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Passo à passo ao Amor...

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Mensagem por Elena Ter Jul 24, 2012 2:14 am

Passo à passo ao Amor...


- Finalmente...
- Pois é, agora estamos aqui, ne ne, Aizu..
- É..eu sempre quis ter você assim...
Dois garotos estavam carinhosamente aconchegados sob o suave lençol de simétricas estampas orientais, há pouco tempo deitaram na cama, e desde então suspiravam ao alívio de terem chegado até ali, mais do que isso, suspiravam um pelo outro..
- Aah.. Aizu... agora eu poderei demonstrar o quanto eu amo você! - Um deles dizia animado, abraçando o braço do outro enquanto chegavam mais próximos.
- Serei seu de todas as formas, em todos os sentidos como você quiser... - Afirmou o outro, pegando o outro braço do amado e afagando-o em seus cabelos.
Os segundos seguintes se passaram apenas com a troca de olhares, como se esperassem a reação do outro..
- Pode... pode vir Aizu... - Disse o garoto corando violentamente.
- Koichi... eu.. eu quero que você me mostre.. - Começou o outro, tropeçando nas palavras, também adquirindo a mesma cor. - Eu quero que me mostre...
- M-m-mostrar o quê? - Koichi perguntou, com uma notável expressão de nervosismo. - É pra.. tirar a roupa agora?
- Me mostre como você sabe... - Aizu, num súbito reflexo abraçou Koichi e olhou desesperadamente em seus olhos, procurando o alívio neles. - Se você prefere assim então eu tiro.. o-ok...
- Não! Err.. vá em frente, eu não tenho medo... eu não tenho medo se for você...
- Nem eu...
- Então...
Os corações de ambos batiam freneticamente e os segundos passavam como socadas no peito...
- Pode começar... - Koichi fechou os olhos e respirou fundo.
- Koichi... pode vir primeiro... eu.... hmm... - Aizu procurava desviava o olhar de Koichi.
- É que eu.... hã...
- Eu sou virgem! Pronto, falei! Eu nunca fiz isso antes!
- Peraí, você é virgem também?
- Co-como assim "também"?! Ah, não me diga que....
- É Aizu.. sou virgem sim, lacrado e com o selo de fábrica...


~ OH MEU DEEEEEUS !!!!!!!!!


--- Noooooooossa, como vocês viram, ambos ainda estão com seus lacres de segurança e nem sabiam disso, e agora? Ora ora... vamos vê-los como vão se sair. Ah, nem me apresentei! Sou o Monsieur Jollé, sabem, o decorador das estrelas, não é? A Babaloo deve ter falado óoootimas c...
*voz no ponto do ouvido*
--- Hã? Eles não conhecem?! Hm.. Ah, publico novo... sei... ah, melhor ainda! Um-hum.. sei.. tá.. não, eu sei, tá.. beijinhum, tchau! Aaai, eu sei que não tô num telefonema, não precisa gritar! *Ahem* Bom, eu vou tentar mostrar de maneiras simples e claras como se portar num primeiro dia de relação, sejam ambos virgens ou não ^^ É como eu sempre digo: Numa casa e no amor, o que mais importa é a beleza interior! ^_^v


~ Passo à Passo ao Amor ~
com Monsieur Jollé


--- Vamos voltar algumas horas, quando ambos chegaram ao este quarto do Babaloo Lover's (que EU decorei, diga-se de passagem) *%¨@!$@&* Aaaaai diretora, tá, parei!
À todos vocês apresento o Manual de sobrevivência para virgens em primeira viagem.

Passo à passo ao Amor... Passo01

- Tchânananã... - Aizu vinha todo animado cantarolando a marcha nupcial com seu Koichi do lado.
- Aizu, pára com o que é que vão pensar de nós! - Falou Koichi sorridente, sempre olhando para os lados.
- Que é que tem? ^_^ Ah, deixa eu te levar! Só vão pensar que somos marido e .. - Aizu, numa tentativa de levantar o Koichi...
- WAAAAAH!! - Acabou derrubando-o contra a porta. - Quer me matar??!
- Foi sem querer!!
- Peraí, eu que sou a "mulher" dos dois? - Perguntou Koichi, levantando-se com o a ajuda de seu Aizu.
- Hã... não, né?
- Tá, então eu levo você.
- Por que você?
- Ah, porque... porque é tradição, oras!
- Que tradição? Você por acaso já viu as núpcias de um casamento assim?
- Err.. não! E quem disse que a gente tá casando?
- E não estamos? - Aizu fez uma cara de choro.
- Eu levo você. - Koichi levantou Aizu... ou melhor, tentou levantar.
- WAAAAAH!! - Mas acabaram caindo para trás.
- Você que tá comendo demais!
- QUÊ?? - É você que é fraquinho!
- Aizu, vamos decidir isso pelos parâmetros. - Decidiu Koichi.


Passo à passo ao Amor... Fichaaizuri

- Hmm... é proporcional.. - Falou Koichi, com uma mão no queixo e com seu ar de superior.
- E você, seu sabe-tudo?
- Moi?

Passo à passo ao Amor... Fichakoizuki

- Bom, então pela lógica você "fica por baixo". - Concluiu Aizu.
- Por que?!?
- Porque é menor e mais magro. - Respondeu Aizu, já abrindo a porta e voltando-se para o Koichi. - Então eu devo levar você. - E tentou mais uma vez.
- Não, me solta..aaaaah!!!!
*Kpof*


Passo à passo ao Amor... Passo02


- Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa!! - Suplicava o garoto de olhos verdes.
- Tudo bem Aizu, eu sei que foi sem querer... - Falou o outro calmamente, segurando as mãos de seu amado.
- Koi... - E abraçou Koichi e em seguida acariciando seus cabelos, olhando-o apaixonadamente.
Aizu sente algo pontudo e pulsante cutucando a sua coxa.
- Er.. isso também é sem querer? Koi, tenha mais calma, nós temos a noooite inteira pra...
- Alô? Mamãe?! - Koichi atendeu o celular, e mostrou-o ao outro com um sorriso amarelo. - Mãe?! Err... ã-rã.. não...
- "Putaquepariu, desliga isso!" - Gesticulava Aizu.
- Err... sei mãe, não, eu tô na casa de um amigo fazendo dever de cas.. eu sei mãe! Hm.. amanhã... não, tá..
Aizu, depois de pular e morder a manga da própria camisa de raiva, volta-se para o Koichi e tenta de todas as maneiras que ele desligue o telefone.
- Sei.. tã mamãe, tá eu s.. eu já comi sim, mamãe, Eu vou comer na casa dele, sim! TÁ! - Koichi olhou maliciosamente para o outro. - O que a gente vai comer?! Ah, aí já é querer saber de mais, mamãe! Sim..
- "Desliga essa merdaaaaa!!!"
- Táaaaaaa mamãe, olha, eu tenho que desligar, meus créditos.. Eu sei que foi a senhora que ligou... eer.. eu quis dizer a bateria, mãe, a bateria, ela vai..."
*Tu, tu tu...
- Ufa..

- Joga isso longe! - Aizu pegou o celular dele e jogou-o pelo quarto.
- Meu celular novinho!!!!!
- Deixa ele pra lá, hoje somos só nós... - O garoto de olhos verdes pegou o outro pela cintura, abraçando-o com um ar bem sensual.
- Hmm... tá mais safado hoje, hein... - Respondeu, segurando a camisa do outro, dando um passo para trás. - Ops! - E caindo sobre a cama, com Aizu caindo sobre ele.
- E aí, qual será o cardápio do dia? - Perguntou maliciosamente Aizu, abraçando Koichi e puxando-o para o centro da cama, arrastando todo o lençol.
- Hmm... senhor, hoje nós recomendamos Le petit de...
* HAM-TA-RO~! Panda, Aurélio e Tureco MEU HAM-HAM~! Soninho, Bijou, Fofucho.. SOU SEU FÃ~!

- Q-que-que é isso?!?!? - Perguntou Koichi, que pulou para o espelho da cama de susto.
- Hã.... é... ah, é a minha irmã. - Respondeu o outro, com o rosto vermelho mexendo em algo abaixo de sua cintura.
- QUÊ?!? - Koichi puxou o lençol até o pescoço, cobrindo-se. - Co-como você deixou que ela ent..
- Meu celular. - Disse mostrando o aparelho, depois de cancelar a ligação.
- Ahhh... - Suspirou curvando-se para frente.
- E aí... vamos..?
- Hmmm.... não seeeeeei... - Respondeu o cínico Koichi engatinhando sobre a cama indo até o seu Aizu.
- Ah... não sabe? E se por acaso eu.... - Aizu cobriu-se com o lençol e foi se arrastando pela cama.
- O q-que você vai fazer? - Koichi sentiu as mãos do outro passarem suavemente próximo ao do seu corpo, causando-lhe arrepios.
- Eu só vou....
*Soninho, Bijou, Fofucho.. SOU SEU FÃ~!
- DENOVO?!? - Koichi puxou o lençol. - Por que não desliga??
- E que minha irmãzinha tá sozinha em casa..
- VOCÊ DEIXOU A SUA IRM..
- Péra, é uma mensagem... - Respondeu, ficando de joelhos na cama enquanto teclava no celular.
"Niisan, socorro, tem um tarado querendo invadir a casa! Kowaaai! >_< Vem logo Niisan!!!"
- QUÊ?????? - Aizu pulou da cama, desesperado.
- O que foi? O que foi??? - Koichi foi atrás dele.
- Alôoo, alô, maninha! Tá me ouvindo, alôoooo, calma, eu vou ligar pra a polí..
-- Niisan, finalmente atendeu!
- E-e-eeeu já vou pra aí! - Aizu corria para todos os lados com Koichi ao seu lado tentando ouvir a conversa.
-- Pra quê?
- V-você não tá desesperada e c..
-- Ah, você não quis atender o celular daí eu tive que chamar a sua atenção como sempre.
- Putaquepariu... - Aizu deu um tapa no meio da cara.
-- Ne niisan, onde estão os meus cd's de Magical Doremi?
- Você me ligou apenas pra isso..? - Perguntou com a mão ainda pregada no rosto.
-- Niisaaaaaan, vai, diz onde é que tá!
- O especial de primavera tá na gaveta de cima. - Falou bem baixinho.
- Você assiste isso, Aizu?!? - Perguntou Koichi no mesmo tom, chocado.
-- Niisan, quem é que tá com você?
- Ahm... é a televisão.
-- A televisão sabe seu nome, niisan? - A irmã perguntou irritantemente inocente.
- Hã... era só isso? - Perguntou, Koichi abafou umas risadinhas.
-- Hmmmmmmmm............ só ^^ Jaa niisan! Agora eu vou poder dizer pra a mamãe que você tá faze...
* Tu, tu tu...
- Agora sem interrupções? - Perguntou Koichi.
- Sem interrupções.
- Me diz, você gosta mais de qual das Doremi, heim Zuzu ? - Perguntou cinicamente, apenas para provocá-lo.
- Ahhh, não enche Koichiii! - Respondeu Aizu puxando-o pelo braço e jogando-o sobre a cama.
- Nossa, que violento... - Disse o garoto com os olhos púrpura surpresos mas sem deixar o ar de cinismo, ao ser puxado para o centro da cama. - Vai me estuprar agora?
- Pff..Wahahahaaa~~! - Aizu não agüentou e caiu na risada, permanecendo de quatro sobre o corpo de Koichi. - Assim você tira a minha concentração!
- Tirei sua concentração pra quê?! Ia mesmo me estuprar?!? Assim... à seco?
- Se o problema é esse então... - Quando Aizu fez menção de inclinar-se para beijar o garoto...
- WAAAAAAHHHHHHH!!!!!!!!
- O que foi? O que foi?!?!?!?
- T-t-t-t-t-tem alguém lá fora!
- Onde?
- Olha embaixo da porta! - Koichi apontou e embaixo dela realmente dava para ver a sombra de alguém passando.
- É a sombra da luz, Koichi!
- É... a sombra da luz vai pra frente e pra trás, ne Zuzu!
- Táaaa, já tô indo ver.. - Aizu abriu a porta.
- Serviço de quarto! - Disse o homem todo animado. - Uhh... - E vendo que Aizu abriu a porta demais...
- Err... n-não é o que você está pensando, ele é só...
- Tuuuuudo bem, aqui ninguém liga! ^^ Deseja alguma coisa? Docinhos extras, estimulantes, produtos, preservativos...
Então Aizu lembrou que havia esquecido de trazer os últimos.
- Quero esse últimos, sim? - Ao receber a tira com os preservativos, Aizu ficou olhando para ela como se procurasse algo.. - Hmm... a bula com o modo de usar vem dentro de cada um deles?
- AHAHAHAHAHA~~!
- AHAHAHA~! - O garoto começou a rir também, para disfarçar.
- Tá brincando, né?
- Ahahaa.. claro! pff.. hehe..
- Mais alguma coisa?
- Err... ah, me dá isso aqui! - E tomou uma plaquinha de "Não perturbe" e colocou na porta. - Obrigado.
*Blam!*


Passo à passo ao Amor... Passo03


- Que risadas foram aquelas?
- Err... hmm... - Aizu olhava para todos os lados. - É que eu esqueci as chaves do lado de fora! Ahahahaha~~!!!
- Você o quê?!?
(Nota: Apesar de ter usado isso como uma "desculpa", ele REALMENTE havia esquecido as chaves do lado de fora.)
- Olha o que eu consegui! - Falou mostrando os preservativos.
Koichi engoliu seco, mesmo sabendo o que havia ido fazer nesse lugar, ainda se surpreendia com o que teria que fazer.
- Er.. legaaal!! Tem de quê?
- Hmm... sabe que eu nem prestei atenção... Vejamos... tem de uva, morango, maçã verde, eucalipto e hã... banana.
- Legaal, hehehe.... - Ele olhava tudo e já se imaginando com uma daquelas... suando frio.
- B-bom... - Foi a vez do Aizu engolir seco. - Celulares desligados, portas trancadas... - Ele se aproximava mais e mais da cama, apertando os preservativos na mão, de nervosismo. - Err... vamos?
*Dokun dokun dokun...
Ambos tentavam desesperadamente disfarçar o nervosismo, porém não sabiam que um não notava o desespero do outro pois estavam mais preocupados com os sentimentos deles próprios.
- A..aacho q-que não estou preparado ainda... - Koichi falou baixinho, olhando para os lados, todo ruborizado e ainda tropeçando nas palavras..
- Q-quê... você disse? - Com o seu próprio nervosismo, Aizu conseguiu apenas captar o "não" e o "preparado".
- O ambiente não está preparado ainda!
- Hã?
- O ambiente, o clima, o feng-shui! - Koichi pulou na cama e apontou para todos os lados do quarto.
- Hã... um quarto, uma cama, uma porta fechada... o que mais você quer? - Perguntou o outro, sem entender.
- É que eu não imaginava assim que seria a minha prim.. a nossa primeira vez juntos, Aizu! Quero um clima mais... envolvente!
- Como o quê?
- Péra...
Koichi levantou-se, saiu correu por todo o quarto até que abriu um armário de mogno e encontrou um aparelho de som e vários cd's.
- Música. Bem pensado.
Depois de escolhido um cd, ele acendeu uns incensos.
- Agora isso pra quê?
- Feng-shui, Aizu, Feng-shui!
- Tá..
Então começou a tocar um tema indiano para sessões de yoga e meditação...
- O que é isso?
- Ah, é um tal de "Os 7 Chakras Tonglen em Shiva" ou coisa assim..
- Hã? Vamos meditar?
- Não, vamos relaxar... - Respondeu Koichi sentando-se no chão e fechando os olhos. - Posição "Flor de lótus", Aizu. Vamos primeiro encontrar o nosso ponto tântrico.. - E ao falar isso, assumiu uma pose completamente estranha, deitando-se de barriga para baixo e contorcendo o corpo colocando os pés para cima.
- Que coisa mais Kama-sutra...
E numa dessas poses estranhas, a fumaça de um incenso muito forte entrou de vez pelas narinas de Koichi, fazendo-o tossir.
- Câimbra! Câimbra na barriga! - Exclamou desesperado sem conseguir se livrar da posição.
- Koichiiiiii!!!!! - Aizu correu desdobrando-o como uma folha de papel, mantendo-o de barriga para cima, massageando-a. - V-você está bem?
- Err.. hãmmnn... melhor agora... aiai...
- Não faça mais essas coisas estranhas, Koi! - Aizu continuava a massagear toda a extensão do abdômen do seu amado em movimentos circulares, perdendo-se por aquelas ondulações suaves de seu corpo alvo e macio... como um deserto feito do mais fino tecido..

Koichi por sua vez perdia-se em seus mares verdes preocupados, sentindo uma batida forte em seu coração a cada vez que lembrava que cada célula de seu amado estava empenhada em fazer apenas com que ele se sentisse melhor.

- Está melhor?
- Hã?
- Passou a câimbra?
- S-sim...
- Não invente mais de fazer essas coisas, ouviu!
- JÁ SEEEEEI!!!!!!! - Koichi levantou-se num instante.
- O que foi??
- Temos que animar isso aqui, não é mesmo??
- Hã.. se você quer..
- Tenho uns cd's na minha bolsa! - Levantou-se e seus cabelos castanhos deslizavam pelo ar enquanto ele corria até a sua bolsa e voltava.
- O que é isso?
- Você vai ver...
Então começou a tocar um som bem pesado, fazendo as caixas de som por todo quarto vibrarem.
- Repito: O que é isso???
- Eh Punk Metal!!!! Uhuuu!!!! - Respondeu pulando por todo o quarto, sacudindo seus cabelos para todo o lado.
- Tudo bem mas... isso não é para um "clima romântico".
- YEEEEEAAAAAHHHHH~~~~~!!!!!!
- Sei...
- Abaixa essa porcaria! Eu quero trepar!!!! - Gritou alguém do quarto de baixo batendo no teto.
- Hã... desculpaí! - Koichi então tirou o cd.
- Eu avisei...
- Avisou o quê?
- Que não era pra um clima romântico.
- Então o que você sugere?
- Hmm... - Aizu deu uma olhada nos cd's.
Nisso começou a tocar um som suave e instrumental, formado por violinos, instrumentos de sopro...
- Aizuri, isso é música clássica !
- Eu sei, o que é que tem?
- Música clássica é tão... é tão... clássica!
- Justamente!
- Err... bem... tá, se você quer...
- Olha, se você não quer, é só dizer, por mim tudo bem... - Disse Aizu, levantando a mão para desligar o aparelho.
- Não, pode deixar eu... - Koichi colocou a mão sobre a sua, evitando que ele desligasse.
- Koi.. eu realmente não me importo com o som que venha dessas músicas... - Falou segurando a mão dele com as suas. -... pois pra mim basta o som de sua voz...
- Ai...zu.. - Koichi simplesmente não conseguia evitar de ser levado pelas correntes daquele aparente calmo mar verde-água..
Aizu tocou seu rosto e o ajudou a se levantar.
- Aizu... não fala assim que minhas pernas perdem as forças.. - Falou rindo.
- Se elas perderem as forças eu vou estar aqui pra te apoiar. - O garoto, ao dizer isso o levou até a cama.
- Aizu...
- Sim..? - Nesse momento já estavam deitados na cama.
- Isso foi só pra me enrolar, soltar os cd's e me jogar na cama? - Perguntou com seu típico cinismo.
- Bom... se você quer entender assim... - Respondeu o outro cobrindo ambos com o lençol.
- Pra mim tanto faz.. só o que me importa é que finalmente... depois de muito tempo, estou aqui com você... - Disse suavemente olhando as jóias púrpuras dos olhos de seu amado, cintilando para ele, enquanto alisava seus cabelos. - Finalmente...


--- Mon Dieu, ce romantique! Ah, aqui é o Monsieur Jollé novamente! Bom, agora que vocês já viram o que aconteceu até aquele momento de descobertas *Ta~dãaaaaan!!* Agora voltaremos a programação atual! Ah, e atentem para o que deve e o que não se deve fazer numa primeira noite (ou primeira tarde, ou primeira madrugada.. ah, o horário de vocês!) à dois (Ou si vous préfère, un Ménage a trois! Shishishi...XD) Bem.. vocês entenderam... Então, vamos dar continuidade a nossa programação..


~ OH MEU DEEEEEUS !!!!!!!!!


Passo à passo ao Amor... Passo04q


- E agora o que vamos fazer? O que vamos fazeeeeeeeeeeer????????? - Perguntava um Koichi histérico, correndo em cima da cama.
- Por que você não me avisou antes???? - Perguntou Aizu, não muito diferente do estado do outro garoto.
- Eu pensei que era óbvio!
- Como assim óbvio?!? Pra ser virgem tem que tá na cara?
- Err.. acho que sim, você nunca percebeu quando eu me fazia de desentendido e inocente?
- Eu pensei que fosse apenas joguinho de provocação!
- Eu REALMENTE não entendia e era inocente! - Exclamou dando um pulo na cama.
- Que você não entendia eu posso até aceitar, agora que você era inocente... pff.. vai enganar outro, haha!
- Você duvida desses olhinhos de rubi que você dizia que tãaaaaaaaaanto adorava? - Perguntou com seus olhos exageradamente grandes e brilhando.
- E você não percebeu que EU era virgem?
- Não, você nunca contou!
- "Eu pensei que era óbvio!" - Falou, imitando Koichi.
- Zuzu, para de me imitar!
- Então não me chame de Zuzu!
- Ninguém nunca iria dizer que você era virgem!
- Por que não?
- Hã... seus olhos... - Falou, olhando diretamente para eles.
- O que é que tem meus olhos? Por acaso tem escrito neles "Eu NÃO sou virgem" ?
- Não, é que eles são... verdes...
- O que tem a ver? Verde por acaso é sinônimo de perda de virgindade?
- Não, tolo.. é que quando olho pra eles.. eu esqueço do mundo à minha volta... simplesmente me perco neles...
Aizu ficou vermelho.
- Pim-pom! - Koichi então apertou o nariz dele como uma campainha. - Ahahaha!
- Koi... você é impossível! - Disse o outro, voltando a coloração normal. - E agora, o que vamos fazer?
- Hmm... cê tá excitado?
- Hã? - Aizu foi pego por uma pergunta inesperada. - Hmm... vejamos.. - E levantou o lençol. - Não.
- Nem eu.
- E agora? Vamos jogar xadrez? Brincar de cabra-cega pra passar o tempo? Verdade-ou-conseqüência...?
- Hmm... - Koichi então teve uma idéia. - Vamos brincar só de "conseqüência"... - Respondeu ficando de joelhos e se preparando pra se levantar.
- Como assim?
- Você vai ver...
O garoto levantou-se da cama e foi até a frente dela e começou a se movimentar sensualmente...
- O que você vai fazer?
- Você disse que já basta o som da minha voz, né Aizu?
- Hmm... sim.. por quê?
- Então... "Tã-tã-nã-nã-rã..tchhtáaar. tchhtáaar....." - Koichi começou a cantarolar (ou melhor, "tantanrolar") o tema clássico de strip-tease, enquanto abria o zíper.
- Huuh... - Aizu ficou de joelhos bem na borda da cama bem de frente de seu amado sensual.
- "Tã-tã-nã-nã...tchururu..." - Koichi tirou a camisa, rodopiou-a no ar e a passou pelo pescoço de Aizu.
- Não tenho dinheiro pra botar na sua cueca.. aceita crédito de video-game?
- Opa!
Aizu tirou um cartão azul de seu bolso e colocou na cueca do Koichi.
- Hmm... agora que recebi pagamento, vai ficar melhor! "Tcha-rã-rã-rã-tã...tchtáaa...tcháaa..." - Koichi foi até Aizu e abaixou o zíper de sua camisa branca.
Ambos acabam ficando sem camisa, e Koichi só de cueca (que por uma não-coincidência era verde-água).
Mas então o garoto safado para de tantarolar e corre até um armário.
- O que foi? Acabaram-se os créditos do video-game? - Perguntou o outro.
- Não, tive outra idéia. - Falava enquanto via algumas roupas...
- O que vai ser agora?
- Cosplayers! - Respondeu puxando uma roupa amarela de borracha.
- Isso não é cosplay, é uma fantasia. Mas tem até isso aqui?!
- Fantasia, que seja.. ah, tem tudo aqui! Péra, já vou me vestir! - E saiu correndo pro banheiro.
- Nossa.. nesse lugar tem tudo... - Aizu olhava para o armário aberto... a coleção de cd's... a decoração... - Koi, você ainda não me disse como você pagou a pernoite daqui...
- Hmm.. ah, não foi nada, esquece! - Respondeu lá de dentro.
- Pode falar, só quero ter uma idéia de quanto foi...
- Hã... a gente não já tá aqui? É o que importa, ne ne Aizu?
- Esse "ne ne Aizu" me dá um frio na barriga, eu sei quando você tá querendo me agradar só pra esconder a bomba que tá atrás... vamos, me diz quanto foi.
- Besteeeeeira! - Respondeu o outro ainda no banheiro.
- Koizuki!
- Ah, foi só seu playstation 2!
- O QUÊ??!?!?!?!?!?! - Aizu correu até a porta do banheiro. - VOCÊ VENDEU MEU PLAYSTATION ?!?!?!
- Hã.. foi, hehe.. - Respondeu colocando metade do rosto pra fora do banheiro.
- ABRE ESSA PORTA!!!! - E começou a bater.
- Ne ne Aizu o que é um playstation perto do nosso graaaaande amor que nós sentimos um pelo outro!
- KOIZUKI!!!!!!!!
- Aaah... o amor.. - suspirou - O amor é mais importante de tudo.. só ele é capaz de...
- MEU PLASTATION!!!!!!!
- Oh...O amor é um fogo que arde e não se sente, é um contento descontente... é dor que desatina sem doer...
- KOICHIIIII!!!!!!!!
- Tcharãaaaanss! - Koichi abre a porta de repente, fazendo Aizu cair de cara no chão. - O que achou?
O garoto sofrido visualiza o outro dos pés a cabeça (enquanto se levantava), vendo-o vestido de...
- Bombeiro! - Exclamou o próprio. - Pra apagar o fogo daqueles que se desesperam..
- Quem vai se desesperar vai ser você!
- Waah! - Aizu correu atrás de Koichi por todo o quarto, este segurando uma mangueira como manda o figurino (literalmente). - Calma, calma, calmaaa!!!!! - Então ligou a mangueira, molhando o outro completamente, jogando-o no chão.
- O que.. o que você fez!! - Exclamou Aizu vendo-se todo ensopado.
- Ehee.. desculpaí! Eu só queria esfriar a sua cabeça..
- Koichi... você.. você...
O bombeiro foi até ele, sentou-se ao seu lado e enxugou o seu rosto com as mãos, com um triste olhar de culpa.
- Desculpa Aizu... foi sem querer..
Assim como Koichi não resistia àqueles mares verdes-água, Aizu perdia toda a postura equilibrada quando mirava aquele par de rubis e sua suave voz deslizava por seus ouvidos.
- Só você mesmo pra fazer isso comigo, Koi..
- Me desculpa? - Perguntou novamente, de quatro com seu rosto quase colando no do outro.
- O que mais posso fazer além de sempre te desculpar?
- Hmm.. podia me bater de vez em quanto..
- Não nasci com essas mãos pra bater em você, apenas pra tocar você...
- Aizu... WAAAAAAAHHHHHH!!!!!!!!!!!!
Por um descuido, a mangueira ligou e saiu jorrando água pra todos os lados.
- Segura!!!!!
Aizu pulou sobre a mangueira, fechando-a rapidamente.
- Por pouco não ensopamos todo o quarto.
- Imagina só! - Disse o outro, enrolando a mangueira.
- Aí eu teria que vender o resto dos seus games pra pagar o prejuízo, hihi...
- Como assim "o resto dos meus games" ? Não vai me dizer que ...
- Ne ne Aizu, aqui tem roupa de padre também! ^^ - Disse o outro beeeem longe vendo as roupas do armário.
- Um padre é o que você vai precisar quando for o seu enterro! - E saiu correndo com a mangueira atrás do safado Koichi.
- Waaaaaaaaaaaahhh Aizuuuuuu!!!!!


Passo à passo ao Amor... Passo05


- Vem cá!!!
- Nãaaaao! - Koichi correu para o banheiro e fazia menção de fechar a porta quando Aizu abriu a mangueira e o jorro de água jogou o bombeiro para trás.
- Agora eu pego você! - Então entrou no banheiro também e fechou a porta com um chute.
- Você disse que disse que nasceu com mãos que não podiam me bater. - Disse o bombeiro dentro da banheira como um gatinho acuado.
- Eu disse que não podia te bater, mas não disse que não podia te matar!
- Não não Aizuuu!
- Que jogos você vendeu?
- S-s-só os de luta, que falta faria, ne ne Aizu?
- Agora você vai veeeeer!!!!
- Waaaaaaaaa!!!! >_<
- Peraí... cadê a água?
- Hmm... - Koichi olhou para o cano ligado à pia e seguiu-o com o olhar. - Err... a porta tá prendendo.
- Ah tá. - O outro abriu a porta e voltou a mirar o bombeiro. - Agora você vai v..WAAAAHHHH!!!!!!!!!!!
Mas a mangueira perdeu o controle e inundou todo o banheiro.
- Segura essa cobra! Seguraaaa!!!!!! - Gritava Koichi.
A mangueira, em sua total falta de direção, "correu" até o acuado Koichi.
- Mata! MATA!!! MATAAAAAAA!!!!!!!! WAAAAAA!!!!! >_<
- Ahahahaa~~!! - Aizu fechou a torneira, parando a mangueira, sem conseguir conter o riso.
- Koi, você tinha que ver a cara que VOCÊ fez! Ahahahaa~!! "Waah! Mata! Mata!!" Hehehhahaha!! - Imitou Aizu, segurando a barriga de tanto rir.
- Continua rindo Zuzu, continua..
- Wahuahuahaaahaaaa~~~~XD!!
- O bombeiro aqui tem uma "mangueira extra", e posso muito bem usá-la também...
- Hihihehehe.. como? - Aizu chorava de tanto rir.
- Assim! - Koichi levantou-se na banheira, e quando ia abrindo a roupa (e saindo ao mesmo tempo) escorregou na superfície lisa e caiu violentamente para frente.
- Cuidado!! - Aizu segurou-o a tempo, Koichi com seu rosto colado à sua barriga, e este ficou imediatamente sem reação. - Por pouco seria um acidente feio...
- Desculpa.. - Respondeu mecanicamente, ainda surpreso com o ocorrido. - Desculpa.. só faço besteira mesmo... - Disse enquanto lágrimas desciam de seus olhos de rubi, ainda com aquela expressão de choque, abraçando a cintura de Aizu.
- Koi, não exagera...
- Você sabe que é verdade, eu só faço besteir..
- Koichi. - Aizu levantou seu amado do chão, seguro seu rosto com as duas mãos e olhou bem fundo em seus olhos. - Se EU disse que VOCÊ está exagerando, é porque VOCÊ está SÓ exagerando.
- Un...
- "Segura essa cobra! Seguraaaa!" - Imitou Aizu e começou a rir.
- Zuzu safado!! - Disse Koichi, sacudindo o outro, rindo também. - Pelo menos não sou eu que vou chorar quando chegar em casa quando ver que foi vendido o playst.. - Aizu ficou sério imediatamente. - ...opa..
Aizu segurou os ombros de Koichi, com a expressão fria.
- E-eeu falei sem querer, desculpa, eu só...
Ele o colocou calmamente sentado na banheira.
- Eu não queria diz...
#Swaashh#
Aizu ligou o chuveiro sobre o Koichi.
- Ahahahaha!
- Aaaaaaaah Zuz... - O garoto de olhar marinho tapou sua boca com um dedo.
- Shhhhh... não acha que tá bom?
- É ne...
- Então o que você acha de...
- WAAH!
- O que foi?
- Tive uma idéia!
- Diga!
- Já que estamos aqui... por que não tomamos um banho... nós dois?
- Hã... se você acha que isso que acabamos de tomar não foi um banho então...
- Quando eu digo banho, é um banho meeeeeesmo!
- Como seria esse banho meeeeeesmo?
- Com banheira, com espuma, com água quente, com nós dois e sem roupa!
- Tudo bem, já que estamos aqui mesmo né... - Disse Aizu já tirando a camisa.
- Nãaao!
- Não o quê?
- Não tira agora!
- Por quê?
- Porque...err...Toalhas! Precisamos de toalhas! Estão molhadas!
- Hmm... tem umas secas ali. - Disse apontando para um armário.
- Err.. toalhas?! Eu quis dizer roupas! Nossas roupas!
- Vestimos quando tomarmos o banho, ué!
- Não, mas... - Koichi parecia desesperado, olhando para todos os lados. - Desde que eu era pequeno eu me acostumei a me vestir assim que eu acabava de tomar banho, sabe.. por favor Aizu...
O outro limitou-se apenas a olhar fundo em seus olhos, apenas pra certificar-se se ele não estava aprontando mais alguma coisa...
- Tudo bem... vamos buscar as roupas.. - E levantou-se da banheira, junto com Koichi.
- Vamos lá! ^^ - Koichi pegou a sua mão e saíram da banheira, mas quando estavam na soleira da porta... - Pega logo, Aizu! - soltou a mão dele e fechou a porta.
- Heeey, o que você vai fazer!!
- Pega lá as roupas, please!
- Tá, tudo eu sozinho... - E Aizu foi até as bolsas e procurou roupas secas para os dois... e em meio a elas, encontrou uma foto dos dois na bolsa do Koichi, quando uma amiga tirou no dia em que se conheceram... com a lembrança ele deu um sorriso...
Pouco depois ele voltou com as roupas.
- Tá aqui Koichi, seu escravo acaba de trazê-las e...
Aizu fica surpreso ao ver Koichi, com o rosto vermelho, já na banheira coberta de espuma (e sem roupa, mas a espuma o cobria dos ombros para baixo) e aquele vapor quente de hortelã...
- Não me diga que...
- N-não vem...? - Perguntou Koichi tentando esconder o seu rubor afundando um pouco na banheira.
- Não me diga que você só fez isso pra não tirar a roupa na minha frente...
- Hã... tá, então eu não digo. - Disse, afundando mais e ficando com os olhos pra fora da água.
Aizu sorriu novamente, e em seguida foi para trás de Koichi.
- O que vai fazer aí?
- Não olhe.
Pouco depois, Koichi sentiu as pernas de seu amado deslizarem por suas costas até encostar na água.
- Se eu ainda não posso te ver sem roupa, você também ainda não vai me ver sem... - E ao dizer isso, sentou-se na banheira bem atrás de Koichi, este por sua vez ao sentir "algo" tocando a extremidade de sua coluna virou-se imediatamente ficando de frente para Aizu.
- Ehehe... é a "mangueira extra" né..? - Perguntou com um sorriso amarelo.
- Exatamente. - E ao dizer isso, Koichi corou violentamente. Aizu logo em seguida, apesar da calma aparente.
- Hmm... e agora.. o que podemos fazer...?
- Que tal isso? - Aizu então jogou água no rosto de Koichi.
- Pára!
- O quê?
- Páaraawagwaghahbb.. - A água foi diretamente em sua boca. - Você quer me matar?!
- Eu queria!
- Então toma isso também!
E começaram a jogar água um no outro, até que Aizu pegou um sabão.
- O que pretende com isso?
- Opa.. - Então o soltou na banheira.
- Isso é meio clichê, Aizu.
- Pode até ser, mas nunca perde a graça... - Respondeu afundando a mão e passando pelas pernas do outro.
- Acho que EU vou achar primeiro, hehe.. - Koichi passou as mãos por toda a coxa de Aizu, fazendo-o arrepiar-se a cada movimento.
- Hmm... e se EU achar..? - Aizu achou a barriga de Koichi e escorregou as mãos até as costelas, o que fez com que pulasse de tantas cócegas.
- Wahahaa.. mas quem vai achar, sou ee..... - Koichi, num movimento impensado, desceu uma das mãos pelo interior das coxas de Aizu.. desceu.. e pegou em algo que encheu a sua mão... - epa..
Koichi simplesmente ficou mais púrpura que a cor de seus olhos e congelou de choque.
- O que foi? - Perguntou o outro, sem saber.
Koichi ainda permanecia imóvel.
- E-e-e-e-ee-e-e-e-e-e-e-e-u p-p-p-p-p-peg-gu-guei o... ooo....
- Sabão? - Aizu levantou a mão de Koichi de onde ele tinha pegado.
- Sabão?! - Koichi olhou pra a própria mão. Realmente ele tinha encontrado o sabão. - Aah... - Então ele virou para trás e suspirou, como se fosse desmaiar de susto.
- Koi, cê tá bem?
- T-tô sim, já passou.
- Tem certeza?
- Tenho! - Koichi teve outra idéia, pra variar.
- O que é dessa vez?
- Eu sei o que pode nos ajudar a "brincar", Aizu... - Falou olhando para os lados.
- O quê?
- Me dá aquilo ali.. - E apontou para algo que estava atrás do outro.
Aizu se virou e ao ver uma ducha direcionável ficou chocado.
- O que você vai fazer com isso?
- Só vamos brincar de uma coisinha bem interessante...
*Doki doki doki doki....
- Hã... t-tá... você parece saber o que está fazendo... tomara... - E pegou a ducha.
- Não! Não é a ducha!
- E é o quê, então?
- É o que tá do lado dela!
E ao lado dela estava... um patinho de borracha.
- Ufaa....
- Patinhoooo!!!!!! O que pensou que eu ia fazer?
- N-nada.
- Kwén! - Koichi apertou o patinho e ele esguichou água em Aizu. - Ahahaha!
- Koi, isso é coisa de criança!
- Ah Aizu, já faz tempo que eu não brinco com isso, deixa eu me divertir! Kwéen! - E jogou mais água no outro. - Aliás.. brincar com quem a gente gosta é melhor ainda, ne ne Aizu...
Este por sua vez retribuiu com um sorriso romântico.
- Tá, então eu fico com o navio fantasma! - E Aizu pegou um navio de plástico. - Que vai assombrar o seu patinho! Ohohohoo!!
- Nãaaaao, o meu Patinhozilla vai comer o seu naviooo!! Nhaaackk!! Ahahahaa!


Passo à passo ao Amor... Passo06


- Ahahahaa... viu só, o meu patinho ganhou!!
- Mentira, meu navio passou por cima dele!
Koichi e Aizu saíram discutindo amistosamente do banheiro e foram para a cama... como se houvesse um canto melhor pra ficarem.
- Wah! - Koichi caiu de costas na cama e de braços abertos, suspirando. - Brinquedos... não é que eles podem nos ajudar com o nosso probleminha?
- E temos um probleminha?
- Sim, em como vamos consumar a nossa relaçãozinha!
- E porque você tá falando desse jeitinho?
- Por que é legalzinho, e você tambémzinho!
- "Tambémzinho"?!?
- Ahh, o que acha?
- Acho do quê?!
- De brinquedos, ora! Vamos usar brinquedos!
- Tá... contanto que eu não tenha que "comer o patinho" muito menos vice-versa, pra mim tudo bem..
- Não vai ser um patinho... - Respondeu Koichi, abrindo uma gaveta ao lado da cama e procurando algo...
- E vai ser o que, então?
- Diga olá ao senhor vibrador!!! ^^
- O QUÊ?!?!?!? - Aizu pulou da cama. - V-v-v-você por acaso engoliu detergente?!? Você tá louco?!?
- Ahh... sei lá... se todo mundo usa acho que não é tão ruim assim... - Comentou Koichi olhando para o objeto, este era um modelo simples, branco, semelhante ao formato de uma bala de revolver (agora o calibre desse revolver não me perguntem XD) e uma tomada. - Eu acho..
- Você já usou isso, por acaso?
- E quem disse que sou EU que vai usar?
- Você não tá achando que EU vou usar isso, né?
- Ne ne Aizu....
- Nem vem! - O garoto foi se afastando na cama, sentando e cobrindo a sua "retaguarda" da melhor maneira possível. - Vai pra lá com isso.
- Hmm... - Koichi olhava para o objeto pensativo... - Será que dói?
- E EU QUE VOU SABER?!?!?!
- Hmmm....- E continuava olhando... vendo o comprimento... - Ne ne Aizuuuuuuuu.......- E falou com aquele jeito que só ele sabe fazer (quase como um gemido, por sinal).
- Não!
- Aizuuuuuuuuuuuu........
- Eu já disse que não!
- Aizuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!!!
- Não, não e não! Bota você!
- Não sei... - e continuava olhando, com um dedo no queixo.
- Koichi.. vai que você ligue e dê um baita choque?
- Hmm.... é né? - E continua olhando... - E vai que ele entra e não sai?
Aizu abafou o riso.
- Eu queria ver você sair correndo por esse lugar todo com um fio saindo pela bunda... ahahahahaaaaaa~~!!
- Credo! - Então ele soltou, e voltou a olhar a gaveta. - Olha, tem esse macaquinho também!
- O que ele faz? - Perguntou se aproximando a gaveta lentamente.
- Sei lá... deixa eu ver... - Koichi procurou a caixa. - Ah, é um vibrador também.
Aizu sentou-se imediatamente.
- Como ele pode ser um também?!?
- Sei lá... as mãos dele? O rabo?!
- Eu hein...
- Deixa eu ligar... - Koichi ligou-o na tomada e finalmente entendeu como funcionava. - Aaaaaaaaahh! É a cabeça!!!
Realmente a cabeça do animal girava de um lado para o outro e tremia as vezes.
- O que mais tem?
- Hmm... aqui tem um cachorro, um rato, um tigre, um porco, um boi, um coelho, um galo.... hhmm.. tem um monte, só não tem um gato? Por que será...
- Só tem bicho aí?
- Não.. tem uma mão aqui..
- UMA MÃO?!?!
- Uma mão de brinquedo... ah, nossa!
- O que foi?
- Olha como ela se mexe! - Ambos olharam espantados. - Ooohh!
- O que é isso? - Koichi achou uma coisa estranha. - Parece com aquelas coisas de cozinha para bater clara de ovo...hêhê..
Aizu pegou o objeto e posicionou-o sobre a cabeça de Koichi.
- O que vai fazer?
Ele então desceu sobre a sua cabeça, causando-lhe arrepios...
- Uuui... como você sabe usar isso?
- Isso é um relaxador de tensões... - Dizia calmamente enquanto massageava a cabeça do outro. - Pode chamar de "Orgasmotron"
- Ahahahaaa...fff...uuuuiii!!
- Tem esse outro também. - Aizu pegou algo que parecia uma colher de madeira com uma rodinha na ponta e passou nas costas do Koichi, que sentia-se nas nuvens..
- C-c-como você conhece essas coisas?
- Quando eu e a minha irmã íamos à praia quando eu era menor... eu via muito essas coisas...
- Aaaaaaai... eu vou pro céeu... - Koichi deitou-se de bruços e Aizu subiu em cima dele, massageando as suas costas.
- Koichi... lembra que eu falei que essas mãos serviam apenas pra tocar você?
- Unnnn.....
- Elas também servem pra massagear você. - Então ele soltou o objeto e começou a massagear as costas de seu amado lentamente.
- AAAAAAAAAAAHHH!!!!!!
- Tá doendo? - Aizu parou imediatamente.
- Não! É TÃO BOMMMMM!!!!!!!!! CONTINUA!!!
Aizu voltou a fazer a massagem... (a essa altura Koichi estava novamente sem camisa) suas mãos transcorriam por aquele suave deserto novamente... ia... e voltava.... como as ondas em uma praia...

Ele ia até o seu pescoço e inclinava-se até quase beijá-lo, mas recuava no ultimo segundo.... já Koichi simplesmente sentia que não estava ali. Estava em algum lugar... ou melhor, estava em nenhum lugar, apenas estava com Aizu... apenas...

Koichi as vezes voltava a perceber que estava naquele quarto... e numa dessas vezes, ele focou algo que seus olhos não haviam visto... até agora.
- WAAAAH!!
- O que foi? Tá doendo agora!
- Como eu não tinha pensado nisso antes!
- No quê?!
- Olha ali pro armário! - E apontou para ele, estava entreaberto.
- O que tem ele?
- Olha mais em baixo!
- Hã?
E no exato ponto em que Koichi estava apontando, estava.... um chicote.


Passo à passo ao Amor... Passo07w


- Ainda tô vendo nada.
- Ah não? - Então ele se levantou e correu até o armário.
- O que você tá vend... Ah meu Deus... você não vai...
- Vooooou... - Koichi virou-se com o chicote na mão.
- Não, você não vai...
- Voooouuu...
*Shpah!
- Nem pense nisso!
- Tem mais coisinhas aqui, vem ver!
- É, é melhor eu ver mesmo... assim EU amarro você.
- Viu, já pegou o espírito da coisa!
Ambos puxaram a gaveta do armário.
- Olha só... - Koichi puxou uma caixa onde estava escrito "Santa Inquisição" - Tem vela, espinho, algema, óleo, pimenta... tem até aqueles aparelhinhos de dar choque!
- Hmm...
- E aí?
- Como assim "e aí"?!
- Vamos brincar?
- Chama isso de brincar?! - Exclamou Aizu, mostrando a caixa.
- Aizuu.. tudo isso é só pra "apimentar" a nossa relação... - Disse mostrando o vidro de pimenta. - Você sabe... não sabemos de muita coisa, não sabemos como chegar um ao outro... aí... quem sabe.... eu pensei que...
- Não, você não pensou e nem vai pensar.
- Aizuuuuu.......
- Não.
- Aizuuuuuuuuuuu......... - E seu olhos iam aumentando desproporcionalmente de tamanho.
- Nãaaaaaaaaaao.
- Aizuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu.........
- Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao.
- Prefere o vibrador então?
- Também não, qual quer coisa menos o vibrador.
- O Aizu-kun disse qualquer coisaaa!!
- Eu quis dizer qualquer coisa incluindo essas coisas de sado-masoquismo.
- O Aizu-kun disse qualquer coisa MENOS o vibrador!!
- Koichiiiiiii.......
- E se eu prometer que não vai doer?
- Como você sabe que não vai doer?
- Como você sabe que vai doer? - Retrucou Koichi. - E aliás, se a gente for esperar não sentir dor, vamos ficar virgens pra sempre.
- Isso é verdade.
- Então que tal nos acostumarmos logo com a dor? Afinal, será habitual, nem tem pra onde correr.
- Koichi.. ¬¬ Você REALMENTE sabe como convencer alguém. Tudo bem, eu topo.
- Então que tal começarmos com o mais difícil! Assim o que tem menos dor será irrelevante depois! - Disse mostrando as correntes e o aparelho de choque.
- Peraí, você já quer demais!
- Táaaaaa... vamos pelo nível 1.
- Nível 1 ?
- Ora, tudo começa pelo nível 1, não é?
- E como será esse seu nível 1 ?

***

- Oh senhor das trevas, receba essa alma como oferenda... - Recitava Koichi concentrado em um livro numa mão com um punhal na outra.
- Tem certeza que isso é sado-masoquismo, Koichiii? - Perguntava Aizu que estava deitado em um pentagrama cercado por velas.
- Não me interrompa... tudo faz parte do ritual... ohmmm.....
- Ritual?!?
- Ad dueh Dambballa... dai-me o poder eu imploro...... - Repetia Koichi, então o quarto começou a tremer e as luzes a piscar.
- O que está acontecendo?!?! - Os móveis rangiam, pequenos objetos simplesmente voavam para todos os lados, imagens e sombras grotescas se materializavam nas paredes. - Onde você viu esse "ritual", Koichi??
- A noiva de Chucky! ^^
- Putaquepariu, isso é um ritual demoníaco!!!!!
- Quê?!?!?!? - Então tudo parou e os móveis caíram no chão.
- Você é doido?!?
- Eu pensei que era só filme... - Koichi falou inocentemente.
*Kwén*
- Waaaaaah!!!!!!!! - Koichi pulou pra cima do Aizu.
- Isso foi... o patinho? - Aizu perguntou e ambos se olharam.

***

- Tadinho dele! - Exclamou Koichi. O patinho fora jogado pela janela.
- Agora, deixa que EU faço o sado-masoquismo.
- O que você vai fazer?
Aizu vira-se segurando um par de algemas.
- Uuhhh... tô gostando de ver...

E então voltaram... para a cama!

***

- Péra, segura com força isso aí!
- Isso dói!
- Você não queria dor?
- Mas a "dor habitual" não vai ser aqui, né?
Aizu havia prendido um braço de seu amado num dos lados da cama, e ambos cobertos pelo lençol - idéia do Koichi - para que fosse um pouco mais difícil.
- Agora você vai passar seu braço por cima do meu.. - Indicava o garoto de suados cabelos pretos.
- Calma, tá mais difícil agora! Parece aquelas brincadeira de "pé direito no vermelho e braço esquerdo no preto"!
- Você não queria coisas difíceis?
- É, por que eu não tenho medo de desafios!
- Então mostre que sabe prender isso aqui.
- Calma...
- Ei essa é a minha mão!...Aí.. pronto!
Ambos estavam presos na cama. Koichi, de barriga para cima, estava com o braço esquerdo preso no lado esquerdo da cama, juntamente com o braço direito de Aizu, que estava deitado sobre ele (mas com esse braço amarrado com uma corda), já o seu outro braço (o esquerdo) estava algemado com no outro lado da cama juntamente com o braço direito de Koichi (sendo o seu amarrado com uma corda também). Resumindo: Estava Aizu sobre Koichi e cada um com um braço preso em uma algema e outro em uma corda, alternando.
- Arff... arf...Nossa, que erótico! - Exclamou Koichi.
- Arff... arf...Você acha?
- É estranho mas...arff... é legal! Haha...aarrff...
Ambos os corpos estavam semi-nus, quentes, com um peito colado no outro, ofegantes e com suas respirações encontrando uma o rosto do outro.
- Que loucura... - Disse Aizu, encantado com o rosto animado de seu amado.
- Imagina se nossos pais entrassem no quarto agora, o que iriam pensar...
- Bate na boca! Tá louco!
- Ou se a janela abrisse e um carinha lá do prédio visinho visse a gente por um binóculo...
- Pára de imaginar coisas! - Exclamou Aizu, já começando a ter uma crise de pânico. - Bom... aqui tá bom mas... vamos sair agora?
- Hmm... tudo bem!
- É... já tá me dando uma aflição aqui.. hehe... pode abrir, Koi!
- Ué, não é você que está com as chaves?

* tique no olho, falta de ar, sensação de "engoli uma pedra inteira de gelo de posto de gasolina" e sensação de "onde está o chão?"*

- Hehe... cê tá brincando, né?
- Eu não, por quê?
- Não, é sério, diga que estão com você.
- Só se fosse verdade. - Respondeu Koichi. - Isso que pingou em mim agora foi suor frio?
- KOOOOOOOIIIIIIIIIICHIIIIIIIIIIIIIIIIIII~~~~!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
- MEUS OUVIDOS, CACETE!!!!!
- Estamos presos!!!
- Isso eu sei! Agora o que vamos fazer?!?!?!?! - Koichi começou a se sacudir. - Vamos nos mexer, quebrar a cama com o nosso peso e sair correndo!! Waaaaah!!! Eu sou jovem demais pra morrer!!!
- Calma!! Vamos sair daqui! Calma!
- Waaaaaaaaaaaaaahhhhhh!!!!!!!
- Pára de gritar nos meus ouvidos!!!
- Vamos morreeeeeeeeeeeeeeerrrr!!!!!!!
- Não vamos morrer, Koichi!
- Meu nariz, meu nariz tá coçando!! - Koichi começou a se sacudir. - MEU NARIZ TÁ COÇANDO!!!!!!
- CALMA!!! Deixa que eu dou um jeito!! - Aizu deu uma leve mordida no nariz de seu amado.
- Oww... passou... que bonitinho... disso me dá vontade de ficar preso aqui...
- Pra sempre, Koichi? - Provocou Aizu.
- Nãaaaaaaaaaaaoo!!!!!! Waaaaah!!
- Por que eu fui lembrar... - murmurou.
- Xixiiiiii!! Quero fazer xixiii!!!!!!! Tô com falta de ar!! Meu pé tá coçando!!
- Calma!! Calma!! Você NÃO VAI fazer xixi em mim, ouviu bem! Calma, isso é só nervosismo.
- Ah é, você vai sentir quando o meu "nervosismo" molhar a cama toda! Eu quero saiiiiiirrrr!!!! - Koichi começou a espernear.
- Fica calado um pouco, eu preciso pensar!
- Waaaaaaaaaaahhhhhhhhh!!!!!!!!!!
- Cala a boca!!
- WAAAAAAAHH! O Aizu me mandou calar a boca!!!!! AWW....
Aizu então calou a sua boca com um beijo.

Um longo beijo.

- Pronto, parou?
- Aaaaaaarrrr.... hhmm... nossa Aizu. Você sabe como acalmar alguém.
- Olha, presta atenção, nós vamos sair daqui, entendeu?
- Entendi.
- Só precisamos pensar juntos, ok?
- Ok.
- Como eu estou virado para a parede eu não posso ver nada, então me diz, você consegue ver a chave de onde você está?
Koichi tentou olhar até onde conseguia.
- Hã... err.. Aizu... não é querendo ser romântico numa hora dessas mas já sendo... pra onde eu olho só vejo você, hehe..
- Que lindo... se realmente ajudasse, né? Mas isso já é um bom começo....
- Como você tá conseguindo manter a calma??
- Por que eu penso que pelo menos eu estou preso com você.
Koichi voltou a ficar extremamente vermelho.
- O que foi? Koichi... - Aizu olhava pra ele estranho.
- Hmm... nada, deve ser apenas uma reação alérgica.
- WAAAAAAAAAAHHHHH!!! SOCORROOOOO!!!!! ALGUÉM NOS TIRE DAQUII!!! - Aizu de repente perdeu o controle e começou a se debater. - TEM ALGUÉM AQUI MORRENDO!!!!!!
- Calma, só falei brincando!
- Brincando?!?!?! VOCÊ QUER ME M...MmMmMM...?!?!
Foi a fez de Koichi calar sua boca com um beijo.

Um longo beijo.

Mais longo que o anterior.

- Aizu?
- ...
- Aizu?!?!? Você tá roxo?!?!?!?!
- T...tô bem.
- Sério mesmo?
- Sério mesmo.
- Sério sério mesmo?
- Sim, mas agora tive uma idéia de sair daqui.
- Nossa, meu beijo é tão potente assim?
- Bom... pode ser, né? Bom... o que importa é que já sei como podemos sair.. ou ao menos tentar.
- Como?
- Corte essa corda.
- Puuuuuuxa, que idéia interessante!!!!!!!!!!!!!!! Meu Deus, mas onde está a minha "faca inseparável para momentos de perigo"?!? Oooooooh não, esqueci, eu não tenho uma "faca inseparável para momentos de perigo"!!!!
- Baka, você vai ter que cortar essa corda com os dentes!
- Ah, lógico, como eu não tinha pens...COM OS DENTES?!?!
- Sim, sorte que eu amarrei as cordas afrouxadas, tem como puxar até a sua boca, morde essa daqui enquanto eu tento morder a do outro braço.

E depois de algum tempo eles conseguiram soltar os braços das cordas.
- Ótimo, mais ainda estamos presos com os outros braços na cama, esqueceu desse pequeno detalhe?
- Não, é aí que entramos com a força.
- Como assim?
Aizu olhava para todos os lados.
- Ah achei! - A chave estava em cima da caixa de artigos sado-masoquistas.
- Ainda não entendi, Aizu.
- Vamos ter que empurrar a cama até lá.
- A cama?!
- Não, a minha vó.
- Pára de zuzuar comigo!
- Tem idéia melhor?
- Tenho, é claro! - Koichi puxou o lençol, enrolou-o e jogou-o sobre a caixa.
O máximo que conseguiu foi derrubar a caixa e a chave.
- Tem idéia melhor? - Perguntou Koichi no mesmo tom do outro.
- Os dois.
- Os dois o quê?
- Arrastamos a cama pra mais perto e você joga o lençol.
- Ok.
Aizu desceu da cama e começou a puxá-la, em vão.
- Uuuuuugggghh...Mas que cama pesad... hey Koichi, desce daí e ajuda também! Ora...
- Você disse que eu jogava o lençol.
- E também "Arrastamos" a cama, engraçadinho. - Respondeu Aizu, rindo.
- Tá tá.
- No três: Um, dois...
Koichi começou a puxar a cama.
- É pesada!
- Eu disse no três!
- Acabou de dizer três! Vai, puxa também!
E os três, digo, os dois conseguiram puxar a cama para a frente. XD

- Mais pra frente?
- Só mais um pouco.
- Agora tá bom?
- Tá ótimo, agora vai com força mas devagar.
- Assim?
- Desse jeito!
- Ahahahaha~~!!! - Koichi começou a rir.
- O que foi?
- Quem ouve a gente falando isso pensa que estamos fazendo "alguma coisa".
- Bom... a intenção de vir aqui era justamente de fazer apenas essa "alguma coisa" mas...
- É, virgem nasceu pra sofrer mesmo...
Agora foi a vez de Aizu começar a rir.
Koichi conseguiu arrastar a chave até ele e abrir as algemas.
- Estamos livres!!! - Exclamou animado, pulando agarrado com seu Aizu.
- Êeeee!!!
- Tá pronto pra outra?? ^^
- Koi, respira mais por que eu acho que não entrou muito oxigênio na sua cabeça.
- Tô brincando!!
- Ah, tá.
- Mas a gente bem que podia fazer algo assim mais vezes, ne ne Aizu?
- Não.
- Aizuuuuuuuuu........


Passo à passo ao Amor... Passo08j


- E agora, o que faremos?
- Koi, não sei se foi devido à essa ultima experiência, mas eu estou sem idéias...
- Você nunca tem idéias, quem pensa em tudo aqui sou eu!
- Como é?
- É sim!
- Se não fosse eu, estaríamos ainda presos na cama.
- Mas se não fosse eu não teríamos pegado a chave.
- Ah, é assim?
- É assim sim!
- Ótimo. - Aizu se levantou e foi arrumar as suas coisas.
- É brincadeira, é brincadeira, é brincadeira! - Koichi correu atrás dele, abraçando-o por trás.
- Se é brincadeira, então por que você fala essas coisas? - Perguntou Aizu sem se virar.
- É por que... eu gosto de ver a sua carinha de irritado! ^^ - Respondeu, abraçando-o mais ainda.
- Koichi... então você gosta tanto assim de me ver quando eu tô com raiva? - Perguntou, finalmente virando-se, indignado.
Seus mares estavam tristes, o que tocou imediatamente a pedra de rubi.
- Não Aizu... você não entendeu bem... não fica assim.. - Koichi tentou consolá-lo, tomando a mesma expressão de seu amado. - Eu quis dizer que, mesmo que esteja triste, feliz, com raiva, animado, decepcionado... eu sempre vou gostar de você, não importa como você esteja.... Claro, se estiver feliz, eu vou estar feliz, se estiver triste, eu estarei ainda mais triste e por aí vai...
- Então porquê ficou feliz quando eu estou assim?
Seus verdes mares balançavam inconstantes.
- Por que eu sei que o contrário também acontece... então quando você estiver triste o com raiva... eu darei o máximo de mim pra estar feliz, pra que você também se sinta assim.
As ondas inconstantes ameaçavam derramar-se sobre a praia de seu rosto..
- Agora quando você não se anima mesmo que eu me sinta assim... eu... eu não sei mais o que fazer...
E a pedra de rubi chorou, derramando seu raro brilho efusivo pelo ar..
- Aí serei eu que terei que te animar... - Respondeu Aizu suavemente, abraçando-o, da mesma forma quando um descobriu que era do outro... - Desculpa.

Então levantou o seu rosto e carinhosamente perguntou: - Você me perdoa?

- "Não, mas é claro que eu tenho sempre que te perdoar, afinal, minhas mãos foram feitas pra se esfregarem em você, colocar um orgasmotron na sua cabeça e bla, bla bla.." - Imitou Koichi, e ambos começaram a rir.

- Ahahahaaa~!!!! T-t-á, o que vamos fazer agora? Qual vai ser a desculpa pra não cairmos de boca um no outro na cama dessa vez? - Perguntou Aizu.
- Nossa, que vulgar. o.O
- Isso não é vulgar, faz parte da "dor habitual" como você diz, não é?
- A gente sente dor caindo de boca um no outro, Aizu?
- Não sei, esqueceu, somos virgens, não sabemos a diferença entre uma banana e um car..
- Já entendi, já entendi, não precisa descer o nível. Bom... acho que tenho uma idéia..
- Com essa idéia precisamos nos machucar?
- Não.
- Nos amarrar?
- Também não.
- Fazer um ritual maligno?
- Não.
- Nos molhar?
- Hmmm... não.
- O que é então?
- Um filme!
- Um filme pornô gay?
- Não fale assim, diga "live-action de lemon yaoi".
- Tá. Que seja. Onde vamos arrumar um desses?
- Bom... temos uma televisão bem ali. - Koichi apontou para ela. - Então pela lógica...
Então ambos foram até o balcão onde estava a tal televisão.
Koichi abriu o tal balcão.
- Viu só? - Ele estava cheio de dvd's, cd's, vcd's e o que mais pudesse ter de d's.
- Qual deles vamos pegar?
- Não sei... só sei que em filmes vale a regra do contrário: Os que tiverem os nomes mais vulgares são os melhores em termos de "ação", sabe, tipo "Comendo Sunday", "Senhor dos Anais" e coisas do tipo...
- Como você sabe? - Perguntou Aizu, espantado.
- Hã.. ser virgem tem lá as suas utilidades, meu caro..
- Hmm... tá então..
Começaram a procurar filmes e mas filmes... não tinha ilustração, somente o nome do filme, talvez com o mero intuito de assustar as pessoas com o que elas realmente não estavam esperando (coisas da dona desse estabelecimento).
- "Vale Encantado"... acho que esse é bom.. - Sugeriu Aizu, analisado a caixa.
- Ahahahaaa... Sei onde fica esse "vale", tá, gostei desse, vamos assistir.
- Tem certeza?
- Por que não? Vamos!
- Oook! - Aizu levantou-se e colocou o filme.

Era um desenho animado.
- Desenho. - Observou Aizu, ainda meu sem entender.
- Yaoi lemon, ué! Só não é live-action Ahaha! - Comentou o outro, todo empolgado. - Agora que pobre anime traduziram o nome assim, hein..?
Então apareceram vários dinossauros.
- Lemon de dinossauros (?), uau! - Aizu não entendia bem, estava entre animado e espantado.
"-- Littlefoot, o pescoçudo que vivia na floresta d..." - Dizia o narrador do desenho.
- Ah, pegamos realmente o filme errado, Koi, vamos trocar... Koi..?
Koichi simplesmente estava com os braços juntinhos rente ao peito, com seus olhinhos cintilando, maravilhado.
- Koi?!
- Esse é o meu desenho favorito desde que eu tinha cinco anos!!! - Realmente, Koichi parecia um garotinho de cinco anos. - "Em busca do Vale Encantado!"
- Ah, ok ok, que legal, vamos escolher outro fil.. - Aizu fez menção de levantar-se para trocar o filme...
- NÃO!
- Por que não?
- Eu assistia ele direto quando era pequeno, daí a locadora fechou e eu nunca mais encontrei a fita... agora eu tô... eu tô... Cuidadu, u tiranoxauru, corra Patasaura!!! - Koichi realmente realmente realmente realmente estava empolgadíssimo com o filme, simplesmente aquele ERA o Koichi de cinco aninhos.
- Putaquepariu...
E o filme foi passando...

E passando...

- Waaaah, us tricórnius xaum muitu maaaaaus!

E passando....

- Kyaaaaa, corra, ele tá vivu! U TIRANOXAURU TÁ VIVU!!! - Koichi sacudia Aizu, que simplesmente estava em coma vegetativo.

E passando...

"-- Mamãe... mamãe!!!!!! Sou eu mamãee!!!!
E finalmente Littefoot conseguiu achar a sua mamãe na floresta de folhas-estrela, onde viveu feliz para sempre até o meteoro se chocar contra a terra e destruir todos os dinossauros... fim.."
- Nun foi lindu? - Perguntou Koichi, todo coberto de lágrimas (chorou desde o início do filme) e ainda com os olhos marejados. - Aizu? Aizuuu? - Cutucava-o. - AIZUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!!!!!!!!!!!! - Gritou em seu ouvido.
- Waaaaaahhhhh!!!!! Que foi?????? Tô aqui!!! Que foi?? Já acabou essa me... - Então ele viu o outro com um olhar extra exorbitante brilhante e cintilante. - Esse filme?
- Jáaaaaa....... foi taum lindu. Possu axixthi dinovu?
- Não.
- Ne ne Aiz..
- Nem tente! Agora é a minha vez de escolher um filme. - E puxou um aleatoriamente. - E se for um desenho eu tiro, ouviu?
- Un uuuun!
E puxou um qualquer e colocou no dvd.
O filme começava em uma casa à noite, e barulhos de gemidos.
- Hmm...começou bem...
A câmera vai até um quarto e focaliza um casal (homem e mulher) aos beijos e amassos.
- Ótimo, casal hetero. Tira. - Disse Koichi.
- Calma, deixa só eu ver que filme é.
- Tira.
- Péra.
- Tira.
--“Waaaaaaahhhh!!!”
A mocinha do filme morreu com uma facada nas costas, jogando todo o sangue falso pelo quarto.
- Legal, a mocinha morreu. Agora tira.
- É filme de terror!!!!!! - Disse Aizu todo animado. E trash, ainda por cima!!
- Odeio filmes de terror. Tenho medo. Quando eu era pequeno, o Freddy...
-- "Um...dois... o Freddy vem te pegar..."
- Tira. - Pediu novamente, dessa vez agarrado no braço de Aizu. - Não gosto do Freddy Kreugger.
- Não gosta ou tem medo?
- N...não gosto. Os filmes deles são...
--"Kyaaaaaaaa Kyaaaaaaaaa~~~~~~" - O mocinho é esquartejado.
- São.... malfeitos, o diretor não grava bem, os atores não atuam bem, o livro é melhor...- Koichi acabava com o filme, com os olhos fechados. - Tem furos na história...
- Uhh, e que furos!
- Olha esse!
-- "Waaaaaaaah!!!"
- Nãaaao! - Koichi abraçou-se bem forte em Aizu.
E assim o filme foi passando...
-- "Bwahahahahahaaa!!"
*Crashkk!*


E passando...

-- "Não, não! Waaaaaaaahh~~~~~~!"
*Sleshgh!"*

E passando...

-- "Finalmente matamos o Freddy, oh não ele voltou! Waaaaahhh!!"
*Sblofhtt*

-- "Eu voltarei... Mwahahahaaah~~~!"
--"Fim."

- Uuhuuuu!! Ele sempre volta!!! E aí Koichi! ...Koi?
O corpo de Koichi ainda estava abraçado com o Aizu.
- Koi?
- O filme acabou? - Perguntou, com a cabeça baixa.
- Sim, já acabou, Koi. - Respondeu sorrindo, por ver conhecer esse lado infantil que ele não conhecia tão a fundo - Não é por nada não, mas... você me abraçou com tanta força por tanto tempo que não sinto mais minhas pernas.
- QUÊ??? - Koichi deu um pulo.
- Brincadeira!
- Vai matar outro de zuzusto, vai!
- Ahahaa! - Aizu, querendo ou não, sempre acabava rindo quando Koichi fazia essas carinhas emburradas.
- O que foi? - Perguntou ainda com a mesma cara.
- Hahahaa!! Não.. não foi nada.. - Respondeu, apoiando-se nos ombros do amado, ainda rindo. - Seu rosto. É por isso que eu amo você.
Koichi mudou da raiva púrpura para o rubor vermelho vivo. Apesar de Koichi ser mais espontâneo e falar sempre na hora o que pensa, é Aizu o que diz algo sincero com mais facilidade.

- Pim-pom! - Foi a vez de Aizu apertar o seu nariz como uma campainha.

#Planck#
A luz de todos os quartos apagaram.

- Calma Koichi, eu estou aqui.
- Ai...zu...

Ouve-se passos indo até a cama.

Passos de pessoas em todos os andares, vozes reclamando, toques de celulares...

Mas naquele quarto, não se ouvia nada, nem a respiração sequer...

Por alguns instantes não se ouviu mais nada...

O silêncio e a escuridão foram as únicas testemunhas do que estava acontecendo...

Passos e mais passos...

#Planck#
A luz volta.

Aizu e Koichi estavam sentados no meio da cama selados em um beijo, silenciosamente...

Como se por uns instantes o mundo tivesse conspirado para que entre os dois realmente existisse o que para ambos era o que predominava ao redor... o nada, o silêncio... e apenas um ao outro...



Última edição por Elena em Ter Jul 24, 2012 2:19 am, editado 2 vez(es)
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Passo à passo ao Amor... Empty Re: Passo à passo ao Amor...

Mensagem por Elena Ter Jul 24, 2012 2:15 am

Passo à passo ao Amor... Passo09


- A luz voltou. - Foi a primeira coisa que foi ouvida naquele quarto, dita pela suave voz de Koichi.
- E quem se importa? - Respondeu o que se tornou a segunda coisa dita, pela doce voz de Aizu.

Permaneceram um olhando para o outro... como se as águas do verde mar tentassem lapidar o precioso rubi brilhante.

E ficaram se olhando...

Um admirando o outro...

Até que a suave voz de Koichi é ouvida novamente.

- Que coisa mais voyeur.
E ambos não agüentaram o riso.
- Tinha que quebrar o clima, Koichi?
- Eu quebrei?
- Logo agora que eu...
- Que você...
- Exatamente.
- Mentiraaaa!!!
- Ah... não sei bem..
- Naaaaaaaaaaaahhhhh........ Eu vou me matar.- Koichi afundou seu rosto entre os lençóis e cobriu a cabeça com o travesseiro.

Trinta segundos depois.

- WAAAAAAAAAAAHHhhhffffffrrrrrrrrrr............. arrff...arrrr......aaaaaarrrrrr......aaaaarrrrrr...
- Que foi? Não disse que iria se matar?
-Aaaaaarrrrr.....não.......
- Não vai mais?
- ......não ...... não consegui......arrrr....
- Ah, bom. ^^
- Vamos tentar de novo. Ambos voltaram a um olhar para o outro. À princípio permaneceram sérios. - Sessão voyeur de novo.
- Waaaahhh, pára com isso! - Disse Aizu, rindo.
- Tá ok, ok, vamos de novo, no já: Uma, duas, meia e já!
- Aaaahahahaaaa~~! Pára de brincadeirinhas, Koichi!
- Ok, ok, ok... respira fundo. - Foi o que fez. - Estala o pescoço... e pronto.

Passaram cinco segundos, Koichi fez uma careta e ambos riram.
- Foi um tique, eu juro que foi um tique!
Novamente...

Dessa vez quinze segundos...

Vinte segundos... e conseguiam focar apenas o olhar um do outro.

Trinta segundos...

Trinta e cinco...

- VOCÊ PISCOU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! EU GANHEEEEEEI! YEAH YEAH!! - Gritou Koichi.
- Senhor Koizuki... não... estávamos... brincando de ... quem pisca primeiro. - Disse o outro com um leve sorriso, tentando manter o equilíbrio.
- Hã... de "quem falar primeiro vai comer todas as porcarias do mundo"?
- Koichi, faça uma coisa séria, pelo menos uma vez!
- Mas eu não consigo!
- Você estava conseguindo! Eu sei que pode!
- Não! Eu não consigo!
- Consegue sim, que eu sei!
- NÃO!
- CONSEGUE SIM!!!
- NÃAAAO!!

*Paff...*

Koichi ficou sem reação, acabara de receber um tapa da pessoa que amava.
- Você pode falar falar e falar, mas na hora de agir você não consegue! É isso que me irrita em você! E também é o que irrita você, mas você não percebe! Por isso que nada da certo! A gente vem pra cá pra fazer uma coisa, mas acaba SEMPRE DANDO TUDO ERRADO! Por quê? Porque o Koichi não quer! Porque o Koichi não sabe fazer! Porque o Koichi diz que se vai dar errado, é porque e pronto! É porque o Koichi não conseg..
*Pfff!*
Aizu recebeu um soco da pessoa que ele amava, silenciando-o.

- Você exige TUDO de mim. Parece que esqueceu que a relação é à dois, não? Sei que eu sou um IDIOTA, QUE SÓ FAÇO TUDO ERRADO! CLARO! É TUDO MINHA CULPA! Mas é lógico, se eu não consigo ENTÂO MATEM O KOICHI!
- Por que você não faz as coisas à sério... Koizuki? - Perguntou com o rosto ainda abaixado.
- Eu não vou mudar só por que você quer!
- É mesmo, só EU tenho que mudar pra ficar com você, claro, por que você é o mais animado, tem as suas regalias, os outros que morram! Não é assim?
- Não é assim.
- Não é assim ou por que VOCÊ não quer que seja assim?
O verde mar avançava em fúria, assim como a outrora graciosa pedra, agora tornava-se rígida e pontuda.
- Por acaso o que eu quero ou o que eu deixo de querer vai fazer alguma diferença pra você?
- Não. Realmente não. Sinceramente não.
- Ótimo, porque agora eu penso da mesma forma.
- E por que eu vejo que foi um erro eu ter chegado até aqui, pra tentar algo mais sério com você.


O mar finalmente quebrou todas as barragens e levou a ultima ponta que mantinha o pequeno rubi em equilíbrio.


- Você quer saciar seus desejos, né?
- Queria.
- Nãaaaao, não tem essa história de queria, agora você VAI querer! Não é isso que quer? Pois é isso que EU quero também! - Exclamou levantando-se e puxando o resto de poupa que ainda tinha.


Passo à passo ao Amor... Passo10q


Koichi pulou em cima de Aizu, prendendo-o na cama.
- Koizuki, não quero machucar você!
- Não, pode machucar! Afinal, você já me machucou! - Dizia prendendo-o mais ainda, com as pernas e beijando o seu pescoço.
Aizu segurou o outro pelos ombros e ambos ficaram sentados na cama, mas Koichi rapidamente passou para as suas costas e jogou-o de bruços, prendendo as mãos dele com os seus joelhos.
- Koizuki!!!!
Koichi rapidamente puxou a sua calça, mas nesse momento Aizu voltou a ficar por cima, agora prendendo suas mãos atrás de seu corpo, mantendo-o de barriga para cima.
- Vem! Você não me quer? Então vem!! - Koichi cruzou suas pernas por trás do corpo de Aizu, jogando-o contra o seu corpo, Aizu tentava se soltar, mas a raiva de Koichi era tanta que ele não conseguia.
Então desceu suas mãos por todo o corpo de Aizu, beijando todo o seu tórax, Aizu por sua vez tentava evitar o máximo de brigas, mas quando via que era impossível, descia a mão em Koichi, na tentativa de soltar-se dele.
- Koizuki! ISSO JÁ PASSOU DO LIMITE!!
- Por que?? Por que... hein???
Aizu finalmente se solta, mas Koichi gira seu corpo, mantendo aquele e ele amava deitado de barriga para cima e senta sobre ele, prendendo novamente seus braços.
- Vamos Aizuri, me diz por que?? Por quê?? - Gritava Koichi, batendo em seu rosto a cada palavra que dizia. - Não vai bater em mim?? É por que a mamãezinha ensinou assim, foi?


Se antes o mar ainda tinha algum controle, agora estava completamente insano, e suas ondas agora não poupariam nem as pessoas do litoral...

- AAAAAARRRRRRRRRR!!!!! - O mar levantou-se com toda a violência derrubando o rígido rubi da rocha onde estava incrustado. - VOCÊ NÃO SABE QUANDO DEVE PARAR, NÃO É? MAS AGORA VAI APRENDER!
Aizu subiu sobre Koichi, mordendo o canto de sua boca e descendo violentamente seu dedo indicador e médio por onde ele jamais havia pensando em tomar à força.
Koichi gritava enquanto cravava suas unhas nas costas de Aizu, o qual também não permanecia calado.
- Ahhhrrr!!!!! Agora sei o quanto odeio-o Aizuri!!! Odeio-o do fundo da minha alma!! - Gritava Koichi aos prantos.
- Ainda não vai se calar?? - Aizu movia seus dedos violentamente, enquanto lágrimas desciam de seu rosto.
- AaAaAhHhH....!!!!! - Ele descia e mordia seu queixo e pescoço, enquanto introduzia mais um dedo.
Cada grito que Aizu arrancava de sua garganta era uma lembrança de Koichi que rasgava seu peito.
O mar verde violento continuava a quebrar o escuro rubi em mínimos pedaços.. cada qual sendo levado pela violenta maré de fúria.
- EU TE ODEIO!!!! - Gritou Koichi com toda a sua fúria e dor, e por um momento conseguiu acertar a ponta da coluna do Aizu com o seu calcanhar, e durante o momento de intensa dor, conseguiu livrar seu corpo e voltar a ficar sobre Aizu.
- AAAhhHH!!!!!!!!!! - O grito parecia sumir de tanta intensidade...
- TOMA MEU AMOR DE VOLTA! - Koichi deu uns tapas no rosto de Aizu e em seguida enterrou suas unhas no tórax dele.
- AAAAAAAAAHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!! - Ele aproveitou e fez em Aizu o mesmo que ele fez em seu corpo, com a diferença por serem os dedos indicador, médio e anular de uma vez.
- O sente Aizuri????
- AAAAAAAHHHHHHHHH!!!!!!
- ME DIZ O QUE SENTE, AIZURI!!!!! - Koichi gritava aos prantos, derramando lágrimas e lágrimas.
Cada pedaço do rubi arrancado parecia agora perfurar todo o corpo do mar como navalha... navalhas cegas... cegas de raiva.
Os gritos de Aizu pareciam morrer a cada vez...
Mas o rubi parecia as vezes indeciso, cada momento de dor de seu verde mar, trazia uma lembrança dele à superfície, e isso era o que mais o revoltava, descontando na forma de cortes e mais cortes em seu interior.
Não agüentava machucar Aizu, e se revoltava por isso, machucando-o ainda mais..

- Aizuri!!! - As lágrimas de ódio se misturavam com as de profunda dor, não se sabiam mais se o mar era apenas um conjunto de lágrimas ou se o rubi era toda a tristeza cristalizada... - AIZURI!!!!!!! - As forças parecias estar se esvaindo...

Assim como a raiva vem, ela vai... mas vai levando tudo que está a sua volta, e até os próprios sentimentos...

- Aizuri!!!!!!! - Aizu permanecia num estado de transe, deitado, ensangüentado, com o rosto rente à cama. A única coisa em movimento era a torrente de lágrimas.


Lágrimas.


- Aizuri!!!! - Koichi puxou o seu cabelo. - Faz alguma coisa!!!!! Aizuri!!!!!! - Koichi começou a sacudir a sua cabeça.
Aizu finalmente mexeu os olhos, o mar voltou-se finalmente para a tristeza cristalizada.

- Koi...chi... - Todo seu esforço foi direcionado em agarrar os cabelos de Koichi, trazendo-o para sim.
E o misto de dor, ódio, amor, desespero, raiva, revolta, angústia, derreteu-se e fundiu-se formando apenas um beijo.


Um beijo.


Do elo de todas essas substâncias, foi constado que as lágrimas ainda eram o excesso...
Parecia não existir mais mar, parecia não existir nem mais jóias escondidas no fundo do mar.


Amor e ódio... por mais que tente separá-los, sempre andam juntos... como luz e trevas,como som e silêncio,como calma e fúria...
Amor e ódio, líquidos do mesmo mar, sólidos do mesmo rubi, não se pode dizer onde começa um e termina o outro, pois não há começo nem fim.

- Ai...zu... - Foi o que se pôde ouvi entre soluços, daquele quarto que mais parecia ser um mundo à parte, daquele corpo caído sobre um outro. - Tem razão... a culpa é toda minha... - continuava aquela voz vinda de um corpo sem vida, de olhar sem foco, de lágrimas agora sem mais conteúdo.


- Não... a culpa não é sua... - Contradisse a outra voz... vinda daquela escultura moldada por não sei quem, do desenho de dois garotos compartilhando a mesma expressão vazia... apenas com aquelas fontes de seus olhos. - Nem minha... não existe uma culpa... nosso amor é assim... não cabe a nós entendê-lo... e sim apenas senti-lo... - Aizu mantinha sua mão sobre os cabelos de Koichi. - Culpa tem aqueles que tentam achar uma justificativa para todos os seus atos... quanto a isso... tempos culpa sim..

O Pintor Divino ainda continuava a pincelar aquela obra prima... ele nunca se cansa e nunca termina nenhuma de suas obras.. nesta, nesse instante tingia o céu ao fundo com cores mais acinzentadas... mostrando que as horas mortas já estavam próximas de encontrar o seu fim...

Com a anunciação do alvorecer, a maré voltava a encher, trazendo de volta o que havia levado da ultima vez... os cacos de rubi iam aparecendo um por um sobre as areias da praia..

- Procurar um sentido no amor é o mesmo que procurar um sentido na vida...

E num instante, a vida foi novamente soprada...

Koichi finalmente saiu de cima de Aizu, indo até o canto da cama, cobrindo-se.
Aizu sentou-se na cama, olhando para as próprias mãos, manchadas de sangue, foi até a outra ponta da cama e lá permaneceu.


Koichi virou-se num ímpeto de falar algo... mas ao ver as conseqüências de sua fúria nas costas daquele que um dia o amou... hesitou.
Aizu não conseguia ao menos isso, recolhia-se em sua própria vergonha... vergonha de si mesmo acima de tudo...

A jóia, agora estilhaçada, permanecia imóvel como era de sua natureza, o mar.. parecia ter vergonha de ir e vir sobre a praia...

- Eu é que não devia ter gritado de início com você. - Falou Aizu. - Queremos sempre ser sinceros sempre, mas parece que só quando somos movidos por raiva é que conseguimos falar o que sentimos...
- É... ódio, é uma forma de amar.. assim como o amor é uma forma de odiar.. - completou o outro, passando as mãos pelos próprios braços.

- "Não nasci com essas mãos pra bater em você, apenas pra tocar você..." Eu realmente não entendo... é isso o que me machuca, é isso o que me envergonha. - dizia, com as lágrimas descendo mais e mais...

- Você mesmo falou, não precisa entender. - Koichi contemplava o céu violeta pela janela... como se através dele pudesse receber sua punição... e talvez sua rendição... - É como se isso servisse pra entender que por mais que a gente queira, não há nada maior do que aquela força que a gente tenta compreender... por que as pessoas que mais gostamos nos deixam... por que aquilo que queremos para sempre não é aquilo que irá acontecer realmente... Você diz que suas mãos nasceram para ser assim... mas o Sentimento maior quis mostrar à você que elas são mãos normais como quaisquer outras... e como mãos normais elas podem cometer erros, isso é ser humano.

- Assim como é humano nós termos feito isso tudo... e eu continuar amando você.
- Assim como eu continuo te amando também.
Ambos voltam a olhar um para o outro.

"Amar é sofrer, assim como as melhores coisas só são conseguidas depois de grande dificuldade, pra que no fim possamos nos orgulhar de tê-las conseguido, precisamos sofrer pra que realmente possamos sentir amor."

Aizu levanta-se e vai até Koichi.
O verde mar acabara de trazer todos os pedacinhos do verdadeiro rubi.


Passo à passo ao Amor... Passo11


Não foi preciso que trocassem mais palavras, ambos se abraçaram.
E o beijo foi apenas uma mera conseqüência.
Apenas deixaram seus corações juntos um do outro, para que eles mesmos pudesses trocar suas desculpas.
- Por mais que eu grite, por mais que eu sofra, uma coisa eu posso dizer e não irei jamais mudar, as simples palavras que o mundo tenta decodificar, transformando-as em textos filosóficos, verdades inseguras... algo que está além do sentido do Sentimento maior, algo que até hoje foi convencionado assim por não ter ligações de palavras melhor: Koichi, eu amo você.
Este outro por sua vez apenas ficava acariciando seus cabelos negros deslizantes ao vento da manhã.
- Preciso dizer mais alguma coisa? - Perguntou, sorridente, com aquele tenro rubi brilhante ao leve toque dos primeiros raios de sol.


Passo à passo ao Amor... Passo12


Aizu e Koichi caíram levemente sobre a cama, que outrora fora palco de uma tragédia, agora será o templo da verdadeira união...
Os novos raios de sol de um novo dia entravam pelo quarto assim como a esperança de um novo amor... que assim como o astro maior, será renovado a cada dia...
Assim como o dia termina com o chegar da noite mas renova-se a cada amanhecer, o amor dorme com o prelúdio do ódio... mas sempre ao fim renova-se a cada vez que ele brota como um novo sentimento..

*****

--- Que emocionante!! Mon Dieu, non sirvo pra apresentar essas coisas, non non!
Espero que tenham aprendido alguma coisa com todas as dicas que esse humilde monsieur indicou, ok?
Bom, até uma próxima aula (Se é que vão me contratar novamente, mas enfim..) Au revoir!



Comentários gerais do autor:
Sem querer parecer o Nobuhiro Watsuki (autor de Rurouni Kenshi) falando mas... “Eu queria ter aproveitado mais os personagens” xD
Por exemplo, o Aizu ficou parecendo uma pessoa fechada, o que na realidade não é, ele apenas fala menos que o Koichi (e esse faaaaala...) apenas devido as circunstâncias ele ficou mais reservado (timidez?) “Bom, mas quem sabe numa próxima história? Até o próximo volume!” xD Nossa, até eu me surpreendi com o desenrolar dessa história, à princípio a idéia era que os dois iriam ter apenas uma leve discussão pra lá do 11° passo, mas quando dou por mim (num desses momentos que a gente se distrai e deixa as mãos psicografarem a história sozinha) os dois se atracaram em pleno 9° passo (e cá entre nós, deixando o drama bem carregado e fazendo com que os passos seguintes não tivessem tanta importância, hahahaa~!)
Não, eu não fumei nada enquanto escrevia essa história, é que as vezes (só as vezes?) acabo surtando e saio colocando aquelas passagens pra lá de metafóricas e digressões pra lá viajadas (uau, e não é que as aulas de português serviram pra alguma coisa? \o\) Não me matem pelo que eu fiz no final >_< (Ou melhor, pelo que eu não fiz) PELAMORDEDEUS! Sabem como é, a história tem vida própria e acabou assim, fazer o quê, C’est la vie...
E quem disse que acabou? Ainda tem a ceninha depois dos créditos!
Tá pensando o quê? 8D







L'épilogue:

- Tudo termina bem quando acaba bem ^^
- Tinha que terminar bem, por que depois de tudo aquilo, se não acabasse bem eu pularia da janela!
Koichi e Aizu estavam arrumando as bolsas, já se preparando para irem embora.
- Aaaaarrrr... como é bom respirar o ar puro como um não-virgem! Nossa, me sinto até mais leve! Aaaii, meus ombros!! - Dizia ao colocar a bolsa nas costas.
- Eu hein! - Aizu riu. - E pensar que aquilo tudo foi só porque estávamos 18 anos à seco.
- CALA A BOCA! - Koichi deu um tapa nas costas de seu amado.
- PUTAQUEPARIU! ISSO DÓI!
- Você faz o momento trágico-romântico parecer uma briguinha de casal!
- Se bem que foi você que começou! - Disse Aizu já indo em direção à porta.
- Eu que comecei?! Você que veio com aquele tapinha!
- E você com um tabefe!
- Tabefe sim, só porque pertencemos à "classe yaoi" não quer dizer que eu deva me comportar que nem uma mocinha!
- Tá me chamando de mocinha?!
- Mocinha.
Passaram pela porta.
- Pelo menos não era eu que dizia "Ahh Vem Aizu, me mostra como seu mar pode despedaçar meu rubi pisca-pisca!"
- Por que você faz tudo parecer patético?
- Porque é tudo patético.
- Você bem que gostou do meu "patético"! Ahaha!
E desceram as escadas, apenas sendo acompanhados pelo olhar do homem entregador de docinhos afrodisíacos e camisinhas sortidas, que ria diante da situação.
- Garotos...










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Mensagem por TiNoSa Qua Ago 01, 2012 1:53 am

Que kawaii esses dois meninos!
E que interessante essa forma de contar a história, usando dicas passo a passo. O título faz muito sentido. Ah, e acho que você deveria ser sexólogo(a) ^^

Foi todo um aquecimento bem incomum e muitíssimo engraçado para que pudessem chegar aos “finalmentes”. Dei risadas diversas vezes, até nos momentos de briga. Você tem muita criatividade, nunca li nada parecido. E é muito bacana o trocadilho que você fez com os nomes dos personagens.
“É... ódio, é uma forma de amar.. assim como o amor é uma forma de odiar.” Essa frase falou direto ao meu coração.

Vários sentimentos foram experimentados, várias situações inusitadas ocorreram, e o que era para ser um quarto de motel se tornou quase um parque de diversões. Enfim, uma comédia romântica muito divertida!
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