Quarto da TiNoSa

[POST ANTERIOR ::  QUARTO DA TSUGUMI]

Tsume nem precisou entrar parar conseguir escutar aquele som eletrônico e alucinante vindo de dentro do quarto do Tinão. Hikaru havia dito algo sobre uma festa e, como alguém consumido pelo tédio e sem muitas opções de entretenimento, o Jovem Mestre nem cogitou recusar a proposta.

Ele bateu na porta. - Tinão-san?! Hikaru-san?!

Ele não sabe com quem Kio aprendeu aquela falta de modos, mas definitivamente não foi com seu mestre.

Com um meio sorriso, dá um abraço no peito nu do Hikaru e bebe o que ele lhe entregou. Alcoólico ou não, quem sabe. Tratou logo de dar um abraço no dono do quarto, também.

- Ah, obrigado por nos receber, Tinão-san. Vamos aproveitar a festa. - Sorriu mais largo e, dando outro gole, foi em direção a menina do canto. - Olá. - Mesmo sabendo que ela era escrava do Hikaru, cumprimentou-a com educação.

Não tendo ainda tanta familiaridade com aquela tecnologia alienígena, Tinão decide abrir a porta manualmente para receber o próximo convidado.

- Boa noite. Entre, por favor.

Tsume já sabia que Hikaru não era lá muito normal, mas, tratando-se do mais velho, ele sempre conseguia surpreender-se.

O Jovem Mestre nem teve tempo de reagir quando Hikaru o puxou pela mão - junto com a escrava - para o meio do quarto. E não demorou até que um verdadeiro caos estivesse formado ali. De onde saíram todas aquelas pessoas estranhas? Maldição. Tentáculos.

Ele foi jogado de um lado pro outro no meio da multidão antes que finalmente conseguisse sair dela. Que calor! - Desamarrou o laço em volta de seu pescoço e foi até o bar. De soslaio, podia ver o Tinão atendendo a porta para os convidados. Tsume sabia que o padre era um dos que mais estava aproveitando as bebidas.

Sem mais delongas, procurou algum lugar para acomodar-se. Subiu em um banco altos perto do bar, os pés que não conseguiam alcançar o chão balançando pendurados, e chamou um dos robôs atendentes.

- Vamos ver... Quero um daqueles. - Apontou para uma bebida engraçada que outros robôs preparavam. Sem uma resposta, a máquina que o atendia fez o mesmo, e Tsume assistiu-o fascinado. Quando o copo foi empurrado em sua direção, o jovem deu um gole e sentiu que poderia chorar de felicidade. - Incrível.

Hikaru agora puxava o Jovem Mestre ao meio de toda a baderna. Acabei por rir um pouco daquilo. Meu senhor mal conseguia acompanhá-lo com a diferenças de tamanho.

Logo começou a chegar mais convidados e mais aliens, ou seja, mais tentáculos para ele odiar. Como esperado, tratou de sair do meio da bagunça e foi para outro mais calmo, o bar.

- Acho melhor ficar perto dele por um momento. - Me sentei ao extremo do bar, pedindo alguma bebida qualquer, somente para não deixar tudo passar em branco.