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~ O poder dos sentimentos ~

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Mensagem por Elena Sex Jul 06, 2012 4:36 pm

~ O poder dos sentimentos ~ OPSpng

~ O poder dos sentimentos ~

Por vezes os desejos da carne são confundidos com o amor. Não que em sua estética sejam diferentes, afinal são sentimentos poderosos e que fazem a mente de qualquer um pirar com muita facilidade. Mas não é difícil resistir a elas, claro que separadamente, mas quando as duas estão juntas em uma só mente e um só coração... Bom, tente não enlouquecer.

Talvez não seja tão fácil acreditar em minhas palavras, então me deixe provar que o que digo com uma pequena história sobre como dois jovens amigos sentiram na carne a força dessas emoções e de outras tão poderosas e enlouquentes quanto.

Vou lhes contar a história de Justin e Eliot. Ambos possuem dezesseis anos e estudam no mesmo colégio, na mesma turma. São amigos desde muito pequenos, pois sua amizade se estende de seus pais, que também eram muito próximos na juventude. Sempre parceiros, ajudando um ao outro e apoiando nos momentos difíceis, assim como todos os bons amigos. Por durante muito tempo não esconderam segredos um do outro, mas com o tempo alguns segredos surgiram e eles não poderiam ser contados. Não a qualquer hora ou momento, mas sim em uma ocasião especial, o que não é fácil de acontecer.

- Justin! Tenho uma coisa para te contar. - Disse Eliot ao alcançar o seu amigo na saída do colégio.
- Não dá, estou com pressa agora. - Respondeu Justin - É muito importante?
- Bem... Não, mas faz tempo que eu quero te contar isso.
- Certo, mas agora não vai dar, depois a gente se fala. - Justin aumentou o passo deixando o amigo parado o observando na calçada.

Eliot estava se sentindo um louco por estar prestes a fazer isso, mas não suportava mais guardar aquele sentimento, precisava por para fora antes que começasse a corroê-lo por dentro. Mas no momento o sentimento mais perigoso que Eliot mantinha era o medo. Medo das consequências de contar aquele segredo, medo da reação de Justin, medo de por sua amizade em risco. Porém havia um pouco de coragem lá no fundo, uma luz poderosa, que mesmo em meio a tantas sombras conseguia alcançar o seu objetivo.

Eliot não voltou a ver Justin naquele dia. Pensou em ir até sua casa, mas desistiu, o melhor momento para isso seria quando vão para a Doggis, uma lanchonete próxima à casa do Justin, em que eles vão todas as tardes de quarta-feira, pois lá é o único lugar onde serve o milk shake turbinado, seu lanche preferido e só fazem às quartas. Foi o que aconteceu, eles foram para a lanchonete e beberam seu milk shake turbinado como sempre fazem, então na saída, enquanto caminhavam de volta para casa Eliot decidiu finalmente se livrar do medo e transformar a coragem em esperança.

- Justin. - Eliot falou.
- O que foi? - Justin respondeu com a pergunta, pois percebeu que o tom de voz do seu amigo havia mudado.
- Lembra que eu disse que precisava te contar uma coisa importante?
- Sim, eu queria até de pedir desculpas por não poder te esperar naquele dia, mas eu também tenho uma coisa muito importante para te contar.
- Não, tudo bem, mas pode contar primeiro se quiser... É que isso é muito difícil para mim, quero dizer. Venho guardando isso desde algum tempo e por vezes quis te contar, mas nunca tive coragem o suficiente.
- Não, pode contar primeiro, você está me deixando preocupado.
- É que eu não tenho certeza se devo contar, tenho medo de que você não goste e acabe estragando a nossa amizade. - Com isso já estavam quase na porta da casa de Justin.
- Por que você não me deixa decidir isso. - Justin respondeu quando finalmente chegaram à porta de sua casa.
- Não sei se consigo falar.
- Então me mostra.

Ambos ficaram se encarando por um tempo, até que Eliot se aproximou e beijou a boca de Justin. Naquele momento o coração de Eliot se sentiu tão leve que poderia sair voando como um balão de gás Helio. Mas Justin havia sido pego de surpresa, aquilo foi tão repentino para ele que sua mente entrou em colapso, seu corpo travou e sua expressão de surpresa congelou em seu rosto. Em seguida Eliot percebeu o que havia feito e sentiu desespero, sua mente perdeu o controle de suas ações e ele saiu correndo pela rua, o mais rápido que podia. Tudo que queria naquele momento era voltar para casa e se trancar em seu quarto. Justin ficou imóvel por alguns segundo apos a partida do seu amigo e depois pos a ponta dos dedos em seus lábios. Ele também não sabia o que fazer. Só o que se passava pela sua mente era que precisava de um banho bom quente e relaxante para lavar a sua mente.

No dia seguinte Eliot não foi para o colégio, forjou uma febre e enganou a sua mãe. Justin esperou encontrá-lo lá para poder conversar e esclarecer melhor as coisas, mas Eliot não estava lá. No outro dia Eliot decidiu que não poderia mais fugir e resolveu que iria para o colégio e traria novamente para si o sentimento de esperança.

Durante a aula eles não se falaram, nem mesmo se olharam, ambos estavam muito envergonhados. Quando o sinal do intervalo tocou Justin foi um dos primeiros a sair da sala, pouco tempo depois foi Eliot, que decidiu ir à procura do amigo. Ele vagou pelos corredores e não o encontrou, o avistou no pátio do colégio, mas ele não estava sozinho, junto com ele estava uma garota loira, de cabelos cacheados e longos, mesmo de costas Eliot sabia de quem se tratava. Elizabeth, uma das garotas da turma B. Ele não sabia o que ela fazia conversando com Justin, mas o que ele tinha a tratar com ele era mais importante do que ela estava a falar com ele. Eliot se aproximou. Quando avistou o amigo a expressão de Justin ficou triste, quase melancólica. Eliot então percebeu que algo que não seria bom para ele iria acontecer.

- Justin. - Eliot falou quando os alcançou. - Queria falar com você.
- Lize, você poderia nos deixar a sós por um tempo, depois a gente se fala ta.
- Tudo bem. - Ela falou. - Até mais Eliot.
- Até. - Eliot respondeu vendo a garota se afastar.
- Olha, eu não sei se entendi bem o que quis me dizer naquele dia, mas...
- Eu te amo Justin! - Eliot decidiu ser direto e evitar rodeios, por isso interrompeu o discurso do seu amigo.

Justin foi tomado novamente pela surpresa, ela suspeitava que Eliot sentia algo por ele, mas esperava que o beijo tivesse sido apenas para dizer que ele era homossexual, mas estava enganado e isso o deixou ainda mais triste, pois a ultima coisa que queria na vida era magoar os sentimentos do seu melhor amigo. Então suspirou fundo e tentou fazer daquilo algo menos doloroso do que poderia parecer, mas no fundo sabia que o que tinha para dizer seria como enfiar uma faca no peito de Eliot.

- Lembra que na quarta eu disse que também tinha algo para te contar? - Justin falou - Eu ia te contar que no dia em que estava com pressa estava tentando alcançar a Elizabeth, pois eu iria pedi-la me declarar para ela e que ela havia aceitado namorar comigo.

Eliot sentiu uma bala perfurar seu peito. Ele já esperava que Justin não correspondesse ao seu sentimento, mas aquilo foi ainda pior. Saber que apesar de não tê-lo para si, ainda o perderia para outra pessoa. Uma lagrima escorreu pelo rosto de Eliot e ele saiu correndo pelo pátio, sem olha para qualquer que seja a direção a não ser o chão, saiu pela portaria sem ligar para mais nada e quando atravessava a rua um carro o atingiu em cheio, lançando-o para o alto e fazendo-o cair imóvel no asfalto.

Justin viu tudo de onde estava e aquilo tinha sido horrível para ele, ele ficou olhando o corpo de Eliot caído no asfalto de longe e não conseguiu se mover, então notou que todos estavam se aproximando para ver o que havia acontecido e ele também correu, correu em direção a Eliot. O socorro não demorou a chegar e levar Eliot.

No dia seguinte Justin foi visitar Eliot no hospital, os pais deles os deixaram a sós no quarto. O quadro de Eliot era arriscado, ele havia quebrado vários ossos do corpo, ossos da perna, do braço, costelas. Mas o pior de tudo era que estava em coma. Ao ver o estado de Eliot Justin chorou como nunca havia antes, tudo aquilo era por sua culpa, se ele tivesse contado a verdade, se tivesse dito que também o amava, mas que não tinha coragem o suficiente para assumir e por isso havia se declarado para Elizabeth, para tentar esquecer o que sentia por ele. Justin chorava alto, e a cada bip do cardiograma ele dava um soluço e quando ele decidiu para de chorar e enxugar as lágrimas o cardiograma também parou e ele voltou a chorar.
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Mensagem por TiNoSa Qua Ago 01, 2012 1:42 am

Essa história foi tão meiga. Li apenas esperando como seria dado o passo inicial, e achei bem legais esses rodeios que você colocou, até que Eliot finalmente conseguiu se declarar. E até o último momento eu pensava que Justin realmente não via Eliot da mesma forma, caso contrário, ele teria se declarado. Mas foi bom você ter se lembrado do medo que não o permitia fazer isso. Nem sempre as coisas são simples.

No entanto, eu juro que não esperava um final tão trágico. Pensei que o clima ameno da história perduraria até o final, e que os dois ficariam juntos, mas nada disso aconteceu, e no fim das contas, Eliot não ficou sabendo dos verdadeiros sentimentos do amigo. Talvez a melhor frase que traduza a mensagem dessa fic seja: “é preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã.”
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