A Morada do Ancião II

Azriel, que estava um pouco tenso olhando o buraco retangular na parede enquanto pensava no que perguntaria ao Ancião, desviou seu olhar para observar Millo que estava se despindo. A visão que teve o interessou bastante.

- É, você tem razão, Millo. Já que estamos aqui, por que não descansamos, não é?

Azriel sentou-se na cama onde estava deitado e retirou suas botas. Em seguida, levantou-se, retirou o colete que vestia e logo em seguida sua camisa.
Caminhou até a cama onde Millo estava, sentando-se no final dela. Pegou os pés do companheiro, fazendo menção de massageá-los.

- Posso?

*Hikaru mantinha-se pensativo sobre o que perguntaria ao ancião, mas decidiu não se preocupar mais, seja o que fosse deveria ser util.*

*Voltando um pouco a si nota Millo se despindo e se deitando em seguida o mestre Azriel fazendo o mesmo e sentando na fim da cama de Millo prestes a massagear seus pés.*

- Todos já estão à vontade, acho que também vou descansar...

*Hikaru também retira seu casaco, suas botas e a calça, ficando apenas com uma camiseta e as roupas de baixo. Aproxima-se de uma cama, se joga sobre ela e depois se cobre com um cobertor.*

Millo puxou os pés das mãos de Azriel.

- Não. - respondeu ele, virando-se de costas e afundando a cabeça em um dos macios travesseiros. - Prefiro que me massageie nas costas, mestre, estou acostumado com caminhadas, está tudo bem com meus pés. Por favor, suba encima de mim.

O conselheiro olhava de relance para Azriel, esperando que seu pedido não tivesse soado como uma ordem rude.

Azriel sorriu para o companheiro que o olhava de relance. Atendendo ao pedido, subiu em cima de Millo, sentando-se sobre suas nádegas.
Antes de começar, alisou suas costas para senti-lo, iniciando logo em seguida a massagem com movimentos firmes nos ombros, no dorso e na altura de sua cintura.

- Você gosta assim?

- Um pouco mais em baixo. - pediu ele com a voz rouca, parecia estar anestesiado pelo prazer que a massagem lhe proporcionava.

Azriel sentia uma enorme satisfação ao aplicar-lhe aquela massagem. Ao ouvir a resposta de Millo, disse, sorriu e começou a concentrar os movimentos em sua cintura, descendo um pouco mais as mãos vez ou outra, tocando o relevo que a roupa íntima de Millo cobria.

Azriel notou que a pele de Millo estava quente e seus pelos quase inexistentes levemente arrepiados. O conselheiro abriu as coxas devagar para que seu mestre pudesse se posicionar melhor entre elas, então relaxou, deixando que as mãos dele deslizassem por sua pele alva.

- Senhora - chamou Luther - Sente-se bem em meio a eles?

Lunata riu. Luther ainda não estava acostumado com seus amigos mesmo depois de tanto tempo.

- Vá, andes pela silenciosa noite e traga-me notícias daquele Ancião.

Luther desceu e correu até a janela.

- Precisam de alguma loção para a massagem? - perguntou, olhando seus amigos. - Tenho umas aromáticas aqui e outras mais... afrodisiácas.

Ela conteu um riso e apenas sorriu.

Azriel assim o fez, posicionando-se bem entre suas coxas, sem parar a massagem. O toque com a pele de Millo era agradável, e a forma como estava posicionado sobre o corpo do outro o deixava excitado.
Ao ouvir a pergunta de Lunata, lembrou-se de que não estavam a sós no quarto para que pudessem ir muito adiante:

- Bem, Lunata... -- Azriel sorriu -- Bem que eu gostaria, mas quem sabe numa outra oportunidade. Obrigado, não deixarei de consultá-la a respeito das loções numa próxima vez. -- Azriel riu da situação.

Continuou se concentrando na massagem que estava fazendo, procurando conter a excitação que sentia por estar naquela posição.

*Hikaru não resistiu à tentação da cama macia e quentinha, em pouco tempo logo estava sonolento e começando a pegar no sono, pensava consigo mesmo que deveria descansar um pouco e recuperar energias. Então pegou no sono feito um bebê.*

- Eu gostaria de algo afrodisíaco. - disse Millo com uma voz sussurrante enquanto virava o rosto lentamente para a direção de Lunata. A elfa notou que os olhos dele estavam sem foco, como se o conselheiro estivesse entrando em transe. Ela também notou que o rosto de Millo estava um tanto rosado e seu olhar carregava um brilho avermelhado que não era de seu costume.

O feiticeiro abriu ainda mais as pernas, empinando sutilmente as nádegas para que Azriel pudesse se posicionar melhor sobre elas.

Naquele momento Lunata notou um sorriso levemente diabólico no sorriso do conselheiro do Líder, mas Luther voltou à tempo de desconcentrá-la daquela cena. O furão lhe trouxe a notícia de que o Ancião cobraria um preço muito alto pela consulta com Hyouka. Algo grande estava para acontecer com o fantasma.

Naquelas condições, Azriel estava prestes a perder o controle diante de todos, e por um momento fez menção de retirar a roupa de baixo de Millo para que pudesse iniciar o ato sexual, mas deteve-se, cerrando os olhos e inspirando.
Suas mãos, que estavam sobre as nádegas do conselheiro líder, agora deslizavam por suas costas até que alcançassem os ombros de Millo. Azriel inclinou seu corpo até deitar-se sobre o outro, e com uma das mãos, segurou o rosto do conselheiro. Após um longo suspiro para que pudesse raciocinar, Azriel sussurrou em seu ouvido:

- Acalme-se, não estamos sozinhos... -- riu brevemente.

Com o corpo ainda sobre Millo, Azriel passou uma das mãos sobre seus cabelos. Em seguida, beijou suas costas, dizendo num tom de voz baixo:

- E pensar que eu já estive prestes a matá-lo, e que esse seu belo corpo já fora o corpo de um dragão que quase me matou. E pensar ainda que agora há pouco eu estive prestes a cometer uma loucura em tais circunstâncias... Millo, você é mesmo minha perdição...

Lunata não respondeu a Millo, pois percebera o que viria logo a seguir. Levantou-se e viu Luther.

- Luther.

O furão correu até ela e enrolou-se no pescoço dela.

- Trago-lhe notícias, senhora - o furão aproximou-se do ouvido de sua dona. - Hyouka não estará bem com o Ancião. Este pretende cobrar muito caro pela consulta.

Lunata desviou o olhar da parede para a janela.

- Creio que não será agradável a ele. Hyouka é forte, mas muito precipitado e fácil de ler. Mesmo ele sendo um fantasma, qualquer pessoa com conhecimento ou criatura pode expurgar a alma dele - suspirou e olhou para fora. - Devemos nos preparar.

Ao ouvir as palavras de Azriel, Millo soltou uma risada engasgada e assustadora.

- Beije-me... - pediu ele com um sussurro, sua voz estava ainda mais rouca e Lunata pôde ver que o rosto do conselheiro também se tornara ainda mais rosado. Os olhos eram de um vermelho muito claro e vívido. Azriel não podia perceber, mas sobre os dois um grande kimono prateado e translúcido pairava como uma assombração. - Mate-me...

Millo apertou com força as coxas de seu mestre, que agora envolviam as suas, arranhando-as suavemente com as unhas.

- Entre...

O kimono prateado começou a descer na direção dos dois.

Azriel estava perdido em desejos e parecia fora de si. Ouviu aquelas palavras de Millo sem compreender o significado do que ele queria dizer.
Beijá-lo... Matá-lo...?
Começou a suar e parecia tentar resistir.
Não posso... Não posso....

Num impulso, resistiu à tentação e afastou-se de Millo, tomando uma certa distância na cama. Ficou a observá-lo, ofegante.

O corpo de Millo começou a erguer-se sozinho na cama, como se um fio invisível o estivesse puxando. Sobre suas costas nuas, Azriel avistou o kimono prateado e translúcido.

Azriel ficou espantado diante da cena:

- O quê..? Millo!

Lançando-se sobre ele, Azriel o segurou, visando jogar-se com ele no chão, numa tentativa de evitar o que quer que o kimono pudesse fazer.

Quando ambos chocaram-se contra o chão de madeira do templo, Azriel notou que o corpo de Millo estava mole como um cadáver e seus olhos estavam vermelhos em toda a sua extensão. No momento em que o conselheiro os piscou, lágrimas de sangue escorreram por sua face.

O kimono lentamente descia até eles, dançando pelo ar como uma água-viva.

Os objetos de metal que decoravam o quarto começaram a balançar.

Azriel se espantou ao ver como o conselheiro estava.

- Millo... Millo... Millo! -- insistia ele, estapeando seu rosto levemente.

Azriel o abraçou:

- Droga, por que isso está acontecendo?

Em seguida, repousou o corpo de Millo no chão. Virou-se para o kimono e sacou uma de suas facas pequenas. Desferiu um golpe para ver se poderia rasgá-lo, e para saber melhor que tipo de kimono era aquele.

Faca pequena (1d6), Balanço + 2.

O membro 'TiNoSa' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd6' : 6

A faca atravessou o kimono, ficando-se na parede logo atrás da figura fantasmagórica. Azriel percebeu que por pouco a faca não atingira um quadro que retratava uma gueixa nua de longos cabelos negros.

A vestimenta flutuante mais uma vez investiu contra o corpo de Millo, que tocou o rosto de Azriel, sorrindo diabolicamente.

- Beije-me, Azriel...

Os dedos do conselheiro desceram pelo abdômen de seu mestre até conseguirem alcançar suas intimidades.

Quando Hyouka chegou ao quarto, deparou-se com uma estranha cena. Millo e Azriel estavam agarrados um ao outro no chão, parecendo sensualmente envolvidos. Sobre Millo estava um kimono (prateado e translúcido) flutuante que movia-se como uma água viva. Na parede estava um quadro do qual ele não se lembrava claramente. Era o retrato de uma gueixa nua que escondia parte do rosto com um leque.

Hyouka chega ao quarto ao lado com dificuldade pois havia trobado e batido várias vezes os baços e pernas nas paredes, e ao chegar bateu o ombro na porta..

-Aii como me esqueci que era tão dificil ser físico?? *Neste momento Hyouka vê a cena de Azriel e Millo agarrados onde Millo está com as mãos num lugar não muito cool.

-MAS O QUE È.. e ele olha o kimono e o quadro e já muda a frase para todos - Isso é um fantasma! Ou pelo menos algo não normal, Haha Maldito coelho!

*Hyouka pega sua twin blade e ataca o quadro da gueixa Sorrindo*

Ao correr em direção ao quadro hyouka tropeça no chão 2 vezes, cai de cara no chão e após isso já meio desanimado dá um pulo e continua seu ataque...
Twin Daggers (Médio)/ 2d6+3

O membro 'Hyoukasuigetsu' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'd6' : 6, 5

Azriel estremeceu com o toque. Era como se os sentimentos daquele momento de excitação estivessem voltando. Sua respiração estava ofegante, seus corpos e rostos estavam muito próximos.

- Millo... -- sua mão deslizou pelo rosto do conselheiro, e seu rosto se aproximou mais ainda do dele. -- Eu não vou lhe negar esse pedido, mas até lá, sobreviva!

Azriel se revantou rapidamente com Millo no colo. Avistando Hyouka, alertou-o:

- Cuidado, há algo de errado aqui!

Viu Hyouka atacando o quadro e naquele momento as coisas fizeram mais sentido.
Seria o kimono a roupa da gueixa nua? Como não pensei nisso?

- Hyouka, você chegou na hora certa!

Azriel correu com Millo até o outro canto do quarto, para se afastarem do kimono. Ele o colocou no chão, e em seguida, sacou seu arco, pegou uma flecha e mirou no quadro.

Arco-e-flecha médio (2d6), Mira +3.