13 Anos de One Piece

Spoiler:

Em 4 de Agosto de 1997, apareceu mais um dos muitos títulos perdidos em meio ao calhamaço que é o almanaque Shonen Jump, da Shueisha, nas mãos de mais um quadrinhista novato – um que surgiu como assistente de Nobuhiro Watsuki, autor de um dos sucessos da época, Samurai X. O título estava arriscando sua sorte, como todos os títulos que estreiam na Jump. Poderia ser mais um título balançando ao sabor da instabilidade do público na lista de popularidade. Poderia ter desaparecido no terceiro volume.
Mas não foi isso o que aconteceu.
Hoje, a caveira com um chapéu de palha sobre fundo preto é um ícone dos quadrinhos japoneses: One Piece marcou a história dos mangás de seu tempo. Herdeiro de uma tradição que remete ao Dragon Ball de Akira Toriyama, a saga dos piratas Luffy, Zoro, Nami, Nico Robin e companhia ilimitada acabou mostrando personalidade própria. Mais: gerou um legado de influência. Não haveria Fairy Tail de Hiro Mashima, Yohen Nibelungen no Yubiwa de Naoki Azuma, Dreamland de Remo Lemaire (França), Pirates Tales de Yuri Landim (Brasil) e mais um bocado de gente boa, no Japão e fora dele; eu até vejo algum eco de Oda se instalando no traço de Miki Yoshikawa a medida em que ela evolui em Yankee-Kun to Megane-Chan, mas pode ser exagero meu. O ponto é que o estilo de Oda se tornou referência, e ele conseguiu se tornar um verdadeiro produto de massa no Japão, atingindo diferentes setores de público e mantendo um senso fácil de identificação. Longa vida a Luffy D. Monkey e os piratas do chapéu de palha.