Algumas lágrimas escorreram-lhe pelas bochechas. Sentia-se tão perdida! Deitou-se ao lado dele, soluçando, e pôs a cabeça em seu peito. Podia ouvir seu coração batendo, tranqüilo. Quem dera o seu próprio estar tão tranqüilo como o dele naquele momento. Mas sabia que, por mais que ela estivesse sofrendo por ele, não podia ajudá-lo a carregar seu sofrimento, ou quem sabe curar suas feridas.

*Flashback OFF*


Ambas subiam as escadas o mais rápido que podiam. Corriam, ofegavam e logo voltavam a subir. Após alguns andares, pararam.

- Onee-san... Em que andar... Nós estamos? – disse Yuuno, tentando recuperar o fôlego.

- Segundo a placa... Estamos no sétimo andar. Só precisamos subir mais cinco.

- Certo.

Lá no alto, era possível ouvir alguns barulhos: Concreto quebrando, correria e mais um som que não conseguiam identificar. Repentinamente, o som ficou mais forte e toda a construção estremeceu por alguns momentos. As duas agarraram-se ao corrimão, e assim que o tremor parou, os sons pararam também – exceto pelo som estranho. Olharam-se assustadas, e voltaram a subir.

*Flashback ON*
Yuuno acordou e percebeu onde estava: No quarto da irmã, ainda deitada ao lado de Shunsuke. Já havia amanhecido, e não só isso, ele estava acordado, olhando pra ela. Ela corou e sentou-se rapidamente.

- Shunsuke-kun... Desculpe, acabei dormindo.

- Não tem problema...

Ele respondeu sem encará-la, visivelmente intimidado. Yuuno sorriu meio sem graça e se levantou, foi aí que percebeu a irmã na porta e levou um susto.

- Ahhhh, onee-san! Que susto!

Asuza riu.

- Desculpe , eu vi vocês deitados aí e não quis atrapalhar. Estavam tão fofos juntos... Bem, desçam, eu já fiz o café da manhã.

- Ah... Ok... – a mais nova respondeu, envergonhada.

Yuuno desceu e tomou o café com dificuldade em esconder a tensão. Lembrou que a irmã ia pesquisar sobre a tatuagem na noite passada, e esperava um momento pra falar com ela a sós. No entanto, Shunsuke começou a se comportar se maneira estranha: Do nada, estava respirando com dificuldade e tremendo. Parecia prestes a entrar em pânico.

- Shunsuke-kun, o que foi?

- Eu não sei... Sinto como se tivesse alguma coisa aqui. Eu estou com medo.

Asuza, a princípio, estranhou a reação, mas logo percebeu que ele poderia estar certo. Segundos antes teve a impressão de ver alguém no jardim, e não só isso, percebeu algo brilhando entre os arbustos.

- Abaixem-se agora!

Asuza gritou e puxou os dois pra baixo da mesa. A janela da sala de jantar estilhaçou-se com dezenas de tiros que por pouco não os acertaram.

- O que está acontecendo?!

- O Shunsuke estava certo. Tinha alguém de tocaia no jardim.

- Eu sabia! É culpa minha! Eles me encontraram!

- Eu entendi, mas vamos sair logo daqui!

Os três saíram debaixo da mesa, tentando não aparecer diante da janela. Em frente a ela, um grupo de militares reunia-se com o atirador e planejava invadir a casa. Mas a porta da garagem se abriu e Asuza saiu a toda velocidade.

- Droga! – o superior apertou os dentes – O que estão esperando? Chamem reforços e vão atrás deles!

- Sim senhor!

No carro, a mais velha nem se importava mais com o que fizessem na casa. Salvar a irmã, o “hóspede” e a si mesma era sua prioridade máxima. Dirigia séria e o mais rápido que podia, mesmo sem saber exatamente aonde ir. Yuuno estava no banco de trás, assustada, e tentando acalmar Shunsuke, que se culpava pelo ataque.

- Eles só estão lá por minha causa. É a mim que eles querem.

- Mas por quê? Por que eles estão atrás de você?!

- É porque eu não sou normal!

- Não é normal? – Asuza o encarou pelo retrovisor – Explique-se.

- Não sou. Quero dizer, eu não tenho certeza se era, mas eu estive preso num laboratório desde que era pequeno, e nesses anos todos, fizeram várias experiências comigo. Injetaram várias coisas em mim, me fizeram inalar e tomar remédios de vários tipos, tiraram amostras de sangue e muitas outras coisas... Eu passava mal, tinha dores horríveis e pensava que iria morrer a qualquer momento. Várias crianças que passaram pelos mesmos testes morreram. Eu fui um dos únicos que sobrou.

- Então você criou resistência às substâncias... E essas substâncias, além de te deixarem mal, tinham algum outro efeito? – foi a vez de Yuuno perguntar.

- Nos primeiros anos não. Mas depois eu comecei a ficar mais forte, mais rápido, e algumas habilidades estranhas apareceram. Aí eu usei o quanto conseguia dessas habilidades e fugi.

Ele tomou um pouco de coragem antes de falar.

- Aquela destruição no centro comercial há algumas semanas... Fui eu que causei. Enquanto estava fugindo dos militares.

- Como?! – Asuza assustou-se – Eu me lembro de ter visto isso no noticiário, mas... Até carros e helicópteros deles foram destruídos. Você tem mesmo todo esse poder?

- Tenho. Mas ainda não sei controlar muito bem. Acho que só consegui usar tanto dele naquela hora porque estava apavorado.

- Entendo...

- Estão seguindo a gente!

Yuuno apontou para o vidro de trás, e pelo retrovisor, a mais velha viu vários carros e jipes os seguindo. Em seguida, um helicóptero passou por cima deles, voando baixo.

- Que droga!

Asuza acelerou e entrou na área comercial. No entanto, havia um bloqueio e vários militares armados esperando por eles. Ela freou bruscamente, rangendo os dentes de raiva.

- Então era uma armadilha... Malditos...

Os três foram praticamente arrancados do carro, e Shunsuke começou a chorar. Parecia uma criança sendo tirada da família. Yuuno também teve vontade de chorar ao vê-lo naquele estado. Observou-o sendo segurado, enquanto um dos militares fazia a leitura do código de barras com um pequeno aparelho.

- O número e o código do chip conferem. Podem levar.

- Chip? – murmurou Yuuno.

- Sim – murmurou a outra – pelo visto há um chip implantado na nuca dele. Provavelmente é a causa das dores de cabeça, e o código de barras pode ser uma maneira a mais de identificar pessoas como ele.

- Não façam isso... Não me levem de volta, por favor... Não levem...

Inesperadamente, a atitude dele mudou. O choro deu lugar a uma expressão de raiva, e antes que percebessem, ele soltou-se e correu para o centro.

- Shunsuke-kun!

- De novo não!

O grupo o seguiu em direção a um dos prédios, o único na qual ele poderia se esconder. Passado algum tempo, as irmãs puderam ouvir um estrondo e ver aquelas pontas crescendo sobre o concreto.

*Flashback OFF*


Finalmente, ambas chegaram ao último andar. Yuuno abriu a porta e viu os corpos de vários militares espalhados pela imensa sala. No centro de tudo, estava Shunsuke, ajoelhado no chão. As pontas imensas saíam do seu próprio corpo e do chão ao seu redor.

Ambas adentraram o lugar, pisando sobre o carpete banhado de sangue e desviando-se dos homens mutilados. As pontas, vistas pelos buracos no teto, estendiam-se a perder de vista no céu já escuro. Aliás, tudo o que restava para iluminar aquela sala era a luz provinda delas e do corpo do próprio Shunsuke, que por sua vez parecia inconsciente, mas com os olhos abertos. Yuuno ajoelhou-se na frente dele e tocou em seu ombro.

- Shunsuke-kun, você está bem?

Ele demorou um pouco para esboçar qualquer reação, mas logo que o fez, a reconheceu e sorriu.

- Yuuno... Pensei que não ia te ver mais.

- Eu também pensei.

E o abraçou, com lágrimas nos olhos. Estava gelado feito um cadáver, e as pontas em suas costas, afiadíssimas, abriram alguns cortes em seus braços.

- Droga, assim até parece que você está morto, de novo...

- Não estou morto, mas isso prova que eu já não sou normal. E além disso... Eu me sinto fraco. Como se eu estivesse usando todo o poder que me resta agora.

Ela engoliu em seco.

- Você não quer dizer...

- Sim. Sinto que chegou a minha hora.

Imediatamente, as lágrimas correram com mais força pelas bochechas coradas dela. Acariciou-o no rosto, fitando o azul de seus olhos e o sorriso sereno, porém entristecido.

- Mas Shunsuke-kun... Você não pode morrer! Você tem uma chance de viver em paz, e ser feliz com a gente, como esteve sendo até agora!

- Não. Enquanto eles existirem, eu não terei paz. Não terei paz enquanto eu mesmo existir. Não quero viver fugindo, matando para sobreviver. E colocando a pessoa que eu amo em perigo.

Os dedos dele, inutilmente, enxugavam os olhos lacrimosos de Yuuno. E puxando o rosto dela para perto de si, a beijou. Ela estremeceu. Pela primeira vez sentia os lábios da pessoa que amava. Frios, mas que ela sempre desejara. Terminado o beijo, percebeu que a luz que o envolvia estava se apagando. Não só isso, as pontas começaram a desfazer-se, desaparecerem no ar. Sumiram por completo e deixaram o corpo fragilizado de Shunshuke cair sobre ela.

- Shunsuke-kun?

- Hm?

- Eu também te amo.

- Que bom, fico feliz... – e a abraçou com ainda mais força – Obrigado. Obrigado por tudo, a vocês duas.

Sua respiração finalmente cessou, em paz. Yuuno deitou-o em seu colo e pôs-se a chorar pela perda. Asuza, que observara tudo em silêncio até então, agachou-se ao lado da irmã e a abraçou. Olhou para ele, sem conter mais as lágrimas.

- De nada, Shunsuke. Não vamos te esquecer, nunca.

-----------------------------

Uff, finalmente, a minha fic está aí. Algumas observações:

- Ela ficou mesmo mais puxada pra drama do que pra ficção científica. Eu sei, e como é a primeira vez que escrevo algo desse gênero, peguem leve comigo;
- Apesar de ter ficado grande, algumas coisas não ficaram exatamente claras. Por isso eu vou escrever um epílogo e postar uma outra hora;
- Sim, essa ideia do poder dele e dessas pontas saiu dessa imagem. Créditos ao Kyo por editá-la pra mim, valeu Kyozin <3
- Obrigada a quem me deu uma força pra eu continuar escrevendo ^^
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Mensagem por Kyo-kun Seg Ago 22, 2011 6:57 pm

NOOOOOOSSA *-* que lindo, mizuki, eu amei essa fic, sério
Esse final me arrepiou, ele é tão visualmente bonito, além de ser emocionante belo também.
Gostei do modo em que a história foi conduzida, pelos flashbacks e tudo mais, ficou coerente, ficou organizado. Sua gramática e seu modo de escrever são ótimos, tem bom vocabulário, boas falas, etc.
Essa é a fic que você escreveu que eu mais gostei, acho que é um grande passo para frente em comparação às suas outras. O que me chamou a atenção foi que de todas essa é a que mais convence, a que mais passa alguma emoção.
Gostei da idéia geral, dos poderes do menino, achei diferente, achei interessante.
Meus parabéns por essa fic. Espero que depois dessa ainda tenham muitas outras.
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Mensagem por Mizuki Seg Ago 22, 2011 7:26 pm

kyokun escreveu:NOOOOOOSSA *-* que lindo, mizuki, eu amei essa fic, sério
Esse final me arrepiou, ele é tão visualmente bonito, além de ser emocionante belo também.
Gostei do modo em que a história foi conduzida, pelos flashbacks e tudo mais, ficou coerente, ficou organizado. Sua gramática e seu modo de escrever são ótimos, tem bom vocabulário, boas falas, etc.
Essa é a fic que você escreveu que eu mais gostei, acho que é um grande passo para frente em comparação às suas outras. O que me chamou a atenção foi que de todas essa é a que mais convence, a que mais passa alguma emoção.
Gostei da idéia geral, dos poderes do menino, achei diferente, achei interessante.
Meus parabéns por essa fic. Espero que depois dessa ainda tenham muitas outras.
Nossa Kyo, eu fiquei até emocionada com esse comentário, really ;______;

É, a ideia dos flashbacks foi meio de última hora porque eu não tava conseguindo escrever do jeito tradicional. Sorte minha que deu certo q

Sério? Nossa, eu tava com medo do negócio ficar corrido, de não conseguir dar o tempo necessário pra desenvolver as emoções dos personagens, mas que bom que deu certo, fico aliviada. Eu sempre fico com medo de não conseguir passar as emoções corretamente e ficar aquela coisa seca, sem graça... Além do medo de enrolar demais enquanto tento descrever essas emoções e no fim sair algo exagerado e cansativo de ler *semata*

Obrigada mesmo Kyo, eu fico muito feliz que tenha gostado. Espero que eu tenha mesmo progredido, depois de tanto tempo sem fazer fics melhorzinhas eu fico insegura ^^"
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Mensagem por Marie Qua Ago 24, 2011 7:39 am

Eu simplesmente amei *--*
Mesmo você alegando que nunca escreveu uma fic nesse gênero, você se saiu muito bem.
Tudo organizadinho e pelo menos para mim, bem explicado.
O romance dos dois é muito kawaii *--* deu vontade de chorar com o final.
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Mensagem por Convidad Qua Ago 24, 2011 12:48 pm

omg!!!

que legal, voce postou *----------------*

mizu ficou maravilhoso! muito legal isso de encontrar um desconhecido e acontecer utdo isso. Foi rapido e bom e quero ver o epilogo!
noossa adorei <3
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Mensagem por Mizuki Qua Ago 24, 2011 6:40 pm

Marie escreveu:Eu simplesmente amei *--*
Mesmo você alegando que nunca escreveu uma fic nesse gênero, você se saiu muito bem.
Tudo organizadinho e pelo menos para mim, bem explicado.
O romance dos dois é muito kawaii *--* deu vontade de chorar com o final.
Nossa, obrigada Marie. Eu fico muito feliz <33

Psique escreveu:omg!!!

que legal, voce postou *----------------*

mizu ficou maravilhoso! muito legal isso de encontrar um desconhecido e acontecer utdo isso. Foi rapido e bom e quero ver o epilogo!
noossa adorei <3
Sim, demorei mas postei ^^"

Whaaaaa, obrigada Psique. Vou tentar não demorar muito com o epílogo, vamos ver quando é que vai sair...
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Mensagem por Ma Qua Ago 31, 2011 2:20 pm

Uma das melhores fic que já li.. Nem parece que foi a primeira vez que escreveu uma desse gênero.
Fiquei emocionada com o final. Muito linda sua fic, Mizuki. Parabens.
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