[Original + 16] Voller Mund

Pego minha guitarra e saio correndo daquela casa maldita, com minha jaqueta favorita, num tom de vermelho e azul, cores que geralmente não combinam, mas nela ficam perfeitamente harmônicas. Meu nome pouco te importa, leitor pretensioso, aposto que veio para ver uma história de um garoto mimado fugindo de casa, deduziu isto só pelas duas primeiras linhas deste conto. Realmente pretensioso, não acha?

Pois vou lhe dar, não uma história de um fugitivo, mas uma história de amor, dos mais românticos em minha opinião. A única coisa que precisa saber sobre mim, é que sou um homem, que tenho um maldito pênis por baixo da cueca.

Me sento numa calçada e acendo um cigarro. 

Minha história de amor começou em um dia normal, tinha saído de férias com minha família (meu pai). Fomos nessas famosas fontes termais japonesas, super diferente, é claro, principalmente para você, que provavelmente nunca foi numa.

Quando cheguei lá, a primeira coisa que esbarrou em minha visão foi uma mulher, alta, corpo em forma de um belo violão, cheia de curvas fascinantes, pele morena, cabelos longos negros. Senti vontade de mordê-la, quebrá-la, fodê-la, da forma mais brutal que meu corpo aguentasse. Voei para o hotel, guardei todas as coisas e então desci, a caçando, ela entrou para tomar um banho na fonte mista (em que ambos os sexos podem entrar). Porém apenas a observei, guardando meu desejo, havia muita gente envolta.

Logo deu o horário de comer, em pleno meio do dia, mas ela não saiu. Era minha chance. 

Me aproximei sorrateiramente. 

A agarrei pelos braços.

Empurrei-a para um canto escondido nas pedras.

Afinal, o amor é para todos, ou não?

Ah os lábios dela eram tão grossos, tão deliciosos.

A observo bem, prendendo-a em minha mente.

A agarro com mais força.

Ninguém nos vê.

Ela não se debate.

Então a fodo. Com todo o meu ser, com todo o meu amor, sem limites ou escrúpulos. Ela choraminga, mas não se afasta, há de estar gostando. Sinto que vou quebrá-la por dentro, agarro seus cabelos sedosos e volumosos, os mordo e puxo. AH O AMOR! 

Foi o amor mais gostoso que fiz em minha vida ridícula.

Me levanto e saio andando. Então caros leitores pretensiosos; espero que admirem esta história de amor tanto quanto eu. pois no dia, foi o amor mais delicioso. Afinal. O amor é para todos - para mim também.

Volto a correr pela rua com a guitarra nas costas, atrás do meu amor.