A Morada do Ancião II

Antes que Naoko pudesse responder, Azriel adentrou o quarto.

- Olha só o que temos aqui! O garoto que me despertou!

O espírito de Naoko flutuou até o Líder da Casa Prontera.

- Você é dos meus. - disse ela sorrindo maliciosamente. - Senti o cheiro de suas más intenções assim que você colocou os pés neste quarto, que por um acaso é meu!

Naoko começou a brincar com os longos fios de cabelos dele.

Azriel surpreendeu-se com o espírito de Naoko abordando-o.

- Mas intenções, é...? -- Olhou para baixo com um olhar desolado. Sabia que tinha culpa na confusão de até então.

Hyouka percebeu o lado obscuro e cabsbaixo de seu Líder - Lord Azriel! Como foi? O que aconteceu??? Qual foi o seu preço?? - Hyouka pergunta furtivamente dando alguns passos para frente saindo de perto da parede.

Azriel continuou cabisbaixo. Seus cabelos lhe cobriam os olhos.
Erguendo lentamente a cabeça e inclinando-a na direção de Hyouka, Azriel diz a ele:

- Você poderia ver se Millo está bem?

Em seguida, vira-se para Naoko, olhando-a nos olhos.

- Seu quarto... Agora compreendo a atmosfera erótica que tomou conta dele instantes atrás. -- Azriel começou a rondar a gueixa.

-Está bem eu vejo.

Hyouka anda para o canto do quarto onde está Hikaru deitado no chão, já sem os metáis que o prendiam e o cobertor com Millo em baixo. Ao se aproximar Hyouka tira o cobertor de cima de Millo e observa ele ainda desacordado e dá alguns tapas na cara de Millo. Hyouka ao ver a preocupação de seu mestre e a falta de reação de Millo vê seu pulso...

*Hikaru acorda meio atordoado, sempre teve um sono profundo e custou a acordar facilmente. Mas se sentia estranho, e não entendia o fato de estar tão longe da cama e ainda por cima no chão.*

- O que está haven... *Hikaru percebe que junto ao seu mentre ha uma mulher muito bonita e que aparentemente não estava mais viva*

- Quem é essa moça bonita?

Quando Naoko escutou a voz de Hikaru, virou-se imediatamente para ele, ignorando os outros rapazes.

- Own! Que garotinho gentil que vocês trouxeram com vocês!

Ela se aproximou do jovem e abraçou-o por trás, apertando-o com força.

- Hm!! Que gracinha!! Como eu queria que você fosse uns 10 anos mais velho!

Naoko começou a alisar o abdômen de Hikaru.

- Me chamo Naoko e terei prazer em ser sua primeira...

Ela soltou uma risadinha malévola.



- TIRA A MÃO DE MIM! - gritou Millo quando foi tocado por Hyouka. Em seguida voltou a desmaiar.

Que mulher estranha... - Pensou Azriel, ao ver Naoko se dirigindo em direção a Hikaru. Pelo menos, Azriel viu que Hikaru estava bem, só não conseguia imaginar o desfecho que aquela história iria tomar. De qualquer forma, era algo a ser decidido pelo menino, e ele sentiu que não tinha o direito de interferir em suas decisões.

Azriel ouviu Millo gritando e desmaiando novamente. Agradeceu Hyouka por ter visto como ele estava, e dirigiu-se ao conselheiro:

- Millo... Consegue me ouvir?

*Hikaru se surpreendeu quando a moça se dirigiu até ele e o abraçou por trás. Instintivamente ele acionou todos os alertas da sua mente e do seu corpo, mas quando a mulher começou a tocar seu corpo ele sentiu algo que não havia sentido antes, ninguém jamais o havia tocado daquela maneira. Era uma sensação estranha para ele, mas ao mesmo tempo boa. Ele queria se livrar dos braços da mulher, mas seu corpo não queria o mesmo.*

Millo abriu os olhos e segurou a mão de Azriel, soltando-a logo em seguida, parecia fraco demais para continuar a segurá-la. Os olhos dele voltaram a se fechar.



Naoko sentiu o calor do corpo de Hikaru.

- Ohh! Você está me surpreendendo, garotinho! - ela jogou-o na cama e começou a despir-se do quimono que vestia, deixando o ombro nu. Hikaru também foi capaz de ver a parte superior de seu seio. - Eu vou te mostrar, garotinho, eu vou te mostrar como se faz.

De dentro do tecido saiu uma borboleta negra que voou pela sala enquanto Naoko deitava-se sobre Hikaru.

*Hikaru corou, suas pequenas bochechas estavam mais quentes que nunca. Ele nunca havia sentido o calor do corpo de um outra pessoa sobre o seu daquela maneira. Sua mente lhe dizia que deveria parar, mas como em toda criança, a curiosidade falava mais alto e ele queria descobrir os segredos que os adultos guardavam. Então deixou-se levar e entregou o seu corpo*

Naoko abaixou o outro lado do quimono, deixando os dois ombros nus. Três borboletas negras saíram da brecha aberta entre seus seios, que por pouco não estavam à mostra.

- Você está preparado para dizer adeus à inocência? - perguntou ela sussurrante ao se aproximar do rosto dele.

Azriel queria conversar com Millo, mas percebeu que ele não parecia muito bem. Então ficou ao seu lado para ver quando o conselheiro acordaria.
O que acontecia entre Naoko e Hikaru não o deixava constrangido, e Azriel permaneceu no quarto com naturalidade. Estava um pouco cansado pelos últimos acontecimentos e ficou ao lado de Millo aguardando o momento em que Naoko daria-se por satisfeita. Como Hikaru não fazia resistência, ficou menos preocupado.
Enquanto isso, ficou a observar as borboletas negras.

*Hikaru corou mais ainda*

- Estou mesmo pronto para isso? *Pensava ela atordoado*

*Então ele tocou o rosto de Naoko com uma de suas mãos*

- Estou... *sussurrou fechando os olhos*

- Bom menino. - Naoko segurou a delicada mão de Hikaru com a sua própria.

Enquanto isso, uma das borboletas posou no rosto de Azriel. Ao sentir o contato das patas negras de inseto encostando em sua pele, o Líder de Prontera sentiu-se um pouco desconfortável, parecia estar tendo uma leve crise respiratória, como se a borboleta estivesse sugando seu ar.

- Eu vou te mostrar tudo aquilo que o que os garotos sempre sonham em ver...

Naoko abaixou o quimono até a cintura, revelando guardar mais umas trinta borboletas sob suas vestes, estas saíram voando pelo quarto enquanto a gueixa se debruçava parcialmente nua sobre o pequeno corpo de Hikaru.

Azriel, ao sentir o desconforto, pegou cuidadosamente pelas asas a borboleta que pousara sobre seu rosto, soltando-a. Ficou observando as outras tantas que voavam pelo quarto.

*Hikaru não sabia o que fazer, nunca havia passado por algo assim antes, o fato das borboletas estarem saindo não o chamou muita atenção. Ele estava hipnotizado pela gueixa. Então decidiu tocar o corpo da gueixa com suas mãozinhas.*

A gueixa continuou a se despir, ficando completamente nua. Mais borboletas saíram de suas roupas e todas juntas deviam formar um bando de aproximadamente cem delas.

- Agora repita comigo... - Naoko tinha o indicador sob o queijo de Hikaru, erguendo-o em sua direção. - Beije-me... mate-me...

As borboletas começaram a voar em torno do feiticeiro. Quando Naoko o beijou, todas posaram sobre o corpo dele.

*Hikaru então recebeu seu primeiro beijo de paixão e concluiu que aquilo era bom, mas logo depois sentiu várias coisas tocar sua pele, quando recobrou a consciência estava coberto por borboletas negras. Então afastou seu rosto de perto da gueixa e tentou se livrar dos animais.*

Hyouka que observara tudo sem intervir *Coisa que raramente acontece* recobrou-se do susto que havia levado com o berro de Millo, mas algo lhe chamou a atenção e sussurou a Azriel que estava perto - Lord. . . Se Hikaru não demonstra resistencia não intervirei, mas aquele "Beije-me, mate-me" Não é algo bom. . . Se Hikaru começar a falar isso intervirei. - Diz Hyouka no instante que começa a dar outros tapas na cara de Millo resmungando algo como -Se você pôde se levantar para reclamar, se levante normalmente também

Azriel ouvia Hyouka com atenção:

- Tem razão. Quando Millo estava prestes a ser possuído, ele disse a mesma coisa. Mas pode ser que a situação seja diferente agora, já que Naoko está presente e é ela quem está dizendo essas palavras. Mas é melhor ficarmos atentos, sim.

E ao observar Hyouka estapeando Millo, Azriel segura sua mão:

- Não há necessidade, ele parece estar fraco. Pode ser por causa do kimono que o perseguia. Estou esperando ele acordar.

Depois do doce e ardente beijo, Hikaru se sentiu sem fôlego, literalmente, estava sufocando, não conseguia respirar. Borboletas pretas voavam aos montes à sua volta e muitas delas pousavam sobre seu corpo enquanto os lábios quentes de Naoko deslizavam por seu pescoço.



Millo não abriu os olhos, mas disse:

- Deitem-me na cama, não consigo me levantar.

Azriel pegou Millo e o colocou numa das camas.
Vendo a quantidade de borboletas que pousavam em Hikaru, e lembrando-se do desconforto que uma delas lhe causara, Azriel pensou que Hikaru poderia não estar se sentindo bem, e decidiu intervir, aproximando-se dos dois enquanto afastava as borboletas.

- Não era minha intenção atrapalhá-los, mas acho que ele não está se sentindo bem.

Azriel retirava as borboletas do menino e em seguida segurou seu rosto:

- Ei, Hikaru, como está se sentindo? Essas borboletas não estão lhe fazendo mal?

Hyouka vendo que não há o que fazer, senta e observa a cena, sendo agora um mortal ainda estava meio perdido no mundo.

As borboletas continuaram posadas sobre o corpo de Hikaru, que não conseguia nem gritar devido ao imenso sufoco que sentia. Sua face estava completamente coberto pelos insetos, o que impedia Azriel de ver a expressão de terror estampada no rosto do pequeno garoto.

- Deixe-nos à sós. - pediu Naoko num tom levemente ríspido. - Eu não lhe atrapalhei quando foi a sua vez.

Naoko segurou o pescoço de Hikaru com as duas mãos e começou a pressionar os dedos contra a pele dele.