Terras do Norte

Planícies acima das Montanhas Pronterianas.

Belit e Gabriel já haviam deixado a caverna há seis dias quando chegaram às Terras do Norte. A elfa negra trazia consigo um saco de couro onde guardara mantimentos o suficiente para uma viagem de duas semanas, além de quatro garrafas preenchidas com poção dourada de mantar-altin.

Os dias se tornavam cada vez mais frios à medida que eles avançavam à noroeste. Belit dissera ao companheiro drow que conhecia um atalho perfeito para a lendária Morada do Ancião, já que ambos não obtiveram êxito na busca pelos pântanos. Os elfos tentaram rastrear as pegadas do colosso e seguir os sinais de seus destroços, mas simplesmente não havia destroço algum ou qualquer pista sobre o paradeiro da criatura.

No segundo dia de viagem, eles haviam conseguido chegar ao lugar onde Gabriel deixara Sir Walter, mas encontraram apenas sua capa ensaguentada sobre o toco onde o guerreiro descansou.

Depois de diversas tentativas e dias desperdiçados, ambos seguiram o rumo para o caminho indicado por Belit. O frio cortante das Terras do Norte os obrigava a enrolarem-se em seus mantos e tudo ao redor deles parecia desolado, ermo e silencioso (a não ser pelo ocasional sopro dos ventos).

Até que, bem ao longe, os dois avistaram uma estrela cadente esverdeada em meio ao céu nublado das onze da manhã do oitavo dia. A estrela mais parecia uma fina linha de luz que caiu em terras muito distantes e logo se desfez. Não houve nenhum som.

- O Dia da Vingança chegou. - falou Belit meia hora depois da queda da estrela. - Você conhece a lenda do samurai adormecido nas matas esquecidas?

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Quando Gabriel demonstrava sinais de preocupação, Belit sorria com uma satisfação juvenil. Seu amado se importava com ela. Nas noites frias e escuras, enquanto ambos compartilhavam o calor de seus corpos, nada mais importava para a elfa. Poderia viajar por mais cem anos tanto que estivesse próxima àquele valoroso homem que passou a admirar cada vez mais ao conhecê-lo, bem aos pouquinhos, a cada dia naquelas terras ermas.

- Eu posso parecer jovem, mas sou uma elfa antiga. Já andei por muitos reinos e já estive em lugares que vão muito além do conhecimento do povo leigo da Terra do Exílio. A viagem para o império mais próximo à essas terras amaldiçoadas demora cerca de seis meses e o frio cortante dessas planícies não é nada em comparação aos perigos da rota que menciono. Portanto, não fique preocupado com meu bem estar, pois conheço as coisas do mundo e não irei fraquejar diante os acontecimentos, por piores que eles sejam, enquanto estivermos juntos.

No dia seguinte, quando a estrela esverdeada caiu dos céus, Belit explicou à Gabriel:

- Um glorioso samurai padeceu no centro exato do local que hoje em dia é conhecido como Matas Esquecidas. Dizem que em outras eras aquele lugar era coberto por um campo, fazendo parte dos Campos Imaculados. A deusa das folhas, das flores e das árvores, chamada por nós elfos de Chinwe, deu de presente ao samurai uma mata de bambus, que cresceu em torno de sua cova, para que sua existência para sempre fosse lembrada. A lenda também diz que o dia em que a estrela verde como um trevo cair dos céus, será o Dia da Vingança, o dia em que o samurai despertará para aniquilar aqueles que foram maus ou injustos por algum motivo. Seja lá quem estiver nas Matas Esquecidas agora, corre grande perigo. Algo de muito grande deve ter sido feito e o samurai está vivo novamente para realizar a justiça divina.

Os ventos começaram a se tornar cada vez mais fortes e o céu tomou um tom levemente verde amarelado. Nuvens escuras e cinzentas começaram a se mover em círculos quase imperceptivelmente, como se um furacão celeste estivesse se formando.

- Acho que um tornado está por vir. - falou a elfa depois de tudo. - Esteja preparado.

Enquanto andavam, a elfa falou:

- Não se trata de uma vingança pela morte do samurai. Ele deve estar morto há mais ou menos cinco mil anos, não creio que ainda guarde alguma mágoa de quem o matou depois de todo esse tempo. Nem mesmo sei se ele morreu em uma batalha, não sei muito mais que qualquer outra pessoa comum sabe. Essa é uma lenda muito antiga e sua veracidade sempre foi questionada. As Matas Esquecidas sempre foram chamadas desse modo e muitas histórias foram inventadas sobre a origem deste nome. Talvez aquilo que tenha despertado nem seja mesmo um guerreiro valoroso, minha intenção não é preocupá-lo ainda mais, mas é possível que seja simplesmente uma fera assassina que irá ajudar os celestinos na guerra. O santuário corre perigo se não for protegido com todas as forças e é muito bom que a Morada do Ancião se encontre tão próxima àquele local. Devemos chegar lá em poucos dias. Oh, pelos deuses... o que é aquilo?

Uma espécie de carroça rústica se aproximava no horizonte. Erguendo-se em meio a ela estava uma bandeira que retratava um tubarão com grandes presas. O desenho parecia ter sido pintado com sangue e o mastro era carregado por um dos quatro orcs que compunham o grupo. A carroça era puxada por dois lobos grandes e ferozes (worgs).

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'd6' :

A elfa riu dele.

- Não mesmo. - ela disse.

Belit sacou sua espada fina, longa, negra e mortal.

- Mãe da noite e das monstruosas aranhas, eterna devoradora de todas as entranhas, Slyzer... - uma poderosa ventania se formou em torno do corpo da elfa negra. - ... a guardiã das teias, a dona do sangue que pulsa em minhas veias, dê a mim seu poder!

Uma esfera de teias pegajosas surgiu em torno da carroça dos orcs, imobilizando-os por completo enquanto Belit corria habilidosamente na direção deles, saltando sobre os lobos ao se aproximar e cravando sua lâmina (encantada por um esplendor de teias luminosas recém surgidas) contra o pescoço do primeiro.

<sub>Teias/magia de tamanho Enorme, 7 PA gastos, imobilidade de 1 turno a todos os orcs e worgs. É o turno de Gabriel atacar novamente.

Ataque de Belit/2d6+6 (Lâmina Negra) +10d6 (Teias)


Belit/Nível 2/40 PV/Lâmina Negra (2d6+6)/Teia • Fragmento da Deusa Slyzer/8 PA</sub>

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'd6' :

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'd8' :

Antes que o feitiço se desfizesse, Belit se ajoelhou perante o líder derrotado, tocou o rosto dele e disse:

- Seu corpo é para a terra e para os vermes, mas sua alma é minha. - como se fosse beijá-lo, ela se curvou perante o orc - Às profundezas retorna aquilo que a elas pertence. Sua escuridão profunda agora é toda minha e irá se juntar às teias infinitas que habitam meu âmago.

Belit puxou o ar com os lábios - como alguém que suga um canudo -, absorvendo para dentro de si o espírito esverdeado que evaporava pela boca do orc em forma de uma nuvem de fumaça translúcida e brilhante.

Quando as teias se desfizeram, os três orcs se depararam com o olhar daquela que estava disposta a assassiná-los. Houve um lampejo e teias reluzentes surgiram em torno da lâmina negra que os atingiu em cheio enquanto os worgs se soltavam das rédeas (antes seguradas pelo líder) para avançar contra Gabriel.

<sub>Ataque de Belit/2d6+6 (Lâmina Negra) +12d6 (Teias)/(Belit • 20 PA)

Ataque dos Worgs (Gabriel)/3d6+5 (duas vezes)</sub>

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#1 'd6' :


--------------------------------

#2 'd6' :


--------------------------------

#3 'd6' :

Os três orcs contra-atacaram Belit.

_{1d6+5 (machadinha)/3 vezes}

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'd6' :

Mas uma vez me deparo com o medo da morte em meio a uma batalha e pior, novamente seria responsável caso alguma coisa acontecesse com Belit. Já não me restava mais nenhuma reserva de magia e Belit sofria com os ataques dos três orcs. Sabia que ela ainda possuía alguma reserva de magia, porém não era muito. Alem disso não estava em meus planos ser atacado tão furiosamente pelos worgs. Puxo uma de minhas flechas e salto á frente de Belit, que estava sendo atacada por todos os orcs de uma só vez.

- Belit. Tente utilizar suas teias para amordaçar os worgs que estão atacando. Vamos deixa-los fora de combate até cuidarmo[/roll]s dos orcs. –

Desfiro um golpe com minha flecha no orc mais próximo. Era tudo que podia fazer na situação em que nos encontrávamos.

Ação: flecha (2d6+2)

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'd6' :

- Entendi, mas farei ainda melhor!

Belit disparou suas teias não só contra os worgs, mas também contra os orcs, derrubando-os de encontro ao solo enquanto os mesmos se debatiam freneticamente.

- Sugue a alma do orc morto e acabe com todos eles! Eu trouxe comigo quatro garrafas do maltar-altin, então não se preocupe com seu próprio estado ou com o meu, estaremos à salvo enquanto um de nós dois se manter de pé!

_{Teias/magia de tamanho Enorme, 7 PA gastos, imobilidade de 1 turno a todos os orcs e worgs. É o turno de Gabriel atacar novamente/(Belit • 13 PA)}

- Pro chão, Belit! Vou soltar a coroa de cristal! AAAAAAAHHH!-

Todo o poder magico que consegui controlar de meu corpo, uni em meu peito, afim de liberar o máximo de poder que eu pudesse. Ao comprimir os braço uma coroa de cristal se formou em volta de meu corpo, na altura de meu toráx. Ao fazer força para tentar controlar ela girava cada vez mais. D uma forma muita rápida, quando não conseguia mais controlar o poder, soltei meu braços para o lado, e uma chuva de cristais eclodiu para todos os lados. Sem mesmo ver o dano que um golpe havia causado, olhei para Belit a falei.

- Belit! Continue prendendo os worgs! Vou concentrar um próximo golpe apenas em direção a essas feras. -

ação: "Coroa de cristal" (12d8+2) - 12PA

esteci de rolar os dados descupa pela burrice. tomara que não de punição fazer isso

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'd8' :

- Acho que podemos fazer ainda melhor.

Belit arremessou à Gabriel uma garrafa de vidro que continha a reluzente e dourada poção de mantar-altin. Ela mesma pegou outra das garrafas e tomou todo o seu conteúdo num só gole. Em seguida se abaixou, sugando a alma de um dos dois orcs mortos.

- Esse que fica é para você.

A elfa saltou para a frente dos worgs, que começavam a se desprender das teias. Novamente Gabriel viu as teias luminosas se formarem em torno da espada de lâmina negra enquanto Belit despedaçava o primeiro worg, sendo logo em seguida abocanhada pelo segundo.

<sub>Toda a vida de Belit foi recuperada/+25 PA pela alma recém sugada

Ataque/2d6+6 (Lâmina Negra) +12d6 (Teias)/(Belit • 26 PA)

Ataque do worg 3d6+5 (mordida)</sub>