O Supremo Santuário de Todas as Almas

O paradisíaco e supremo Santuário de Todas as Almas é o lugar mais sagrado do mundo para os Exilados. É lá que está o Fragmento do Exílio do deus de todos os deuses, Yullë, o Deus da Magia. O fragmento alimenta as águas do santuário, que são revigorantes e capazes de regenerar toda a energia mágica de um feiticeiro, o que torna o lugar disputado pelas quatro Casas do Exílio.

Hyouka alcançou o milésimo degrau sem nem ao menos ofegar, havia sentido falta de seu incansável corpo imaterial, mesmo que tivesse ficado sem ele por tão pouco tempo.

A paisagem do santuário continuava intocável e deslumbrante. As muitas escadas e cachoeiras de águas revigorantes permaneciam tão belas e tão brilhantes quanto sempre haviam sido. Imaginou tudo aquilo sendo tomado por aquelas mulheres frias e sentiu uma repentina revolta, seguida pelo alívio de estar ali, finalmente, e à salvo.

-Ahhh Como é bom não ter de ficar ofegante, aqui é tão belo. . . nem quero imaginar tendo de entregar isto aqui tudo a elas. . . Bem pelo menos posso ficar a salvo delas aqui. . . que é o que queria falar mas não tenho tempo a perder. - E Hyouka começa a corre em direção de uma das cachoeiras e ao chegar bebe sua água.

Enquanto bebia as águas, Hyouka sentia seu espírito revigorar-se. Quando estava completamente cheio, percebeu que sua alma tornara-se um turbilhão agitado e cheio de vida, como se estivesse sido restaurada por completo.

_{+50 PA.}

Hyouka sentindo se mais vivo do que nunca - Ironicamente - Observou a sua volta a procura de algum pote ou algo parecido para pegar essa água santa para dar a seus parceiros. Nisto achou um canil que caberia água para todos de seu grupo, encheu-o e começou a correr de volta para onde havia deixado seu corpo físico e seus parceiros~~

*Enquanto Hyouka corria em direção a saida do Santuário, Hikaru tomava a direção contraria, até que passou correndo por dentro do corpo de Hyouka e se assustou.*

- Pelos deuses! Vocês está vivo? Quero dizer, morto-vivo?!

Hyouka que se assutou ainda mais com o pequeno amigo que havia o tranpassado parou derrepente e se voltou a Hikaru

-Hahaha Sim - Sorriu - Pelo visto a flechada que me matou, fez-me voltar a um fantasma, mas para evitar situações críticas tive de sair de fininho, mas para tentar manter a ordem havia avisado a Lord Azriel. Bem se você está aqui, é porque Azriel fez algo. . . certo? Se sim não sei se devemos ir rápido ou ficar. . . Bem então aproveitando que está aqui, vá e beba da água que recupera a magia, vamos aproveitar e pegar mais alguns potes de água santa.

* E nisto hyouka vai em direção da cozinha para pegar mais algumas dezenas de potes e cantils para por a água* Ao retornar com os braços cheios de coisas para por água colocou os no chão e falou - Hikaru, vamos enche-los e carregar o máximo que pudermos * E começou a por os potes na água para enche-los*

Spoiler:

_{Off: Cada um pode carregar exatamente cinco garrafas em sacolas que encontraram no santuário.}



Da mais alta escada do santuário, surgiu Galahalt, o guardião.

- O que vocês estão fazendo? - Sua voz ecoou pelo ar como um suave trovão. Tudo em torno deles era tão amplo e tão tranquilo que qualquer ruído parecia trovejante, até mesmo os passos de Galahalt que, aos poucos, se aproximavam da passarela onde se encontravam os feiticeiros.

Hyouka ao levar um breve susto pelo homem que aparece, fecha a ultima garrafa onde havia colocado a água e responde:

-Nós estamos recuperando nossas forças como pode ver - Estica a mão para a água e para Hikaru - Nossos amigos estão em perigo e nós precisamos ajudá-los por isto estamos pegando um pouco da água para eles também. Você provavelmente é o guardião do santuário, certo? Se sim, não se preocupe somos da Casa Prontera Obviamente para podermos entrar aqui.

- Tudo bem. - disse o homem em tom cordial enquanto descia as escadas para alcançá-los. - Sou Galahalt e sou mesmo o guardião. Como devo chamá-los? Há algo que eu possa fazer para ajudar nossos companheiros? O que exatamente aconteceu com eles? Esses tempos de guerra estão sendo difíceis, muitas vezes o santuário correu riscos de ser invadido por erros de pessoas descuidadas... - seu tom era levemente arrogante. - Os Celestinos estão tentando tomar nosso local sagrado de todo jeito, já perdi o número de quantas tentativas eles fizeram nos últimos tempos, então permita que os aconselhe.

Galahalt parou perante eles e encarou-os com superioridade.

Hyouka ignorando fingindo não ter notado as situações que poderia pegar como faísca e começar uma fogueira responde:

-Me chamo Hyouka e este Hikaru - Apontando para o menino que bebia da água - Quem está em perigo atualmente são o Líder da Casa Azriel e seu conselheiro Millo. Eles estão contra um exército de arqueiras celestinas. A Líder delas possui um arco poderosíssimo, que pode matar qualquer um com três flechas. Eu não sei como é a situação atual, mas prezumo que não seja boa. Hikaru que veio após mim deve saber como estão, certo Hiik? - Hyouka pergunta a Hikaru que estava com o grupo mais tempo.

*Termina de beber a água do santuário e segura as garrafas que o Hyouka entregou.*

- O mestre Azriel está tentando despistar as celestinas, ele as levou para outro ponto da floresta para que não encontrassem a entrada do santuário, porém quando elas descobrirem que tudo é uma farsa irão acabar por matá-los.

*Tenta juntar as dez garrafas cheias com a água do santuário.*

<sub>OFF: Hikaru, são só cinco garrafas que você pode levar, como eu falei, mas se essas dez garrafas que você encheu são para você e para o Hyouka levarem, então está tudo bem.

(+50 PA para Hikaru)</sub>



- Deixe que eles morram. - disse Galahalt impiedosamente. - Um exército de Arqueiras Celestinas... isso só pode ser A Armada de Mathangi.

Ele se virou em direção à cachoeira de águas esverdeadas, que refletiam sua luz sobre os olhos dele, tornando-os igualmente verdes.

- Se eles foram cercados por aquelas mulheres, então tenham certeza de que todos já estão mortos ou serão bem em breve. Tentar enganá-las é uma grande tolice, pois uma hora chegará o fim da linha e aquela mulher não poupará esforços para destruí-los completamente. Ir até eles é perda de tempo, só faria com que vocês, assim como eles, acabassem mortos.

Hyouka já com o olhar sério, Pegou um dos sacos e entregou a Hikaru, o outro saco, colocou 5 garrafas e colocou nas costas.

- Então deixarei Hikaru aqui sob seus cuidados, Eu irei. Se é tão arriscado é melhor ir sozinho, pois não sei se pode ver mas sou um fantasma e ataques físicos como flechas não poderão me acertar, e será mais seguro aqui para Hikaru, se queremos poupar e evitar sacrfícios. Não. eu não irei abandoná-los - Apesar de ter um que se possivel iria comentou baixo - Azriel é o líder atual da casa, quem está mantêndo o controle da situação entre nós, não deixarei que ele morra tão facilmente sem nem tentar resistir ou salva-lo.

Hyouka pegou seu saco com as garrafas e começou a andar em direção das escadarias novamente e antes falou : "Hikaru não venha, se este homem estiver certo não seria muito bom arriscar você também."

*Hikaru não aceitava a ideia de ficar ali enquanto os seus amigos estavam em perigo e partindo para uma batalha que poderia ser a ultima das suas vidas, mas sua presença lá poderia ser um atraso para a equipe, então preferiu ficar e se preparar para caso precisasse agir.*

- Está bem, eu ficarei, mas você não poderá levar todas as garrafas, no minimo cinco ficarão, mas como o Millo ainda possui mais poder magico que o mestre Azriel, talvez ele não precise de muito.

*Hikaru olhou para Hyouka mais uma vez.*

- Tenha cuidado, se todos morrerem restarei apenas eu nessa missão.

- Você é mesmo inexperiente. - disse Galahalt num tom frio e cortante. - Acha que as flechas das Celestinas não podem te acertar? Você por um acaso nunca ouviu nada sobre a lendária cidade de Wushu? Lá é o lugar onde são feitas as armas do Exército Celestial e todos os guerreiros daquelas terras são treinados por uma vida inteira para merecerem portá-las, tudo isso porque as armas são banhadas nos rios de Zelenia, que proporcionam a elas poderes espirituais.

Ele caminhou na direção de Hyouka, fuzilando-o com o olhar.

- Há também o truque da invisibilidade... - sussurrou ele com desprezo. - Aquelas mulheres não possuem olhos. Aposto que você também não sabia disso, não é mesmo? Elas se coordenam através de outros meios. Se você esteve invisível, pode ter certeza de que foi percebido por todas elas. Eu notei que você surgiu do nada em meio à este pátio, então creio que tenha escapado usando essa estratégia patética. Saiba que vocês entregaram seus amigos à morte, pois se elas deixaram que você pensasse que escapou, é porque já sabem que foram enganadas e estão prendendo todos numa terrível emboscada. Desista de seus companheiros, todos irão morrer, assim como vocês também irão se deixarem o santuário enquanto a Armada de Mathangi permanecer nessas matas.

Sem Hesitar Hyouka virou-se e olhou para Galahalt com um olhar no fundo dos olhos dele, com toda a convicção:

-E se as flechas podem me acertar, qual o problema? Eu consigo me defender, e tanto quando contraatacar. E se elas são cegas e vêem o mundo de outra forma? Qual o problema? Se o intuito de matar todos, ou pelo menos me matar elas teriam atacado denovo, pois se elas sabiam de minha existência não física bem sabem que eu me comuniquei com o mestre antes. E Eu Não larguei os meus amigos a morte, eu vim para cá justo com o contrário intuido: O de Salvá-los. E qual seria essa emoscada então?? -Hyouka pergunta com os olhos mais firmes do que nunca-.

- Não seja tolo. Aquelas mulheres são muito mais espertas do que parecem. Se lhe ouviram eu não sei, mas sentiram sua presença sim e isso é fato, pois delas não há como se esconder, seja vivo ou seja morto. Também não sei nada sobre a emboscada, apenas constato isso como algo óbvio, afinal, se não mataram todos vocês de cara, é porque algum plano elas têm em mente. Se quiser ir em frente, vá e se arrisque, eu não irei impedi-lo, mas como guardião do santuário é meu dever protege-lo, por isso o alerto. De qualquer forma, não irei interferir de maneira alguma em suas ações. Apenas tenha os olhos bem abertos, pois você pode colocar tudo a perder se der um passo em falso, inclusive, colocar o próprio santuário a perder se acabar sendo descuidado.

- O Galahalt-senpai pode ter razão Hyouka. Aquelas mulheres não parecem do tipo que podem ser enganadas ou vencidas facilmente, é bem provável que algumas delas estejam nos emboscando do lado de fora do santuário, só a espera da oportunidade para descobrir onde fica a entrada e se isso acontecer eles forçarão o mestre a permitir sua entrada e na pior das hipóteses eles poderiam acabar mortos.

*Hikaru olhou para o chão com o olhar triste*.

- No entanto, se não fizermos algo é possível que o mestre o Millo morram de qualquer forma e eu não quero que isso aconteça... E agora? O que faremos?

- A Fonte da Magia está ao dispor de vocês. - Galahalt voltou a olhar a águas esverdeadas correrem enquanto falava: - Não os desincentivo a agirem, acho que devem sim agir de alguma maneira, mas não de maneira estúpida como planejavam. Tenham sempre em mente que o que temos aqui é o que há de mais precioso em tudo mundo, é o que todos os feiticeiros e magos procuram, e é o que devemos proteger como nossas vidas. Não faz sentido morrer em vão e ainda deixar que o santuário seja invadido. Eu vou me recolher e deixar que vocês discutam sobre isso, mas guardem essas palavras com cuidado e... boa sorte.

O guardião se virou de costas para eles e subiu os degraus à caminho de seus aposentos pessoais.

Hyouka paralisado, sem ter o que falar, sómente cerrou os punhos e curvou-se em reverência e em agradecimento ao Guardião mesmo forçando os punhos e os dentes.

Após ver o guardião longe o suficiente Hyouka ainda na mesma posição começa a falar com Hikaru - Hiikkun, acho que tive uma ideia - sorri ironicamente - Vamos construir uma torre! Sim alta o bastante para podermos ver estas matas inteiras! Assim talvez podemos ver como e onde estão as tropas, e muito melhor onde estão o líder e o outro! O que achas? - Hyouka levanta a cabeça recobrando sua empolgação ~~

Uma fina e prateada cortina de chuva gelada começou a cair dos céus. Hyouka e Hikaru perceberam que nuvens cada vez mais escuras se formavam sobre o santuário, anunciando com sombria calma a terrível tempestade que estava por vir. Sobre as nuvens, uma imensa silhueta podia ser identificada, algo que se parecia com uma cobra de dimensões colossais sobrevoava toda a formação nebulosa.

Galahalt já tinha desaparecido de vista em meio às escadarias e passarelas.

Antes mesmo de a resposta de Hikaru vir, a chuva havia começado a cair sobre eles, mesmo sendo cinza e melancólico alem do mais gelado, era refrescante e bonito aos olhos de Hyouka. Nisto ao ver a forma voando e o céu cinza sorriu aliviado como se houvesse esquecido de seus problemas e perguntou a Hikaru:

- Hey Hikkun aquilo alí voando, será mesmo que é o que estou pensando?? Parece que teremos mais problemas né. . . a torre agora nem pode ser mais cogitada. Bem teremos ação pelo menos - E Hyouka dá um grande suspiro e logo em seguida sorri novamente

Hyouka reparara que a criatura serpentinosa passava à tantos metros acima de onde estava que era impossível ver ao certo sua forma, apenas uma vaga silhueta. Mesmo que fosse construída a mais imensa torre, seu topo não seria capaz de esbarrar nas possíveis escamas que o monstro possuía.

A chuva começou a apertar e o sons dos trovões puderam ser ouvidos. À medida que o céu se escurecia, tomado pelas pesadas pelas nuvens cinzentas, a serpente ficava cada vez mais camuflada sobre elas, desaparecendo completamente entre a escuridão da tempestade que aos poucos começava a cair sobre o santuário.

Hyouka tentou serrar um pouco os olhos para ver se podia ver com mais clareza, apesar de sem sucesso, Hyouka desiste de saber sobre o ser que ronda os ares do Santuário e com a bolsa com água nas costas começa a descer as escadas devagar dizendo a Hikaru:

-Estou indo ver se há algo perto da entrada daqui, se quiser vir venha, já estou até desanimado a sair daqui. Irei no máximo para o final da escada.