Séries boas x ruins

Estava eu assistindo Atypical, agora que saiu a segunda temporada, e eu simplesmente adoro essa série, mas parece que muita gente não gostou. Que não conseguiu passar do primeiro ep. 
Isso me faz pensar nos livros que fizeram sucesso e que não me agradaram ou nos livros que eu adoro e que muita gente sequer ouviu falar. Talvez uma história, independente da mídia, tenha que ressoar com algo dentro de você para que tenha algum sentido pessoal e desperte seu interesse. E fazer uma história sobre algo muito específico ou um sentimento muito restrito talvez seja um tiro no pé em relação a retorno financeiro/sucesso, mas toca mais fundo no "público alvo". E aí classificar uma história em boa ou ruim perde o sentido porque ela é boa ou ruim pra você. Engraçado ver o povo discutindo se Star wars é bom, playstation x xbox e essas porcarias do tipo. O mundo é uma experiência tão pessoal e é tão estranho tentar empurrar seu conceito de importância ou valor pra cima de outra pessoa totalmente diferente que... sei lá. 
Isso também me fez pensar em quão importante é a representatividade de minorias. Mas isso é pra outro tópico. Acho que divaguei demais já.

Há critérios e critérios.

Eu acredito que, para julgar se algo é bom ou ruim (no âmbito de "qualidade", mesmo), é necessário adotar jugalmentos mais objetivos — o que pode variar de "atuação" até "edição". Dessa forma há como se entrar em um consenso a respeito da série, deixando de lado o que se "sente" acerca dela.

Por outro lado, se adotarmos critérios subjetivos, caímos no julgamento de estética: ele diz mais sobre quem está julgando do que o objeto em si — e, ainda que seja uma opinião absolutamente válida, é incerta e pessoal demais.

Eu, particularmente, prefiro e reconheço a primeira. Mas faço a segunda o tempo inteiro e não deixo que a crítica me provoque sentimentos de revolta porque — bom, porque eu sou gente. Tenho um ego e tenho minhas referências e tenho os meus gostos e minhas experiências, todos esses fatores influenciando minha visão de mundo e minhas teorias estéticas.

Neoshadow escreveu:Há critérios e critérios.

Eu acredito que, para julgar se algo é bom ou ruim (no âmbito de "qualidade", mesmo), é necessário adotar jugalmentos mais objetivos — o que pode variar de "atuação" até "edição". Dessa forma há como se entrar em um consenso a respeito da série, deixando de lado o que se "sente" acerca dela.

Por outro lado, se adotarmos critérios subjetivos, caímos no julgamento de estética: ele diz mais sobre quem está julgando do que o objeto em si — e, ainda que seja uma opinião absolutamente válida, é incerta e pessoal demais.

Eu, particularmente, prefiro e reconheço a primeira. Mas faço a segunda o tempo inteiro e não deixo que a crítica me provoque sentimentos de revolta porque — bom, porque eu sou gente. Tenho um ego e tenho minhas referências e tenho os meus gostos e minhas experiências, todos esses fatores influenciando minha visão de mundo e minhas teorias estéticas.

Gosto desse mlk porque ele é inteligente pra krl..

Como eu sou da área de crítica literária eu também sou dessa de tentar focar em critérios "universais" ou algo parecido. Porque é nisso que se julga as obras que sobrevivem ao tempo, e não a quantidade de gente que gostou.

Mas é claro que quando se trata de séries mais populares, assim como livros best sellers, os critérios são outros, e aí eu acho que essa de "conexão com a série" entra como um. E concordo que obras mais específicas para um público perdem muito espaço.

Eu entendo e respeito os critérios objetivos por trás de análises mais profundas. Mas às vezes eu me pego questionando pra mim mesmo o peso ou importância desse tipo de análise. Por exemplo, eu prefiro José de Alencar a Machado de Assis. Crucifiquem-me.  Mesmo sabendo que o José de Alencar é o equivalente do Walcyr Carrasco da época, as histórias dele meio que mexem mais comigo. E Lucíola e Helena não têm uma pegada muito parecida? Não sei bem onde eu quero chegar q. mas no fim a análise do quão boa é uma série vai além da qualidade em si. Olha a história da J. K. Rowling. Esse tipo de julgamento não deve ser assim tão preto no branco.

Kat Loka escreveu:Eu entendo e respeito os critérios objetivos por trás de análises mais profundas. Mas às vezes eu me pego questionando pra mim mesmo o peso ou importância desse tipo de análise. Por exemplo, eu prefiro José de Alencar a Machado de Assis. Crucifiquem-me.  Mesmo sabendo que o José de Alencar é o equivalente do Walcyr Carrasco da época, as histórias dele meio que mexem mais comigo. E Lucíola e Helena não têm uma pegada muito parecida? Não sei bem onde eu quero chegar q. mas no fim a análise do quão boa é uma série vai além da qualidade em si. Olha a história da J. K. Rowling. Esse tipo de julgamento não deve ser assim tão preto no branco.

É também uma questão de que crescemos valorizando mais um conceito do que o outro, né. É algo totalmente cultural.