Plano da Energia Negativa

Sylvanna apontou os dedos para o interior da criatura, disparando contra as trevas suas garras venenosas.

_{4d6+5 (disparar veneno)}

O membro 'kyokun' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd6' : 2, 5, 3, 6

Nicola avança em direção à criatura enquanto uma porção de névoa vai se formando ao seu redor. Ao chegar prudentemente o mais perto possível do monstro, levanta seu braço direito rapidamente disparando gás corrosivo no inimigo.
_(Magia+2)

O membro 'Saraiva-kun' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd8' : 2, 1, 6, 6, 2

O Dunkelheit se desfez no ar como uma nuvem de fumaça negra. Sylvanna encarou a cena indiferentemente e logo voltou ao normal, escondendo as grandes garras. A vampira virou-se para Nicola e falou:

- Você é poderosa, só é um pouco desleixada com a própria segurança e isso poderá lhe trazer a morte. Não se anda sozinha pelo Plano da Energia Negativa quando não se faz parte dele. Você deve aprender que esse mundo é cheio de perigos, se eu não a tivesse encontrado provavelmente você estaria morta agora.

Ela desamarrou uma das fitas que prendiam seus cabelos e impulsionou-a para cima, fazendo um arco no ar num movimento ágil e veloz. A fita tornou-se grande como uma corda e perdeu-se na escuridão sobre a cabeça delas, era como se estivesse sido presa em algum ponto acima das nuvens negras.

- Eu vou subir primeiro, depois venha você. Precisaremos ficar juntas para matarmos Lorde Millier e Ophelia, pois eu não acho que irá fazer sentido trocar seu rosto pelo dela, já que a guerra começou e não haverá mais casamento algum. Afinal, não haverá mais rei algum...

Sylvanna começou a escalar a corda.

- Puf, puf! E-espere um momento! Puf, puf! Você... me deve detalhes sobre a situação atual, disse Nicola com um ar de dúvida.

- Mais detalhes que a Visão nos proporcionou? - ela estava agarrada à fita, sem subir, enquanto falava - Agora que o Vizzerdrix está morto e que não há nenhuma criatura no comando dos paraísos e dos infernos, o Rei Celestial finalmente resolveu tomar para si o controle de todo o Multiverso. Ele só precisa matar o Rei de Shandrya para se tornar o rei absoluto da Terra do Exílio. A grande guerra finalmente teve início e estamos envolvidos nela de um jeito ou de outro, pois nossas Casas fizeram uma aliança com os humanos. Você ouviu as palavras de Lorde Mümn, não ouviu? O santuário sagrado dos feiticeiros, nossa maior fonte de poder neste mundo, está para ser tomado pelo Rei Celestial, assim como todo o resto. Problemas inúteis como a aparência da nova rainha não são mais a maior preocupação dos homens desse reino e sim a defesa contra as tropas celestiais. Você vai mesmo querer ficar parada? Se o santuário for tomado estaremos todos sob poder daquele ditador, para sempre... Chegou a hora de todos nós nos unirmos e fazermos alguma coisa, não há tempo a ser perdido com trivialidades. Suba, Nicola, iremos assassinar aqueles dois, pois o destino nos colocou juntas numa mesma embarcação.

Nicola se aproximou da fita, olhou ao redor, puxou um pouco o sustento para saber se estava firme. Olhou para cima e começou a subir deliberante.

Ambos se viram envoltos pela mais profunda escuridão após cruzarem o brilhante portal que se abriu nas Florestas Celestiais. A fantasma pôde ver o ódio no rosto de Demetrio antes que eles atravessassem a passagem, um segundo de demora e os monstros teriam sido soltos para devorá-los ou talvez o próprio Celestino da Neve fizesse isso, a julgar pela sua expressão fortemente colérica - que Sherazade apreciou com satisfação por um curto instante.

Agora Zaira e Kenzo estavam cercados por uma bruma negra. Não era possível enxergar um palmo à frente. Em seus pés, Zaira sentia uma textura lamacenta, o que a fez acreditar que aquela era uma região pantanosa. Podiam também ouvir o barulho de asas de insetos e coaxar de sapos. O Celestino junto dela nada dizia, pois o susto roubara-lhe toda a fala. Ele apenas tentava tatear alguma coisa em meio ao escuro e acabou tocando uma criatura flácida, lisa e gosmenta que rastejava sobre uma estranha planta. Aquela sensação lhe causou extremo nojo e o fez vomitar sobre a poça em que se encontravam ligeiramente emergidos.

Aos poucos a visão de Zaira acostumou-se a escuridão e ela já conseguia enxergar. Bem, para alguém que gostava e estava acostumada a explorar todos os tipos de lugares, isso era mais que normal. Ela olhou ao seu redor e franziu levemente o cenho, ignorando a crise de Kenzo. - Estranho. - Comentou. - Viemos parar no plano de energia negativa. - Franziu mais ainda o cenho. Em seguida suspirou. Que seja. Ao menos estamos livres. Pensou dando de ombros. - É melhor caminharmos um pouco. Vamos por ali. - Apontou a direção.

Kenzo colocou-se em posição fetal, abraçando os próprios joelhos e arregalando os olhos para o nada.

- Não me sinto bem nesse lugar... - disse ele, tossindo. Seu rosto estava sujo e parecia abatido.

Os olhos acostumados de Zaira revelaram uma estranha vegetação em meio à uma grande poça de água suja. Havia plantas que ela nunca vira antes, onde criaturas repulsivas rastejavam. O líquido cobria todo o chão, batendo um pouco acima do tornozelo da fantasma. Pequenas criaturas voadoras (grandes demais para serem insetos) zumbiam em alguns cantos. Não muito longe dali ela pôde ver o rosto de uma criança, mas os olhos eram completamente brancos e a boca deformada, o corpo era de hiena (sem pêlos).

A aberração passou ao lado dela olhando-a curiosamente.

Ela ignorou a criatura, Kenzo se tornaria um peso morto nessas condições. Sherazade suspirou, e pegou Kenzo pela gola do kimono com uma das mãos e a outra ela levantou-a fazendo um circulo no ar. Outro portal se abriu, e ela adentrou-o arrastando Kenzo, a fim de parar em outro lugar do mundo espiritual.

Continuação.