Quarto de Azriel

- Muito prazer, senhor e senhoritas. Sou Lorde Mümn, o maior guerreiro que caminha sobre as Terras do Exílio. - apresentou-se ele.

Azriel e Arya já haviam ouvido falar de Lord Mümn, o mais conhecido caçador de exilados que existia no reino. Hikaru havia sido resgatado da fortaleza dele há anos atrás, e agora aquele terrível homem estava ali bem na frente delas sem esboçar nenhuma reação diante à sangrenta batalha contra o dragão enfurecido.

- Vim aqui em uma missão de paz. - disse. - Quero propor uma aliança à Casa Prontera. Pois preciso de vocês assim como vocês precisarão de mim. O reino está prestes a entrar em guerra e o santuário que vocês tanto cultuam está a ponto de ser invadido pelo Povo Celestial.

Arya olha para seu líder ao ouvir o breve discurso do visitante antes de pôr-se de pé novamente e caminhar dois passos à frente.

- Como podemos saber se está falando a verdade?

Azriel, um pouco desconfiado, o cumprimenta:
- Muito prazer... - depois de uma breve pausa, prosseguiu - Faço das palavras de Arya as minhas. Além disso, poderia falar mais sobre essa guerra iminente? E como exatamente nós seríamos úteis ao senhor, assim como o senhor nos seria útil?

- Azriel-san, não deveríamos nos arriscar tanto, mesmo que ele tenha bons motivos para querer uma aliança conosco... - Arya estava preocupada, não queria mais ver seus companheiros feridos depois de tantas batalhas na Terra do Exílio. - Seria arriscado demais...

Lord Mümn olhou para eles e falou:

- Juro a vocês que estou dizendo a verdade. Sou um guerreiro honrado que possui um código de honra para com o rei de Shandrya. Sinto muito pelas mortes e perdas que aconteceram por minha causa, mas apenas fiz o que me foi mandado. Assim como faço agora. Venho aqui em nome de nosso reino, e peço que acreditem em mim. Estou sem armas e vocês todos podem me matar a qualquer momento. Eu não teria vindo se realmente não estivesse falando sério.

Ao ser perguntado sobre a guerra, ele disse:

- O Povo Celestial irá invadir as terras do povo das Planícies Imaculadas, e todo o reino será ameaçado por isso. Vim aqui lhes pedir ajuda porque fui informado que o maior interesse dessa gente é tomar posse do lugar que vocês, feiticeiros, chamam de O Supremo Santuário de Todas as Almas. Vocês não conseguirão deter todo um exército de samurais, mas nós conseguiremos. E quanto à utilidade de vocês, bem... gostaríamos que matassem o Rei Celestial.

- M-Matar o Rei? Isso... - Arya morde o lábio inferior ainda preocupada. Não tinha certeza se seria útil em uma batalha como esta, ou se os Pronterianos aceitariam algo que colocaria a vida de tantos guerreiros em grande risco.

- Isso mesmo - confirmou ele. - Suspeitamos que ele seja um bruxo como vocês são, e é por esse motivo que precisamos dos feiticeiros do reino ao nosso lado. Somos todos contra ele, mas não existem espadas que possam lutar contra a magia de vocês, por isso o rei quer que se aliem a nós nesta guerra que está por vir.

Azriel ficou pensativo, até que respondeu:
- Essa é uma decisão importante, Lorde Mümn. É claro que desejamos proteger nosso Supremo Santuário, mas até agora não fazíamos idéia desta possível guerra. Além disso, o Rei Celestial nunca sequer foi visto, e provavelmente não seria simples derrotá-lo... Mas antes de tomar qualquer decisão, acredito que seja importante eu conversar com meus companheiros pronterianos. O senhor se importaria se eu demorasse um pouco a dar-lhe uma resposta referente à sua proposta? Apenas preciso discutir o assunto com meus companheiros.

Gyokusho chega assustado pelo estado do lugar e corta a conversa:

- MAS O QUE ACONTECEU POR AQUI?

Ignorando o grito do novo membro que chegou ao quarto, o Lorde prossegue:

- Claro que sim, senhor. Posso voltar daqui há alguns dias. Não tenho tanta pressa, apesar do assunto ser realmente urgente. Creio que vocês encontrarão alguma maneira de ajudar os humanos deste reino. Não peço isso por mim, nem pelo rei, peço por toda a população da Terra do Exílio.

Lord Mümn se virou para sair, mas parou no meio do caminho e disse:

- O Rei Celestial vive num lugar onde nenhum humano comum conseguiu chegar. Muitas tropas e exércitos já foram enviados para lá, mas sempre algo muito estranho acontece. - ele virou-se para encarar Azriel novamente. - Vocês conhecem a magia, só vocês podem chegar até ele, creio eu. De qualquer maneira, vocês são nossa única esperança.

Gyokusho tenta entender a situação, já que chegou no final dos conflitos.

-Azriel-sama, Arya-san... o que ele quis dizer com tropas e exércitos sendo enviados para onde o grande Rei celestial vive? E o que quis dizer com "algo muito estranho"?

Ainda pensativo, propôs:

- Que tal juntarmos todos para falarmos sobre isso?

- Eu posso te explicar. - disse o lorde. - Nunca ouviu falar do Vale dos Perdidos? Sabe por que aquelas montanhas têm esse nome? O antigo Rei do Exílio uma vez enviou um exército de homens para aquelas terras, para que pudessem buscar a cabeça do Rei Celestial. Mas, por algum motivo que ninguém nunca compreendeu, aqueles cavaleiros procuram até hoje pela saída das montanhas. E isso faz 200 anos. Os fantasmas deles estão perdidos para sempre no vale, pedindo informações para os viajantes, procurando eternamente pelo caminho até as Terras Celestiais. Aquele povo é perigoso e feiticeiro.

- O senhor está então sugerindo que temos de ir até lá? *vira para o líder* Azriel-sama?

Azriel, virando-se para Gyokusho, diz:
- Acho que é melhor nos reunirmos depois para conversar sobre esse assunto.

E voltando-se para Lorde Mümn, respondeu:
- Compreendo a situação. Realmente, é um assunto importante a se tratar, dado o risco que estaríamos expostos nessa empreitada, como você acaba de dizer... Mas tudo bem, creio que até o senhor voltar nós teremos tomado uma decisão. Agradeço a confiança do rei.

Gyokusho, ao entender a situação se acalma, e, num clima de finalização, questiona ao Lorde:

- Como o mestre falou, logo tomaremos uma decisão... o senhor deseja mais alguma coisa? Algo pra beber, talvez?

- Não. Muito obrigado, mas eu agradeço pela gentileza dos senhores. Confesso que não esperava por isso. - O lorde deu uma última olhada no quarto destruído, analisando o ambiente, depois se foi.

- Voltarei em dois dias. - disse ao cruzar a porta.

Gyokusho, começando á limpar os escombros e olhando os rostos tensos de seus companheiros, fala:

- Estaremos aguardando o senhor, dessa vez vamos manter a conversa para dentro da sala, sim? hahah~

- Até lá teremos uma resposta. Até breve, Lorde Mümn.

E virando-se para Gyokusho:
- Gyokusho, se importaria se eu descansasse um pouco em seu quarto, já que o meu está todo destruído? Me feri gravemente na batalha, preciso recuperar minhas forças...

- Absolutamente não, Azriel-sama. Venha, eu lhe acompanharei e trarei algo para a sua Alteza comer, bem como alguns curativos.

Spoiler:

- Obrigado, Gyokusho.
Azriel se retira do que restou do quarto, junto com o amigo.

Lunata não precisou agir mais, pois Azriel havia sido salvo. Ela estava aliviada, agora somente se prendia no homem que queria que matassem o rei. Ouvia quieta, formulando motivos para confiar nele. Tudo que precisa saber era que conversariam mais tarde com seus amigos. Saiu da porta, mas antes olhou o telhado destroçado.

*Hyouka retomava o folego enquanto ouvia Lord Mumn*

-Nossa fazia tempo que não fazia uma magia assim -Disse para sí mesmo- Mas tentar lutar contra o rei, e onde precisaremos principalmente de magia vai ser um pouco ruim eu ir desgastado... acho que irei para um vilarejo aqui perto pegar algum bandido para recuperar minha magia...Alguém a fim de ir comigo caçar bandidos ?? *Pergunta Hyou deitando-se no chão do quarto destruído esperando a resposta de alguém*

Azriel adentrou no quarto.
- Hyouka, você ainda está aqui? Vim dar uma olhada no estrago no quarto, mas já aproveitando, o que me diz de irmos até o Supremo Santuário recuperar nossa energia gasta na batalha? Não me restou muita depois dela...

*Hikaru manteve-se atento aos acontecimento, tudo estava muito confuso, agora eles aparentemente estavam para tomar uma decisão que decidiria o destino do reino, o que ele poderia fazer perante a aquilo tudo? Como poderia lutar contra algo tão grandioso, era apenas uma criança inútil*

- Arziel-sama, Ayra-senpai. Posso curar um pouco dos seus ferimentos para que não precisem de muito tempo para recuperar a saúde, assim poderemos continuar o trajeto sem mais preocupações.

*Não, não era uma criança tão inútil assim... Poderia não ter forças para derrotar o grande Rei Celestial, mas poderia dar a sua vida para salvar a vida dos seus companheiros.*

Azriel repousou sua mão sobre a cabeça do jovem Hikaru:
- Não se preocupe, já estou melhor. Descansei bem essa noite.
Mas se a Arya não descansar, pode ser que precise de sua ajuda, pois ela sofreu ferimentos.
De qualquer forma, precisamos ir ao Supremo Santuário também, para recuperarmos nossas energias. Vamos juntos, principalmente os que gastaram suas energias nessa luta contra o dragão.