O Supremo Santuário de Todas as Almas

- Você é mesmo inexperiente. - disse Galahalt num tom frio e cortante. - Acha que as flechas das Celestinas não podem te acertar? Você por um acaso nunca ouviu nada sobre a lendária cidade de Wushu? Lá é o lugar onde são feitas as armas do Exército Celestial e todos os guerreiros daquelas terras são treinados por uma vida inteira para merecerem portá-las, tudo isso porque as armas são banhadas nos rios de Zelenia, que proporcionam a elas poderes espirituais.

Ele caminhou na direção de Hyouka, fuzilando-o com o olhar.

- Há também o truque da invisibilidade... - sussurrou ele com desprezo. - Aquelas mulheres não possuem olhos. Aposto que você também não sabia disso, não é mesmo? Elas se coordenam através de outros meios. Se você esteve invisível, pode ter certeza de que foi percebido por todas elas. Eu notei que você surgiu do nada em meio à este pátio, então creio que tenha escapado usando essa estratégia patética. Saiba que vocês entregaram seus amigos à morte, pois se elas deixaram que você pensasse que escapou, é porque já sabem que foram enganadas e estão prendendo todos numa terrível emboscada. Desista de seus companheiros, todos irão morrer, assim como vocês também irão se deixarem o santuário enquanto a Armada de Mathangi permanecer nessas matas.

Sem Hesitar Hyouka virou-se e olhou para Galahalt com um olhar no fundo dos olhos dele, com toda a convicção:

-E se as flechas podem me acertar, qual o problema? Eu consigo me defender, e tanto quando contraatacar. E se elas são cegas e vêem o mundo de outra forma? Qual o problema? Se o intuito de matar todos, ou pelo menos me matar elas teriam atacado denovo, pois se elas sabiam de minha existência não física bem sabem que eu me comuniquei com o mestre antes. E Eu Não larguei os meus amigos a morte, eu vim para cá justo com o contrário intuido: O de Salvá-los. E qual seria essa emoscada então?? -Hyouka pergunta com os olhos mais firmes do que nunca-.

- Não seja tolo. Aquelas mulheres são muito mais espertas do que parecem. Se lhe ouviram eu não sei, mas sentiram sua presença sim e isso é fato, pois delas não há como se esconder, seja vivo ou seja morto. Também não sei nada sobre a emboscada, apenas constato isso como algo óbvio, afinal, se não mataram todos vocês de cara, é porque algum plano elas têm em mente. Se quiser ir em frente, vá e se arrisque, eu não irei impedi-lo, mas como guardião do santuário é meu dever protege-lo, por isso o alerto. De qualquer forma, não irei interferir de maneira alguma em suas ações. Apenas tenha os olhos bem abertos, pois você pode colocar tudo a perder se der um passo em falso, inclusive, colocar o próprio santuário a perder se acabar sendo descuidado.

- O Galahalt-senpai pode ter razão Hyouka. Aquelas mulheres não parecem do tipo que podem ser enganadas ou vencidas facilmente, é bem provável que algumas delas estejam nos emboscando do lado de fora do santuário, só a espera da oportunidade para descobrir onde fica a entrada e se isso acontecer eles forçarão o mestre a permitir sua entrada e na pior das hipóteses eles poderiam acabar mortos.

*Hikaru olhou para o chão com o olhar triste*.

- No entanto, se não fizermos algo é possível que o mestre o Millo morram de qualquer forma e eu não quero que isso aconteça... E agora? O que faremos?

- A Fonte da Magia está ao dispor de vocês. - Galahalt voltou a olhar a águas esverdeadas correrem enquanto falava: - Não os desincentivo a agirem, acho que devem sim agir de alguma maneira, mas não de maneira estúpida como planejavam. Tenham sempre em mente que o que temos aqui é o que há de mais precioso em tudo mundo, é o que todos os feiticeiros e magos procuram, e é o que devemos proteger como nossas vidas. Não faz sentido morrer em vão e ainda deixar que o santuário seja invadido. Eu vou me recolher e deixar que vocês discutam sobre isso, mas guardem essas palavras com cuidado e... boa sorte.

O guardião se virou de costas para eles e subiu os degraus à caminho de seus aposentos pessoais.

Hyouka paralisado, sem ter o que falar, sómente cerrou os punhos e curvou-se em reverência e em agradecimento ao Guardião mesmo forçando os punhos e os dentes.

Após ver o guardião longe o suficiente Hyouka ainda na mesma posição começa a falar com Hikaru - Hiikkun, acho que tive uma ideia - sorri ironicamente - Vamos construir uma torre! Sim alta o bastante para podermos ver estas matas inteiras! Assim talvez podemos ver como e onde estão as tropas, e muito melhor onde estão o líder e o outro! O que achas? - Hyouka levanta a cabeça recobrando sua empolgação ~~

Uma fina e prateada cortina de chuva gelada começou a cair dos céus. Hyouka e Hikaru perceberam que nuvens cada vez mais escuras se formavam sobre o santuário, anunciando com sombria calma a terrível tempestade que estava por vir. Sobre as nuvens, uma imensa silhueta podia ser identificada, algo que se parecia com uma cobra de dimensões colossais sobrevoava toda a formação nebulosa.

Galahalt já tinha desaparecido de vista em meio às escadarias e passarelas.

Antes mesmo de a resposta de Hikaru vir, a chuva havia começado a cair sobre eles, mesmo sendo cinza e melancólico alem do mais gelado, era refrescante e bonito aos olhos de Hyouka. Nisto ao ver a forma voando e o céu cinza sorriu aliviado como se houvesse esquecido de seus problemas e perguntou a Hikaru:

- Hey Hikkun aquilo alí voando, será mesmo que é o que estou pensando?? Parece que teremos mais problemas né. . . a torre agora nem pode ser mais cogitada. Bem teremos ação pelo menos - E Hyouka dá um grande suspiro e logo em seguida sorri novamente

Hyouka reparara que a criatura serpentinosa passava à tantos metros acima de onde estava que era impossível ver ao certo sua forma, apenas uma vaga silhueta. Mesmo que fosse construída a mais imensa torre, seu topo não seria capaz de esbarrar nas possíveis escamas que o monstro possuía.

A chuva começou a apertar e o sons dos trovões puderam ser ouvidos. À medida que o céu se escurecia, tomado pelas pesadas pelas nuvens cinzentas, a serpente ficava cada vez mais camuflada sobre elas, desaparecendo completamente entre a escuridão da tempestade que aos poucos começava a cair sobre o santuário.

Hyouka tentou serrar um pouco os olhos para ver se podia ver com mais clareza, apesar de sem sucesso, Hyouka desiste de saber sobre o ser que ronda os ares do Santuário e com a bolsa com água nas costas começa a descer as escadas devagar dizendo a Hikaru:

-Estou indo ver se há algo perto da entrada daqui, se quiser vir venha, já estou até desanimado a sair daqui. Irei no máximo para o final da escada.

Hyouka, ao começar a descer A Escada de Mil Degraus, deparou-se com uma cena alarmante. Millo, do outro lado do portal, estava caído ao chão. Mathangi apontava o arco para o conselheiro e outras oito arqueiras estavam em volta da Celestina Máxima. Azriel também estava lá, ao lado de Millo. As gostas pesadas se intensificaram cada vez mais, formando em torno deles uma grossa e reluzente cortina de chuva.

Hyouka vendo as arqueiras junto com Millo caido e Azriel, Vê azriel lançando uma magia de eletricidade nas arqueiras e rapidamente entra em seu modo invisivel pensando - Mesmo não tendo olhos, é bom garantir - E Nisto pôs as mãos para fora da barreira do santuário e arrastou Millo para dentro da proteção do santuário.

*Hikaru escuta o que Hyouka diz e depois vê que ele se dirigiu para a escadaria do santuário.*

- Seja lá o que aquela criatura queira eu não vou ficar sozinho aqui para descobrir.

*Hikaru então se dirige até a escadaria e avista que Azriel e Millo estão lá também, mas do lado de fora e percebe que Azriel está para atacar a Celestina e Hyouka a puxar Millo para dentro do portal. Então se apressa para junto de Hyouka.*

Continuação.

Azriel e Millo terminaram de adentrar o Santuário com a ajuda de Hyouka. O Líder sentiu a dor causada pelas flechadas, mas permaneceu com o conselheiro nos braços.
Ao avistar Hikaru, disse ao menino, ofegante:

- Hikaru, é bom ver que você está a salvo também. Mas antes de mais nada, por favor, você poderia tentar curar a paralisia de Millo? Ela vem piorando desde o incidente com a gueixa, e precisamos agir rápido.

As águas esverdeadas e cheias de vida que caíam pelas cachoeiras do santuário lançavam sobre eles belos reflexos da cor turquesa, coisa que trazia ao coração do conselheiro um pouco de paz depois de todos aqueles acontecimentos tenebrosos. Millo nada dizia, suspeitava de que fora-lhe tirado a fala assim como seus movimentos. Sua visão se tornava cada vez mais escura e por isso suspeitava que talvez estivesse, além de tudo, tornando-se cego.

*Hikaru chega próximo de Millo e se ajoelha.*

- Fique tranquilo meste, irei fazer o meu melhor, irei curar ambos ao mesmo tempo. Aproveite e beba a água das garrafas que estão comigo, nelas contêm a água do santuário.

*Hikaru se concentra e poe uma das mãos sobre o peito de Millo e outra na direção de Azriel, então as palmas das suas mãos emanam um brilho verde.*

- Curar!

6 pontos de alma/ 6d8+6

Spoiler:

O membro 'Hikaru' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd8' :

Azriel sentiu-se revigorado com a cura de Hikaru. Ainda segurava o conselheiro nos braços:

- Muito obrigado. -- O Líder olhou para o conselheiro. -- Será que ele melhorou da paralisia, fora a recuperação do dano sofrido? De qualquer forma, vou deixá-lo próximo à fonte do Santuário. Caso ele não esboce melhora da paralisia, você pode tentar curá-lo de outra forma, Hikaru?

Azriel observou que as coisas estavam agitadas do lado de fora do Santuário, e precisava ajudar na luta. Foi carregando Millo em seus braços, até se aproximar da fonte, e deixou o conselheiro próximo a ela, com cuidado.
Em seguida, o Líder debruçou-se sobre a fonte e bebeu de sua água.

- É melhor guardarmos as garrafas. Estou indo ajudá-los. Deixo Millo em suas mãos, Hikaru.

- Está tudo bem mestre, pode ir ao auxilio do Hyouka, acredito que as coisas estão muito ruins para ele lá. Aguardarei um pouco para ver se Millo melhora da paralisia, caso não aconteça tentarei curar a maldição para ver se conseguirei bons resultados.

*Hikaru se ajoelha próximo a Millo.*

- Millo, não sei se você está em condições de falar, ou se pode me ouvir claramente, mas se pude, por favor, me diga se a cura que usei funcionou.

Sob o furor da tempestade que os cobria, Millo chorou. Depois de muito se esforçar, ele suplicou à Hikaru com o olhar e chamou (com a voz fraca):

- Azriel...

- Droga...

*Hikaru falou decepcionado, deixando seus olhos caírem para o chão.*

- Continuarei tentando...

*Hikaru ergue as duas mãos para o céu e concentra energia formando uma esfera luminosa, então ele se concentra e atinge o peito de Millo com a esfera de energia, como se estivesse fazendo reanimação cardíaca.*

- Curar Maldição!

3 pontos de alma.

O corpo de Millo reagiu como se não houvesse nenhum coração. Ele ainda respirava (com dificuldade) e mantinha os olhos abertos, mas suas forças se esvaiam cada vez mais e cada suspiro parecia seu último. Hikaru compreendeu que aquilo que acontecia com o conselheiro não era exatamente uma maldição e sim uma penitência, ele fora oferecido como pagamento ao Ancião e nada no universo poderia desfazer essa troca. A alma de Millo estava para sempre fadada a caminhar por trilhas até então desconhecidas por todos eles.

- Não...

*Hikaru percebeu sua impotência diste da situação de Millo, aquela sensação para ele era péssima, a razão pela qual ainda sentia-se motivado a caminhar com seus companheiros era a de que poderia ser útil dando o melhor de si para que eles não morram, mas descobriu da pior forma que não é um deus e não possui o poder de tal.*

- Aguenta firme Millo, não desista, por favor, lute pela sua vida!

*Ele queria poder ficar ao lado do conselheiro nesse momento dificil, mas seus outros companheiros estavam lá fora em uma batalha perigosa e precisavam de sua ajuda. Então Hikaru se levantou, recolhei seu arco e pegou as garrafas que ainda tinha.*

- Eu irei ajudar os outros, se tudo der certo logo iremos voltar para o seu lado.

*Então Hikaru correu para as escadas do santuário.*