As Florestas Celestiais

O Samurai do Leste saltou na direção de Zaira e a atacou, rasgando as costas dela com sua espada fantasmagórica.

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'd6' : 5, 2

Zaira fincou os dentes no lábio inferior para não gritar. Ela virou-se para o samurai do Leste rosnou para ele. Dessa vez ela decidiu atacar todos de uma vez. Seu corpo começou a ficar incandescente, até que um forte brilho, começou sair do seu corpo, o toque daquele brilho era pesada e parecia que tinha agulhas perfurando e queimando os samurais. Seu poder era destinado aos samurais do Leste, Oeste e Sul, e apenas eles.

Spiritual Brilliance: 4d8+3

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'd8' : 5, 3, 6, 8

Spoiler:

Quando o Samurai do Sul tornou-se uma nuvem vermelha e brilhante, Kenzo falou para Zaira:

- Essa alma é toda sua, você tem o direito de sugá-la por inteiro.

Os dois samurais restantes se encararam por um instante com as espadas em punho, avançando um contra o outro logo em seguida.

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#1 'd6' : 3, 2

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#2 'd6' : 4, 1

Os olhos de Zaira ficaram brancos e sua pele brilhou levemente, ao redor da alma surgiu uma luz branca e brilhante, a mesma que o corpo de Sherazade exalava, que em questão de milésimos a luz branca tomou conta por completo da alma vermelha, tornando-se branca e brilhante. Ela abriu a boca e a nuvem branca se encaminhou em direção da mesma. Absorvendo a alma por completo. O brilho branco desapareceu no mesmo instante e seus olhos voltaram ao normal.

Ela agarrou o bastão mágico no qual havia lutado mais cedo com Kenzo, blindou-o e deu o golpe final no samurai do Oeste.

Bastão Mágico: 2d6
Reforço: 1 PA

Ataque: 3d6+3

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'd6' : 1, 1, 1

O Samurai do Norte já estava preparado para o momento em que o Samurai do Oeste tombaria para trás com a força do golpe de Zaira. O guerreiro fincou nas costas dele sua espada fantasma, destruindo-o. Uma segunda nuvem colorida (dessa vez roxa) e brilhante se formou onde antes estava o corpo espiritual do samurai celestial.

- Excelente, Zaira. Essa alma também é sua. É isso que temos por hoje, agora você pode descansar um pouco.

Kenzo se virou de costas para ela e caminhou até a passagem de saída da sala.

- Nos encontraremos amanhã de novo, mas não será no tatami. Esteja preparada.

Zaira absorveu a alma do samurai com o mesmo processo da outra. Depois disso, ela caiu de costas no chão do tatami, respirando fundo e olhando ao teto. Ela olhou de lado e observou o samurai do Oeste parado. Estava agradecida por ele tê-la matado. Rolou sobre o chão do tatami para exercitar-se mais um pouco. Depois sentou-se na posição de lótus e fez um alongamento enquanto estralando o pescoço, coluna, braços e afins. Depois levantou-se e foi em direção à suas coisas que estava m encostadas na parde. Ela recolheu-as e colocou nas costas.

O que desejou naquele momento era poder tomar um bom banho num dos rios que existia no mundo espiritual. Lá havia uma água mágica, relaxante e revitalizante. Mas ela estranhou-se, normalmente se sentia mais que disposta depois de uma luta, mas agora nem tanto. Realmente, estava muito fraca e precisava treinar. Ela foi em direção à saída da sala. Levantou a mãos numa forma de despedir-se do samurai. Queria arranjar um lugar para descansar e recuperar suas energias.

Niang K. estava varrendo o corredor quando viu Zaira ferida saindo da sala de treinamento.

- Venha comigo, Zaira. - disse ele gentilmente guiando-a para um dos quartos do templo. - Esse é meu aposento preferido. Acho que você irá gostar daqui.

Zaira se viu cercada por um quarto amplo e luxuoso. As paredes eram vermelhas e, penduradas nelas, havia quadros redondos de borda negra onde estavam desenhados símbolos celestiais da cor branca. A decoração era formada por espadas douradas de diversos tipos enfiadas à bainhas que, assim como as bordas dos quadros, eram negras e se prendiam às paredes rubras. Ao fundo havia janelas tão grandes quanto portas que davam para uma paisagem encantadora de fontes termais. Zaira pôde sentir o gosto da brisa quente em sua boca à medida que adentrava o cômodo. As velas ao lado da cama baixa e bem arrumada davam ao aposento um clima clássico e aconchegante.

- Qualquer coisa que precisar, é só me chamar. - sorriu ele antes de fechar a porta.

Zaira depositou suas coisas no chão. E caminhou pelo quarto, encantada com a decoração. Ela foi em direção a uma das janelas e viu as fontes termais. Ficou tentada, era tudo o que desejava no momento. Por que não? Pensou, indo em direção a cama, lá havia algumas toalhas, roupões e alguns kimonos. Ela começou a se despir. Quando terminou pegou uma das toalhas, enrolou no corpo e amarrou os cabelos com um grampo. Pulou uma janela e foi até as termais.

Chegando lá, o vapor da água acariciava sua pele, ela inalou aquele aroma quente. Jogou a toalha na borda onde estaria recostada e entrou na fonte. A quentura da água arrancou-lhe um suspiro de prazer, era tão relaxante! Imergiu completamente na fonte, afinal seria a mesma coisa de respirar oxigênio, já que aquilo era apenas um reflexo. Ela se encolheu debaixo d'água, abraçando os joelhos e apoiando os queixo nos mesmo, fechou os olhos e desfrutou da temperatura. Ela não iria boiar ou algo assim, poderia ficar lá para sempre se quisesse. Nesse momento, o cansaço do treino junto com aquela deliciosa sensação, a fez adormecer.

Zaira acordou muitas horas depois com mãos cálidas tocando seu rosto.

- Está na hora de acordar, meu amor. - era a voz poderosa de Vizier. - Eu estou aqui com você.

Assim que Zaira começou lentamente a abrir os olhos, pôde ver o corpo nu de Vizier bem em frente ao seu. Os braços musculosos de seu amado se estendiam na direção dela, tocando-a suavemente. Bolhas os cercaram sob as águas fervorosas quando Vizier inclinou-se para beijá-la.

- Vizier! - Seu nome saiu automaticamente de sua boca, ela estava muito surpresa. O que ele fazia ali? Como encontrou-a? Por causa de Al? Do anel? Da flor? Ela teria perguntado isso se ele não tivesse lhe beijado. Naquele momento ela saiu da posição encolhida que estava e foi em direção ao braços de Vizier, colando seu corpo ao dele. Desfrutando daquele doce e imenso prazer. Poderia ser real? O corpo estava tão cálido que superava o calor das águas, tão diferente da primeira vez que o encontrara, suas mãos antes eram tão geladas.

Vizier se afastou dela para poder encará-la.

- Eu senti muito a sua falta. - disse ele suavemente enquanto acariciava o ombro de Zaira com uma das mãos, a outra estava entre os fios flutuantes de cabelo da fantasma.

Por alguns instantes, Vizier ficou apenas a observando, então abriu um sorriso sincero de dentes perfeitos, e bolhas escorreram pelos cantos da boca dele.

Sem dizer nada, ele a abraçou com um amor que Zaira desconhecera durante toda a sua existência. Envolvida pelos braços fortes de guerreiro que Vizier possuía, ela sentiu um calor por dentro e por fora que não sentia desde que estivera viva. Sob as águas daquela fonte termal, seu noivo beijou-a novamente, dando-lhe um selinho delicado enquanto admirava os belos traços da futura rainha Sherazade.

Sherazade vou envolvida por aquela onda de sentimentos, seu coração começou a bater acelerado, tão forte que ela sentia que ia sair do peito ou sofrer um infarto, mesmo estando morta. Ela não era do tipo de pessoa que se envergonharia se alguém a visse nua, mas com Vizier, ela se sentia muito tímida, suas bochechas estavam muito rosadas. Sentiu-se culpada por ter duvido de Vizier antes, uma leve angústia se apropriou dela, e ela sentiu vontade confessar aquilo.

- Vizier... - Ela desviou o olhar do dele, se sentindo culpada, se afastou um pouco e mordeu o lábio inferior. - Também senti muito sua falta, mas... Eu tenho que te confessar algo... - Por incrível que pareça ela não conseguia dizer que se sentiu insegura, confusa e desconfiada em relação à ele.

Vizier encostou a cabeça de Zaira em seu ombro, envolvendo-a para que ela pudesse ficar mais tranquila.

- Não tenha medo. - disse ele afagando-lhe a cabeça. - Diga-me aquilo que lhe aflige.

Ela estava sem saber como dizer que estava confusa. Franziu os lábios e olhou-a Vizier, hesitante.

- É sobre o anel que você me deu. - Ela corou. - E sobre a flor também. O anel contém um fragmento de Vizzerdrix, o que isso significa? - Perguntou hesitante, com medo de ouvir a resposta dele. - Sobre a flor, você a me deu em troca de minha confiança, mas isso não poderia prejudicar os campos de Cebyrllia? E quanto a você? - Perguntou, seu cabelo desprendeu-se do grampo e soltou-se, espalhando-se na água, na frente ele era um pouco curto, mas era maior na parte de trás.

- Eu nunca senti essas coisas antes, você me faz sair do normal. - Confessou. - Às vezes eu me sinto insegura, com medo, constantemente confusa, entre outras coisas. - Desviou o olhar do de Vizier e olhou para o lado. - Amar faz essas coisas? - Ela voltou-se para ele, suas bochechas estavam rosadas e seu olhar tinha um enorme brilho de inocência, confusão, incerteza e medo, ela aprecia inocente. Na verdade até ela mesma se sentia incomoda com esses novos sentimentos. Tudo era bem mais fácil quando ela só se importava e se focava em si mesma. Nada de inseguranças, nem medos, nem coisas do tipo. Mas, mesmo com todos esses contras, ela gostava disso. Tão contraditória, outro sentimento que surgiu depois de conhecer Vizier.

Vizier tocou as bochechas rosadas de Zaira, virando o rosto dela delicadamente para que pudesse a encarar nos olhos.

- Zaira, eu não a culpo por desconfiar de mim. - Vizier por um momento pareceu fragilizado, mas na mesma hora retomou o semblante poderoso que lhe era de costume. - Eu menti para você.

Bolhas vieram do fundo da fonte termal acompanhadas por uma corrente quente. Os raios de sol da manhã penetravam a água, formando em volta deles um paraíso de reflexos aquáticos.

- Eu tenho um grande segredo para te contar. Nunca fui Líder da Casa Turandor e não foi por ela que morri. Estamos vivendo uma turbulência e seria muito complicado explicar tudo no momento em que nos conhecemos. - ele segurou a mão dela e levou-a até sua própria boca para beijar-lhe os dedos. - Me desculpe.

Vizier trouxe o corpo de Zaira para perto do seu, ela sentiu no calor daquele toque o quanto ele estava arrependido.

- Eu não sou um homem perfeito. Eu cometi um grave erro, mas eu espero mesmo que você me entenda. Através do anel que lhe dei, pude saber tudo o que se passava com você, Zaira, e soube que logo você descobriria... Eu me apaixonei no momento em que eu te vi, mas eu, desde o começo, soube que você jamais poderia aceitar quem eu realmente sou.

Ele voltou a encará-la nos olhos, tocando as bochechas dela com a ponta de deus dedos.

- Eu sou Vizzerdrix.

Sherazade afastou-se de Vizier, seu semblante era inexpressivo enquanto o encarava, mas o que veio a seguir, mostrou seus verdadeiros sentimentos. Ela esbofeteou Vizier com muita força. Sua face agora tinha uma expressão furiosa e seu olhar era gélido.

- Isso foi por você ter mentido para mim! - Seu tom era tão gélido quanto seu olhar. Talvez Vizier achasse que naquele momento havia perdido sua noiva, mas Zaira aproximou-se dele novamente e o abraçou. - Mas eu te desculpo. - Disse suavemente, o abraçando com força. Ela não sabia o que dizer, ela entendia o lado dele, mas não pode evitar não se vingar por ele ter tentando lhe enganar. Aquelas revelações explicavam algumas coisas, mas deixavam mais mistérios no ar.

- Eu não posso te confirmar se eu iria ou não te aceitar. - Acariciou as costas dele. - Na verdade, eu realmente nunca me importei em amar alguém, nunca me passou pela cabeça me apaixonar ou dividir minha vida (e morte) com outra pessoa. E sinceramente, nunca me importei com outras coisas que não fossem meu próprio mundo ou a Turandor. - Ela voltou-se para encará-lo e sorriu. Acariciou sua bochecha com o torso da mão e beijou-lhe levemente nos lábios.

Vizier colocou a mão no rosto de Zaira suavemente quando se afastaram, desceu os dedos por seu nariz e deslizou o indicador pelos lábios vermelhos que ela possuía. Sua face ardia e uma marca rosada lhe fora deixava sobre a pele branca. Ele sorriu e, mesmo sob a água, Zaira percebeu que lágrimas haviam escorrido por seus olhos.

- Zaira, eu realmente sinto muito... - a expressão dele era muito triste, mas a fantasma sentiu que Vizier se sentia muito feliz. - Muito obrigado por me perdoar. Acho que eu lhe devo muitas explicações, não?

Ele tocou o cabelo dela. Zaira notou a beleza dos reflexos aquáticos sobre a mão dele.

- Eu sou filho dos deuses. - revelou. - Sou fruto da união proibida entre Helidio, o Deus do Gelo, e Prislia, a Deusa dos Cristais. Sylvya, a vidente dos deuses, previu que um grande mau se aproximava, e que esse mau era causado por deuses que provariam dos sentimentos humanos, já que uma prole de dois Senhores do Universo poderia gerar uma criatura mais poderosa que todos os outros deuses, pois esse novo ser seria capaz de dominar mais de um elemento da natureza. Meus pais foram expulsos de seus paraísos quando eu completei um ano de vida e juntos eles construíram Cebyrllia, a Terra do Gelo e do Cristal, prometendo aos outros deuses que jamais sairiam de lá. Pra que alguém precisaria sair daquele lugar tão belo?

Vizier entrelaçou seus dedos aos dedos de Zaira.

- Minha mãe e meu pai foram felizes por muitos anos governando aquelas terras no lugar que os humanos chamam de O Castelo da Neblina. - ele sorriu. - Eu cresci em meio ao gelo e Lumma cuidou de mim desde que eu era um garotinho. Era tudo tão perfeito. - o sorriso de tornou triste. - Os deuses resolveram me matar quando eu completei quinze anos, mas eu consegui escapar, eu era capaz de feitos inimagináveis. Meus pais, surpresos, não foram capazes de resistir ao ataque. Minha mãe foi morta e torturada cruelmente por Nühr e sua tropa dos infernos. Meu pai foi morto tentando protegê-la, mas houve intervenção de outros deuses e ele acabou sendo derrotado num combate onde reinou a covardia.

Ele a encarou.

- Eu me senti um fraco. Eu precisava fazer alguma coisa, eles iriam me perseguir até a minha morte e eu sabia que eu era capaz, eu sabia que eu podia destruir cada um deles porque sou o portador de dois poderes. O Cristal e o Gelo.

Vizier segurou o rosto de Zaira com as duas mãos, seus olhos brilhavam.

- Meu nome verdadeiro é Vizier, mas há quem me chame de Vizzerdrix, que se significa O Assassino Vizier. Mas eu nunca aceitei esse nome, ele não me retrata. Não sou um assassino, sou um vingador, sou um justiceiro que acredita nos poderes que me foram dados, os poderes que são superiores aos de qualquer outro deus. Mas certa noite algo aconteceu... - O olhar dele se tornou distante. - Fui acertado pela Flecha do Milênio e quando acordei já não era um semideus, e sim um fantasma sem grandes capacidades. A flecha que fura qualquer coisa... a flecha que me perfurou e espalhou minha identidade pelas Terras do Exílio, essas terras amaldiçoadas onde dormem os assassinos dos meus pais... Agora eu sou como eles, estou tão morto quanto eles, mas algo me prende à esse lugar, se estou aqui nesse corpo de fantasma é porque o meu destino não foi cumprido, Zaira. Nem o seu. No momento em que te vi, percebi que somos destinados um ao outro, você é o que falta em mim e eu sou o que falta em você. Morremos para nos encontrar e aqui estamos, meu amor...

Ele beijou-a ardentemente.

Sherazade aferrou-se ao seu noivo com força e o correspondeu o beijo com vontade.

Ela sentiu as lágrimas escorrerem pela sua face. Ela estava abalada com as revelações, verdadeiramente triste e comovida. O sofrimento de Vizier, apertava o seu peito de uma forma inimaginável, ela nunca pensou que sofreria tão intensamente por alguém.

Tudo que ela queria era abraçá-lo apertado durante horas, confortá-lo, consolá-lo, queria absorver sua dor para si mesma, para poder aliviá-lo. Mas também sentiu raiva, muita raiva em pensar que os deuses tentaram lhe matar. Sentiu vontade matá-los, mas infelizmente eles não podiam ser mortos, e isso lhe deixou com um rancor no coração.

Tinha que jogar essa raiva de lado, não era hora para isso. Separou-se de Vizier, seus lábios estavam mais vermelhos do que nunca pelo beijo. Ela o encarou, sorriu tristemente e deu-lhe um beijo na bochecha. Voltou-se e e trouxe a cabeça dele contra seu colo e afagou-lhe seus cabelos.

- Eu sinto muito por tudo o que você passou. - Disse com a voz comovida. Ela poderia dizer "mas veja pelo lado bom, estamos juntos", mas julgou ser muita insensibilidade da sua parte. Quase sorriu diante disso, ela se controlando para não ser insensível, que piada. Mas isso lhe fez ficar mais decida. Talvez, eles pudessem mudar algo, nada era impossível nesse mundo. Ela continuaria sua jornada na busca do Rei Celestial. Definitivamente ele tinha a ver com a morte de Vizier, e ela queria desvendar o máximo de mistérios possíveis.

- Eu te amo, Vizier. - Pensou alto, declarando-se para ele enquanto o apertava mais, sentindo o calor do seu corpo invadindo o dela rapidamente.

Zaira percebeu que o corpo de Vizier começara a se desmanchar entre seus dedos, como um sonho que vai se desfazendo.

- Eu preciso ir embora, Zaira. - sussurrou ele próximo ao rosto dela. - Eu vim apenas lhe contar a verdade, mas a minha hora já chegou.

Ele a beijou ternamente enquanto, em flocos de luz, seu corpo desaparecia aos poucos.

- Esteja bem para o nosso casamento. - disse ele quase sorrindo. - Eu mal posso esperar para te ver de branco, consigo te imaginar com uma coroa de rosas, rosas de cristal. Você e eu, entrando na catedral. Todos os membros da Turandor estarão lá. Ninguém poderá nos impedir, nunca, pois pertencemos um ao outro.

Ele abriu um belo sorriso.

- Eu estarei sempre com você, dentro de você, mas a minha luta já acabou, não sou mais capaz de batalhar como eu era antes, agora é sua vez. Seja forte, lute por aquilo que você acredita, eu estarei sempre ao seu lado, mesmo que você pense que eu não estou perto. - o amor de Vizier transbordava por seus olhos. - Confie em mim, sempre. Eu te amo muito. Mais do todas as outras coisas.