Como Hatsuko encontrou o Castelo Valentine - Part 3
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Como Hatsuko encontrou o Castelo Valentine - Part 3
Já fazia uma semana que eu estava vivendo na floresta. As queimaduras em minhas costas não cicatrizavam e isso começou a me preocupar. Passava os dias mais inconsciente do que acordada, a febre provavelmente muito alta.
No principio, a morte iminente desesperou-me. Com o tempo, comecei a aceitar. Qualquer coisa era melhor do que a insignificante existência que eu representava. Não pude salvar minha mãe, matei inocentes e merecia morrer.
Foi quando ouvi um barulho. Lutei para levantar, mas mesmo com o tornozelo curado, isso era difícil, pois qualquer movimento fazia as cicatrizes sangrarem.
Escondi-me num arbusto, enquanto dois orc’s imensos passavam. Quase acreditei que estava a salvo, mas bati um dos pés no arbusto e isso chamou a atenção deles.
- Mim sentir cheiro de comida – disse um deles e virou-se para o meu lado.
- Mim também! – e ambos vieram em minha direção.
Morrer naturalmente eu já tinha aceitado, mas ser assassinada e devorada por dois grandalhões era algo totalmente novo.
Brandi uma faca que havia roubado antes de fugir do vilarejo e me preparei. Não morreria sem lutar.
O orc mais alto brandia um porrete e tinha um arco-e-flecha médio nas costas, saqueado de alguma presa sua. O orc mais forte brandia um gigante martelo de guerra, um golpe daquilo e minha cabeça rolaria.
Corri, usando o ambiente para me esconder, como já tinha feito antes, lutando para não perecer diante da dor e sentindo minhas roupas mancharem de sangue fresco.
Escalei uma árvore o mais rápido que pude. Os orc’s começaram a balançar a árvores e tive que segurar firme para não cair.
- Usar machado – disse o mais alto apontando pro machado nas costas do outro.
- Bom idéia – respondeu o dono do machado.
Entrei em desespero. Se derrubassem a árvore, eu estaria morta. Foi quando a vi. Uma colméia enorme. Mirei na parte que a grudava nos galhos. Só havia uma chance, se eu a perdesse, seria o meu fim e encontraria meu pai pessoalmente no inferno para matá-lo.
Atirei a faca, depositando todo o meu futuro nela. Ela voou e acertou em cheio na liga. A colméia despencou, passou por galhos e mais galhos, até cair na cabeça do mais forte. Desesperado, o mais alto começou a atirar flechas nas abelhas e quando elas acabaram, atirou também o arco. Aproveitando a distração, desci da árvore e roubei o arco caído e as flechas.
- Ei – chamei e o mais alto olhou – Toma essa – atirei uma flecha em seu coração, matando-o.
O mais forte caiu no chão, coberto de picadas e envenenado. Atirei entre os olhos dele, dando-o o dom da misericórdia.
Peguei todas as flechas, mas larguei o machado e o porrete, pois eram armas muito pesadas para mim. Retirei a blusa que pingava sangue. Rasguei um pedaço das roupas de pele dos orc’s, as lavei juntamente com as minhas costas e as usei pra enfaixar as queimaduras. Lavei também a blusa e a vesti assim que secou.
Com o tempo, a regeneração sulfure começou a fazer sua parte. Tive a impressão que ela só funcionou quando desisti de morrer, mas deixei isso pra lá. Vivi na floresta por cerca de um mês, caçando e pegando frutas.
Até aquele dia, quando, perseguida por um javali, rolei um precipício. Bati a cabeça bem forte numa rocha, o que me deixou inconsciente por muito tempo, talvez dias.
Esqueci muita coisa, sobre o meu passado, sobre mim. Lembrava-me apenas meu primeiro nome, minha idade, que era uma sulfure, que tinha sido banida por ser acusada de bruxaria. Não sei, até hoje, meu sobrenome, nome dos meus pais, qual aldeia eu pertencia, etc.
Sentia vários ossos quebrados, entre eles algumas costelas, talvez 3 ou 4, o que tornava até o fato de respirar insuportável. Aquele sentimento de morte tomou conta de mim, novamente, mas estava fraca demais para me desesperar.
Fechei os olhos e senti uma lágrima escorrer. Era esse o meu fim?
No principio, a morte iminente desesperou-me. Com o tempo, comecei a aceitar. Qualquer coisa era melhor do que a insignificante existência que eu representava. Não pude salvar minha mãe, matei inocentes e merecia morrer.
Foi quando ouvi um barulho. Lutei para levantar, mas mesmo com o tornozelo curado, isso era difícil, pois qualquer movimento fazia as cicatrizes sangrarem.
Escondi-me num arbusto, enquanto dois orc’s imensos passavam. Quase acreditei que estava a salvo, mas bati um dos pés no arbusto e isso chamou a atenção deles.
- Mim sentir cheiro de comida – disse um deles e virou-se para o meu lado.
- Mim também! – e ambos vieram em minha direção.
Morrer naturalmente eu já tinha aceitado, mas ser assassinada e devorada por dois grandalhões era algo totalmente novo.
Brandi uma faca que havia roubado antes de fugir do vilarejo e me preparei. Não morreria sem lutar.
O orc mais alto brandia um porrete e tinha um arco-e-flecha médio nas costas, saqueado de alguma presa sua. O orc mais forte brandia um gigante martelo de guerra, um golpe daquilo e minha cabeça rolaria.
Corri, usando o ambiente para me esconder, como já tinha feito antes, lutando para não perecer diante da dor e sentindo minhas roupas mancharem de sangue fresco.
Escalei uma árvore o mais rápido que pude. Os orc’s começaram a balançar a árvores e tive que segurar firme para não cair.
- Usar machado – disse o mais alto apontando pro machado nas costas do outro.
- Bom idéia – respondeu o dono do machado.
Entrei em desespero. Se derrubassem a árvore, eu estaria morta. Foi quando a vi. Uma colméia enorme. Mirei na parte que a grudava nos galhos. Só havia uma chance, se eu a perdesse, seria o meu fim e encontraria meu pai pessoalmente no inferno para matá-lo.
Atirei a faca, depositando todo o meu futuro nela. Ela voou e acertou em cheio na liga. A colméia despencou, passou por galhos e mais galhos, até cair na cabeça do mais forte. Desesperado, o mais alto começou a atirar flechas nas abelhas e quando elas acabaram, atirou também o arco. Aproveitando a distração, desci da árvore e roubei o arco caído e as flechas.
- Ei – chamei e o mais alto olhou – Toma essa – atirei uma flecha em seu coração, matando-o.
O mais forte caiu no chão, coberto de picadas e envenenado. Atirei entre os olhos dele, dando-o o dom da misericórdia.
Peguei todas as flechas, mas larguei o machado e o porrete, pois eram armas muito pesadas para mim. Retirei a blusa que pingava sangue. Rasguei um pedaço das roupas de pele dos orc’s, as lavei juntamente com as minhas costas e as usei pra enfaixar as queimaduras. Lavei também a blusa e a vesti assim que secou.
Com o tempo, a regeneração sulfure começou a fazer sua parte. Tive a impressão que ela só funcionou quando desisti de morrer, mas deixei isso pra lá. Vivi na floresta por cerca de um mês, caçando e pegando frutas.
Até aquele dia, quando, perseguida por um javali, rolei um precipício. Bati a cabeça bem forte numa rocha, o que me deixou inconsciente por muito tempo, talvez dias.
Esqueci muita coisa, sobre o meu passado, sobre mim. Lembrava-me apenas meu primeiro nome, minha idade, que era uma sulfure, que tinha sido banida por ser acusada de bruxaria. Não sei, até hoje, meu sobrenome, nome dos meus pais, qual aldeia eu pertencia, etc.
Sentia vários ossos quebrados, entre eles algumas costelas, talvez 3 ou 4, o que tornava até o fato de respirar insuportável. Aquele sentimento de morte tomou conta de mim, novamente, mas estava fraca demais para me desesperar.
Fechei os olhos e senti uma lágrima escorrer. Era esse o meu fim?
Nutty- Neurotic Killer
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