Em meio a disputas judiciais, sites terminados em '.xxx' entram no ar
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Em meio a disputas judiciais, sites terminados em '.xxx' entram no ar
Sites com a terminação “.xxx” já estão disponíveis para acesso desde as 14h (horário de Brasília) desta terça-feira (6). Pode levar um tempo até que todos os internautas consigam acesso ao novo espaço, que é exclusivamente dedicado a sites da indústria pornô.
Tecnicamente, o “.xxx”, por estar ao final dos endereços de sites, é chamado de “domínio de primeiro nível” (DPN). O DPN "xxx” foi criado pela empresa ICM Registry e foi aprovado pela Icann (sigla em inglês para 'Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números'), que gerencia a alocação dos domínios desse tipo. Os sites registrados no ".xxx” em si são de responsabilidade da ICM Registry.
Não existe nenhuma obrigação para que sites de conteúdo adulto registrem um domínio “.xxx”. A ICM alega que esses sites devem voluntariamente utilizar a terminação para facilitar a identificação da pornografia e também o bloqueio, no caso de computadores que são usados por crianças, por exemplo.
A partir desta terça-feira (6), qualquer pessoa também poderá registrar domínios. Antes, o registro era exclusivo para donos de marcas.
Críticas
A proposta do “.xxx” recebeu muitas críticas. Especialistas em internet apontaram que muitos sites pornográficos continuarão usando endereços tradicionais, como o “.com”, o que não facilitará o bloqueio de conteúdo adulto. Religiosos entendem que a existência de um endereço específico para pornografia dá credibilidade para essa indústria.
Já a indústria pornográfica resolveu processar a ICM Registry e a Icann. Duas empresas, a Manwin e a Digital Playground, iniciaram um processo alegando que a indústria pornográfica teria sido extorquida quando a ICM ofereceu pré-registrar domínios com base em marcas já registradas pela quantia de US$ 200 (cerca de R$ 360) enquanto um endereço ".com" pode ser adquirido por R$ 40.
A Manwin, dona do site “YouPorn”, acusa as organizações de práticas monopolistas e critica a Icann por ter aprovado o domínio “.xxx” sem estabelecer um limite de preço.
Algumas escolas também registraram domínios terminados em ".xxx", temendo que conteúdo adulto fosse colocado em endereços com o mesmo nome do site original. A ICM ofereceu uma categoria específica para interessados em “bloquear” os domínios contra registro. Nesse caso, a taxa de registro era única e não anual.
Quem não pagar, porém, não está protegido contra abusos do nome no espaço do “.xxx”, mesmo que tenha uma marca registrada ou registro em outros domínios, como “.com”, “.org” ou mesmo “.br”.
Durante o período de pré-registro, a ICM registrou 80 mil endereços, entre sites adultos e bloqueios. Há especulações de que a maioria dos registros seria de bloqueios fora da indústria pornô. A ICM ainda bloqueou gratuitamente domínios com base no nome de 4 mil celebridades
Fonte: G1
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