A Fonte da Juventude

Lunata emergiu e viu tudo ao seu redor. Ela havia segurado seu furão de todas as formas possíveis. Ficou aliviada em vê-lo bem, mesmo estando encharcado.

Ela riu quando Hyouka demonstrou seu humor. Pensara que todos estariam mortos depois de passar pelos planos.

Lunata aproximou-se de seus amigos e escorou-se em Hikaru.

- Acho que estão todos bem - ela sorriu para eles. - Onde estamos exatamente? Só lembro de estar chegando perto de vocês e algo me puxou. Quase perdi meu furão nesse meio tempo.

Metzli despertou um pouco assustada, até um tempo atrás ela estava tentando se livrar de ser executada juntamente de Xia e Yasuo. Ela não conseguiu entender nada, apenas calmamente foi para cima e saiu de lá.

Bem, não conheço estas pessoas... Acho que vou ficar um tempo aqui.

Metzli acabou se lembrando também de Maverick, que estava mantendo contato com ela pela mente.

O que será que aconteceu com aqueles três?

Metzli ficou olhando ao seu redor, tentando encontrar uma explicação.

Nossa, olha para a minha roupa. Ela está horrível!

Nisso, Metzli permaneceu em uma distância razoável dos outros.

Maverick estava na cozinha da grande fortaleza quando foi teletransportado para um lugar que ele não conhecia, rapidamente ele mudou sua cor, ficando em sua forma humana.

O Licantropo percebeu que tinha varias pessoa ali, mas não ligou muito, olhou ao redor e para cima e se perguntou o pq aquele lugar era tão roxo...

Ele olhou de novo para as pessoas presentes e não conhecia ninguém... A não ser... Não podia ser... Maverick começou a ficar um tanto quanto nervoso ao que mebros de Valentine, que ele conhecia de "longa" data, estavam ali... Não seria boa coisa ficar nesse lugar por muito tempo, pensou o réptil.

Nisso ele acaba encontrando Metzli e esperando que ela saiba de algo fala:

- Vampira, o que estamos fazendo aqui? -

Quando Maverick falou com Metzli, ela gelou de susto, estava tão concentrada em seus pensamentos e em sua roupa zoada que não havia percebido ele se aproximando.

- Erhn, não sei... - respondeu, se livrando do susto.

- Ah, você por acaso viu por aí um cara todo enfaixado?

"Fui eu quem os trouxe até aqui" Disse Shiki, alto o suficiente para que apenas aqueles que o cercavam escutassem.

"Aparentemente, eu me tornei a coisa mais poderosa entre todos nós, feiticeiros." Continuou ele "E no processo, acabei trazendo-os para cá. Não sei lhes explicar o que é este lugar exatamente, mas vocês logo vão entender.."

Após muito tempo calado por estar admirando o novo lugar para o qual foi abduzido. O vampiro finalmente disse algo, ao responder Hatsuko:

- Hmmm, isso aqui parece uma reunião de exilados e devido à isso, temos um objetivo comum, derrotar o Rei Celestial...
.
.
.
- Então não fará mal conversar com eles...
.
.
.
- Só que não estou interessado em conversar, pretendo interagir com eles, somente na hora de chutar a bunda do Rei Celestial. *disse, analisando a situação e logo em seguida tentando escapar da "socialização", por ter dificuldade com essas coisas, fato que ficou nitido em seu rosto desconfiado tentando ser legal, quando na verdade tava só sendo timido*

-Ola, Acheflour. Somos da casa Prontera, sou Hyouka e esses são Azriel, o líder da casa, Hikaru o nosso mascote e a Elfa Lunata, com seu furão Luther. E aquele.... *Hyouka para ao ver que Shiki ja havia se apresentado*

Spoiler:

- Eros, não se afaste de nós - disse Hatsuko - Não sabemos se é seguro andar por aqui!

Soltando-se das mãos dos amados, Hatsuko colocou a mão nos ombros do vampiro, impedindo-o de partir. Já não tinha mais medo de tocá-lo.

- Se não for seguro, basta eu pôr o perigo para dormir eternamente...
.
.
.
- E tipo...
.
.
.
- Eu não disse que ia embora. *disse, tentando dizer algo a mais, porém não soube o quê e se calou olhando para o céu*

- De qualquer modo, precisamos de você por perto - insistiu - Nem te agradeci por seus favores...

E calou-se. Não sabia mais o que falar praquele homem e controlava-se ao máximo pra não tremer de frio, afinal, ainda estava encharcada pela água da fonte.

- Acho que você já me conhece... quer dizer... todos vocês...

Lorde Mümn, ao topo da rocha que se salientava em frente ao lago, virou-se lentamente para encarar Zaira.

- Acabou sendo mais rápido e mais fácil do que eu imaginei. Aqui estão todos vocês, graças ao ser patético que os empurrou à força até a toca do monstro. - ele riu com satisfação, fazia semanas que sequer sorria - Nunca imaginei que poderia ser tão grato a um ser pseudonatural.

O lorde tirou de dentro das vestes um colar já conhecido pela fantasma, Os Olhos do Destino.

- Venha... - sussurrou ele às pérolas. - ... todos já estão aqui embaixo. Chegou a hora da cerimônia de criação de deuses.


Da escuridão além da cúpula, uma mancha esférica de tamanho enorme desceu lentamente em direção à rocha. Lunata, Hyouka, Azriel, Hikaru e Shiki imediatamente a reconheceram como o orbe de trevas invocado pelo Samurai.



- AZRIEL! - Millo suspirou com a voz levemente rouca, deixando-se cair nos braços dele ao desprender-se dos cristais. - VOCÊ ESTÁ VIVO!

O conselheiro não se deu o trabalho de responder as perguntas do líder com palavras, apenas apertou-o com força, transpassando toda a emoção que sentia ao reencontrá-lo. O corpo de Millo agora era quente e cheio de vida, o que tornava a textura macia de sua pele muito agradável ao toque.



Lolita emergiu com o mesmo sorriso que estava antes. Notando a preocupação de Urbi, ela falou:

- Não seja boba! Eu não preciso respirar!

As duas se encontravam na margem pedregosa abaixo da rocha onde Zaira conversava com o homem desconhecido. Acima da cabeça delas, uma gigantesca esfera negra pairou, descendo cada vez mais em direção às pedras.

- AAAAAAAAAAAH!!!!! O QUE É ISSO???



- HATSUKO! - Lief correu até ela quando percebeu a chegada do orbe negro flutuante. - OLHE AQUILO!



- Oh não... - Myul caminhou até a sulfure analisando a criatura que se aproximava - ... uma mancha umbral...

Ele voltou a segurar a mão dela.

- Temos que ficar unidos. - olhando para Lief, ele disse: - Você também, não saia de perto de nós.

E da mesma maneira, segurou a mão dele.

A bola de escuridão, com uma estridente voz que soava como um coro fúnebre, disse a todos:

- Cerimônia de o que...? - gritou Hatsuko - Myul, o que está acontecendo?

Ela apertou a mão dos dois amados, procurando conforto em seu desespero.

Criação dos deuses? Como assim? Eles foram destruídos... Pai, mãe, socorro...

Metzli caminhou até Maverick e se abraçou a ele.

Continuou calada, apenas observando.

-Ai droga...Aquilo denovo. -Neste instante Hyouka ouve a voz- O que? Aquilo Fala!? Mas criação dos Deuses? Isto significa que seremos usados?... Tsc *Hyouka observa a Bola Negra, atentamente*

Azriel também abraçou Millo com força, sentindo saudade daquele corpo e ao mesmo tempo sentindo que boa parte de suas preocupações haviam sumido.
- Sim, estou vivo. Eu precisava sobreviver para trazê-lo de volta. Mas você já está aqui. Ainda não entendo bem o que está havendo, mas estou muito feliz. Agora estamos juntos novamente. - disse Azriel, enquanto o afagava. - Estamos todos juntos agora... - Enquanto abraçava Millo, Azriel teve sua fala interrompida ao reconhecer a esfera negra que se aproximava.

Segurou o conselheiro, preocupado, e ouviu as palavras do orbe das trevas.
"Cerimônia de criação dos deuses... Estou com um mal pressentimento em relação a isso... Sinto que aquele pesadelo ainda não acabou", pensou Azriel, aflito, enquanto encarava os outros companheiros pronterianos.

- Humanos criando Deuses, parece interessante...
.
.
.
- E essa bola preta que vai criar eles?...
.
.
.
- Vou chamá-la de GANTZ, como sigla para Grandes Armas Nos Temos Zolha, *e assim tirou de suas proprias vestes, uma garrafa de vinho e se pos a beber enquanto admirava o iminente "show" (assim como chamaria a tal cerimônia)*

Shiki fitou a esfera.

"Não se preocupem, pronterianos. Não há nada que vocês possam fazer a respeito do que virá a seguir." Afirmou ele. Apesar de também não estar certo do que se sucederia, pelo menos disso ele tinha certeza.

Sherazade empalideceu quando percebeu que aquele homem era Lord Mümn. Uma pessoa ingênua ficaria surpresa por ele estar vivo, mas ela sabia que não era bem assim. No entanto um explicação lhe atingiu como um balde de água fria. A procura dele pelos feiticeiros, a explicação de matar o Rei Celestial, o boato... Ela começou a juntar as peças. Na verdade, eles, os exilados não tinham nenhum motivo plausível para matar o Rei Celestial, pois como Vizier havia dito não deveria acreditar em boatos. Mas do nada aconteceu uma guerra, uma guerra que deu-lhes motivos suficiente para aspirarem a morte do Rei Celestial.

Lembrou-se das palavras de Niang que sua divindade não faria algo assim, que tudo estava errado, os próprios celestinos sabiam que havia algo errado e foram atrás de respostas.

No final... - Era tudo uma armadilha não é? - Perguntou ela olhando Lord Mümn com um brilho fatal nos olhos. - Você e o seu Rei que são os verdadeiros inimigos. - Incriminou, ela ignorou a esfera negra acima deles, ela queria saber a verdade de Lord Mümn. - Ou estou errada? - Questionou -lhe.

Era lastimável sacrificar tantas pessoas inocentes para obter poder. Para que ele queriam criar novos deuses? Deuses tiranos como antes? Eles, os exilados, eram os alvos, pois ele foram a cria dos deuses, seus fragmentos residiriam nele. Claro, todo o rei tem um exercito digno ao seu comando, e esse rei seria o Rei de Shandrya e seu exercito seria os novos deuses. Ele criaria deuses para ele governar, obviamente, depois de se certificar de ser mais forte que todos, tornando-se um deus supremo, o que ele sempre aspirou, mas implantou a ideia de que era o Rei Celestial que desejava isso. Era uma teoria, mas poderia ser muito bem a verdade.

Mais uma vez Hikaru se encontrava com o seu antigo mestre, não era algo que ele gostava que acontecesse, afinal isso trazia lembranças de coisas que se arrepende de ter feito no passado. Porém a situação agora era diferente, muito mais critica, algo estava para acontecer, algo muito importante e perigoso e o pior de tudo, ele não fazia ideia sobre nada, o que servia para deixa-lo mais assustado.

-Estou muito confuso agora, tudo acontece muito rapidamente. - Hikaru pensava em voz alta.

- Seja lá o que for acontecer, eu não posso morrer, não ainda... Preciso descobrir mais sobre o meu passado...- Disse para si mesmo.

Spoiler:

- Bem - começou Luanta - Lá vamos nós de novo. Sinto que não fomos trazidos aqui por mero acaso. E essa cerimônia não parece-me ser boa coisa.

Luther desceu e enrouscou-se em seu pés. Ele levantou o focinho e farejou. Se Lunata não o conhecesse, perguntaria qual a diferença em farejar do alto ou do chão.

- Armadilha... - dizia o furão - todos os lugares para que fomos tinha armadilhas. Esse também deve conter.

Lunata pegou seu furão nos braços e o abraçou. Pensara que fossem morrer.

Maverick respondeu não ter visto a pessoa que Metzli procurava, e nem se importou muito com a pergunta, pois estava intrigado com o que estava acontecendo.

O Licantropo reconheceu a voz de Lord Mümn de algumas visões que ele teve, mas aquele papo de Deuses ainda não fazia sentido.

Maverick começou a ficar vermelho quando Metzli o abraçou e com a voz tremula perguntou:

- O---o---o que foi... ? -

- Nada, apenas quis te abraçar. Você continua fofinho, Maverick. - Respondeu sorrindo e passando a mão nos cabelos de Maverick.

Ao olhar para os rostos amedrontados e desconfiados das pessoas, Faulkner começou a desconfiar também, pensando consigo mesmo:

- Ok, tô começando a cogitar o fato de que, vamos morrer e Gantz vai nos usar em pról de um objetivo doentio...
.
.
.
- Morrer dói pakas e só gosto de ser usado em Haréns...
.
.
.
- Vou botar botar o Lorde MünmRá pra dormir e encerrar esse show...

Mas antes de fazê-lo, a criatura sugadora de sangue se virou e perguntou para Hatsuko:

- Quais são os ingredientes para criar um Deus?

- Não faço a mínima ideia... Ou melhor, faço, mas a resposta não me agrada... - fez uma pausa - Não agrada a nenhum de nós... Pense: onde estão os fragmentos dos deuses? Como acha que eles se reconstroem?

Hatsuko engoliu em seco e indicou com a cabeça todos os feiticeiros, pra enfim completar:

- Qualquer que seja o ritual, existem grandes possibilidades de nos matar no processo... À todos nós.