A Morada do Ancião II

Um templo que se encontra em algum lugar da floresta de bambus ao norte do reino. Dizem que o homem conhecido como O Ancião tem a resposta para todas as perguntas do mundo.

Devia ser cerca de 3 horas da manhã quando os feiticeiros chegaram à Morada do Ancião, o lendário templo situado nas Matas Esquecidas.

Um homem magro de de cabelos negros varria o pátio de pedra quando os avistou.

Mayuri caminhou em direção a eles com a vassoura na mão, e os pronterianos notaram que seus olhos eram completamente negros.

-Aqui que é o templo do famoso ancião certo?? Hahaha *Hyouka pergunta a todos enquanto caminha quando avista o homem portando a vassoura*

Que homem com estilo, seus olhos são cools...mas pode nos gerar problemas... -Pensou Hyouka

-Olá, Nós *Apontando para o grupo* somos da casa Prontera e estamos numa viagem...e tivemos alguns problemas no caminho... Poderiamos passar esta noite aqui no templo? Ah sim me chamo Hyouka, prazer... -Hyouka introduz uma conversa com o diferente homem~

O homem caminhou até o grupo silenciosamente.

- Me desculpem, senhores, mas nesse momento o Ancião já está sendo consultado por outras pessoas. - a voz de Mayuri era serena, baixa, um tanto fria, mas pareceu acolhedora. - De qualquer forma, vocês podem sim descansar no templo, mas temos uma regra. Vocês devem prometer que não dirão uma palavra sequer depois que entrarem lá. O Ancião precisa de grande concentração e aqueles que falam alto acabam ficando de castigo.

Os feiticeiros não souberam se ele estava sendo irônico ou não.

- Eu me chamo Mayuri, também é um prazer conhece-lo, Hyouka. E quanto a vocês todos? Como se chamam?

Azriel estranhou a condição imposta.
- Bem... Meu nome é Azriel. É um prazer conhecê-lo.

Millo segurou a mão de Azriel, como se quisesse lhe avisar alguma coisa.

- Meu nome é Millo.

Ele trocou um olhar com seu mestre, e naquele momento Azriel notou que Millo compartilhava da mesma desconfiança quanto àquela condição.

Com a reação de Millo, as desconfianças de Azriel aumentaram.
- Hm, Mayuri, podemos descansar do lado de fora, para não incomodá-los.

Azriel não conseguia pensar em nada de muito ruim que tal exigência de silêncio poderia causar, mas dependendo da situação, a comunicação entre os membros era essencial. E ele nem sabia que castigo seria aquele. Àquela altura, Azriel não duvidava de mais nada.

- Eu não me sentiria bem de deixá-los aqui fora entregues aos perigos da madrugada enquanto dormem, senhores. - insistiu o homem discretamente. - Não se sintam acanhados. Há espaço para todos no templo.

-Huum está certo... vou conversar um pouco com mais alguns companheiros e já vamos entrar no templo... *Hyouka volta-se para seus companheiros e sussurra* - Que tal eu ir primeiro para ver o que acontece?

Azriel comenta com Hyouka num tom de voz baixo, discretamente:
- Talvez adentrar não nos traga problemas, mas o que não podemos fazer é nos comunicar. Será que isso é possível? E que tipo de castigo seria esse?

- Lunata Vranci, elfa curandeira - Luther espixou a cabeça - E esse é luther, o furão.

- Prazer em conhecê-lo, senhor Mayuri - o furão fez uma reverência com a cabeça.

Há como se comunicar, pensou Lunata.

- Vocês tem algum objeto que contenham cheiro seus ou as tenham pegado recentemente e de pequeno porte?

Lunata vasculhava em seu bolso à procura de uma pedra que ela trazia consigo como lembrança de sua casa.

- Sou o Hikaru. *Hikaru falou e acenou de onde estava para o homem*

- Eu tenho esse pingente na minha roupa, serve? *fala para a Lunata*

- Vejamos... Eu tenho essa fita prendendo o meu cabelo, Lunata. Pode ser?

- Mais que necessário.

Ela pegou sua pedra azul do bolso e mostrou-a na mão.

- Elfos ficam distante de suas casas por longos anos. Nunca me comuniquei com eles enquanto viajava, entretanto todo elfo sabe fazer um dispositivo para se comunicar... - Lunata colocou a outra mão alguns centímetros acima da pedra. - A língua arcaíca serve mais do que ataques mágicos e dons de fala.

Luther enroscou-se no pescoço dela.

- Tem certeza, minha senhora? Gastarás muita magia se fizeste em todos eles.

Lunata olhou a todos.

- Não importo de ficar sem magia por algum tempo, ainda tenho a espada.

- Drovas Musta - Comunicação a distância.

A pedra brilhou em laranja e passou a ser vermelha antes de tornar-se azul. Ela a segurou e colocou próxima a boca.

- Prontera...

O brilho alaranjado voltara.

- És somente uma demonstração. Funcionará melhor se todos tivermos um item receptor e eviante de mensagens escritas. Faladas há riscos de sermos pegos.

-Eu tenho esse brinco aqui... *Hyouka tira um de seus brincos e o entrega para Lunata*

Spoiler:

- Quando se for comunicar com alguém, deve-se dizer Prontera e o nome da pessoa. Tudo com o objeto próximo a boca. Depois aparecerá uma frase em algum lugar em seu objeto.

Ela olhou a todos.

- Melhor demonstrar... - olhou para Hikaru. - Empresta-me seu broche?

- Claro. *Retira o broche e entrega nas mãos de Lunata*

- Obrigada

Pegou o broche e colocou-o sobre a mão e fez o mesmo que com sua pedra.

- Drova Musta

A luz alaranja extinguiu-se e ela entregou o broche.

- Não posso dizer Prontera ao seu broche do mesmo modo que fiz na minha pedra, somente o dono do objeto pode fazer isso.

Ela ergueu a pedra ao alcançe da boca.

- Prontera... Hikaru... Técnica de comunicação passada de geração a geração - Ela olhou-o - Que diz no broche?

Mayuri ficara um tanto curioso com os cochichos do grupo, mas aquilo não era o suficiente para preocupá-lo.

- Não quero ser indelicado, mas já está tarde da noite. O templo devia ter sido trancado há três horas, mas só agora terminei de fazer toda a limpeza. Por favor, me acompanhem até a porta dos fundos, os levarei até o quarto onde ficarão.

Antes mesmo de ter a resposta dos feiticeiros, Mayuri caminhou pela estrada de pedra em direção ao templo.

- Diz "Técnica de comunicação passada de geração a geração". *Hikaru fala apos ver a frase* Mas ainda assim teremos de falar ao usar isso e segundo ele não podemos dar uma palavra lá dentro. *Hikaru ouve Mayuri falar e vê ele se afastando*

- Ele já está indo, temos de agir rápido, o que realmente faremos?

- Seguiromo-no. Já temos um meio de ocmunicação. Não precisas dizer alto, apenas susurre.

Ela via ele andando.

- Dê-me seus objetos. Farei um meio de comunicação, enquanto seguimos caminho.

- Agora que Lunata nos ensinou a fazer, vamos ficar com nossos pertences e utilizar esse recurso somente se precisarmos nos comunicar realmente. Enquanto não for necessário, vamos evitar, mas se for, teremos que arriscar.

E atendendo ao pedido de Lunata, entregou-lhe a fita de cabelo, enquanto caminhava na mesma direção de Mayuri.

- Entendi. *Hikaru segue seus companheiros* Posso ficar com o meu então? Você já fez no meu broche.

-Está bem então~~

*Hyouka entrega o brinco e começa a andar*

Mayuri abriu a porta shoji dos fundos do templo para que os visitantes entrassem. No papel de arroz entre os bambus que montavam a estrutura da tradicional entrada celestial, Lunata pôde ler a palavra "Silêncio" escrita em élfico antigo.

O chão era coberto por tatame e nas paredes havia desenhos de borboletas e flores.

Mayuri, antes que entrassem, pediu que retirassem os calçados. Para reforçar a regra dita anteriormente, o homem de kimono colocou o dedo entre os lábios em sinal de silêncio.