Campos dos Uivos ao Vento

Zaira olhava atentamente aos fantasmas. Esses dois estão enganando este garoto para usá-lo, pensou. Ela suspirou cansada daquilo. Mas nada disse, esperando o ruivo se mover.

- Não perca o seu tempo. Não vou dar-lhes os objetos. - rebateu friamente. Eles eram muito importantes para ela, e ela não os daria a ninguém, a não ser a Vizier. - Não quero nenhuma informação de vocês. - havia se cansado de informações sem nexo. Ela queria tirar suas próprias conclusões buscando e investigando a verdade por si mesma.

Esse garoto se achava algum padre? Ou que tinha cara de confessionário? Os segredos e a vida dela não lhe importava e, francamente, ela pouco se comovia se ele a achava irritante. Deu de ombros e inclinou-se para Al. - Vamos garoto, já perdemos tempo demais aqui. - ordenou carinhosamente ao tigre.

Al abriu suas duas grandes asas de cristal.



- Não temos poder nenhum nesse mundo. - disse Nora serenamente.



- Mas temos no outro.



- Não interessa como você irá cumprir com a promessa que nos fez. Também não me importa se você tem ou não capacidades para isso. Que tivesse sido inteligente de não aceitar um pacto que não fosse capaz de cumprir. Agora estamos vinculados uns aos outros e suas ações daqui em diante irão trazer conseqüências muito significantes para sua vida. Fizemos uma pergunta e aguardamos sua resposta. De que lado você está afinal? Quer ou não saber todas as respostas? Se disser que sim, diremos e você encontrará alguma maneira de tomar dela aquilo que queremos. Se disser que não, você nunca mais irá nos ver na sua frente. Te deixaremos em paz e não cobraremos nada além do combinado.



- Por isso não há nenhum motivo para irritação. Você quem escolheu esse destino, então não haja como se a culpa fosse nossa. Fizemos nossa parte até o momento em que você mostrou que não gostaria mais de ficar ao nosso lado. Ou gostaria? Estamos ansiosos pela sua resposta.

O tigre de cristal começou a planar sobre os campos, trazendo na direção dos três uma poderosa cortina de vento.

Agora é culpa minha, que legal... tá bom, a culpa É minha, mas eles também não colaboram, Nenhum deles, a garota que se acha, esses dois que só sabem falar em mistérios, aquele lobo inconveniente, esse tigre de cristal...
Louis olha para os dois, mais irritado ainda
- Que seja...

Olhando para o tigre planando, Louis vira para os dois e responde
- Não quero morrer por causa dos problemas daquela garota em relação a dar os itens que vocês querem, mas também não quero quebrar esse pacto, já que parece que vocês ainda tem algo a me oferecer.... Sendo assim, iremos segui-la, até ela achar o que pretende, e acharei uma oportunidade para conseguir os objetos. Felizes assim, ou querem que eu vá para cima dela e do tigre de cristal, nesse estado, sem chances de conseguir o objeto ?

Até porque essa garota parece estar em busca de algo, podendo ser informações úteis já servem de motivo, irei a seguir...
Esperando a resposta, mesmo já tendo se decidido, Louis arruma sua mochila e prepara-se para a viagem, mais uma vez...

Contanto que você não me atrapalhe pensou ela quando ouviu o garoto dizer que ia lhe seguir. Oh sim, ele poderia segui-la, mas definitivamente não ia acompanhá-la.

- A toda a velocidade, por favor, Al. - Ela deu um leve tapinha no torso do animal e se segurou.

@Madson continuação;



- Você fez uma excelente escolha... - falou Phelipe seriamente enquanto via o tigre de cristal se afastar com Zaira. - Não temos pressa.



- Iremos ajudá-lo. - Nora tocou a face de Louis. - Não quero que nos odeie. Me desculpo por não ter lhe avisado que o desafio que lhe aguardava era um tanto perigoso, mas garanto que, no fim, você verá que valeu à pena.



Um vento forte soprou, balançando os cabelos loiros de Phelipe, que flutuava junto de Nora em torno dele.

- Iremos ter aquilo que ela guarda e você terá toda as informações que precisa. Confie em nós.



- Vamos iniciar nossa viagem. Não temos tempo a perder. Aquela garota não poderá ir muito longe, já que não conhece os segredos das Terras Celestiais, mas nós conhecemos. Iremos vencê-la. - Nora pareceu poderosa e decidida em sua afirmação. - Há alguma pergunta que deseja fazer enquanto caminhamos?

Ela sorriu, depois de muito tempo sem fazê-lo.

Louis olhou para os dois e deu de ombros, sorrindo
Que seja, se estou sendo enganado ou não, o que importa é que isso está sendo interessante...
Sem perceber Louis solta uma risadinha...
- Huhuhu...

- Bom, vamos ? creio que vocês sabem para onde exatamente ela foi, e conseguem sentir a presença dos objetos....
Com um olhar pensador para o céu, Louis diz para os dois

- e deixe essa ultima pergunta para depois, pretendo fazê-la quando estiver algo importante que eu queira saber, já que a única pergunta que tenho creio que será respondido quando ambos nós atingirmos nossos objetivos, então não é tão importante eu fazê-la...

Mantendo um sorriso, agora misterioso no rosto, Louis começa a andar, como se o mau humor de alguns instantes atrás fosse apenas um devaneio distante...

- Você conseguiu me deixar curiosa!



- Daqui há pouco seremos nós quem faremos um pacto para obter respostas dele.

Nora e Phelipe trocaram risadinhas enquanto seguiam Louis pelo campo. Ambos flutuando.

A paisagem, aos poucos, foi tornando-se morta e acinzentada. Onde antes havia um campo gélido coberto por matas e grama, agora havia um campo de sal e árvores escuras sem nenhuma folha.



- Você deduz o que seja esse lugar, não? - perguntou Nora com um sorriso. - Estamos novamente percorrendo atalhos.



- Mas não se engane, esse não é o mundo dos mortos...



- É um dos infernos...

Um vento forte soprou sobre eles. O trio havia chegado em frente a um rio verde e borbulhante.



- Droga, detesto rios de ácido! Logo eles vão sentir o cheiro dele.



- Não se preocupa, Phelipe. Louis dará conta.

Mãos pútridas começaram a aparecer lentamente na superfície.

Olhando para os dois, Louis solta uma risadinha... quando a súbita mudança de cenário o deixa curioso...
- Deveras interessante...

Olhando para o rio a frente, Louis acaba por reparar numa coisa
- Por acaso todos os infernos tem um rio-mortal com alguma propriedade misteriosa o cruzando ? todos os espíritos que já invoquei sempre reclamavam de algum rio, várias escrituras citavam rios diferentes... isso é tão curioso...
E Um dos infernos é bem mais interessante que o mundo dos mortos, e eu poderia descobrir algo útil por aqui, como um artefato poderoso, ou... uma armadura mágica, ou informações....

- Agora... creio que você quer dizer que os mortos sentirão meu cheiro e virão em busca de, digamos, vitalidade ? Claro que darei conta deles - Disse Louis, agora meio curioso, meio eufórico, e um pouco em duvida de como atravessaria o rio....

Olhando para as mãos que começaram a sair do rio, Louis pensa alto enquanto retira sua espada da bainha
- Realmente, interessante...

- É exatamente disso que estamos falando, garoto espero. - Nora acariciou a face de Louis com suas unhas longas e decoradas.



- Sobre o rio, responderemos isso mais tarde, assim que você der conta deles.

Três goblins pútridos emergiram do rio ácido. Eles eram verdes, baixos e sobre suas peles havia crateras de onde saída uma fumaça alaranjada visivelmente escaldante. O andar deles era lento e eles caminhavam na direção de Louis, atraídos por seu espírito vívido. Os monstrengos tinham garras amarelas e afiadas, a língua (longa e negra) de cada um deles lambia os lábios distorcidos pelo ácido. Todos pareciam ansiosos para saborear da inesperada refeição.

-
Lá vamos nós, então...
Louis parte em disparada com a espada em mãos para a direita, fazendo uma leve curva e indo direto em direção ao goblin direito, desferindo um rápido golpe nas pernas da criatura, depois recuou alguns metros, se preparando para o próximo ataque..

Espada média - 2d6+2.

O membro 'Lavi-' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd6' : 5, 6

O goblin, ao ser acertado, expeliu uma nuvem de fumaça alaranjada em torno de seu corpo, queimando a pele de Louis antes mesmo de ele recuar. Enquanto isso, os outros dois goblins se aproximavam furiosamente para atacá-lo.

(1d6+3)

O membro 'kyokun' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd6' : 6

9 de dano.

Louis 21 PV.

Spoiler:

- Ouch... que criatura curiosa, e bizarra... acho que devia esperar isso de um ser infernal...
Percebendo que recuar não daria em nada, Louis parte para o mesmo goblin de novo, atacando o pescoço da criatura, depois saltando para frente do Goblin que estava no meio.
(2d6+2)

O membro 'Lavi-' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd6' : 1, 4

Ao ver que seu companheiro fora derrotado, o segundo goblin cravou suas garras em Louis. Enquanto isso o terceiro se aproximava envolvo de uma nuvem tóxica.

_{1d6+2 (garras/mordida)/1d6+3 (nuvem tóxica)}

O membro 'kyokun' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'd6' : 2

--------------------------------

#2 'd6' : 4

11 de dano.

Louis 10 PV.

- Ei ei.. não precisam ficar nervosos, suas coisas...
Colocando grande parte de sua energia restante na lâmina, Louis parte para o goblin do meio, desferindo um golpe rápido em direção à cabeça da criatura, e logo em seguida parte para o goblin que estava na esquerda, desferindo um golpe nas pernas da criatura.

Recuando rapidamente, Louis percebe que está ficando sem energia e percebeu que não teria outra escolha se não achar uma fonte... uma alma...
Foi quando o Goblin desacordado entrou no campo de visão, e Louis partiu em disparada para a criatura.
Me desculpe, mas sou eu ou você, e convenhamos que você já morreu uma vez
Colocando uma mão na cabeça e o polegar no peito do Goblin, Louis começa a concentrar sua energia nesses pontos, atraindo a alma da criatura.
Nesse instante, uma aura avermelhada e branca começam a rodear Louis, seus cabelos vermelhos agora emanam um brilho vermelho vivo sinistro, e seus olhos brilham da mesma cor. Com a alma da criatura fluindo para si Louis sente todo o sofrimento, pesar e dor que o Goblin guardava em sua alma.
Soltando a criatura, agora com uma aparência sem cor e mais morta (se é que isso era possível), Louis fica agachado, claramente cansado - abalado pelo choque de emoções que a alma do goblin trouxe consigo.

Isso é tão.... desgastante...
- Ugh, me arrependi levemente de ter feito isso... pelo menos não ficarei vulnerável se algo mais perigoso aparecer...
Como se 3 Goblins já não tivessem me dando trabalho.
Quanto tenta se levantar, Louis leva imediatamente as mãos à cabeça, por sentir uma pequena pontada de dor decorrente das memórias da criatura.

4PA Usados.
(2d6+2)

O membro 'Lavi-' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd6' : 4, 1, 5, 2, 2, 1

- Parece que esses monstrinhos estão lhe dando um bom trabalho, não é mesmo, Louis-kun?



- Daqui há pouco você terá que começar a se defender, se não quiser morrer...

Os dois globins, exalando fumaça tóxica, se levantaram cambaleando e investiram ferozmente contra Louis, rasgando a pele dele dele com suas garras e presas amarelas.

_{(1d6+2/1d6+2)}

O membro 'kyokun' realizou a seguinte ação: Lançar dados

#1 'd6' : 6

--------------------------------

#2 'd6' : 6

16 de dano.

Spoiler:

Louis percebe a grande falha que havia cometido - estava apenas atacando e sendo atacado, como pode ser tão cego ?
Aproveitando esse instante de lucidez estratégica, Louis conjura uma barreira mágica ao seu redor, criando uma leve camada brilhante que emanava uma aura fria, mortal, a mesma que os espíritos emanavam.

3 PA Gastos, Balanço +2, Mira +0, Magia +3