[The Lost Child] O Passado Esquecido ~ Parte 1

Do alto, olhos que refletem as cores do paraíso observam uma linda mulher de cabelos longos, negros e ondulados, que repousa tranquilamente molhando os pés em um pequeno riacho na Floresta Anciã.

Os olhos não conseguiam se desviar de tão rara e magnifica beleza, era como um oásis em meio a um deserto escaldante. Olhar estava se tornando impossível, não apenas a visão queria contemplar aquela magnificência, mas o tato, o paladar, o ofato também sentiam esse anseio.

Como devem imaginar me refiro a um anjo. Sim, um ser divino que cedeu ao prazer da carne e decidiu por cota própria ir até o seu paraíso na terra.

Enquanto era observada, a linda mulher cantava como um sabiá regendo uma orquestra de pardais.

-Quando as pétalas de rosa branca caem ao chão o meu coração se torna alvo como uma imensa nuvem que vaga pelo céu a procura de um lindo lugar para contemplar...
- É uma linda musica... Você com compôs? - Um homem de cabelo prateado e de vestes brancas falou ao aparecer sentado ao lado dela.
- Quem é você? - Ela falou naturalmente.
- Não tenha medo, não irei lhe machucar.
- Não estou com medo, só não sie quem lhe deu o direito de se sentar ao meu lado e ainda por cima me interromper enquanto canto. - Ela mal dava atenção a ele. - Detesto quando fazem isso.
- Mil perdões, não era minha intenção aborrece-la. Tem algo que possa fazer para me desculpar?
- Já que perguntou... Deixe-me em paz. - Ela se levantou e saiu andando.
- Espere! - Ele a segurou pelo braço. - Diga-me ao menos o seu nome.
- Se quer saber o meu nome, no minimo poderia ter dito o seu antes. - Puxá o braço bruscamente.
- Está bem. Meu nome é Hiroto Sulegna.
- Hum... Que bom. - Sai andando
- Não vai me dizer o seu?
- Desculpe-me, mas para que eu diga meu nome terá de merecer.
- E o que eu posso fazer para merecer saber o seu nome?
- Bem... Já ouviu falar da Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker?
- Sim. Por que?
- Ouvi dizer que por lá exitem dragões vermelhos e eu gostaria que você trouxe-se para mim um ovo deles.
- O que? Tudo isso só por um nome?
- Bem, se me trouxer o ovo e o coração de um deles eu vou acreditar que você está disposto a tudo por mim, então posso lhe garantir uma excelente recompensa.
- Certo. Onde eu posso a encontrarei quando trouxer os itens?
- Vá até As Moradas Abóreas de Allibricis, na construção construída sobre a mais ala arvore de lá. Eu estarei esperando.

Para um anjo uma tarefa como aquela não era algo difícil. As lendas sobre a Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker são tão terríveis que nem mesmo é possível acreditar que ela exista, mas um anjo poderia entrar e sair de lá com um ovo de dragão muito facilmente, porém matar um dragão e arranca-lhe o coração era algo complicado mesmo para um ser divino.

Mas Hiroto estava disposto a tudo por aquela linda donzela e por isso lutou contra o maior e mais feroz dragão que lá havia. A batalha lhe custou grande perda de energia e alguns ferimentos, mas o prêmio que receberia era maior que a sua dor. Ele espera ganhar além do corpo da moça o seu coração, ele queria viver uma história de amor. Quando terminou de matar o dragão, partiu o peito ao meio e puxou de lá um rubi de luz vermelha e ofuscante, tão belo que faria qualquer outra pedra preciosa se desintegrar perante tal grandiosidade.

Hiroto tinha forças apenas para o teletransporte até o local marcado e com isso chegou lá sem qualquer energia divina, tendo de esperar algum tempo até que pudesse voltar a sua morada novamente.

- Aqui estão, um ovo e um coração de dragão vermelho. - Hiroto falou assim que se deparou com a linda mulher preparando uma sopa na lareira.
- Que inacreditável, você demorou apenas um dia para isso?! Realmente é digno de honra. - Ela arrasta uma cadeira da mesa e pede que ele se sente. - Por sorte chegou em boa hora, a sopa está pronta. Gostaria de tomar um pouco?
- Ah sim, por favor, estou faminto - Em sua forma normal isso não aconteceria, mas Hiroto estava muito próximo de um mero humano naquele momento, então precisava de alimento para recuperar as forças mais rapidamente.

A mulher serviu a sopa e sentou-se à mesa observando aquele belo e bravo rapaz se alimentar.

- Está muito boa, de que é essa sopa?
- De cogumelos, eu mesma os cultivei.
- Hum... Você disse que me diria o seu nome se trouxesse o que queria e eu fiz. Posso saber por que nome devo chamar tão grande beleza?
- Sim. Mas meu nome não é muito conhecido... Os bardos costumam me chamar de A Rainha do Mal.