As Colinas Mórbidas da Infindável Sanguinolência II

Dizem as lendas que os monstros mais poderosos da Terra do Exílio se escondem nessas tenebrosas colinas. Rugidos monstruosos e sanguinolentos podem ser ouvidos por quem se aproxima, o que faz com que humanos passem sempre bem longe desse local. É um dos únicos caminhos para chegar à lendária Casa Valentine.

- Ahhh!! - Lolita sorriu com muita alegria. - Eu me sinto tão feliz de ter uma amiga! Estaremos sempre juntas e iremos derrotar tudo de ruim que vier!!

Determinada, a boneca cavalgou junto de Urbi até o fim daqueles campos, onde avistaram um declive muito íngreme que dividia aquela área do definitivo começo das colinas. Um denso nevoeiro cobria as árvores que começavam a se erguer nas planícies ao fim da decida. Diante à visão, um misto de coragem e temor percorreu o coração artificial de Lolita, fazendo-o bater mais forte como aconteceria à uma real criatura viva.

Um rugido sonoro e gutural pôde ser ouvido bem de longe... em algum lugar em meio à névoa distante. Mas outro barulho chamou a atenção das duas. O som de uma carruagem se aproximando ao leste pelos campos cerca de cinquenta metros de onde as feiticeiras se encontravam.

Lolita ficou apreensiva, mas aguardou a chegada dos desconhecidos. O cocheiro vestia uma armadura completamente negra que tinha dois chifres ao topo do capacete e, de dentro da carruagem, saiu uma bela garota também vestida com uma armadura, porém, era bem diferente do homem em todos os aspectos.



- Olá, senhoritas. - cumprimentou ela com um sorriso. - Me chamo Omarosa e estou encantada com as criaturas que trazem com vocês. Quanto vocês querem por esses três cavalos que não estão usando? Creio que deve ser um pouco difícil coordená-los sempre. Eu poderia lhes dar uma alta quantia em dinheiro e bens.

- Ahhhh... eu vou sentir tanta saudade do Foguinho Blackjack Silver Lula Zuke... - falou ela tristemente acariciando o animal que seria vendido. - Pelo menos vai sobrar o Fofucho!! - com lágrimas nos olhos, ela abraçou o cavalo que cavalgava. - Bom... nós estamos precisando de muita coisa, não é? E pode ser que seja perigoso levarmos tantos animais pras colinas, os monstros podem querer fazer eles de comida e isso não seria nenhum pouco bom!!



- Sim, exatamente, senhorita. - disse Omarosa gentilmente. - As colinas são perigosas para os cavalos. Eu e meu cocheiro iremos levá-los para um lugar muito tranquilo onde eles poderão comer e repousar o quanto quiserem. Dentro da carroça nós temos alguns tipos de armas, mantimento para bastante tempo, roupas, jóias e moedas. Iremos lhes entregar uma grande quantia, não é mesmo, senhor Venilieur?



O homem da armadura negra nada respondeu.

- Então quer dizer que vocês aceitam? - Omarosa sorriu e ordenou: - Traga o pagamento para as moças.



Venilieur adentrou a carruagem e saiu de lá com um pesado baú em mãos, que colocou ao lado de sua parceira de cabelos loiros. Em seguida, abriu o baú, revelando um verdadeiro tesouro. Urbi pôde ver amontoados de moedas douradas e brilhantes, assim como jóias e gemas preciosas. Havia também seis adagas ornamentais douradas, duas espadas cravejadas de cristais coloridos e um cetro igualmente decorado.

O cocheiro voltou à carruagem e trouxe de lá um saco de couro onde havia pão, queijo, garrafas de leite e frutas de diversos tipos, incluindo alimentos raros como uvas prateadas e maçãs coloridas como o arco-íris.



- Dêem-nos os animais.

- C-claro... - Lolita estava muito preocupada - Foguinho Blackjack... mesmo que o homem com capacete de boi da cara preta te faça de jantar, nunca se esqueça de mim, irei encontrá-lo depois da morte e cuidarei de você para sempre num belo paraíso...

Em lágrimas, a garota abraçou o cavalo.

- Pode levar... - falou fungando enquanto limpava o rosto com o vestido.



- Muito obrigada. - Omarosa sorriu e tomou os cavalos para si, puxando-os pelas cordas até carroça. Os animais se debateram na presença de Venilieur, relinchando e se sacudindo para tentarem se libertar, mas a guerreira de cabelos loiros foi mais forte, puxando-os com bravura para domá-los. - Grr... Não!! Fiquem calmos! - ela tentava manter a própria calmaria na voz enquanto os cavalos lutavam para se livrarem. - Ahh!! Droga!! Venilieur, me ajude!!



O cocheiro tomou posse de sua maça negra, pesada e revestida de espículos. Em seguida, caminhou na direção dela.

- Por favor, afaste-se dos animais. - Omarosa persistia a puxá-los com toda a força enquanto Venilieur continuava a se aproximar. - Nós cuidaremos bem deles.

Urbi percebeu que a guerreira tentava à todo custo manter a gentileza com ela. Os cavalos se acalmaram com o toque da sereia, mas voltaram a se agitar quando o cocheiro de armadura negra chegou perto o suficiente para acertá-los, embora não o tenha feito. Apenas disse:



- Vocês duas, sigam o caminho de vocês. As criaturas não estão acostumadas comigo e com minha companheira, mas logo estarão, então não fiquem preocupadas. - a voz dele, surpreendentemente, soava gentil e melodiosa. - Deixe que cuidemos deles a nosso modo, pois já pagamos o preço combinado e vocês já aceitaram fazer a troca.

Omarosa, tentando conter a fúria, disse à ela:

- Não nos entenda mal, mas sabemos muito bem o que vocês fizeram. - ela deu um sorriso. - Sabiam que o reino de Niebieskir está avançando sobre estas terras? Eles encontraram uma rota e já estão mandando tropas pela floresta, e foi de uma dessas tropas que aqueles elfos que vocês assassinaram vieram. Se aqueles homens descobrissem, caçariam-nas. Não queremos entregá-las, não nos obrigue a fazer isso.



- Domar os animais não está entre nossos interesses. - disse o homem com um pouco de frieza. - De qualquer forma, isso apenas diz respeito à nós. E se tivéssemos os comprado apenas para come-los? Faria alguma diferença? Continuará apegada aos seus animais mesmo depois de aceitar trocá-los por ouro? Irá exigir que deixemos que você vá visitá-lo no futuro? - sob a máscara, ele riu. - Vá embora, por favor, e deixe que cuidemos deles. Faremos de tudo para que seus amados cavalos não sintam dor quando a hora da execução chegar.

- Já estou farta de lidar com sua ignorância, garota! - esbravejou Omarosa. - Você faz idéia do verdadeiro valor de cavalos como esses? Faz idéia do quão eles são importantes para salvar vidas? Eu sou guerreira e curandeira treinada em Allibricis e viemos até essas terras ermas e distantes apenas para caçarmos criaturas com as propriedades que esses cavalos possuem. As histórias sobre o povo de Niebieskir está circulando por vários povoados do reino e acabaram chegando aos meus ouvidos. Como boa estudiosa que sou, soube logo que eles viriam montados em niebieskyes, os seres que são símbolos do reino deles e que possuem em suas patas e crina ingredientes fabuloso para a poção de cura contra enfermidades. Você não deve mesmo saber quantas crianças em vilarejos andaram agonizando devido à epidemia que tem se espalhado pelas Terras Imaculadas, não é? Há um colosso maior que qualquer outra coisa atacando todo o reino e por onde ele passa a doença se espalha. A única cura está em suas mãos e você não quer dá-la a nós. Exercendo meu papel como paladina sagrada, terei que executá-la se você é contra a salvação de toda uma nação.

Ela desembainhou a espada e apontou-a para Urbi.

- De que servem uma meia dúzia de palavras quando um reino inteiro está precisando de auxílio? Meu papel é pegar essas criaturas e você é empecilho, por isso irei executá-la.



- NÃAAAAAAAAO!! - Lolita, que até então ouvia tudo calada e apavorada, jogou-se encima de Urbi para agarrá-la. - SE VAI MATAR ELA, VAI TER QUE ME MATAR TAMBÉM!!



- Grr!! Junte-se à mim, Venilieur.



O guerreiro correu na direção delas com a maça em punhos, balançou-a na direção de Urbi e acertou-a em cheio no ventre. A sereia foi arremessada para trás, criando assim uma perfeita oportunidade para que Omarosa rasgasse com sua espada a pele artificial de Lolita com um ágil e poderoso golpe.

<sub>Omarosa/Nível 5/70 PV/3d6+9 (espada)/Armadura Sagrada (Resistência à magia 10: todo o dano mágico desferido contra Omarosa é reduzido por 10)

Venilieur/Nível 7/90 PV/3d6+5 (maça elétrica, pode disparar um trovão que causa 5d6+6 a cada 1d4 turnos - toda vez que o trovão for disparado, 1d4 é rolado para definir quantas rodadas demorarão para que ele possa ser disparado novamente)</sub>

O membro 'kyokun' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'd6' :


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#2 'd6' :

- ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! NÃO MESMO!! - a boneca apontou o dedo para Omarosa e gritou - TEMPESTADE FANTASMA!!!

Uma rajada de lâminas invisíveis decepou o corpo da paladina.

_{(12d8+6/Lolita • 48 PA)}

O membro 'kyokun' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd8' :

O membro 'Sforza' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd8' :

O guerreiro apontou a maça para Urbi, fazendo eclodir um poderoso relâmpago roxo que cruzou os ventos para acertá-la, explodindo com estrondoso som de trovões.

_{(maça elétrica, pode disparar um trovão que causa 5d6+6 a cada 1d4 turnos - toda vez que o trovão for disparado, 1d4 é rolado para definir quantas rodadas demorarão para que ele possa ser disparado novamente)}



- Ora... sua...!!

Omarosa conteve os insultos enquanto tentava limpar o sangue que escorria-lhe o rosto.

- Sinta o peso da minha lâmina sagrada!!

A paladina correu na direção da boneca, saltando e girando no ar antes de acertá-la na altura do peito.

_{3d6+9 (espada)}

O membro 'kyokun' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'd6' :


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#2 'd4' :


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#3 'd6' :

- Nãaaaao!!!

Lolita caiu ao chão ao ser golpeada, pensando em se render ou fugir como se não houvesse amanhã, mas nesse momento viu Urbi sendo arremessada pelo raio.

- URBIIII!!! - a boneca se levantou em um salto, mirando as mãos para ambos os adversários. - EU VOU ACABAR COM VOCÊS!! TEMPESTADE FANTASMA!!!

E mais uma chuva de lâminas invisíveis destroçaram os corpos inimigos.

_{(12d8+6/Lolita • 36 PA)}