Autoestima
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Neoshadow
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Autoestima
Algumas considerações sobre autoestima interior e exterior - porque eu queria falar de beleza e de realidade psíquica e sei lá. Culpem o Red Label pela publicação do texto, porque foi ele quem me escutou falando a noite inteira e disse que eu deveria escrever sobre isso. Red Label. A CULPA É SUA. E podem culpar a cerveja, também.
1. Nós - sim, eu e você, possível leitor - somos incrivelmente feios. FEIOS. F. E. I. O. S. Horrorosos. Nós também somos medianos, do tipo "é, no escuro dessa balada até que eu pegava". E, pasme, nós somos terrível e absurda e dolorosamente lindos. E todos os infinitos graus de como é possível julgar a aparência de uma pessoa, desde "nem reparei que você existia" até "ai, por que você tá tão deslumbrante? Sai daqui". Isso ocorre por um motivo muito simples. Que, apesar de vivermos em uma sociedade bem lixo que adora estabelecer algo que deve ser mais gostado que outros algos - e por mais que isso funcione - a sua beleza não está necessariamente apenas em você (ela está sim em você, antes que alguém comece a comentar "Mas a sua beleza está sim em você!". Já chego lá). Sua beleza é a percepção que as demais pessoas têm de sua forma física/emocional. E, num mundo com aproximadamente 7 bilhões de pessoas, existem aproximadamente 7 bilhões de possibilidade de o que é feio e o que é bonito. E você e eu e até aquele seu tio que você ainda não descobriu como casou estamos em todas. Isso mesmo, t-o-d-a-s.
2. Sua beleza, apesar de ser a imagem que os outros têm de você, também é sua. E o que eu tenho observado é que a maioria das pessoas se acha feia. São comentários do tipo: "Olha, até que eu fiquei bem nessa foto", ou: "hoje estou particularmente bonita", ou coisa assim. E eu conclui que as pessoas têm, na verdade, vergonha. Vergonha de se admitir como bonito. A parte da autoestima interna entra brevemente aqui: vergonha de admitir qualquer coisa boa, qualquer coisa acima de "mediano".
O que eu posso dizer, caro leitor, é que no meio de todas essas possibilidades de "nível de beleza", não se ache um zero. Nem um sete. Nem um oito porque seu cabelo acordou de bom humor. Seja um dezoito vírgula dízima periódica de oitocentos e quarenta e seis. Porque, olha só. Olha só MESMO. Pega aquele seu amigo que você acha o ápice da beleza humana, e que você acha muito legal, e que você se pergunta "como ele pode ser tão lindo e legal?". Olhe para essa pessoa e perceba que você é exatamente a mesma coisa.
NÃO REJEITE O QUE EU ESTOU DIZENDO.
Porque sim, eu sei que você acabou de revirar os olhos e pensou: "claaaaaro que não! Eu não sou tudo isso!". Bem. Bem. Você é. O interessante nisso tudo é ver que algumas pessoas se veem mais como inimigas do que como amigas. Se você olhar para você mesmo como um observador de fora, você vai perceber. Eu também já notei que rola uma paranoia tosca de "eu acho que estou bem arrasando, mas tenho medo de os outros não pensarem isso!", e aí a pessoa troca de roupa antes de sair de casa. É óbvio que alguém vai olhar pra você e vai achar que você tá ridículo. Tão claro quanto isso é alguém te achando incrivelmente lindo. Percepções, percepções. Não estou dizendo que é a coisa mais fácil do mundo. A pessoa passa a vida inteira se vendo como um menos, e vendo todos os outros como se estivessem em um patamar avançado, e eu estou aqui implorando para você deixar essa patamar de lado. Para você se olhar com o carinho e com o amor com os quais você olha para as pessoas que admira. Pense: se eu tenho amigos tão legais e incríveis, eu tenho que ser tão legal e incrível quanto eles. Se não, porque esse povo iria querer andar comigo? Não estou querendo dizer que o mundo inteiro é um clubinho de perfeição e é todo mundo muito legal. As pessoas são todas quebradas e chatas e insira aqui todos os comentários negativos. Mas as pessoas não são só isso. Aliás, grande parte da beleza das pessoas está nos detalhes. Como diria Ed Kennedy, uma coisa grande é apenas uma coisa pequena que você notou.
Obviamente, eu me perdi na minha linha de raciocínio.
Ah! Se olhar com carinho. Então. Acho que a vida deve ficar tão mais fácil se você começar a fazer isso. Só que sempre, ou quase sempre, rola o sentimento de culpa. A culpa por estar se achando bom. Ignore. Isso é só o anseio da sociedade querendo que você se sinta mal, mesmo.
3. Sobre o anseio social. Perceba uma coisa: quantas pessoas reclamar de como você se coloca pra baixo. Quantas pessoas dizem que você falar sobre não sabe desenhar/tocar/pintar/cozinha etc, apesar de que é isso mesmo, é mi. E aí você vira e diz que sabe fazer bem isso e aquilo.
BAM.
ARROGANTE.
Você é metido, minha nossa, que menina metida, só porque sabe dançar! E esse menino se achando todo porque sabe fazer lasanha de berinjela, tá achando que é a Ana Maria Braga? Só porque diz que gostar de ler, quer pagar de intelectual. Que engraçado. Você não pode nem admitir nem que é bom ou nem que é ruim em algo, porque sempre vai ter um dedo apontando pra dizer que você é mimizento ou que você é arrogante. Eu vou dar um exemplo com um amigo meu que é muito bom em exatas, SEM CITAR NOMES GUSTAVO. Esse amigo sempre ajudou os outros amigos menos "exaticamente" favorecidos quando eles pediram. Ele e todos ao redor dele sabem que seus neurônios vieram conectados de maneira que o fizesse bom em matérias de exatas (e incrivelmente lesado em vários outros aspectos da vida, ainda bem que nem citei nomes). Quando ele ensinava e o aluno errava, o que ele fazia? Apenas explicava de novo. Nada de comentário sarcástico sobre sobre as habilidades da pessoa. Nada de pequenos xingamentos de burro. Nada de revirar os olhos. Enfim, nada disso. Isso é uma pessoa que é boa em algo. Que sabe que é. Que admite que é. E que não é nem um pouco arrogante sobre isso. E basta isso. Admita que você é bom em algo. Qualquer coisa. NÃO IMPORTA (não importa, nãoimporta, N Ã O I M P O R T A) que alguém que também tem essa habilidade aparente fazer melhor. Não deixe de desenhar porque fulano desenha melhor. Não deixe de fazer strogonoff porque eu OBVIAMENTE faço melhor. Nem de escrever porque o Neil Gaiman escreve melhor. Enfim, não deixe.
4. Ok, o texto tá realmente grande, então vamos logo com isso:
SE AME SE ACHE LINDO, PORQUE MESMO QUE VOCÊ SEJA BABACA, OS BABACAS TE AMARÃO E TE ACHARÃO LINDO. Todo mundo é bonito. Todo mundo é legal. E todo mundo é feio, chato e cara de mamão, e por aí vai.
1. Nós - sim, eu e você, possível leitor - somos incrivelmente feios. FEIOS. F. E. I. O. S. Horrorosos. Nós também somos medianos, do tipo "é, no escuro dessa balada até que eu pegava". E, pasme, nós somos terrível e absurda e dolorosamente lindos. E todos os infinitos graus de como é possível julgar a aparência de uma pessoa, desde "nem reparei que você existia" até "ai, por que você tá tão deslumbrante? Sai daqui". Isso ocorre por um motivo muito simples. Que, apesar de vivermos em uma sociedade bem lixo que adora estabelecer algo que deve ser mais gostado que outros algos - e por mais que isso funcione - a sua beleza não está necessariamente apenas em você (ela está sim em você, antes que alguém comece a comentar "Mas a sua beleza está sim em você!". Já chego lá). Sua beleza é a percepção que as demais pessoas têm de sua forma física/emocional. E, num mundo com aproximadamente 7 bilhões de pessoas, existem aproximadamente 7 bilhões de possibilidade de o que é feio e o que é bonito. E você e eu e até aquele seu tio que você ainda não descobriu como casou estamos em todas. Isso mesmo, t-o-d-a-s.
2. Sua beleza, apesar de ser a imagem que os outros têm de você, também é sua. E o que eu tenho observado é que a maioria das pessoas se acha feia. São comentários do tipo: "Olha, até que eu fiquei bem nessa foto", ou: "hoje estou particularmente bonita", ou coisa assim. E eu conclui que as pessoas têm, na verdade, vergonha. Vergonha de se admitir como bonito. A parte da autoestima interna entra brevemente aqui: vergonha de admitir qualquer coisa boa, qualquer coisa acima de "mediano".
O que eu posso dizer, caro leitor, é que no meio de todas essas possibilidades de "nível de beleza", não se ache um zero. Nem um sete. Nem um oito porque seu cabelo acordou de bom humor. Seja um dezoito vírgula dízima periódica de oitocentos e quarenta e seis. Porque, olha só. Olha só MESMO. Pega aquele seu amigo que você acha o ápice da beleza humana, e que você acha muito legal, e que você se pergunta "como ele pode ser tão lindo e legal?". Olhe para essa pessoa e perceba que você é exatamente a mesma coisa.
NÃO REJEITE O QUE EU ESTOU DIZENDO.
Porque sim, eu sei que você acabou de revirar os olhos e pensou: "claaaaaro que não! Eu não sou tudo isso!". Bem. Bem. Você é. O interessante nisso tudo é ver que algumas pessoas se veem mais como inimigas do que como amigas. Se você olhar para você mesmo como um observador de fora, você vai perceber. Eu também já notei que rola uma paranoia tosca de "eu acho que estou bem arrasando, mas tenho medo de os outros não pensarem isso!", e aí a pessoa troca de roupa antes de sair de casa. É óbvio que alguém vai olhar pra você e vai achar que você tá ridículo. Tão claro quanto isso é alguém te achando incrivelmente lindo. Percepções, percepções. Não estou dizendo que é a coisa mais fácil do mundo. A pessoa passa a vida inteira se vendo como um menos, e vendo todos os outros como se estivessem em um patamar avançado, e eu estou aqui implorando para você deixar essa patamar de lado. Para você se olhar com o carinho e com o amor com os quais você olha para as pessoas que admira. Pense: se eu tenho amigos tão legais e incríveis, eu tenho que ser tão legal e incrível quanto eles. Se não, porque esse povo iria querer andar comigo? Não estou querendo dizer que o mundo inteiro é um clubinho de perfeição e é todo mundo muito legal. As pessoas são todas quebradas e chatas e insira aqui todos os comentários negativos. Mas as pessoas não são só isso. Aliás, grande parte da beleza das pessoas está nos detalhes. Como diria Ed Kennedy, uma coisa grande é apenas uma coisa pequena que você notou.
Obviamente, eu me perdi na minha linha de raciocínio.
Ah! Se olhar com carinho. Então. Acho que a vida deve ficar tão mais fácil se você começar a fazer isso. Só que sempre, ou quase sempre, rola o sentimento de culpa. A culpa por estar se achando bom. Ignore. Isso é só o anseio da sociedade querendo que você se sinta mal, mesmo.
3. Sobre o anseio social. Perceba uma coisa: quantas pessoas reclamar de como você se coloca pra baixo. Quantas pessoas dizem que você falar sobre não sabe desenhar/tocar/pintar/cozinha etc, apesar de que é isso mesmo, é mi. E aí você vira e diz que sabe fazer bem isso e aquilo.
BAM.
ARROGANTE.
Você é metido, minha nossa, que menina metida, só porque sabe dançar! E esse menino se achando todo porque sabe fazer lasanha de berinjela, tá achando que é a Ana Maria Braga? Só porque diz que gostar de ler, quer pagar de intelectual. Que engraçado. Você não pode nem admitir nem que é bom ou nem que é ruim em algo, porque sempre vai ter um dedo apontando pra dizer que você é mimizento ou que você é arrogante. Eu vou dar um exemplo com um amigo meu que é muito bom em exatas, SEM CITAR NOMES GUSTAVO. Esse amigo sempre ajudou os outros amigos menos "exaticamente" favorecidos quando eles pediram. Ele e todos ao redor dele sabem que seus neurônios vieram conectados de maneira que o fizesse bom em matérias de exatas (e incrivelmente lesado em vários outros aspectos da vida, ainda bem que nem citei nomes). Quando ele ensinava e o aluno errava, o que ele fazia? Apenas explicava de novo. Nada de comentário sarcástico sobre sobre as habilidades da pessoa. Nada de pequenos xingamentos de burro. Nada de revirar os olhos. Enfim, nada disso. Isso é uma pessoa que é boa em algo. Que sabe que é. Que admite que é. E que não é nem um pouco arrogante sobre isso. E basta isso. Admita que você é bom em algo. Qualquer coisa. NÃO IMPORTA (não importa, nãoimporta, N Ã O I M P O R T A) que alguém que também tem essa habilidade aparente fazer melhor. Não deixe de desenhar porque fulano desenha melhor. Não deixe de fazer strogonoff porque eu OBVIAMENTE faço melhor. Nem de escrever porque o Neil Gaiman escreve melhor. Enfim, não deixe.
4. Ok, o texto tá realmente grande, então vamos logo com isso:
SE AME SE ACHE LINDO, PORQUE MESMO QUE VOCÊ SEJA BABACA, OS BABACAS TE AMARÃO E TE ACHARÃO LINDO. Todo mundo é bonito. Todo mundo é legal. E todo mundo é feio, chato e cara de mamão, e por aí vai.
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Re: Autoestima
UASHAHUSAHU, Neo quando bebe, em vez de errar as teclas e digitar coisas sem sentido, faz análises e escreve direitinho, aushhusahu. Aliás, quanto de Red Label e cerveja você tomou?
Agora comentando o post, bem interessante isso que você falou, vou até dar um Like. Muitas coisas me fizeram pensar "hmm, é bem assim".
Especialmente a parte do anseio social. É muito comum isso de as pessoas não admitirem aquilo no qual elas são boas porque muita gente vê isso como arrogância. Algumas, em vez de acharem que são boas em algo porque elas mesmas chegaram a essa conclusão, preferem que os outros julguem as habilidades dela. É como se "eu nunca serei bom o bastante se os outros não me disserem isso".
Isso pode ser mesmo ruim pra autoestima... É como estar sempre tentando atingir a expectativa dos outros e não as próprias.
Mas acho que isso pode ser uma faca de dois gumes. A pessoa se achar boa (ou até muito boa, excelente) em algo pode colocá-la no risco de valorizar demais suas habilidades. Um pouco disso é bom porque pode deixá-la mais confiante, mas pode ser ruim não para os outros que vão achá-la arrogante, mas pra ela mesma, porque ela pode não enxergar que ainda há chão pela frente e que ela ainda pode melhorar.
Acho que a saída seria equilibrar essas duas coisas. Não invalidar a própria opinião sobre si e sobre as coisas que faz, mas também não achar que chegou no fim da linha e que não há mais nada a aprender. É como um desenhista arrogante que valoriza a tal ponto as próprias habilidades que passa a não aceitar mais as críticas de coração aberto, sempre reagindo de forma defensiva (ou até ofensiva). O equilíbrio que falei seria como um artista que aceita as críticas alheias e reconhece os próprios erros, que aceita também os elogios alheios, mas que não se alimenta só deles. E mesmo se disserem "não gostei", ele reconhece o valor que a arte tem pra ele mesmo, um valor que não pode ser afetado pelo julgamento dos outros.
Mas chega, senão isso aqui vai descambar pra uma discussão sobre arte, asuhashu. De qualquer forma, o que acabei de falar sobre desenho pode se aplicar a outras coisas também.
Resumindo, vejo isso assim: se a pessoa quiser ser modesta, tudo bem (mesmo que ela corra o risco de os outros considerarem uma falsa modéstia da parte dela), mas ela não pode realmente achar que o que ela faz não vale quase nada, porque aí a autoestima dela vai despencando, e acho que o propósito do seu tópico é justamente evitar que as pessoas fiquem se autodepreciando. Ao mesmo tempo, é bom as pessoas estarem abertas ao que os outros têm a dizer, porque isso pode ser benéfico uma vez que ela separa o que é construtivo do que não é ^^
Obs: espero que meu texto esteja compreensível porque escrevi isso quase dormindo D;
Agora comentando o post, bem interessante isso que você falou, vou até dar um Like. Muitas coisas me fizeram pensar "hmm, é bem assim".
Especialmente a parte do anseio social. É muito comum isso de as pessoas não admitirem aquilo no qual elas são boas porque muita gente vê isso como arrogância. Algumas, em vez de acharem que são boas em algo porque elas mesmas chegaram a essa conclusão, preferem que os outros julguem as habilidades dela. É como se "eu nunca serei bom o bastante se os outros não me disserem isso".
Isso pode ser mesmo ruim pra autoestima... É como estar sempre tentando atingir a expectativa dos outros e não as próprias.
Mas acho que isso pode ser uma faca de dois gumes. A pessoa se achar boa (ou até muito boa, excelente) em algo pode colocá-la no risco de valorizar demais suas habilidades. Um pouco disso é bom porque pode deixá-la mais confiante, mas pode ser ruim não para os outros que vão achá-la arrogante, mas pra ela mesma, porque ela pode não enxergar que ainda há chão pela frente e que ela ainda pode melhorar.
Acho que a saída seria equilibrar essas duas coisas. Não invalidar a própria opinião sobre si e sobre as coisas que faz, mas também não achar que chegou no fim da linha e que não há mais nada a aprender. É como um desenhista arrogante que valoriza a tal ponto as próprias habilidades que passa a não aceitar mais as críticas de coração aberto, sempre reagindo de forma defensiva (ou até ofensiva). O equilíbrio que falei seria como um artista que aceita as críticas alheias e reconhece os próprios erros, que aceita também os elogios alheios, mas que não se alimenta só deles. E mesmo se disserem "não gostei", ele reconhece o valor que a arte tem pra ele mesmo, um valor que não pode ser afetado pelo julgamento dos outros.
Mas chega, senão isso aqui vai descambar pra uma discussão sobre arte, asuhashu. De qualquer forma, o que acabei de falar sobre desenho pode se aplicar a outras coisas também.
Resumindo, vejo isso assim: se a pessoa quiser ser modesta, tudo bem (mesmo que ela corra o risco de os outros considerarem uma falsa modéstia da parte dela), mas ela não pode realmente achar que o que ela faz não vale quase nada, porque aí a autoestima dela vai despencando, e acho que o propósito do seu tópico é justamente evitar que as pessoas fiquem se autodepreciando. Ao mesmo tempo, é bom as pessoas estarem abertas ao que os outros têm a dizer, porque isso pode ser benéfico uma vez que ela separa o que é construtivo do que não é ^^
Obs: espero que meu texto esteja compreensível porque escrevi isso quase dormindo D;
Re: Autoestima
uhashduhuahduhuasdhu Essas bebidas aí te fazem se tornar um filósofo
Já me achei feia. Pelo menos uma vez na vida alguém vai se achar assim. É bem como você falou, a sociedade emprega os padrões e nos sentimos obrigados a fazer parte.
Eu deixei de lado essa coisa do que as pessoas irão pensar de mim, mas tem vezes que aparece em algum momento. Me acostumei a agir ignorando comentários das pessoas. Isso foi bom, pois autoestima que eu não tinha quase nada, hoje tá nas alturas. Tô nem aí se meu cabelo tá bagunçado, se apareceu uma espinha, se engordei um tiquinho, continuo me achando gostosa.
As pessoas me achavam metida por eu não ser de falar com eles e viver lendo. Nunca ouvi me chamarem de intelectual, arrogante por fazer mais coisas que eles. Talvez eu viva num lugar em que as pessoas não são de usar verbos para machucar os outros.
Já me achei feia. Pelo menos uma vez na vida alguém vai se achar assim. É bem como você falou, a sociedade emprega os padrões e nos sentimos obrigados a fazer parte.
Eu deixei de lado essa coisa do que as pessoas irão pensar de mim, mas tem vezes que aparece em algum momento. Me acostumei a agir ignorando comentários das pessoas. Isso foi bom, pois autoestima que eu não tinha quase nada, hoje tá nas alturas. Tô nem aí se meu cabelo tá bagunçado, se apareceu uma espinha, se engordei um tiquinho, continuo me achando gostosa.
As pessoas me achavam metida por eu não ser de falar com eles e viver lendo. Nunca ouvi me chamarem de intelectual, arrogante por fazer mais coisas que eles. Talvez eu viva num lugar em que as pessoas não são de usar verbos para machucar os outros.
Re: Autoestima
Sendo sincero, eu tenho problemas com a minha estima :v. Não gosto de nada que faço aushauhsuahsuhas nunca consegui. Esse texto me ajudou até um pouco, mas isso é mais devido ao meu perfeccionismo ou sei lá.
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Re: Autoestima
TiNoSa escreveu:UASHAHUSAHU, Neo quando bebe, em vez de errar as teclas e digitar coisas sem sentido, faz análises e escreve direitinho, aushhusahu. Aliás, quanto de Red Label e cerveja você tomou?
Agora comentando o post, bem interessante isso que você falou, vou até dar um Like. Muitas coisas me fizeram pensar "hmm, é bem assim".
Especialmente a parte do anseio social. É muito comum isso de as pessoas não admitirem aquilo no qual elas são boas porque muita gente vê isso como arrogância. Algumas, em vez de acharem que são boas em algo porque elas mesmas chegaram a essa conclusão, preferem que os outros julguem as habilidades dela. É como se "eu nunca serei bom o bastante se os outros não me disserem isso".
Isso pode ser mesmo ruim pra autoestima... É como estar sempre tentando atingir a expectativa dos outros e não as próprias.
Mas acho que isso pode ser uma faca de dois gumes. A pessoa se achar boa (ou até muito boa, excelente) em algo pode colocá-la no risco de valorizar demais suas habilidades. Um pouco disso é bom porque pode deixá-la mais confiante, mas pode ser ruim não para os outros que vão achá-la arrogante, mas pra ela mesma, porque ela pode não enxergar que ainda há chão pela frente e que ela ainda pode melhorar.
Acho que a saída seria equilibrar essas duas coisas. Não invalidar a própria opinião sobre si e sobre as coisas que faz, mas também não achar que chegou no fim da linha e que não há mais nada a aprender. É como um desenhista arrogante que valoriza a tal ponto as próprias habilidades que passa a não aceitar mais as críticas de coração aberto, sempre reagindo de forma defensiva (ou até ofensiva). O equilíbrio que falei seria como um artista que aceita as críticas alheias e reconhece os próprios erros, que aceita também os elogios alheios, mas que não se alimenta só deles. E mesmo se disserem "não gostei", ele reconhece o valor que a arte tem pra ele mesmo, um valor que não pode ser afetado pelo julgamento dos outros.
Mas chega, senão isso aqui vai descambar pra uma discussão sobre arte, asuhashu. De qualquer forma, o que acabei de falar sobre desenho pode se aplicar a outras coisas também.
Resumindo, vejo isso assim: se a pessoa quiser ser modesta, tudo bem (mesmo que ela corra o risco de os outros considerarem uma falsa modéstia da parte dela), mas ela não pode realmente achar que o que ela faz não vale quase nada, porque aí a autoestima dela vai despencando, e acho que o propósito do seu tópico é justamente evitar que as pessoas fiquem se autodepreciando. Ao mesmo tempo, é bom as pessoas estarem abertas ao que os outros têm a dizer, porque isso pode ser benéfico uma vez que ela separa o que é construtivo do que não é ^^
Obs: espero que meu texto esteja compreensível porque escrevi isso quase dormindo D;
Não bebi tanto assim, e quando escrevi o efeito já tinha passado. Mas fiquei com isso na cabeça a noite inteira e decidi que eu deveria pôr pra fora, sabe?
É! Você pegou o espírito da coisa. Acho até que eu deveria mesclar a sua postagem no texto, pra tornar tudo mais claro haha Eu só não evidenciei essa questão da autoestima exacerbada porque o meu foco, aqui, era o falta dela. Mas faz muito sentido. Me lembrou uma frase do Schopenhauer, que eu vivo soltando quando alguém diz, ironicamente, que eu sou "modesto". (O que é a modéstia senão uma humildade hipócrita pela qual um homem pede perdão por ter as qualidades e os méritos que os outros não tem. Que é uma frase ótima, btw.)
E no finalzinho você disse sobre estar aberto às opiniões dos outros: isso é verdade. Eu fiquei tao preocupado em dizer "OI, VOCÊ PRECISA SE AMAR", que eu esqueci de dizer "mas é bom que você dê ouvidos ao que os outros têm a dizer, também". Mas acho que, em primeiro lugar, é se amar, mesmo. Ter opinião própria.
Ma escreveu:uhashduhuahduhuasdhu Essas bebidas aí te fazem se tornar um filósofo
Já me achei feia. Pelo menos uma vez na vida alguém vai se achar assim. É bem como você falou, a sociedade emprega os padrões e nos sentimos obrigados a fazer parte.
Eu deixei de lado essa coisa do que as pessoas irão pensar de mim, mas tem vezes que aparece em algum momento. Me acostumei a agir ignorando comentários das pessoas. Isso foi bom, pois autoestima que eu não tinha quase nada, hoje tá nas alturas. Tô nem aí se meu cabelo tá bagunçado, se apareceu uma espinha, se engordei um tiquinho, continuo me achando gostosa.
As pessoas me achavam metida por eu não ser de falar com eles e viver lendo. Nunca ouvi me chamarem de intelectual, arrogante por fazer mais coisas que eles. Talvez eu viva num lugar em que as pessoas não são de usar verbos para machucar os outros.
Você é linda e sexy, Ma! <3
No meu caso, eu tenho essa pose de "sou fodão" e de "sou demais", mas na real: eu me acho um merda. Insuficiente, mesmo, e aí fico pagando de durão pra tentar me sentir melhor em relação a mim mesmo. É como um amigo meu me falou, uma vez: "você construiu um castelo pra esconder um buraco". E é bem isso. Eu me tornei egocêntrico e, até, egoísta - mas minha autoestima continua lá embaixo. Uma coisa frágil, mesmo. Enfim.
As pessoas costumam dizer que eu fico falando coisas que ninguém entendem só pra pagar de intelectual. Às vezes é, mas na maior parte do tempo é só inquietação minha mesmo - e aí eu fico querendo que os outros se inquietem e começo a falar sobre metafísica, e Tempo, e Destino e essas coisas com as quais ninguém mais se importa hahaha
Vice escreveu:Sendo sincero, eu tenho problemas com a minha estima :v. Não gosto de nada que faço aushauhsuahsuhas nunca consegui. Esse texto me ajudou até um pouco, mas isso é mais devido ao meu perfeccionismo ou sei lá.
Viu o anseio social funcionando aí? u.u Bom, fico feliz que o meu texto tenha te ajudado a esclarecer alguma coisa. Quanto ao perfeccionismo: isso é mais um reflexo da nossa sociedade obsessiva que exige cada vez mais a força do individualismo. Se não é perfeito, não é adequado. Acho que agente precisa de mais auto-amor nessas relações aí... :c
Neoshadow- Furious Witch
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Re: Autoestima
Ótimo texto. Passe meus cumprimentos ao Sr Red Label, sim? HUHEAHUHOHUHEA
Pra mim, o texto não ajudou muito porque creio que minha autoestima já é muito influenciada pelo meu comportamento de não ligar muito pra comentários maldosos ou para responde-los maldosamente. Na verdade, eu diria que reajo de forma correspondente - quando me dizem que sou bonito - eu digo "eu sei" e depois as elogio de volta chamando-as de "bonitas" também e ainda digo que possuem bom gosto. Quando me dizem comentários notadamente maldosos,eu beijo meu ombro e vou embora na minha lamborghini , eu digo que tenho pena do mal gosto delas e que Anúbis tenha dó ao pesar a alma delas por isso. Já, quando a opinião é uma crítica bem fundamentada e de sentido, eu agradeço por me ajudarem.
Pra mim, o texto não ajudou muito porque creio que minha autoestima já é muito influenciada pelo meu comportamento de não ligar muito pra comentários maldosos ou para responde-los maldosamente. Na verdade, eu diria que reajo de forma correspondente - quando me dizem que sou bonito - eu digo "eu sei" e depois as elogio de volta chamando-as de "bonitas" também e ainda digo que possuem bom gosto. Quando me dizem comentários notadamente maldosos,
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Re: Autoestima
O que dizem, pra ter seu auto-estima você deve ser: feio, bonito, gordo, magro, louco, racional, ébrio, infantil, maduro, besta, inteligente, engraçado, misterioso, solitário, arrogante, otimista........ Já fui tudo isso, mas ninguém nunca acertou no que preciso.
Sora Nimus- Furious Witch
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Re: Autoestima
Autoestima? Que tipo de pokémon é esse?
"Hoje eu to decente... Mas não tanto quanto as outras pessoas"
"Hoje até que meu cabelo não tá ruim, mas ainda sim..."
"Gostei da minha roupa, mas ficaria melhor se eu fosse magra"
"Bom... Até que eu sou melhor que tal pessoa. Deveria ficar ao menos feliz por isso"
Pessoas com autoestima lá em cima são pessoas felizes e até que dá uma certa inveja, mas às vezes acho a maioria desse tipo de pessoa ignorante porque elas acham tanto de si mesmas que não percebe que em alguns momentos ela tá errada ou que existe algo que possa ser aprimorado enquanto ela acha que chegou na perfeição. Existe sim a aceitação pessoal, mas infelizmente, também existe a aceitação social. É mais naquilo "a pessoa é tão babaca que nem os considerados babacas gostam dela"
MAS como eu disse: admiro pessoas que possuem autoestima.
Particularmente eu não vejo problema na minha baixa autoestima algumas vezes. "Eu to gorda, só emagreci dois quilos" e aí vem alguém e me diz "nossa, como tu emagreceu". É aquela coisa de expectativa alta contra expectativa baixa.
Eu diria que: Tenha auto estima, mas tenha baixa expectativa.
"Hoje eu to decente... Mas não tanto quanto as outras pessoas"
"Hoje até que meu cabelo não tá ruim, mas ainda sim..."
"Gostei da minha roupa, mas ficaria melhor se eu fosse magra"
"Bom... Até que eu sou melhor que tal pessoa. Deveria ficar ao menos feliz por isso"
Então eu sou a pessoa mais escrota no mundo. bavscetdryaus6etiyuSua beleza é a percepção que as demais pessoas têm de sua forma física/emocional.
Pessoas com autoestima lá em cima são pessoas felizes e até que dá uma certa inveja, mas às vezes acho a maioria desse tipo de pessoa ignorante porque elas acham tanto de si mesmas que não percebe que em alguns momentos ela tá errada ou que existe algo que possa ser aprimorado enquanto ela acha que chegou na perfeição. Existe sim a aceitação pessoal, mas infelizmente, também existe a aceitação social. É mais naquilo "a pessoa é tão babaca que nem os considerados babacas gostam dela"
MAS como eu disse: admiro pessoas que possuem autoestima.
Particularmente eu não vejo problema na minha baixa autoestima algumas vezes. "Eu to gorda, só emagreci dois quilos" e aí vem alguém e me diz "nossa, como tu emagreceu". É aquela coisa de expectativa alta contra expectativa baixa.
Eu diria que: Tenha auto estima, mas tenha baixa expectativa.
Vemk me dar um abraço.No meu caso, eu tenho essa pose de "sou fodão" e de "sou demais", mas na real: eu me acho um merda. Insuficiente, mesmo, e aí fico pagando de durão pra tentar me sentir melhor em relação a mim mesmo. É como um amigo meu me falou, uma vez: "você construiu um castelo pra esconder um buraco". E é bem isso. Eu me tornei egocêntrico e, até, egoísta - mas minha autoestima continua lá embaixo. Uma coisa frágil, mesmo. Enfim.
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Re: Autoestima
Isso é um processo lento e trabalhoso. Mas já ouvi de algumas pessoas que eu me achava porque sabia de música, algo que é um hobby para mim e falo sem parar explicando tim tim por tim tim ( "Não sei sofrer não sei chorar eu sei me conformar" João Gilberto sz')
As vezes eu ficava mal e nem comentava mais nada com a pessoa que dizia que eu era metido por saber de música e quando falava de gosto eu discordava e contra argumentava. Mas enfim o que você falou é uma verdade.
Ando pensando nessas fitas há algum tempo.
As vezes eu ficava mal e nem comentava mais nada com a pessoa que dizia que eu era metido por saber de música e quando falava de gosto eu discordava e contra argumentava. Mas enfim o que você falou é uma verdade.
Ando pensando nessas fitas há algum tempo.
Yusuke- Compulsive Liar Missy
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