Prólogo

Os protagonistas podem começar a postar aqui, de preferência SEM combinar as sequências. Tentem seguir o setup de história que já prepararam, logo logo o RPG vai começar~

Comecem seus posts como se tivessem acabado de chegar no portão da escola. Vocês são alunos do segundo ano, e tem liberdade para inventar pessoas e nomes, narrando coisas como "Cheguei e fui procurar fulano, para perguntar tal coisa" ou "Cheguei e vi siclano conversando com seus amigos". Não vai fazer diferença.

Só não esculachem, por favor. (sim,estouflandocomvocêjoker)

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É inicio da primavera, e faltam duas horas para os ônibus que levarão os alunos da escola Cruzeiro do Sul para uma excursão chegarem. Apenas os professores e alguns poucos alunos já se encontram nos portões da escola, todos ocupados dividindo os grupos e terminando as últimas preparações para a viagem.

O destino é um Museu de Cultura Oriental, situado na cidade vizinha. A viagem durará cerca de uma hora, e todos os alunos foram dadas as seguintes instruções:

-Trazer a própria comida ou dinheiro
-Vestir roupas casuais
-Conversar com o professor responsável pelo seu respectivo grupo assim que chegar
-Não se separar do grupo ao qual foi selecionado
-Não trazer qualquer tipo de objeto que possa ser usado como arma
-Evitar usar aparelhos eletrônicos durante a visita ao museu
-Desobedecer ao professor

Dentre os alunos presentes, se encontram um casal, duas garotas juntas, e três garotos conversando e mais um sentado sozinho a espera de alguém.

Cheguei ao portão do colégio. Como de costume, estava escutando uma música um tanto quanto animada e batendo meus dedos em minha coxa, conforme as batidas da canção. Olhei para as garotas e dei um suspiro, continuei caminhando calmamente procurando um lugar para me sentar. Encontrei então um banco, um tanto distante e caminhei em sua direção, retirei minha mochila de minhas costas e me sentei.

Depois de um tempo olhando para as coisas e pessoas a minha volta, retirei um mangá de minha mochila e comecei a ler. Eu não estava nem um pouco interessada nesta excursão, eu conhecia todas as pessoas ali presentes, principalmente os três garotos mas não me era de total interesse ir falar com eles, com isso permaneci fitando meu mangá e folheando calmamente suas páginas enquanto esperava ônibus chegar.

Meu motorista deixou-me no portão da escola, como era de costume. Despedi-me dele, afinal, gosto de todos os empregados da mansão, pois dão mais atenção à mim do que meu próprio pai. Bati a porta suavemente e entrei no pátio em frente a escola, onde haviam poucas pessoas ainda. Avistei Lyubyty sentada, lendo um mangá e resolvi não incomodá-la.

Sentei-me sozinha, já que não tinha muitos amigos mesmo. Na minha infância, sofria muito na mão de valentões, o que me deixou com dificuldades em me relacionar com as pessoas. Mas havia uma em especial que não gostaria de me encontrar.

Lyubyty estava quase dormindo com aquele mangá, talvez por ele ser um shoujo romântico e nojentamente grudento. Deu outro suspiro e guardou ele em sua mochila. Nessa hora, sem querer puxou o fio do fone de ouvido e ele acabou sendo desplugado do celular, todos puderam ouvir o som clássico de Vivalti ecoando por todos os cantos, estava tão alto que parecia que até o país vizinho poderia ouvir aquilo. Por um momento Lyubyty ficou vermelha, não era de vergonha e sim de raiva, ela odiava quando isso acontecia.

Por estar com raiva decidiu guardar tudo na mochila e ir falar com alguém. Até que reparou na presença de Aliella, que estava sentada sozinha. Lyubyty deu um enooorme sorrido e acenou para a mesma, se levantou e caminhou na direção dela ficando na frente de Aliella e a fitou.

- Chegou e nem me deu um oi? Que tipo de amiga é você hein, Aliella? Só podia ser uma riquinha mimada mesmo. - disse zombando.

Um dos professores que até então estava entre os alunos que chegaram mais cedo se aproximou das duas, acertando levemente suas respectivas cabeças com uma prancheta. Ele não dava aula para nenhuma das duas, mas era um dos poucos professores que tentava se relacionar bem com todos os alunos.

- Já sabem em quais grupos foram encaixadas meninas?

Antes que eu pudesse explicar para Lyubyty porque não havia falado com ela, um professor veio em nossa direção perguntando se sabíamos nossos grupos. Levantei-me e olhei para o professor, respondendo:

- Não, eu não sei - depois, virei-me para Lyubyty - E você?

Sei que estava sendo meio ríspida, mas as coisas em casa estavam tensas e eu tava sem paciência pra falar com as pessoas. A maioria delas me entediava e eram comuns demais pra mim. Exceto duas e Lyubyty era uma delas.

Continuei olhando para Aliella, ela estava um pouco diferente...

- Também não. - respondeu com um sorriso para o professor.

Cheguei correndo.
Não tinha nem dinheiro para o metro.
Tive que entrar pelos fundos da escola para passar no ginásio e bater no Presidente do Comitê Disciplinário para poder comer durante a viagem.
Me sentiria culpado por bater nas pessoas por dinheiro, mas boxeadores fazem isso todos os dias, então tirei o isso da cabeça e ajeitei a gola e mangas da camisa enquanto caminhava calmamente até os portões da escola.
Antes mesmo de sair vi a figura inconfundível de Aliella Armorsmith, falando com um professor.
Decidi não falar com ela. Eu acabaria de ato me sentindo culpado.
Então me foquei em calcular quanto eu poderia gastar no almoço para que sobrasse dinheiro para a janta.
Feita a contabilidade, procuro algum professor para verificar de quem eu vou ter que fingir gostar durante o passeio.

Spoiler:

-Muito bem... Vocês duas estão no mesmo grupo, junto com o jovem Hibari e o meu irmãozinho, Yuuto. Cuidem bem dele, por favor~

E com um aceno de mão, o professor corre em direção a um grupo de alunos que acabara de chegar.

Yuuto se aproxima timidamente, cumprimenta Lyubyty e Aliella com a cabeça e se senta por perto calado.

- Pode deixar! - respondi ao professor, também acentando

Voltei a olhar para Aliella. Sua expressão dizia tudo e nada ao mesmo tempo, mas eu a conhecia, sabia o que estava havendo.

Ri de Aliella e de seu pedido.

- É claro que eu não me importo. Até porque, você é basicamente a pessoa que eu mais converso aqui.

Me aproximei de Yuuto, até porque Aliella havia me pedido para ficar perto dela durante toda a viagem. E também, ele era de nosso grupo.

- Heeey Yuuto! Fale alguma coisa vai! - pedi gentilmente e sorrindo.

- Alguma... Coisa...

Disse ele, corando até as orelhas e fazendo cara de cão que está prestes a apanhar.

Vi ele corando, para mim aquilo foi uma das coisas mais fofamente lindas que eu já vi, garotos tímidos realmente são extremamente fofos. Quase tive um ataque por dentro, como aquele garoto poderia ser tão fofo? Me deu uma enorme vontade de atacar aquele garoto e dar tapas nele de tão fofo. Se bem que dar tapas não seria bem o certo a se fazer em pessoas fofas, mas eu fiquei com vontade de fazer isso. fofofofofofofofofo~
esta palavra ecoava em minha cabeça, parecia uma eternidade pensando na carinha linda que ele fez, mas não passou de meros três ou quatro segundos. Como eu sou idiota pensando nisso... Dei um leve tapa em minha cabeça, tentando tirar estes pensamentos e encarei o garoto.

- Engraçadinho você... - dei uma risada forçada para demonstrar a minha "felicidade" em ter recebido aquela resposta. - ha... ha...

Coloquei minha mão na cabeça dele, ele tinha um cabelo muito legal e eu quis colocar a mão para sentir a maciez, não tem nenhum problema nisso, certo?

- Não precisa ficar com vergonha, Yuuto. - e dei um sorriso.

Spoiler:

Yuuto ergueu o rosto para Lyubyty. Seus olhos pareciam brilhar ao olhá-la, e ele acabou não conseguindo dizer mais palavra alguma.

- Ei, vocês três... - Chamou o professor que dava aula para eles, que vinha da direção do prédio da escola - Tenho a impressão de ter visto aquele garoto Hibari ter chegado alguns minutos atrás. Poderiam ir atrás dele? O grupo inteiro precisa assinar a lista de chamada ao mesmo tempo sabe?

Ele parecia estar tremendo.

Spoiler:

Quando Yuuto olhou para mim eu pude olhar bem os olhos dele. Que menino fofo!
Fiquei com outra vontade de estapear a cara dele, ou quem sabe de socar o seu estômago... Bem, eu poderia ser mais amigavel e apenas morder seu pescoço, ele iria preferir isso, claro...

- Pode deixar, professor! Eu e Yuuto iremos. - mandei um joinha para Aliella e peguei na mão de Yuuto.

- Vamos, Yutto. - Olhei nos olhos dele e o guiei, indo sem rumo atrás de Hibari.

Eu poderia aproveitar para levar Yuuto à um lugar escuro, quem sabe. Mas não, iria ter o passeio e eu tinha que procurar o maldito do Hibari.

- Quer começar por onde, Yuuto? - Perguntei, fazendo carinha de fofa.

Ele parecia apavorado demais para responder.

Procurar um professor é cansativo, ainda mais considerando-se que eu quero evitar ao máximo contato com a Aliella.
Decidi esperar que começassem a chamar os alunos, então, só precisaria assinar a lista e descobriria em que grupo eu estou.
"Já que vou ficar esperando, posso me distrair um pouco, não?" Pensei.
Então fui para a sala do Clube de Xadrez.
Não tenho certeza se posso estar aqui agora, mas não me importo.
Só três coisas me fazem de fato esquecer o tédio, e xadrez é uma delas.
Obviamente não havia ninguém na sala, mas não fazia diferença; Não procurava um adversário humano.
Depois de ligar o computador, abri o simulador de xadrez que ganhei (admito que com algum esforço) no último torneio inter-escolar.
É um bom programa, com diversas configurações de dificuldade e tempo. Nas mais difíceis, chegava a levar uma hora para vencer uma partida.
Coloquei a dificuldade no máximo:
- Na pior das hipóteses - pensei comigo mesmo - eu salvo a partida e termino depois da viagem.
Cliquei em iniciar, e parei de prestar atenção nos ruídos que vinham lá de fora.

Fiquei boiando no vácuo, eu não fiz nem falei nada demais para ele, o que custava ter um pouco de educação?

- Bem, então me siga. - Entrei no colégio e fui entrando nas salas, procurando Hibari. Neste momento até fiquei com um pouco de dó de Yuuto, por levar ele até lá. Mas fazer o que? Olhei para a porta da sala do Clube de Xadrez e vi uma sombra. Eu já estava cansada e implorando para ser o Hibari. Abri a porta com tudo e encontrei ele jogando... XADREZ?!

- HIBARI!! Venha comigo assinar aquela ficha. O que você pensa que está fazendo aqui jogando xadrez?!
Acho que minha fúria estava transparecendo nesta hora, mas logo me acalmei.

- Venha logo, o professor está esperando. - Peguei novamente na mão de Yuuto e fui caminhando até a saída da sala.

Ao tocar a mão de Yuuto, Lyubyty percebeu que ele suava frio e tremia intensamente. Seu olhar apavorado estava travado em Hibari, e ele parecia mal conseguir respirar.

Enquanto isso, um garoto que acabara de chegar se senta ao lado de Aliella e tenta puxar conversa.

- Yo! Sabe se estou no seu grupo?

Olhei para Yuuto. O que estava acontecendo? Será que Hibari havia feito algo contra ele? Yuuto é uma pessoa muito fofa e provavelmente "fraca".

- O que foi, Yuuto? - Perguntei já na porta.

- Por favor... Deixe ele aí... - Pediu Yuuto, com medo em sua voz.

- Ele pode ficar bravo...

Se não tivesse ouvido a porta abri, provavelmente teria infartado.
A amiga da Aliella, não me lembro o nome.. Lybubyty, ou algo assim, entrou gritando:
"- HIBARI!! Venha comigo assinar aquela ficha.O que você pensa que está fazendo aqui jogando xadrez?!"
Parecia irritada, mas o que realmente me preocupou foi o fato de estar no grupo dela..
"Sim, sou Alex DeLarge. Espanco pessoas e jogo xadrez..." Disse, muito mais para mim mesmo do que para ela..
Salvei a partida, que mal havia começado, e me virei para ela.
Percebo o garoto assustado ao lado dela.. Prefiro não pensar a respeito.
Me livro desse pensamento com um suspiro. Não é problema meu, de qualquer forma.
Desligo o computador , levanto e sigo em direção à porta.

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- Pode deixar, ele não vai te machucar. - falei, colocando minha mão dreita no braço esquerdo de Yuuto.

Escutei Hibari falando alguma coisa, provavelmente estava resmungando de algo, olhei para ele e o encarei um pouco.
O Hibari é tão querido... hahaha...

- Vamos, ele já está vindo. - puxei carinhosamente Yuuto e fui caminhando de volta para onde Aliella se encontra.

- Acho que não - disse, sem sorrir - Na verdade, não prestei muita atenção na lista do professor. Sabe, passeios como esse me deixam entediada.

Foi nesse momento que recebi uma mensagem no meu celular. Claro, era proibido portar celulares na escola e em viagens escolares, mas eu tava pouco me lixando pra isso. Peguei o celular e olhei a mensagem, ela dizia algo como:



Sr. Markus. Meu pai nunca assinava coisas como "papai" ou "pai". Na verdade, acho que ele pouco me considerava filha. Eu já sabia sobre o que era. Provavelmente o estado de saúde da minha mãe, mas eu não queria falar com ela. Não depois de tudo.

Foi quando percebi que estava ignorando o garoto que falara comigo. Olhei novamente para ele, ainda com o celular em mãos e a mensagem aberta, perguntando:

- E então? Mais alguma coisa?