Base de Cassiel

A Base de Cassiel era a mais chamativa.

A construção tinha uma pintura rosa e coberta com pedras preciosos. Era impossível não notá-la ao entrar no seu campo de visão. Cassiel faz o tipo de quem não gostava de trabalhos manuais ou que a fizessem se esforçar. Não gosta dos humanos e não se envolve com a maioria dos seres angelicais, apenas com aqueles que ela acha dignos de merecer a honra de poder falar com ela. Sua presunção é sua característica mais notável.

Neoshadow caminhava em direção à Base, no intuito de já desafiar a sua adversária, mas Cassiel não permitiu que ele se aproximasse mais, não queria que sua base fosse manchada com a presença, do que para ela, era um ser imundo e insignificante. Por isso ela saiu de sua base e parou na frente da mesma. Neoshadow ao notar a aparição do inimigo também parou onde estava, decidiu não se aproximar mais e analisa-la mais de longe antes de investir.

- Porque acha que pode vir aqui e invadir meu território criatura imunda? - Cassiel dizia com um semblante de nojo. - Como ousa macular meu domínio com sua insignificância?

- Você fala de mais... - Neoshadow falou - Sabe o que eu ouvi uma vez sobre pessoas que falam de mais? São sempre as primeiras a morrer.

- Disparate! - Cassiel estava furiosa - Vai pagar pela sua audácia!

Cassiel puxou sua espada e de onde estava cravou a lamina no chão. Feito isso surgiram fissuras na perímetro próximo a ela, e das crateras que surgiram saíram cinco seres estranhos, de pele roxa, com chifres e caldas.

- Vão demônios escravos, devorem-no a alma. - Ela apontou para Neoshadow os demônios escravizados por ela foram ao ataque com suas garras e presas.

Nas costas da mão direita de Neoshadow brilhava um simbolo. Ele tinha a forma de uma flor e tinha coloração roxa.


O simbolo brilhou mais intensamente, então um chicote de espinhos surgiu nas mãos dele. Ele era todo de metal, tanto o cabo quando a parte que chicoteava, porem esta ultima era feita de um metal maleável que permitia movimentos idênticos aos realizados com os materiais comuns de criação dos chicotes. Os espinhos no chicote eram feitos com pequenos fragmentos de ametista que brilhavam levemente.

Neo fez um movimento com o chicote, açoitando o chão. Em seguida a terra tremeu e dela saíram raízes de arvore bem grossas, que como verdadeiros braços agarraram os demônios, os espremendo com força até se desfazerem em pó. Cassiel gritou de ódio e perdeu o controle. Isso se provou pelo ato de ir por conta própria atacar o Neo, coisa que ela nunca faz. Com a espada na mão, Cassiel com movimentos rápidos cortou as raízes e seu próximo alvo era o Neoshadow. Porém Neo usou o seu chicote, o prendeu na lamina de Cassiel e com um movimento a arrancou de suas mãos.

A adversária se assustou ao ser pega de surpresa sem sua arma em mãos, nesse pequeno período de tempo perdeu a concentração e baixou a guarda. Neo não perdeu a chance e como dito por Maquiavel, fez como um verdadeiro Príncipe deveria fazer e usou a virtú ("virtude") para aproveitar a fortú ("oportunidade") que acabara de receber. Ele convocou o poder da relíquia e chicoteou o chão com força, convocando as forças da natureza.

Em seguida a terra tremeu e arvores começaram a crescer por todo o lugar, criando uma vasta floresta. Porém eram arvores misticas, elas não tinham folhas verdes, mas sim de coloração lilas fraco. Depois surgiram flores em todas as arvores, elas eram roxas. As flores começaram a expelir um tipo de polem brilhante, deixando todo o ar impregnado com pequenas partículas luminantes. Então Neo fez um ultimo movimento com o chicote e todo o polem no lugar começou a brilhar mais intensamente e se deslocou para toda a região ao redor de Cassiel, depois cada partícula emitiu uma explosão, que somadas formaram uma maior e devastadora, que varreu todo o lugar com seu poder de destruição, fazendo sumir todas as arvores que surgiram e a base de Cassiel. Apenas Neo não foi afetado.

Cassiel caiu inconsciente no chão e foi levada para o céu. Neo fez sua arma sumir novamente e voltou para casa cantarolando.