The Sad Ghost Club
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Re: The Sad Ghost Club
@Beelzebub escreveu:Cara, eu to triste porque não estou respondendo a expectativas das pessoas, um amigo disse que não precisa responder mas querendo ou não, elas existem, e pesam sobre você.
Elas existem, mas você sabe que não precisa corresponder a nenhuma delas, né?
Apenas as suas próprias.
Re: The Sad Ghost Club
Às vezes me bate uns negócios tão fortes que eu não consigo nem acabar o que eu tô fazendo. Aos poucos eu vou cansando de tentar.
Kiky- Obsessive Prince
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Re: The Sad Ghost Club
Eu não aguento mais viver com o fantasma do meu ex.
Já fiquei com incontáveis caras depois dele, mas mesmo assim, ele sempre vem me assombrar. E eu ainda não consigo fazer coisas que eu fazia antes, quando eu tava com ele, sem chorar. Como postar no fórum, por exemplo. E ver qualquer coisa relacionada à cultura oriental. Eu não aguento mais isso.
Já fiquei com incontáveis caras depois dele, mas mesmo assim, ele sempre vem me assombrar. E eu ainda não consigo fazer coisas que eu fazia antes, quando eu tava com ele, sem chorar. Como postar no fórum, por exemplo. E ver qualquer coisa relacionada à cultura oriental. Eu não aguento mais isso.
Haruma- Dual Personality Nurse
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Re: The Sad Ghost Club
Haruma.~ escreveu:Eu não aguento mais viver com o fantasma do meu ex.
Já fiquei com incontáveis caras depois dele, mas mesmo assim, ele sempre vem me assombrar. E eu ainda não consigo fazer coisas que eu fazia antes, quando eu tava com ele, sem chorar. Como postar no fórum, por exemplo. E ver qualquer coisa relacionada à cultura oriental. Eu não aguento mais isso.
Entendo um pouco, mas o que eu mais sinto pelo meu ex é uma raiva enorme. Na verdade, eu SÓ sinto raiva pelo meu ex, e muita raiva.
Te digo que aos poucos você vai esquecer dessas coisas e vai voltar a fazer tudo normalmente como se ele nunca tivesse manchado nada. Eu não conseguia ouvir algumas músicas, hoje além de ouvir essas músicas eu até relaciono com outros caras. O mundo dá voltas, paciência. Vai passar.
Kiky- Obsessive Prince
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Re: The Sad Ghost Club
Eu nunca fico bolado com as pessoas.
Especialmente com meus amigos.
Eles podem fazer a merda que for comigo, mas eu não fico nada chateado com eles sequer.
Mas eu sei que eles fizeram merda comigo.
Isso é uma coisa boa para se manter as amizades.
Mas às vezes eu só queria sentir alguma raiva ou ódio porque alguém me magoou.
Especialmente com meus amigos.
Eles podem fazer a merda que for comigo, mas eu não fico nada chateado com eles sequer.
Mas eu sei que eles fizeram merda comigo.
Isso é uma coisa boa para se manter as amizades.
Mas às vezes eu só queria sentir alguma raiva ou ódio porque alguém me magoou.
Re: The Sad Ghost Club
Bom... ultimamente eu tenho sido extremamente depressiva quando estou sozinha. Desde que eu comecei a morar sozinha, eu não paro de pensar sobre como eu estraguei a vida dos meus pais . Aliás, como filha adotiva, eu me sinto meio como uma intrusa, já que algumas pessoas da família da minha mãe não me aceitam muito bem. E eu também me sinto um pouco responsável pelo divórcio dos meus pais (embora eu tivesse 5 anos na época), porque eu era um dos pontos de discórdia entre os dois.
Além disso, minha melhor amiga me contou que uma das minhas amigas de infância tentou o suicídio, e eu não consigo parar de me sentir culpada por não ter estado ao lado dessa amiga quando ela precisou. Quer dizer, sempre nós três havíamos nos apoiado, nos momentos felizes ou tristes, mas por causa da minha escola eu acabei me afastando das duas e saber que eu poderia ter ajudado, mesmo um pouco, me deixa extremamente desapontada comigo mesma.
Além disso, minha melhor amiga me contou que uma das minhas amigas de infância tentou o suicídio, e eu não consigo parar de me sentir culpada por não ter estado ao lado dessa amiga quando ela precisou. Quer dizer, sempre nós três havíamos nos apoiado, nos momentos felizes ou tristes, mas por causa da minha escola eu acabei me afastando das duas e saber que eu poderia ter ajudado, mesmo um pouco, me deixa extremamente desapontada comigo mesma.
Nyuu- Idiot Fiend
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Re: The Sad Ghost Club
As vezes me sinto mal por nunca te tido um pai, coisa besta né? nunca o conheci e estarei mentindo se falar que nunca, pelo menos uma unica vez nao fez falta, e recentemente eu descobri que ele tem uma filha ou seja eu tenho uma irma e descobri isso com 17 anos e fiquei meio que em choque.Minha mãe e meu pai se separam quando eu nem tinha nascido ainda, então ele simplesmente deixo minha mãe na merda e foi viver a vida dele, e por anos eu carreguei aquele gosto amargo na boca de sempre querer achar ele pra poder ter finalmente minha '' vingança '' mas eu não posso julgar as pessoas sem pelo menos intender a historia delas, eu não posso simplesmente fazer isso, mesmo eu tendo o direito de fazer isso minha justiça vai vai ser diferente da dos homens.
Nunca tive tudo que queria, sempre tive tudo que precisei, as vezes me sinto um merda, tem dias que chove que nao saio da cama, mas eu gosto de ter esses momentos bads, porque eu funciono melhor neles.
Recomendação do dia.
Nunca tive tudo que queria, sempre tive tudo que precisei, as vezes me sinto um merda, tem dias que chove que nao saio da cama, mas eu gosto de ter esses momentos bads, porque eu funciono melhor neles.
Recomendação do dia.
Fuza- Dual Personality Nurse
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Re: The Sad Ghost Club
tem um poema do robert frost que é muito bonito e termina assim:
the woods are lovely, dark and deep.
but I have promises to keep,
and miles to go before I sleep,
and miles to go before I sleep.
e eu sempre entendi isso como uma coisa bonita e agradável - como o mundo ser livre e cheio de possibilidades, como se tudo pudesse acontecer, como se a vida fosse uma sequência de coisas abertas e boas e te surpreendesse positivamente mais vezes do que negativamente, e como se tudo pudesse ser transformado. pudesse ser relido como algo bom.
hoje reli o poema e pensei nesses miles to go before I sleep como algo tão triste. tão resignado. há milhões de coisas para fazer antes de se alcançar a paz, o sono, o descanso.
(aprendi a associar o sono a muito cansaço porque é o melhor jeito de me fazer ter sono. muito cansaço. muito, muito cansaço. pavor das horas seguintes. sono não é algo positivo para mim.)
me sinto meio assim ultimamente. tanta coisa para fazer. tanta coisa por fazer. tanto sono. miles to go before I sleep.
Neoshadow- Furious Witch
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Re: The Sad Ghost Club
Por muito tempo eu fugi dessas perguntas, fingi que não pensava sobre isso, preferia não pensar. Não sei até que ponto eu fiz isso conscientemente ou se foi de forma desproposital, mas bloqueie.
Porém, nao pude fugir dessas questões que torturam a minha existência... Porque eu existo? Porque nós existimos? E os animais? E as plantas?
Não sei... não importa que respostas tentem dar, não vai responder as minhas dúvidas, o unico que pode não vai falar comigo e ainda acho que Ele não existe da forma como acredita-se que existe.
Eu pensei e pensei, e pensei, perguntei, analisei... Será que existe alguém como eu? Nao pode ser que esteja só, mas é possível que sim.
Nao adianta tentar julgar, você não vai entender o que eu quero dizer por apenas essas palavras, nem mesmo se eu escrevesse outras milhões tentando explicar, é algo que apenas eu sinto, só eu sei como é, ninguém mais pensa como eu, estou só, não importam quantas pessoas existam em minha volta, nenhuma delas vai poder me compreender e não posso falar sobre o que penso sobre tudo, ninguem vai entender... E agora? O que faço para passar essa dor? Dói, dói no peito, mas nao é uma dor física, quero chorar, mas não vai adiantar, só vou chamar a atenção daqueles que estão em minha volta e isso é o que menos quero nesse momento, tentar responder às perguntas que irão fazer.
Se eu não existisse seria bem melhor, mais facil, não teria que conviver com esse medo, o medo dessa raiva que está crescendo, nao quero magoar ninguem, não faz parte do que eu prezo, eu quero amar e respeitar e que todos também possam. Mas eu quero existir e prefiro toda essa confusão a ter que me limitar a pensar como muitos... não sei lidar com essa coisa e não ser compreendido me frusta...
Tudo que se faz é classificar, rotular... detesto rótulos! Não sou branco, não sou negro, nem pardo, nem amarelo, nem hetero, nem gay, nem assexuado, nem feio, nem bonito, nem homem, nem mulher, nem adulto, ou criança, ou jovem, ou qualquer outra coisa, isso é o que dizem que sou, eu sou eu e somente isso!
O que posso fazer? Cansei de escrever, é um desabafo inútil, nem ao menos serve para amenizar a dor, não queria que todos soubessem o que realmente penso, mas cansei de me adaptar, de me moldar para se incluir, quero, aliás, preciso ser eu mesmo, mas nao posso, assim que enviar esse texto vou voltar a engolir tudo e prender, para ver se consigo voltar a desempenhar o papel que fazia antes.
Porém, nao pude fugir dessas questões que torturam a minha existência... Porque eu existo? Porque nós existimos? E os animais? E as plantas?
Não sei... não importa que respostas tentem dar, não vai responder as minhas dúvidas, o unico que pode não vai falar comigo e ainda acho que Ele não existe da forma como acredita-se que existe.
Eu pensei e pensei, e pensei, perguntei, analisei... Será que existe alguém como eu? Nao pode ser que esteja só, mas é possível que sim.
Nao adianta tentar julgar, você não vai entender o que eu quero dizer por apenas essas palavras, nem mesmo se eu escrevesse outras milhões tentando explicar, é algo que apenas eu sinto, só eu sei como é, ninguém mais pensa como eu, estou só, não importam quantas pessoas existam em minha volta, nenhuma delas vai poder me compreender e não posso falar sobre o que penso sobre tudo, ninguem vai entender... E agora? O que faço para passar essa dor? Dói, dói no peito, mas nao é uma dor física, quero chorar, mas não vai adiantar, só vou chamar a atenção daqueles que estão em minha volta e isso é o que menos quero nesse momento, tentar responder às perguntas que irão fazer.
Se eu não existisse seria bem melhor, mais facil, não teria que conviver com esse medo, o medo dessa raiva que está crescendo, nao quero magoar ninguem, não faz parte do que eu prezo, eu quero amar e respeitar e que todos também possam. Mas eu quero existir e prefiro toda essa confusão a ter que me limitar a pensar como muitos... não sei lidar com essa coisa e não ser compreendido me frusta...
Tudo que se faz é classificar, rotular... detesto rótulos! Não sou branco, não sou negro, nem pardo, nem amarelo, nem hetero, nem gay, nem assexuado, nem feio, nem bonito, nem homem, nem mulher, nem adulto, ou criança, ou jovem, ou qualquer outra coisa, isso é o que dizem que sou, eu sou eu e somente isso!
O que posso fazer? Cansei de escrever, é um desabafo inútil, nem ao menos serve para amenizar a dor, não queria que todos soubessem o que realmente penso, mas cansei de me adaptar, de me moldar para se incluir, quero, aliás, preciso ser eu mesmo, mas nao posso, assim que enviar esse texto vou voltar a engolir tudo e prender, para ver se consigo voltar a desempenhar o papel que fazia antes.
Re: The Sad Ghost Club
Não sei mais se o que eu vejo no espelho sou eu. As linhas de realidade e fantasia estão todas borradas para mim. Será que eu estou vendo tudo tão ruim porque eu vejo assim ou porque as coisas estão assim?
Kiky- Obsessive Prince
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Re: The Sad Ghost Club
se não existissem computadores e smartphones minha lista de atribuições estaria mais alta do que meus cento e oitenta centímetros. se eu pudesse transformar os bits e responsabilidades em algo tangível, que se pudesse tocar e dar forma, formaria um monstro terrível e assustador, cujo topo da cabeça só seria visível do décimo primeiro andar de um prédio, onde o elevador não acessa mais e é necessário usar as escadas. isso, é claro, é como eu sinto: uma torrente interminável de coisas para fazer, como se meus dias servissem exclusivamente para estudar e pensar no estudo e refletir sobre como fazer um trabalho melhor e estudar mais.
eu gosto muito de poesia e há um tempo quero me identificar menos com um poema do robert frost que essencialmente fala em coisas para fazer e um sono que não vem - por mais bonitas que sejam as coisas à minha volta, não dá para parar e observá-las porque o tempo passa e a estrada é longa.
há uns dias - essas palavras ficaram descansando enquanto eu progressivamente me preocupava e depois passava a um estágio de letargia - estou um pouco mais leve. um pouco mais despreocupado. inconsequente, ouso dizer, não sei se por meu descomedimento ou se por uma análise acertada das coisas. essa lente distorcida que é a extrema preocupação com todas as coisas que me cercam: a gente não sabe o que é uma visão hipermetrope, o que são olhos cansados, o que é finalmente enxergar porque a imagem se forma junto à retina e não antes ou depois.
não sei quando dormir vai ser fácil.
eu gosto muito de poesia e há um tempo quero me identificar menos com um poema do robert frost que essencialmente fala em coisas para fazer e um sono que não vem - por mais bonitas que sejam as coisas à minha volta, não dá para parar e observá-las porque o tempo passa e a estrada é longa.
há uns dias - essas palavras ficaram descansando enquanto eu progressivamente me preocupava e depois passava a um estágio de letargia - estou um pouco mais leve. um pouco mais despreocupado. inconsequente, ouso dizer, não sei se por meu descomedimento ou se por uma análise acertada das coisas. essa lente distorcida que é a extrema preocupação com todas as coisas que me cercam: a gente não sabe o que é uma visão hipermetrope, o que são olhos cansados, o que é finalmente enxergar porque a imagem se forma junto à retina e não antes ou depois.
não sei quando dormir vai ser fácil.
Neoshadow- Furious Witch
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Re: The Sad Ghost Club
"You don't wanna die tonight
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Tomorrow may not come again"
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Ynys Wydryn- Obsessive Prince
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Re: The Sad Ghost Club
é difícil fazer amigos. eu acho que tem que ser acidental. um esbarrão, uma coincidência, muito vinho, algo assim. tem que ser súbito e a afinidade tem que ser imediata e preferencialmente abismal.
as pessoas mais queridas da minha vida têm meu manual de instruções. não preciso dizer que não quero conversar, que estou sem saco, que estou com preguiça de escrever; estou dispensado de dar satisfações e eles me poupam de ter que explicar quando a resposta é não estou bem ou não estou a fim. sei que posso ser muito difícil e quanto mais perto chegam de mim mais eu tendo a empurrar - sou o atrito das relações humanas. meus melhores amigos, porém, sabem porque são parecidos, e igualmente eu não cobro suas presenças nem regularidade de contato. é uma combinação rara. não é com qualquer pessoa que a gente pode chegar e falar as piores coisas que um ser humano é capaz de pensar. nem todo mundo está preparado para os níveis de arrogância que nós somos capazes de atingir. e até nas menores coisas eu me sinto grato por tê-los encontrado: quando eu vou à casa deles (e, mais raramente, quando eles vêm a minha casa) nada é mais mágico do que saber que ninguém vai dizer ei, vamos sair por aí e que ficar em casa virando vodka e vendo vídeos do ronald rios vai parecer o melhor programa do universo.
é difícil fazer amigos. e do jeito que eu sou enjoado é quase impossível que eles durem. excelentes pessoas já saíram da minha vida apenas porque um belo dia eu resolvi não ir mais com a cara delas, e quase sempre elas não tinham me feito nada. pessoas incríveis têm entrado na minha vida nos últimos tempos - meio sem querer - com níveis variados de afinidade e semelhanças, e pela primeira vez, sem dúvida pela experiência positiva com meus queridos, eu tenho medo de ficar de saco cheio.
pela primeira vez, eu me importo com deixar de me importar.
e é bom.
as pessoas mais queridas da minha vida têm meu manual de instruções. não preciso dizer que não quero conversar, que estou sem saco, que estou com preguiça de escrever; estou dispensado de dar satisfações e eles me poupam de ter que explicar quando a resposta é não estou bem ou não estou a fim. sei que posso ser muito difícil e quanto mais perto chegam de mim mais eu tendo a empurrar - sou o atrito das relações humanas. meus melhores amigos, porém, sabem porque são parecidos, e igualmente eu não cobro suas presenças nem regularidade de contato. é uma combinação rara. não é com qualquer pessoa que a gente pode chegar e falar as piores coisas que um ser humano é capaz de pensar. nem todo mundo está preparado para os níveis de arrogância que nós somos capazes de atingir. e até nas menores coisas eu me sinto grato por tê-los encontrado: quando eu vou à casa deles (e, mais raramente, quando eles vêm a minha casa) nada é mais mágico do que saber que ninguém vai dizer ei, vamos sair por aí e que ficar em casa virando vodka e vendo vídeos do ronald rios vai parecer o melhor programa do universo.
é difícil fazer amigos. e do jeito que eu sou enjoado é quase impossível que eles durem. excelentes pessoas já saíram da minha vida apenas porque um belo dia eu resolvi não ir mais com a cara delas, e quase sempre elas não tinham me feito nada. pessoas incríveis têm entrado na minha vida nos últimos tempos - meio sem querer - com níveis variados de afinidade e semelhanças, e pela primeira vez, sem dúvida pela experiência positiva com meus queridos, eu tenho medo de ficar de saco cheio.
pela primeira vez, eu me importo com deixar de me importar.
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Neoshadow- Furious Witch
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Re: The Sad Ghost Club
Em noites de insônia, quando nada nesse mundo é capaz de me fazer dormir e eu estou sozinha no escuro, eu costumava testar meus limites. Tomar alguns comprimidos e ver como eu me sinto, o número sempre aumentando, para que eu pudesse tangenciar a linha entre a vida e a morte. Eu costumava guardar o dinheiro do lanche para comprar tylenol na farmácia perto de onde eu estudava.
Eu nunca temi a morte, e provavelmente nunca vou. E é por isso que eu sinto falta dessas noites frias e escuras. Hoje eu me mato mais aos poucos: eu quero me matar de exercício, me matar de estudar, me matar de fome e de todas essas coisas banais onde eu possa exagerar.
Eu nunca temi a morte, e provavelmente nunca vou. E é por isso que eu sinto falta dessas noites frias e escuras. Hoje eu me mato mais aos poucos: eu quero me matar de exercício, me matar de estudar, me matar de fome e de todas essas coisas banais onde eu possa exagerar.
Kiky- Obsessive Prince
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Re: The Sad Ghost Club
minha produção anda errática. sempre tive essa sensação de despertencimento e, mais, de desorientação - as coisas estão acontecendo, o mundo está girando no próprio eixo, o tempo passa e eu não consigo seguir essa mesma vibração que guia toda a orquestra. se eu tivesse que falar tudo, não conseguiria: é saudades deles - é a tristeza deles terem ido embora tão cedo - mas também é o quanto o meu humor me absorve quando não estou atento - como essas saídas têm sido sujas e desgastantes - como também está sendo libertador e surpreendente ir para outros lugares, ter outra rotina, ter outro costume - e, principalmente, como não consigo estabelecer uma conexão essencialmente emocional com as pessoas e coisas à minha volta. eu sou a criatura sem hábitos que mais facilmente se entedia. penso em como traduzir todo esse desbalanço mas, afora mal usos de prefixos negativos, nada me ocorre. tudo é estático enquanto vejo perfeitamente bem o movimento.
Neoshadow- Furious Witch
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Re: The Sad Ghost Club
Eu sinto medo. Medo do futuro. Medo de estar apaixonada pela única pessoa que eu não posso definitivamente estar apaixonada. Medo de isso acabar errado. Medo de ser eu mesma.
MEDA
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Haruma- Dual Personality Nurse
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Re: The Sad Ghost Club
de vez em quando, porque chove, me lembro de você. não posso falar sobre isso - imagino que você saiba, porque nunca falamos. está implícito de um jeito novo de estar implícito: ninguém fala sobre isso porque isso não existe e faz bem em não existir. o barulho de chuva é doce, numa antítese que não gosto por ser clichê; doce e suave contra amargo e rascante. eu não queria estar pensando em você; ou talvez só não queira pensar em nada. mas é que a chuva está entrando aos pouquinhos pela janela que tenho preguiça de fechar e com ela me vêm as memórias que não sei se são doces apenas por mérito próprio ou se também trazem consigo o peso da comparação.
parou de chover.
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Neoshadow- Furious Witch
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Re: The Sad Ghost Club
Estou de saco cheio dos sorrisos mornos que recebo a minha volta, dos abraços vazios que tendo a receber, meus olhos estão cada vez mais monocromáticos, um cinza mórbido, que martela em minha consciência, que a cada batida o prego que é a melancolia e a indiferença ficam cada vez mais fixos em minha mente, a minha alma. Quanto tempo mais me moverei como um cadáver? Quanto tempo mais serei desprovido de sentir, da empatia, de ter algo para se importar? A dor da indiferença e do individualismo estão me perfurando por dentro, mas o que fazeres, quando isto é parte do que você é? Daquilo que te construiu e que está enraizado nas parte mais profundas dos meus sentimentos? Não há saída, não há mudança, viverei num filme preto e branco para o resto de minha vida.
Algumas pessoas acham que o inferno é aquilo que a bíblia descreve, mas no meu ponto de vista, o inferno é o terrível tormento do vazio.
Algumas pessoas acham que o inferno é aquilo que a bíblia descreve, mas no meu ponto de vista, o inferno é o terrível tormento do vazio.
Haruma- Dual Personality Nurse
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Re: The Sad Ghost Club
um homem na estrada recomeça a sua vida. na verdade a estrada não era estrada e sim rua, viaduto e escadaria: uma via peculiar onde os ventos se cruzaram, bateram, rodopiaram e formaram um furacão. eu leio o jornal todos os dias e penso muitas coisas sobre as histórias horríveis que estão cada vez mais frequentes, não sei se por sabotagem política ou se porque está cada vez mais difícil abstraí-las ou varrê-las para algum canto onde não sejam tão visíveis; me ocorrem colocações pontuais sobre como está a sociedade e como talvez tantos crimes e sofrimentos fossem evitados se vivêssemos num mundo menos cruel e se a vida em si não fosse tão avassaladora. nesses momentos sempre me interrompo e penso que na verdade a vida não tem nada a ver com isso, nós que fazemos ou deixamos de fazer coisas que poderiam tornar outras existências mais leves e, assim, todas as coisas mais fáceis. mas uma coisa é quando você folheia as páginas policiais e reconhece o bairro onde morou ou o ônibus que passa por você tarde da noite, voltando do trabalho, e sabe que aqueles cadáveres têm nome, registro e família que chora por eles; outra coisa muito diferente é quando o registro tem uma parte do seu sobrenome e a família invadida e saqueada é a sua. as páginas policiais sempre estamparam os lugares onde morei, mas, de algum modo jornalisticamente irônico, desta vez aconteceu na porta da minha casa e não foi reportado em lugar nenhum. um homem na estrada recomeça a sua vida; sua finalidade: a liberdade, que foi perdida, subtraída. sua vida foi para sempre danificada. a estrada, rua, viaduto e escadaria está no meu caminho todos os dias e a liberdade em seu sentido mais básico, que eu tenho há tanto tempo que não percebo mais, como essas dez toneladas de ar sobre a minha cabeça, agora toma uma forma triste e deslocada, sem oportunidade nem esperança. esse é o palco da história que não pôde ser narrada: um homem na estrada. que ao menos a terra lhe seja leve.
Neoshadow- Furious Witch
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Re: The Sad Ghost Club
Eu ando me sentindo muito sozinha. Com quem eu mais converso é com minha terapeuta. Não tenho tido muitas conversas com ninguém. Nem pra falar do tempo. E eu me sinto miserável por isso.
Também tô me sentindo mal amada, como se eu nunca tivesse recebido afeição o suficiente. Eu sempre me doei muito e nunca recebi nada em troca. Falo isso do meu ex relacionamento.
Eu que sempre fiz tudo, nos aniversários, nas datas comemorativas. Por exemplo, nunca ninguém cozinhou pra mim. Fez um jantarzinho romântico, coisas românticas. E meus "relacionamentos" desde então, tem sido só superficialmente. Meu corpo agradece, mas minha mente não. Eu sei que isso é egoísmo da minha parte, mas eu queria muito ser mimada, paparicada um pouco.
Também tô me sentindo mal amada, como se eu nunca tivesse recebido afeição o suficiente. Eu sempre me doei muito e nunca recebi nada em troca. Falo isso do meu ex relacionamento.
Eu que sempre fiz tudo, nos aniversários, nas datas comemorativas. Por exemplo, nunca ninguém cozinhou pra mim. Fez um jantarzinho romântico, coisas românticas. E meus "relacionamentos" desde então, tem sido só superficialmente. Meu corpo agradece, mas minha mente não. Eu sei que isso é egoísmo da minha parte, mas eu queria muito ser mimada, paparicada um pouco.
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Re: The Sad Ghost Club
@Haruma
Cara, na boa, é até meio ridículo isso, digo, é você quem decide com quem fica. Quer alguém que te mime? Então fique com alguém que te mime, é simples. Não existe essa coisa de "mas o coração manda..." porque o coração não manda nem nele próprio.
Cara, na boa, é até meio ridículo isso, digo, é você quem decide com quem fica. Quer alguém que te mime? Então fique com alguém que te mime, é simples. Não existe essa coisa de "mas o coração manda..." porque o coração não manda nem nele próprio.
Re: The Sad Ghost Club
E eu tenho alguém que me mime? Não tenho, obrigada por nada
Haruma- Dual Personality Nurse
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