A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
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A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Uma fortaleza sangrenta localizada nas Colinas Mórbidas. Existem lendas terríveis envolvendo esse local, que muitos acreditam nem mesmo existir no mundo real. A fortaleza é governada por Waarth Löcker, que todos acreditam ser um meio-dragão.
Ninguém sabe o que se passa no castelo, mas aqueles que o avistaram contam histórias sobre imensos dragões vermelhos espalhados por toda a parte. Os aventureiros que conseguiram adentrar a fortaleza nunca mais retornaram.
Ninguém sabe o que se passa no castelo, mas aqueles que o avistaram contam histórias sobre imensos dragões vermelhos espalhados por toda a parte. Os aventureiros que conseguiram adentrar a fortaleza nunca mais retornaram.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- Eu verificarei. - corajoso, Cabal abriu a porta da carruagem para verificar o lugar onde se encontravam, deparando-se com a entrada da fortaleza do Waarth Löcker. O príncipe bastardo arregalou os olhos, observando atentamente os dragões que sobrevoavam as montanhas e as torres ao redor. Os cavalos haviam parado e um enorme dragão vermelho os olhava por cima entrada (que emanava uma claridade azulada). O dragão saltou na direção de Cabal, transformando-se numa figura humana, masculina e de cabelos loiros.
- Seja bem vindo a Waarth Löcker, senhor...?
- Cabal... - completou ele depois de um pouco hesitar. - Me desculpe, não pretendíamos invadir vossa propriedade, mas...
- Senhor Cabal... - continuou o homem ignorando as palavras dele. - O senhor é o encarregado de proteger minha futura esposa, não é mesmo?
- D-do que o senhor está f...?
- Eiiiii!! Quem tá aí fora?
- Você é minha futura esposa? - perguntou ele em tom cordial quando a cabeça de Lolita apareceu no vão da porta.
- E-e-eu??? - Lolita ficou corada - Mas é claro que não!!
- Então quem é ela?! Onde ela está??
- Olha, só tem outra garota aqui além de mim, então ela quem deve ser sua esposa, porque eu tenho certeza que eu não sou!! - quando Lolita puxou Urbi em direção à porta aberta do veículo, Abel arregalou os olhos para a sereia, ajoelhando-se diante dela em seguida.
- E-eu sabia que eu não me decepcionaria... - levemente corado, ele admirou a beleza da feiticeira - Eu sou Abel, filho do Waarth Löcker e estou há três dias esperando pela chegada de Omarosa, a mulher que me foi prometida para o casamento. É você, não é?
Cabal e Lolita arregalaram os olhos.
- Quer dizer... só pode ser você... - ele abriu um singelo sorriso - Eu esperei por muito tempo pela sua chegada... muito mesmo... cheguei a pensar que talvez você tivesse sido morta nas colinas e não tivesse tido a chance de vir me conhecer, Omarosa. Se isso tivesse acontecido, eu e minha tropa de dragões vermelhos perseguiríamos seu assassino até a morte, mas felizmente você está aqui e está viva.
Ele cruzou as duas mãos e aproximou-as do rosto, rezando silenciosamente em agradecimento enquanto Cabal e Lolita se entreolhavam de maneira assustada ao ouvirem o estrondoso bater de asas dos inúmeros dragões que inundavam os céus ao redor.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Olhou um pouco vacilante para Cabal e Lola, mas logo endureceu o olhar para os dois na esperança de que não deixassem transparecer o temor que aquela situação causava e em seguida deu um sorriso recatado para Abel.
- Nós... Tivemos alguns contratempos durante o percurso, mas nada que nos detivesse. O importante é que finalmente estamos aqui e que, enfim, nos conhecemos, não é?
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- C-claro! - ele gaguejou estendendo a mão para ela. - Por favor, permita-me ajudá-la a descer da carruagem. Irei levá-la para dentro, onde poderá se acomodar nos aposentos que foram especialmente preparados para você e seus criados. Quando a noite cair, todos nós jantaremos na presença de meu pai, o senhor tão difamado pelos humanos sob a alcunha de Waarth Löcker. Faço questão de mostrar a ele o quão minha futura esposa é encantadora e faço questão de mostrar a vocês o quão o rei dos dragões vermelhos pode ser amável quando se trata da felicidade de seu filho... eu.
Ele sorriu um pouco sem jeito.
- Estou ansiosa!!! - Lolita deu um pulinho para descer da carruagem - Ahhh!! Nunca imaginei que minha amiga fosse se tornar uma princesa de verdade!! Estou tão feliz!!! *gira* Eu vou ser a dama de honra!! Urbi vai ficar tão linda quando for se casar!! *suspira* Quer dizer... Omarosa! hihihihi! *tentando disfarçar*
Cabal, um pouco atordoado com tantas informações, desceu silenciosamente do veículo.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Não conseguia tirar da cabeça a ideia de que a qualquer momento poderiam ser descobertos e mortos da pior maneira, mas tentava se manter firme e racional.
- Será uma honra conhecer o rei, tanto quanto conhecê-lo. - deu um sorriso envergonhado e pegou na mão de Abel para sair da carruagem - Minha... Dama de companhia - quase trucidou Lolita com o olhar por ter dito seu nome - e meu... Leal protetor ficarão em quartos próximos ao meu?
Não posso perder esses dois de vista, muito menos ficar longe deles... Temos que sair daqui... - pensava a todo momento.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- Claro que sim. - respondeu ele ao conduzir Urbi até a entrada. - Não se preocupem com seus pertences, meus criados virão buscá-los e mais tarde estará tudo nos quartos de vocês.
Os viajantes seguiram por um longo corredor iluminado por castiçais que suspendiam estranhas velas que ardiam em chamas sobrenaturais, emitindo fogo azulado. Havia diversas gárgulas em formato humano e robusto, possuindo cabeças de dragão e asas de morcego que se estendiam pelas paredes de pedra. As estátuas adornavam os dois cantos do corredor e Lolita escondia parte do rosto com as mãos ao olhar pra elas, como se as mesmas fossem pular para atacá-los a qualquer momento.
No fim do caminho havia um pequeno hall que se dividia em três grandes escadarias. Abel foi pela direita e os outros o acompanharam, subindo em espiral por três andares antes de voltarem a seguir por outro corredor. Dessa vez a decoração era um pouco mais clássica, armas adornavam as paredes e o chão era coberto no centro por um luxuoso tapete enfeitado com desenhos de dragões. Os três passaram em frente de inúmeras portas antes de cruzarem uma das únicas que se encontravam abertas. Pela fresta, Urbi pôde ver uma sala onde havia uma poltrona virada para uma lareira acesa.
- É a sala de meu pai. - comentou o príncipe dos dragões. - Mas ele não se encontra no momento, deverá chegar só mais tarde.
Pouco mais adiante havia três portas, uma à direita, outra à esquerda e uma na parede que demarcava o fim do corredor.
- São os quartos de vocês. Em breve uma criada irá trazer comida e água para que possam se alimentar e se banharem.
Ele beijou os dedos de Urbi.
- Nos veremos em breve.
E se afastou.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- Obrigada - agradeceu com um leve sorriso, que logo se desfez quando Abel ficou fora de vista.
- O que foi que eu fiz... Dragões, tantos... - suas pernas fraquejavam e sua voz era trêmula e cortada - Arrastei vocês comigo... Eu não queria, não imaginava... Me desculpem... Tenho que tirar vocês daqui!
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- Podemos usar isso ao nosso favor! - sussurrou Cabal olhando para os lados para se certificar que não estavam sendo vigiados. - Um dragão poderá nos levar com muito mais facilidade para o castelo de Heartbleed, onde vive a Rainha do Mal, vocês não acham? Poderíamos cortar um caminho e tanto se conseguíssemos convencer Abel a nos ajudar... mas para isso você terá que continuar com sua farsa, Urbi, e também teremos que passar uma boa impressão hoje no jantar...
- Concordo!! - Lolita bateu palmas, fazendo o clap clap clap ecoar pelo corredor silencioso - Nossa!! Isso aqui é tão cavernoso!! - com medo, ela observou o ambiente ao redor, havia armas penduradas em todos os cantos e cabeças de monstros empalhados que provavelmente haviam sido arrancadas de criaturas das Colinas Mórbidas - Que medo!!!
Mas outra coisa chamou a atenção dela, uma luz lilás irrompeu da porta aberta da sala do Waarth Löcker, que se encontrava há poucos metros deles.
- O que é aquilo???
O facho de luz logo se desfez, devolvendo à fresta entreaberta a tonalidade amarelada irradiada pelas chamas da lareira que eles haviam visto acesa ao passarem ali em frente pouco tempo antes.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- Lord Waarth Löcker... Abel disse que ele estava fora, mas não tardaria a retornar para o jantar, pode ser que ele já tenha voltado. Não acho boa idéia ficarmos conversando pelos corredores desse lugar, tenho a sensação de que tudo pode ser ouvido em qualquer lugar.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Antes que Lolita e Cabal pudessem opinar alguma coisa, uma voz masculina os chamou, vinda da sala do Waarth Löcker.
- Por favor, venham até mim. - pediu a pessoa desconhecida. - Eu gostaria muito de conhecê-los.
- Por favor, venham até mim. - pediu a pessoa desconhecida. - Eu gostaria muito de conhecê-los.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Urbi enrijeceu. Faltava pouco para saber se estava certa ou não e se sua situação e de seus amigos iria piorar. Olhou apreensiva para Lola e Cabal e caminhou vacilante até a porta, abrindo-a vagarosamente.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Ao entrarem na sala comprida e retangular, Urbi, Lolita e Cabal viram uma esbelta e bela figura feminina. Karolina estava de pé ao lado da poltrona negra, que se encontrava virada para a lareira (a única fonte de luz do local). As paredes se estendiam por cerda de cinco metros até o teto e eram decoradas por inúmeras obras artísticas de estilo clássico. O chão de mármore escuro e polido era coberto ao centro por um luxuoso tapete que se iniciava pouco depois da entrada e terminava pouco depois de onde se encontrava a poltrona do Waarth Löcker.
- Olá. - cumprimentou a moça com simpatia quando eles adentraram. - Me chamo Karolina. Não é preciso ter medo.
Ela sorriu e Urbi percebeu que aquela mulher não pertencia ao mundo em que eles viviam. Ela era diferente de todos os humanos, mesmo que fosse igualmente parecida nos aspectos gerais. Karolina possuía uma espécie de aura sobrenatural e alienígena, algo que nenhuma das duas feiticeiras (e Cabel) haviam presenciado até aquele momento de suas vidas.
- Estou muito satisfeito que meu filho tenha gostado de você. - falou a voz por trás da poltrona, a mesma que os chamara até a sala. - Você se chama Omarosa, não é mesmo?
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Ficou fascinada com Karolina, mal conseguia tirar os olhos dela. Mas a outra voz chamou sua atenção "Só pode ser ele...", pensava enquanto tentava enxergá-lo.
- Si-sim, sou eu. - sua voz falhou mais do que o normal.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Karolina virou a cadeira lentamente, permitindo que Urbi visse a face do lorde.
- Minha cara Omarosa... a mulher que trará a felicidade para meu filho... - o Waarth Löcker sorriu para ela. - Permita-me que eu me apresente. Sou Lorn, mais conhecido pela alcunha de Waarth Löcker, que significa, em dracônico antigo, Dragão Sanguinário. Um título muito desapropriado para um senhor como eu, que já nem é mais capaz de se mover sem a ajuda de alguém. Minhas pernas não funcionam mais e eu não tenho interesse de fazer mal a um inseto sequer. Sou da linhagem nobre dos dragões vermelhos, mas não é necessário me temer por isso. Meu único e maior desejo é ver meu filho ser feliz e creio que você possa proporcionar isso a ele. Por favor, venha até mim, eu gostaria de lhe dar uma coisa.
Virando-se para sua serva, ele pediu:
- Karolina, pegue aquilo que eu lhe mandei guardar.
- Sim, meu amo.
Ela se dirigiu até um dos quadros nas paredes e abriu-o, revelando uma espécie de cofre oculto. De lá de dentro, a criada tirou uma caixa revestida de veludo azul e depositou-as nas mãos de seu senhor.
- Venha, não tenha medo. - chamou ele enquanto passeava os dedos sobre a caixa.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
"É ele?!", qualquer imagem que tinha imaginado não chegava nem perto da realidade, a expressão dele chegava a aconchegá-la. Não conseguia temê-lo, mas mesmo assim tinha que ser cautelosa. Caminhou até ele a passos vagarosos e evitava olhar diretamente para seus olhos, sentia-se um pouco envergonhada.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- Karolina, avise a Abel que já cheguei. Diga para que ele se arrume e peça para que os criados comecem a preparar nosso jantar. Leve os servos de Omarosa para que preparem o banho e a vestimenta dela, mas caso seja necessário, poderemos emprestá-la alguma. Reconheço que a viagem até aqui é longa e perigosa, então temo que já tenha gasto suas vestimentas nobres durante os longos dias do trajeto. - Urbi se sentiu estranha dele falar como se ela não estivesse presente, mas um sorriso de Lorn a acalentou. - Não quero que se preocupe com nada hoje, senhorita Omarosa, deixemos que as outras pessoas façam tudo enquanto aproveitamos. Acho que tanto eu, quanto você e também Abel, merecemos isso.
- Sim, senhor.
A criada levou dali Lolita e Cabal, que até então haviam permanecido respeitosamente calados perante o lorde.
Quando estavam sozinhos e próximos o suficiente, Lorn abriu a caixa azul, revelando à Urbi um ovo do tamanho de um punho. Sobre o acolchoado negro que cobria a parte inferior da caixa (funcionando como uma pequena e delicada almofada), estava um ovo escamoso de aparência levemente metálica que reluzia nas cores laranja vivo e verde.
- É um ovo de dragão. - explicou Lorn - Ele irá despertar quando for a hora certa e é todo seu. Se você cuidar bem dele, ele lhe será fiel e o obedecerá por toda a vida. Ele ainda não possui um nome, então você poderá chamá-lo como quiser. Por cem anos esta criatura está adormecida, apenas aguardando por alguém que se disponha a cuidar dele. O que me diz, senhorita? Gostaria de cuidar deste pequeno ser solitário que aqui dentro vive há tanto tempo?
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- Pelos deuses! - Urbi levou as mãos a boca, falou mais alto do que pretendia e logo se desculpou - Perdão, rei Lorn, eu não tinha a intenção. Mas, isso é tão... É incrível, mágico... Seria maravilhoso, eu adoraria, mas não sei se sou digna deste pequeno que adormece aí dentro... - olhava encantada para o ovo e, inconscientemente, o acariciou.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Ele sorriu com grande satisfação.
- Pegue-o, ele é todo seu. - o lorde estendeu a caixa a ela. - Guarde-o consigo e cuide dele, mas não pense que aqui dentro haverá necessariamente algo que possa ser chamado de "pequeno". O dragão adormecido é do tipo guardianal. Esses dragões foram criados por uma antiga divindade dracônica com o objetivo de nos oferecer a chance de manter protegidos nossos entes queridos. A criatura dentro do ovo está viva há cem anos e está apenas esperando o momento certo para despertar, está esperando pela pessoa que dará a vida por ele e por quem ele também dará a vida quando for preciso. Você entenderá de forma bem clara tudo isso no futuro, Omarosa, mas por enquanto apenas se preocupe em tratá-lo com amor e dá-lo carinho, seja lá como você decidir fazer isso.
Interrompendo a conversa entre os dois, uma nuvem negra explodiu como uma bomba há poucos metros atrás da feiticeira. O Waarth Löcker semicerrou os olhos com frieza para a figura masculina que irrompeu do centro da bruma escura, mas logo recompôs seu semblante terno e paternal ao voltar-se para Urbi:
- Não se preocupe, é um conhecido meu.
- O senhor a encontrou?
- Sim, como planejado, ela veio até mim. - seu tom de voz com Myul era seco e autoritário. - Não pense que eu já não sei de sua traição, Myul, mas não perderei meu tempo com você agora, pois tenho coisas mais importantes a tratar e não acredito que você tenha competência para virar o jogo de qualquer forma. Se é o destino da garota que você quer saber, então saiba que ela está em minha casa em Arianaur. Vá atrás dela se é isso que tanto deseja, pois aquilo que eu almejava eu já alcancei.
- O que você fez com ela? - ele perguntou odiosamente.
- Você não vê que estou com visitas? - Lorn apontou a mão de dedos magros para Urbi - A garota está em perfeito estado e agora você já sabe onde ela se encontra. Então vá embora daqui imediatamente e não suje a minha casa quando for tratar de seus assuntos lá.
O garoto virou-se de costas e caminhou novamente em direção à névoa negra, desparecendo junto dela em pouco tempo.
- Não se preocupe com isso. - ele disse docemente para a sereia. - Pegue seu presente e vá se arrumar para nosso jantar.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- Ah... Certo, senhor... - fechou a caixa que guardava o ovo com cuidado e se retirou do quarto de Lorn. Achou muito estranha aquela conversa, mas não fazia idéia do que podia ser, ficou pensativa. Ficou tão pensativa que quase esqueceu de falar com Lolita e Cabal. Antes de ir para seu quarto, parou no de Lolita e bateu na porta.
- Lola...? - chamou quase sussurrando.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Lolita, com um grande sorriso no rosto, abriu a porta e puxou Urbi pelo braço.
- VEEEEM!!!
A garota fechou a porta atrás das duas e começou a girar e girar pelo quarto.
- OLHA QUE LINDO!!
Entre cortinas translúcidas que desciam do teto, formando macios e esvoaçantes corredores labirínticos, erguiam-se fileiras de manequins brancos vestindo os mais luxuosos, ricos e variados vestidos de festa. Segurando a sereia pela mão, Lolita correu entre as estátuas glamourosas, pisando sobre as serpenteantes fitas coloridas que cobriam todo o chão. Novelos de lã, tesouras de prata, perucas loiras, arquinhos, acessórios para pintura facial e decoradas caixas de doces se amontoavam em pilhas maiores que seres humanos em diversos pontos do amplo aposento. Bonecas de porcelana as encaravam em meio a essas pilhas com seus vítreos e curiosos olhos (que lembravam os de Lolita) enquanto ursinhos enormes e muito peludos fitavam o vazio inexpressivamente.
- É O PARAÍSO!! - a boneca se jogou sobre um tigre branco de pelúcia que era duas vezes maior do que ela própria - Esse é o quarto onde ficam os pertences da princesa! E meu dever é ajudá-la a escolher o vestido mais bonito, e o lacinho mais bonito e a cor mais bonita de batom!! Ahh!!! Isso é tão emocionante!! - ela balançava as pernas alternadamente para cima e para baixo - Urbi! Estou amando que você seja uma princesa!! Logo Karolina também tratá as jóias e você ficará liiinda!!
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- Shhhh! Lembre-se que sou O-ma-ro-sa! Tem que controlar mais o que fala, qualquer hora alguém nos ouv...
Quando se deu conta do que havia no quarto, foi como um choque, jamais imaginaria algo como o que via. Era tudo tão belo, parecia impossível escolher um de cada. Aproximou-se dos vestidos e olhava atentamente cada detalhe, assim como fez com tudo mais que havia no quarto, estava deslumbrada e logo foi invadida por um sentimento de culpa.
- Lola... Olhe para tudo isso, não nos pertence, é errado! - apertou a caixa com o ovo contra si - Mais essa agora... Não sei o que fazer...
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Lolita suspirou tristemente. Ainda abraçando o tigre e olhando para o nada, ela se conformou:
- Sim, é verdade... - acariciando os pêlos macios do bicho de pelúcia, desejou que tudo aquilo fosse mais que um sonho de mentira. - ... mas e se Abel se apaixonasse por você? Você se casaria com ele?
Pensativa, ela apoiou e cotovelo sobre as costas alvas do tigre e colocou a bochecha sobre a mão.
- Sabe... isso é bem possível... ele ficou encantado quando te viu... dá pra notar pelo jeito que ele te olha. Você acha que seria assim se você fosse realmente a Omarosa? Vai ver é a Urbi que ele ama e ele poderá ser muito mais feliz ao seu lado. - a boneca encarou a amiga. - Mas o que você quer? Podemos simplesmente usá-los para chegarmos à salvo até o castelo da Rainha do Mal ou podemos fazer com que você realmente se case. Você casaria com Abel?
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- Não gosto dessa idéia de usar as pessoas. Já não basta enganá-los?! Estão sendo tão hospitaleiros, mas, casar com Abel... - o rosto de Urbi ficou num tom vermelho tomate - Estou longe de ser uma princesa e de alcançar as expectativas dele e de seu pai. Como fui chegar a esse ponto, ele não me trataria assim se soubesse a verdade, você mesma ouviu da boca dele. E se ele descobre?!
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
- Descobre o que? - silenciosamente, Karolina havia entrado no quarto. E com um sorriso gentil, ela perguntou: - Sobre o que estão conversando, meninas?
Sendo segurada paralela e horizontalmente entre as palmas de suas mãos, estava a caixa de jóias.
Re: A Fortaleza Sangrenta do Waarth Löcker
Urbi ficou branca feito um fantasma e apressou-se para explicar.
- Saltos, vestidos, maquiagem, tudo! Estamos falando sobre roupas e acessórios femininos. Nunca lidei muito bem com isso, estou acostumada a montar em cavalos, correr, treinar, guerrear, não queria que descobrissem essa minha falha, também nunca fui de usar jóias, temo envergonhar Abel e seu pai, afinal, esperam sempre que eu seja impecável, seria imperdoável desapontá-los e desapontar meu povo também.
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