Base de Akriel

A Base de Akriel não existia.

De todos os Guardiões, ele foi o único que não optou por construir uma base. Desde o inicio o seu interesse não era invadir o Madhouse, destruir os humanos ou aprisionar o Hikaru. Ele aceitou participar do plano apenas pela oportunidade que viu de fazer algo que a muito tempo não fazia. Exercitar suas técnicas de combate.

Lief ficou confusa no inicio ao chegar na área indicada e não encontrar nada lá, apenas um campo aberto, com rochas espalhadas por todos os lados e um ser sentado sobre uma delas, polindo uma espada. Lief se aproximava lentamente, exibindo uma marca a amarela e brilhante em forma de sol na testa.


- Vejo que finalmente terei diversão por aqui. - Akriel falou ao perceber a aproximação de Lief.

- Você que é o Akriel? - Lief perguntou.

- Se eu disser que sim você vai me atacar? - Ele perguntou.

- Provavelmente sim. - Lief respondeu.

- Então sou mesmo Akriel. Senhor dessa área. - Akriel deu uma ultima passada de pano na lamina da espada.

- Hum... Então devo te derrotar.

- Tente.

Apos dizer a ultima frase, Akriel se levantou e investiu contra Lief. Esta rapidamente convocou sua arma, um par de chakrans. Dois círculos de metal, com laminas na parte exterior, e uma pequena parte feita para ser segurado sem ferir as mãos do usuário. Estes em especial eram enfeitados com diamantes.

Akriel tentava ferir Lief a todo o custo, mas ela usando a forma circular das suas armas conseguia desviar a rota da lamina de Akriel, dificultado essa sua tarefa. Mas Akriel não parecia nem um pouco preocupado, continuava a realizar ataques, só que a cada momento mais eficientes e difíceis de evitar.

Aquele era realmente um oponente forte. Era o que Lief pensava. Akriel conseguia melhorar sua forma de combate a cada ataque, ficando mais rápido, firme, forte e eficiente. Era como se estivesse recuperando a forma que possuía em plenitude um dia, mas que foi obrigado a abandonar e deixar que acumulasse poeira e teias de aranha.

Em um momento Akriel fez um ataque e Lief conseguiu conte-lo com os chakrans, mas o ser angelical saltou sobre ela, indo para tras e a acertando com um chute nas costas. Lief foi jogada para a frente, dando uma cambalhota e parando ajoelhada. Por pouco não foi pega pelo próximo ataque de Akriel, pois rolou para o lado e deixou o inimigo cravar a lamina no chão.

Foi então que ela viu sua oportunidade. A espada ficou presa no chão, ela tinha alguns segundo de vantagem e decidiu usar. Reuniu as forças da relíquia e as concentrou nas mãos. Em pouco tempo Lief segurava uma ofuscante e poderosa esfera de luz, que crescia e emitia uma energia tão ofensiva que causava calafrios em Akriel. Este conseguiu retirar sua espada do chão, mas quando pensou em atacar, Lief lançou a esfera para o alto e ela detonou, se fragmentando e diversas outras menores, que voaram em direção a Akriel, ficando todas flutuando ao seu redor.

Akriel tentou se livrar delas, mas todas o seguiam onde ele fosse. Então Lief decidiu finalizar o ataque. lançou os chakrans, cada um numa direção diferente, as esferas de luz de dividiram e cada metade seguiu um os chakrans. As armas voaram por entre s rochas do lugar colidindo contra várias delas e quicando contra outras, eles se moviam muito rapidamente, até que em um certo momento colidiram contra duas rochas opostas e foram lançadas na mesma direção, contra Akriel. As esferas seguiam os chakrans, Akriel queria se mover, mas algo o impedia, era como se as esferas tivessem roubado sua energia e seu músculos não respondiam. As armas voaram na sua direção passaram por ele o cortando e continuaram a trajetória. No entanto isso não era o fator principal da técnica, mas sim as esferas que seguindo os movimentos se aproximaram e ao colidirem contra Akriel criaram uma explosão luminosa tão intensa que fez toda a área ser iluminada e todos que estavam na região puderam ver o grande foco de luz que se formou no horizonte.

Akriel caiu atordoado no chão e foi levado pelo raio de luz. Lief então pegou seus chakrans no ar, fazendo-os sumir. Em seguida sentou-se em uma das rochas e ficou a admirar o dia que se acabava a e a noite que estava para começar. Seu objetivo? Ver mais uma vez o brilho das estrelas, que por causa da iluminação da cidade, ficavam ofuscadas.