Quarto da TiNoSa

A porta finalmente se abre, e Mizuki sorri.

- Ah, Tina-san! Bom ver que a sua festa já está bem animada. E agradeço o convite, aliás... Agradeço ao Hikaru também.

Ela riu um pouco, cumprimentando Tinosa, e seguindo para a pista de dança logo depois. Um bando de aliens dançava alucinadamente, sacudindo caudas, braços e tentáculos, e Mizuki tentava não ser atingida pelos mais gosmentos.

- Caramba, estou me sentindo em MIB agora... Se tivesse um pole dance, eu até dançaria alguma música do grupo de mesmo nome, haha...

Falando consigo mesma e rindo, ela chegou ao balcão do bar e se apoiou sobre ele.

- Ei, senhor alien. Vou querer aquele refrigerante azul neon bem ali - e apontou para uma garrafa cheia de um líquido luminoso. Acabou notando Tsugumi e Kio logo ali perto.

- Como é que vão? - e acenou pra eles, sorrindo.

- Fique à vontade. Aproveite. -- disse à convidada Mizuki.

Tinão ainda teve tempo de ver de relance mais uma convidada que chegava (Nan-chan) e a cumprimentou também.

Dando mais alguns passos para longe da porta, logo se encontrou em meio à bagunça. A bebida começava a fazer efeito e Tinão notava que seus sentidos já estavam alterados. As coisas pareciam se mover mais que o normal. Era uma sensação estranha, porém, interessante.

Não satisfeito, foi até o bar experimentar mais algumas bebidas e encontrou alguns dos convidados, que também bebiam.
Tinão parecia não estar se importando muito pela forma imprudente como se comportava, mesmo trajando suas roupas de padre.
Como se não bastassem os efeitos do álcool, ainda procurou se informar com um dos atendentes sobre as "substâncias alucinógenas".

A música começa a me entorpecer, fazendo bater meus pés e mexer a cabeça. Será que a música alien possuí algum truque de controle corporal?!

*Hikaru nota a presença de novos convidados na festa, inclusive da Nan, que acabará de o achar e fazia uma reverencia*

- Olá Nan! - Dá um abraço forte na garota. - Sinta-se à vontade na festa, a Kamome tá por ai em algum lugar. - Disse fazendo giros com a mão com o dedo indicador apontado para cima, se referindo a outra de suas servas. - Vem, vamos beber algo no bar...

*Hikaru arrasta Nan para perto do bar e avista outros convidado também ali reunidos, desfrutando dos serviços*

- É disso que estou falando. - Disse pesando em voz alta. Então mexeu em seu bolso e retirou um cartão platinado e mostrou a um dos robôs atendentes. - Ei amigo, traga-me aquela encomenda. - O robô confere o cartão e pega uma caixa de madeira e o entrega.

*Hikaru abre a caixa e dentro tem divisórias, meio que compartimentos, em uma deles, o maior de todos, havia um pó verde e fluorescente em grande quantidade e em um dos outro alguns tubos. Ele retirou um dos tubos e pegou um pequeno recipiente que lá estava e recolheu um pouco do pó. Retirou tudo que estava sobre o balcão a sua frente e fez um carreirinha enorme com o pó*

- Peguei esse troço quando fui em um planeta lá que esqueci o nome, nas festa de lá geral usava esse e de outros tipos, tem azul, rosa, vermelho, preto... Wow, o preto é cavernoso. - Hikaru dizia empolgado. - Mas o que eu mais gostei foi esse verdão, quero fazer um desafio aqui. Que todos cheirem e façam alguma loucura, pode ser agarrar alguém, tirar a roupa, ativar o sistema de anti-incêndio e molhar todo mundo, dar um soco em alguém e cousar uma briga coletiva, coisas do tipo. Alguem topa?

*Depois de dizer isso cheirou toda a carreirinha com um dos tubos de uma vez só. Então levantou a cabeça com os olhos revirados. Logo o efeito bateu, tatuagens fluorescentes surgiram pelo corpo de Hikaru, evidenciando que havia ingerido a substancia. Em sua mente tudo estava louco, a musica estava mais rapida, como se tivesse acelerado, mas tudo a sua volta estava mais lento, porém seus movimento continuavam normais*

- Uhuuuuuu... - Deu um grito subiu sobre o balcão, onde começou a dançar, esperando para ver se mais alguém iria aceitar o desafio, antes de fazer a sua loucura.

Tinão, que já estava visivelmente tomado pelos efeitos da bebida e interessado em descobrir o que as substâncias poderiam lhe proporcionar, aceitou a proposta de Hikaru sem pensar duas vezes.

- Aceito!

Pegou um dos tubos e cheirou uma carreira do pó vermelho, sentindo o efeito quase de imediato.

- Ah, cor vermelha... -- murmurou para si. -- Cor da maçã de Eva, do pecado original. Cor do sangue e da paixão -- disse, enquanto afrouxava a gola da sua roupa e olhava para as pernas de Tsume.

Dançando de um lado pro outro, Beelzebub procura o quarto de Tinosa.
Beelzebub ouve uma música alta e pensa - Deve ser aqui!...- Então ele bate na porta esperando por resposta.

Tinão sorriu maliciosamente com a curiosidade de Tsume.

- Essas tatuagens são selos de comando, na verdade. Tenho este que cobre uma boa extensão do braço. Talvez queira ver mais de perto? -- Disse Tinão após arregaçar uma das mangas da roupa e deixar parte do antebraço à mostra.

- Se você quiser experimentar um pouco do pó também... -- Tinão olhou as diferentes cores de pó por alguns instantes e prosseguiu. -- "Ainda que os vossos pecados sejam como o escarlate, eles se tornarão alvos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão brancos como a lã.". Portanto, imagino que o pó branco combine com alguém como você.

Tinão ofereceu um dos tubos a Tsume.

- E quanto aos efeitos que o vermelho causou em mim... Talvez eu deva demonstrar ao seu corpo? -- disse Tinão, se aproximando um pouco mais para falar ao pé do ouvido do jovem. -- Eu só não posso garantir que sua pureza continue intacta como o branco da neve ou da lã.

Spoiler:

Beelzebub tenta arrombar a fechadura dá porta por que tava com tédio, mas sem sucesso.

Beelzebub disse - Hee, não da pra arrombar, pelo visto a segurança é boa.

Depois deu um sorriso sarcástico e irônico (O que sempre fazia involuntariamente)

Mizuki bebia seu refrigerante neon com um canudo comprido e espiralado. Tinha um gosto delicioso, quase indescritível, mas que a lembrava de amoras, numa noite de céu limpo e repleto de estrelas cadentes. Ela ainda não tinha visto, mas suas íris estavam acesas e brilhavam tanto quanto a bebida. Parecia que uma parte da via láctea havia se instalado nelas.

Ela bebia e observava o pessoal cheirando os pós luminosos que Hikaru tinha trazido. Os efeitos visuais eram bonitos, especialmente as tatuagens fosforescentes. E enquanto ainda pensava se devia tentar ou não, escutou alguém batendo na porta. Era alto o bastante pra ela, mesmo com a música e a bagunça dos aliens dançantes. Então desceu do seu banco no balcão e foi abrir a porta.

- Mais um pra festa? - disse para o garoto na porta, e sorriu.

Beelzebub olhou para Mizuki e respondeu.
-Sim, vim ver como estava a festa, thank you! - E deu seu sorriso sarcástico de sempre pra ela.

Beelzebub entrou e sentou-se no bar e foi beber um suco de morango,enquanto andava pelo quarto olhando as pessoas,se encantou com o quarto animado.

Beelzebub reparou no mordomo no bar e resolveu puxar assunto com ele.

- Yo! Pelo visual é escravo, de quem seria? - disse com o sorriso irônico de sempre.

Beelzebub aproveitou e pediu outro suco de morango.Observou uma criança com um velhote e deu uma leve risada.
Como estava com fome pegou um donuts e comeu se sujando um pouco,pediu uma toalha ou algo emprestado ao mordomo.

- Oh, me sujei, desculpe-me mas teria uma toalha pra emprestar?

- Hm...Então você é escravo daquela criança...Hehe - Falei com um sorriso.

- Ah..valeu pelo lenço... - me limpei e continuei - ...Tudo bem, deixa-lá com aquele adulto? - Falei olhando para o mordomo enquanto devolvia o lenço.

- Se bem que não é da minha conta. - Eu disse tentando provoca-lo.

Tinão era um padre que havia passado por um rigoroso treinamento, pois sua função não era apenas a de ministrar cerimônias religiosas. Era, também, um dos seletos membros de uma organização de Executores, assassinos da Igreja. Desta forma, acabou desenvolvendo um corpo ideal para o combate, o que justificava os músculos que Tsume notava com certo interesse.

Quando o garoto comenta que não se parecia com um padre, Tinão ri de sua sinceridade.
- De fato, eu não sou um padre como qualquer outro. -- desta vez, é ele quem pega a mão de Tsume. -- Tive uma vida asceta, mas sou um pecador por natureza.
Deposita um beijo na mão do menino, e voltando a se referir à passagem bíblica citada há pouco, acrescenta:
- O que mais combinaria com o vermelho dos meus pecados que o branco da sua pureza? Mas ao contrário dessa passagem de Isaías, branco algum apagará o vermelho dos meus pecados, porque Deus me abandonou há muito tempo...

Acariciando o rosto ruborizado de Tsume, finaliza:
- Você não precisa cheirar o pó branco ou pó algum se assim preferir, pois o que quero dizer é que a cor que enxergo em você é a mesma da inocência. E quero manchar esta cor. Entende o que quero dizer com isso?

Eu nasci com uma audição e visão sobrenaturais, por isso mesmo naquela zona e barulheira pudi ouvir claramente o que o padre disse.

- Guh...Cof, Cof...- Me engasguei quando ouvi o que o padre disse ao garoto.

Putz...essa festa está mais interessante do que pensei!! - Pensei

Sussurei - O que será que vai acontecer, estou ansioso!!! - Sorrindo sarcasticamente.

Eu, ao ver aquela cena abri um sorriso muito grande, adorei ver os dois juntos, torci muito pra rolar algo entre os dois, depois percebi que uma menina chegará, olhei de relance e logo voltei os olhos para o padre e o garoto, pois tava excitado(não sexualmente), talvez efeito das bebidas?. Me pergunto.
De toda forma dou uma olhada na cara do mordomo para ver como ele reage a cena.

Mizuki havia se sentado num dos sofás perto do bar. Ainda bebericava seu refrigerante azul neon, agora quase no fim, enquanto beliscava alguns salgadinhos. Vez ou outra um garçom robô passava e ela pegava mais um, sem que o mesmo parasse ou percebesse, e ela estava achando graça naquilo. Ao mesmo tempo, observava as atitudes de Tinão e Tsugumi. Não dava pra ouvir a conversa dali, mas a linguagem corporal denunciava as intenções ali presentes.

- Ora, ora... A coisa está esquentando.

Continuou olhando, até que notou uma das garotas que havia chegado, e que pediu um refrigerante similar ao seu, só que laranja. A garota bebia, aparentando estar bem alegre, e Mizuki não pôde deixar de notar a mudança nos olhos dela. Achou uma boa oportunidade pra puxar assunto, então se levantou e foi até ela.

- Ei - ela chamou - Sabe que essa bebida neon deixou seus olhos brilhando? Sério, eles estão brilhando no mesmo tom aí do copo... Isso é bem interessante...

Ela falou, e só então lhe passou pela cabeça a ideia de que poderia estar do mesmo jeito. Procurou o espelhinho na bolsa e só então pôde ver o brilho azul nos próprios olhos.

- Caramba, eu estou do mesmo jeito! Acho que se eu não tivesse te visto, nem teria me tocado desse efeito... - e riu de si mesma, ora admirando seus olhos no espelho, ora os da garota que ali estava.

Tinão se inclina para ouvir a confissão. Sua expressão de ouvinte atento logo muda para uma uma de surpresa ao terminar de ouvi-la. Antes que pudesse falar, recebe o leve beijo no rosto. Ao sentir os lábios de Tsume, fecha os olhos, sentindo o desejo pelo garoto aumentar.
- As aparências enganam, não? -- disse, virando o rosto e fitando Tsume nos olhos. -- Mas confesso que isso não me tira o entusiasmo.

Em seguida, sorri e assente com a cabeça, colocando o dedo indicador em frente aos lábios, indicando que guardaria o segredo do beijo.

Atende ao pedido do menino e se levanta para amarrar o laço, mas é interrompido pelo seu mordomo e sua expressão muda ao fitá-lo, revelando uma pequena ponta de desagrado.
- Espero não tê-lo amedrontado. -- diz, voltando-se a Tsume. -- Se essa invasão durar mais tempo, talvez nos encontraremos novamente. -- e repousa a mão na cabeça do garoto. -- Eu não desisto facilmente.

Beel tava ficando entediado de novo, então teve uma ideia.
Ele foi andando em direção ao Padre e a criança o mais discreto possível
e esbarrou em Tinão, fazendo com que eles ficassem mais perto um do
outro, ao ver a cena, Beel riu muito por dentro, mas disfarçou por fora, e
avistou o Hikaru, não ligou muito, estava mais interessado no Tinão e Tsume,
do que em Hikaru.

Sentou-se num sofá que tinha no quarto, pegou seu brinquedo
favorito e ficou brincando com ele um pouco.